Este relatório descreve um estudo de condicionamento operante conduzido com ratos. O objetivo era demonstrar métodos de condicionamento operante na caixa de Skinner e os resultados obtidos, incluindo a avaliação do repertório inicial do sujeito, o condicionamento à pressão de barra e os efeitos do reforço e extinção. Vários procedimentos foram realizados ao longo de dez sessões, analisando o comportamento dos ratos na caixa experimental em resposta a estímulos como a liberação de água.
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relatorio de aulas praticas de analise experimental do comportamento-140124002215-phpapp01.docx
Este relatório descreve um estudo de condicionamento operante conduzido com ratos. O objetivo era demonstrar métodos de condicionamento operante na caixa de Skinner e os resultados obtidos, incluindo a avaliação do repertório inicial do sujeito, o condicionamento à pressão de barra e os efeitos do reforço e extinção. Vários procedimentos foram realizados ao longo de dez sessões, analisando o comportamento dos ratos na caixa experimental em resposta a estímulos como a liberação de água.
Este relatório descreve um estudo de condicionamento operante conduzido com ratos. O objetivo era demonstrar métodos de condicionamento operante na caixa de Skinner e os resultados obtidos, incluindo a avaliação do repertório inicial do sujeito, o condicionamento à pressão de barra e os efeitos do reforço e extinção. Vários procedimentos foram realizados ao longo de dez sessões, analisando o comportamento dos ratos na caixa experimental em resposta a estímulos como a liberação de água.
RELATRIO DE AULAS PRTICAS DE ANLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
ITABUNA BA 2012
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THAIALA SANTOS CARVALHO YASMIN BEHRMANN PEREIRA
RELATRIO DE AULAS PRTICAS DE ANLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
Trabalho apresentado disciplina de Anlise Experimental do Comportamento, turma do III semestre do curso de Psicologia, turno noturno, como crdito parcial do segundo bimestre.
1) INTRODUO O behaviorismo de Skinner dedica-se ao estudo das respostas. O mesmo se preocupava em descrever e no em explicar o comportamento. A sua pesquisa tratava apenas do comportamento observvel, pois acreditava que a tarefa da investigao cientfica era estabelecer as relaes funcionais entre as condies de estmulo controladas pelo pesquisador e as respostas subsequentes do organismo. "Pode-se dizer que as bases fundamentais que norteiam a obra de Skinner esto vinculadas a sua pretenso de fazer da Psicologia uma cincia e, para compreender essas bases filosficas, precisamos identificar os modelos de cincia que ele adota." (Micheletto, 2001, p. 31). Assim, nos aproximamos da abordagem comportamentalista radical - definida pelo prprio Skinner (1974/1995a), inclusive, como a de uma filosofia da cincia. Para o terico supracitado as caractersticas essenciais da cincia, no so determinadas por conceitos, instrumentos ou mtodos rgidos, mas, sim, atitudes. Skinner (1953/1970) comenta: A cincia , antes de tudo, um conjunto de atitudes.
O mesmo iniciou seus estudos sobre a Anlise do Comportamento ao ter acesso aos livros de Pavlov e Watson, que lhe despertaram um grande interesse cientfico acerca da natureza humana. Ao analisar os conceitos criados por estes tericos, podemos destacar quatro deles como de grande relevncia sem seus experimentos. So eles: Condicionamento: uma forma de aprendizagem em que um estmulo previamente neutro passa, aps o emparelhamento com um estmulo incondicionado, a eliciar uma resposta reflexa. (MOREIRA; MEDEIROS, 2007, p.46) Ou seja, quando um estmulo neutro emparelhado com um reflexo e eventualmente se torna capaz de eliciar respostas reflexas. Reforamento: eventos que ocorrem tornando uma reao mais frequente, aumentando a possibilidade desta se repetir. Extino: H o conceito de extino que tende a diminuir a frequncia do comportamento ao remover o reforo que influenciou a resposta, ou seja, o comportamento no mais reforado ocasionando a reduo da frequncia da resposta. a suspenso de uma consequncia reforadora anteriormente produzida por um comportamento. Tem como efeito o retorno da frequncia do comportamento ao seu nvel operante. (MOREIRA; MEDEIROS, 2007, p. 62) Modelagem: uma tcnica usada para se ensinar um comportamento novo por meio de reforo diferencial de aproximaes sucessivas do comportamento-alvo. (MOREIRA; MEDEIROS, 2007, p. 62) Portanto, entende-se como modelagem o reforamento diferencial de algumas respostas que vo levar resposta final desejada. ). Skinner escreveu que: O comportamento operante molda o comportamento como um escultor molda um pedao de argila (1953). Com o objetivo de demonstrar sua teoria, Skinner desenvolveu uma caixa, a qual foi denominada Caixa de Skinner e possibilita o condicionamento operante da resposta de presso barra. A teoria Skinneriana consiste na proposio de que a resposta do indivduo mantida por suas consequncias (estmulo reforador). 5
Assim, na caixa de Skinner, o sujeito experimental nesse caso o rato ter a resposta de presso barra (RPB) reforada pela apresentao contingente de uma gota de gua. Este trabalho tem como objetivo principal demostrar os mtodos e os resultados encontrados a partir do condicionamento operante com o sujeito experimental (rato), feito no laboratrio de Anlise experimental do Comportamento.
2) METODOLOGIA
(2.1) Sujeitos: Rato albino do sexo masculino em primeira situao laboratorial (sem experincias ou vivncias), com sistema auditivo acurado e alta sensibilidade visual luz, eles no enxergam cores, mas so capazes de perceber as diferenas entre intensidades luminosas e, igualmente em diferentes frequncias. Chamado ingnuo da espcie (RATTUS NORVEGICUS) da linguagem Winstar que recebeu o nome de Fabian, possuindo uma identificao. Os ratos comearam os experimentos com aproximadamente 80 dias, com peso 200g. O local onde vive chamado biotrio ou viveu.
(2.2) Equipamentos e material A observao foi realizada no Laboratrio de Anlise Experimental do Comportamento da UNIME onde os sujeitos se encontravam em caixas de condicionamento operante, modelo INSIGHT, tendo por tamanho 35x25. Estas esto equipadas com barras que podem ser acionadas mecanicamente pelo sujeito. Cada caixa operante conectada a um equipamento que contm um cronmetro e que permite que diversas alteraes sejam produzidas, automtica ou manualmente, no interior da caixa operante: liberao de gua, apresentao de luzes e sons. Alm disso, foram utilizadas folhas de registro especficas para cada exerccio e lpis para registro das informaes. H tambm outra caixa externa onde se pode utilizar controle de cronmetro, de luz (no utilizado), de som, de reforo manual bem como de reforo automtico, todos conectados caixa citada anteriormente onde o animal colocado. Os alunos que realizaram os experimentos trajavam jaleco e sapato fechado, a fim de se precaverem de qualquer acidente e assim respeitando as regras do laboratrio. 6
(2.3) Ambiente experimental O ambiente consiste numa sala mediana, de formato retangular, possuindo trs portas, alm de doze mesas medias com um equipamento em cada mesa e cadeiras para os experimentadores. A iluminao e temperatura so artificiais, sendo uma dada temperatura produzida por um aparelho condicionador de ar. Nessa aula, alunos, de ambos os sexos e em duplas, constantemente realizavam experimentos. Essa situao nem sempre propiciava o silncio necessrio para a no interferncia nos experimentos. Nesse ambiente ainda, possui outra sala onde os sujeitos ficam quando no esto passando pelo processo de experimentao. Os mesmos ficam dentro de uma caixa denominada caixa-viveiro, havendo uma tampa de ao com divisria para comedouro e bebedouro, so alimentados com rao e ingerem gua mineral. Todos esses procedimentos de manuteno do sujeito esto ao comando de Jos Carlos, um ajudador da instituio e responsvel pelo laboratrio experimental. So numerados de acordo com as caixas operantes, sendo que o nmero do sujeito referido anteriormente foi sete. (2.4) Procedimento Geral Quanto durao das sesses podemos dizer que foram aproximadamente de 35 a 40 minutos, sendo que na primeira modelagem o perodo foi de 59 minutos. Os dias dos experimentos eram realizados as quintas-feiras a partir de 20h30min. O total de visitas ao laboratrio foi de dez dias, sendo que nove foram de experimentos e um para primeiro contato com o ambiente onde seriam realizados tais procedimentos. A privao de gua dos ratos foi de 36 horas na maioria das sesses, exceto na ltima, que foi de 48 horas. Assim que o animal era colocado na caixa, o cronmetro era iniciado juntamente com a observao 7
e o registro. Ao que se refere iluminao da sala, notamos que era sempre baixa. (2.5) Procedimentos especficos EXERCCIO 1- AVALIAO DE REPERTRIO INICIAL DO SUJEITO EM SITUAO EXPERIMENTAL Este primeiro exerccio tem como objetivo mapear o que o sujeito experimental faz quando colocado em um novo ambiente, ou seja, registrar todos os comportamentos executados por este sujeito experimental. Observamos que ao ser colocado na caixa o sujeito ficou bastante agitado, conhecendo todos os cantos da caixa. Houve momentos de quietude, porm voltava ao comportamento anterior. A caixa estava no automtico e o sujeito pressionou a barra somente uma vez. O cronmetro foi ligado desde o incio, tendo como durao total de 30 minutos. EXERCCIO 2-INSTALAO DE RESPOSTAS OPERANTES Este procedimento consiste em fazer com que o sujeito experimental emita respostas de pressionar a barra, por meio da liberao da gota dgua. Sendo este realizado em duas fases. Na primeira fase (instalao de respostas), antes de colocar o sujeito na caixa acionamos o reforo da caixa de controle, para que ao chegar no bebedouro encontrasse gua e posteriormente associar o clic da barra com a gua. Conseguindo esse resultado passamos para a segunda fase (fortalecimento de uma resposta), que consiste na liberao de gua imediatamente aps as ocorrncias de respostas que se aproximem cada vez mais da resposta final, que seria pressionar a barra. Aps essas duas fases iniciamos as sesses de modelagem, no total de quatro. Na primeira sesso de modelagem observamos que o sujeito demorou 17min para completar a sequncia de desempenhos intermedirios. A segunda j foi mais rpida na resposta, no quinto minuto ele j pressionou a barra. Porm, o que dificultou um pouco foi um problema na caixa de comportamento operante que parou o experimento por aproximadamente 2 minutos. Nas duas ltimas sesses ocorreu o esperado, o sujeito j entrou na caixa cheirando, tocando e depois 8
pressionando a barra. A durao das duas sesses foi de aproximadamente 35 minutos. EXERCICIO 3 - FORTALECIMENTO DE RESPOSTAS OPERANTES O objetivo desse procedimento foi de reforar com gua o comportamento do sujeito de presso a barra coma caixa ligada no automtico. No primeiro minuto dentro da caixa o sujeito novamente foi se movimentando por toda a caixa, somente no segundo minuto pressionou a barra. O resultado foi suficiente, porem houve intervalos de 3 a 4 minutos. EXERCICIO 4- ENFRAQUECIMENTO DE RESPOSTAS OPERANTES Objetiva-se em verificar quais efeitos podem ser observados ao ser retirado o reforo (gua), do ambiente, ao pressionar a barra. Este exerccio envolveu trs fases. Na primeira fase foram liberados 10 reforos em CRF, isto , a caixa de controle foi mantida na posio automtica at o sujeito receber 10 reforos. Nessa primeira fase registramos 19 presses a barra. Logo aps os 10 reforos, o bebedouro foi desligado. Na segunda fase, a chave de controle do bebedouro foi colocada na posio desliga, ou seja, a gua no a era liberada aps as respostas de presso a barra. Esta fase foi finalizada quando o sujeito permaneceu trs minutos consecutivos sem pressionar a barra. Na terceira fase, o recipiente com gua foi retirado e a chave reforo foi acionada, ou seja, ao pressionar a barra o som associado ao reforo era emitido, porm o reforo no era liberado. Esta fase foi finalizada aos trs minutos consecutivos com 26 respostas de presso barra. EXERCCIO 5- MANUTENO DE RESPOSTAS OPERANTES Consiste em observar o comportamento do sujeito quando o reforo for liberado em algumas respostas e no em todas. Este exerccio envolveu duas fases. Na primeira fase, em todas as repostas de presso barra foi liberado o reforo (CRF), ou seja, a caixa de controle foi colocada na posio automtica. Todas as respostas de presso a barra foram registradas minuto a minuto. Vale informar que esta fase necessitou ser repetida devido a um erro de anotao. Na segunda fase, a cada duas vezes (FR2) que o sujeito pressionava a barra era liberado o reforo. Aps 15 reforos em FR2 o reforo passou a ser liberado 9
apenas em FR3 e assim sucessivamente at serem liberados 15 reforos em FR6. O fim da sesso se d a depender do desempenho do sujeito experimental, que no referido animal durou at FR4.
2) Resultados
EXERCCIO 1- AVALIAO DE REPERTRIO INICIAL DO SUJEITO EM SITUAO EXPERIMENTAL
Fig 1. Frequncia acumulada de resposta de presso barra por minuto para avaliar o repertrio inicial do sujeito. - Realizado no dia 30/08/12, o sujeito (Fabian) no alcanou o objetivo proposto. O que aconteceu apenas foi o conhecimento da caixa, pressionando a barra apenas uma vez no 11 minuto do experimento.
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Freq. Acumulada de presso barra Freq. Acumulada de presso barra 10
EXERCCIO 2-INSTALAO DE RESPOSTAS OPERANTES
Fig 2. Frequncia acumulada de quatro sesses de modelagem na instalao de respostas operantes. - Neste exerccio o objetivo foi alcanado, nas sesses observamos que ele foi gradativamente sendo condicionado a pressionar barra. Na primeira demorou 17 minutos (06/09/12), na segunda 5 (27/09/12), na terceira 4 (04/10/12) e na quarta 3 minutos (11/10/12). Sendo que nesta ltima pressionou 260 vezes. EXERCICIO 3 - FORTALECIMENTO DE RESPOSTAS OPERANTES
Fig 3. Frequncia acumulada do fortalecimento de respostas operantes 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1011121314151617181920212223242526272829 Series1 Series2 Series3 Series4 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 Freq. Acumulada de presso a barra Freq. Acumulada de presso a barra 11
- Atravs deste experimento conseguimos fortalecer o sujeito ao objetivo esperado. Porm, observamos que o mesmo respondeu aos reforos menos vezes neste experimento do que no anterior (4 modelagem). Realizado dia 18/10/12.
EXERCICIO 4- ENFRAQUECIMENTO DE RESPOSTAS OPERANTES
Fig 4 - Frequncia acumulada de presso barra por minutos no enfraquecimento de respostas operantes. - No exerccio proposto verificamos que o sujeito de fato foi condicionado, pois no nos pareceu fcil realizar o enfraquecimento das respostas. Houve intervalos de dois minutos, que se aproximando de passar para a fase III o sujeito pressionava. Procedimento aplicado em 25/10/12.
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 Freq. Acumulada da presso a barra Freq. Acumulada da presso a barra 12
6) Referncia Moreira M.B.&Medeiros C.A (2007). Princpios Bsicos da Anlise do comportamento. Porto Alegre: Artmed. http://www.buk.xpg.com.br/textos/monosub03.htm
A ambiência do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e sua influência no processo de cuidar realizado pelos trabalhadores: uma perspectiva da Psicologia Ambiental