Grupo Parlamentar do Partido Socialista

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Transportes Urbanos

Ninguém põe em causa a importância que tem nos dias hoje uma rede de
transportes moderna e adequada que sirva de uma forma integrada
utilizadores regulares, nomeadamente habitantes, e utilizadores esporádicos,
como seja o caso dos turistas que nos visitam.
Os transportes públicos devem significar liberdade e são fundamentais para a
mobilidade das Cidades modernas!
Conforme a sua exploração, modelo de desenvolvimento e organização
podem ser facilitadores ou calvários diários, podem ser úteis ou
absolutamente inúteis, podem ser vistos como um investimento claro no
incremento da nossa qualidade de vida ou como um autêntico desperdício de
dinheiros públicos, podem ser um cartão-de-visita atractivo ou uma
experiência para nunca mais repetir.
Todos temos noção que o relevo da Cidade da Covilhã, obriga a que os
transportes públicos tenham características muito próprias e se encontrem
perfeitamente enquadrados, não só com a malha urbana da nossa Cidade
mas também com os fluxos pendulares de pessoas que nela habitam. É
também essencial, promover a intermobilidade entre o sistema pedonal e os
transportes públicos. Nessa interligação com a rede pedonal, as paragens,
assumem um papel fundamental, estas deverão oferecer condições de
espera em conforto e segurança.
Transportando esta necessidade para a nossa realidade, as paragens
deverão pelo menos existir!

Uma rede de transportes moderna, eficaz, eficiente e a preços acessíveis é

uma ferramenta de combate ao excesso de tráfego viário, extremamente
eficaz, contribui para melhorar o orçamento familiar de quem a utiliza
tornando-se um factor de competitividade entre cidades e é uma mais-valia
ambiental…o que não é de menor importância tendo em conta a discussão

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Assembleia Municipal da Covilhã -1-
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mundial, actual, em torno das politicas minimizadoras das alterações
climáticas.

Mas apesar de praticamente todos concordarmos com a argumentação

referida, este tem sido um sector onde não se verificou nenhuma alteração
digna de relevo nos últimos 12 anos.

Como é do domínio público, os Transportes Colectivos da Covilhã estavam

concessionados, até finais de 2008, à empresa Transcovilhã e já nessa
altura o Partido Socialista, tinha manifestado estas e outras preocupações,
recomendando que fossem introduzidas melhorias na rede de transportes
colectivos.

Tendo terminado o contrato com essa concessionária, foi aberto concurso,

tendo sido fixadas as condições consideradas necessárias para a concessão
deste serviço público de transportes. Entendemos que face às inúmeras
queixas que os covilhanenses apresentavam do serviço, a revisão das
condições de concessão era não só desejável mas mesmo imprescindível.
Indo ao encontro dos anseios dos covilhanenses, o PS votou favoravelmente
à abertura do concurso para uma nova concessão, sem nunca imaginar que
a maioria PSD na Câmara mostrasse tamanha inépcia na condução deste
dossier.
Após finalização do atabalhoado processo concursal, a Covilhã possui uma
mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. O contrato que veio a ser
celebrado com a nova concessionária revela-se desastroso para os cofres do
município e para o futuro dos covilhanenses e uma das condições que tinha
sido imposta: a necessidade de utilização de viaturas novas, mais amigas do
ambiente e com acessos facilitados a cidadãos com mobilidade
condicionada, continua a ser uma miragem.
Apesar das novas viaturas já terem sido apresentadas em duas ocasiões aos
Covilhanenses, estas ainda não se encontram ao serviço destes:
A primeira apresentação ocorreu na última semana de eleições autárquicas
através da distribuição deste panfleto na praça do município, numa iniciativa

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Assembleia Municipal da Covilhã -2-
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que considero grave e que carece de esclarecimentos, relativamente ao
envolvimento da Câmara na realização de tal acção.
A segunda vez, numa mostra dos mini-autocarros na praça do município…
mas que segundo o que sei, ainda não se encontram a circular porque estão
a aguardar as matrículas!
Sr. Presidente, será que teremos que aguardar uma terceira apresentação,
desta feita, dos autocarros maiores! Para que as novas viaturas passem a ser
uma realidade.
Que diligências foram feitas pela Câmara, no sentido de salvaguardar os
interesses dos covilhanenses?
Existe incumprimento por parte da nova concessionária? Foi acautelado no
contrato celebrado, um prazo limite para a entrega dos novos autocarros? Se
sim, qual?

Os covilhanenses exigem respostas concretas a estas questões, uma vez

que se vêem defraudados pelas promessas de V. Ex.ª

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Assembleia Municipal da Covilhã -3-