O documento discute os diferentes conceitos de liberdade ao longo da história, desde a visão de Aristóteles de liberdade positiva e negativa até as visões modernas de liberdade defendidas por pensadores como Locke, Montesquieu e John Stuart Mill. Também aborda a evolução do papel do Estado, inicialmente visto como detentor absoluto dos direitos individuais em Hobbes para um Estado garantidor dos direitos civis e limitado pela lei.
O documento discute os diferentes conceitos de liberdade ao longo da história, desde a visão de Aristóteles de liberdade positiva e negativa até as visões modernas de liberdade defendidas por pensadores como Locke, Montesquieu e John Stuart Mill. Também aborda a evolução do papel do Estado, inicialmente visto como detentor absoluto dos direitos individuais em Hobbes para um Estado garantidor dos direitos civis e limitado pela lei.
O documento discute os diferentes conceitos de liberdade ao longo da história, desde a visão de Aristóteles de liberdade positiva e negativa até as visões modernas de liberdade defendidas por pensadores como Locke, Montesquieu e John Stuart Mill. Também aborda a evolução do papel do Estado, inicialmente visto como detentor absoluto dos direitos individuais em Hobbes para um Estado garantidor dos direitos civis e limitado pela lei.
Desde Aristteles e at hoje, so admitidos dois conceitos sobre a Liberdade:
Um positivo como faculdade individual de autodeterminao que o Estado deve rote!er e !arantir, or e"emlo: a liberdade de reunio, de associao e e"erc#cio das rerro!ativas civis$ %utro negativo, como a aus&ncia de imedimentos e"ternos ou de limita'es oriundas do oder (blico, quando deende da absteno ou da no interveno do Estado, como na liberdade de ensamento, de crena e outros semelhantes direitos de liberdade de foro interno$
%s direitos de liberdade se dividem em: a) a) Civis, quando se trata das rela'es entre os indiv#duos entre si, *direito rivado) e+
b) b) Polticos, quando das rela'es entre indiv#duos e Estado *direito (blico)$
A liberdade civil j, foi constatada desde o -di!o de .amurabi, j, a ol#tica, a artir do sculo /00, com as doutrinas do -ristianismo, do direito natural e do humanismo ol#tico$
As liberdades so ainda classificadas:
a) a) Objetivas, quando de nature1a atrimonial, como o livre e"erc#cio das atividades f#sicas, intelectivas e morais, 2 inviolabilidade do domic#lio, corresond&ncia, roriedade e outras, e b) b) Subjetivas, as inerentes 2 ersonalidade, livre manifestao do ensamento, locomoo, reli!io e outras$
A liberdade absoluta, em tese, no e"iste, sendo semre relativa$ Esta utica liberdade envolve a idia de anarquia, incomat#vel com os interesses da sociedade$ 3em Deus seria totalmente livre, todavia:
A liberdade de ensamento e de crena so absolutas ois, nenhum oder terreno ode cont&4las ois se encontram numa esfera que s Deus ode enetrar$ 5, a liberdade de manifestao do ensamento ou do culto, so e"teriores e or conse!uinte, suscet#veis do controle$ Entretanto, ode o Estado discilinar os es#ritos e influir na oinio (blica atravs da ao educativa, mas nunca ela imosio autorit,ria$ 6ora os direitos naturais, subjetivos e ne!ativos, toda liberdade relativa e vari,vel$
A liberdade se entende no sentido subjetivo como oder da consci&ncia e da vontade sobre o or!anismo que inte!ra a sociedade ou objetivo como conjunto de condi'es imediatas e necess,rias 2 manifestao comleta da ersonalidade humana$
7 8E%90A A:;%LU80;8A DA L0:E9DADE
8homa1 .obbes desenvolvendo a doutrina do Direito 3atural de <rotius formulou a idia da liberdade natural amla e ilimitada at a elaborao do acto social$ 3o estado de nature1a, o homem lutava ermanentemente com o semelhante: =bellum omnem contra omnes. Ao or!ani1ar o Estado ela forma contratualista o homem transfere inteiramente a sua liberdade ao Estado, cabendo a este ento, determinar, condicionar e e"licar a vontade humana atravs de leis civis$ % homem entre!a a liberdade natural em troca desta liberdade civil a car!o do Estado: a) a) o homem se desoja da liberdade natural ela civil determinada elo oder (blico+ b) b) o Estado torna4se o deosit,rio de todos os direitos naturais de liberdade que e"erce em nome dos indiv#duos, oniotente e absoluto, s#ntese leniotenci,rio o Leviat. No existe liberdade fora ou contra o Estado. 9obert 6ilmer afirmou que a maior liberdade viver sob o !overno de um monarca e >aquiavel asse!urou que: a necessidade de viver que domina os Estados como os indivduos.
A L0:E9DADE 3% -%389A8% ;%-0AL
5onh Loc?e demonstrou que a finalidade do Estado rote!er os direitos humanos no intervindo na ordem social seno ara re!ulamentar as rela'es e"ternas da vida do homem em sociedade$ 9essalvou4se, ortanto, o Direito 3atural, afinando com ;ino1a refutaram .obbes formulando uma conceo racional do contratualismo: a razo ensina ao homem que a sociedade til! que a "az "refervel # $uerra e que o amor "revalece sobre o %dio. E! cedendo seus direitos ao Estado! os homens quiseram instituir um %r$o que lhes $arantisse a "az! a "ros"eridade e a &usti'a. (e o Estado se desvia de sua finalidade! se falha em rela'o aos seus ob&etivos deve ser dissolvido "ara que outro se or$anize. % ensar livre at se manifestar em rebelio material$ % 03D0@0DUAL0;>%
>ontesquieu doutrinou no sentido racionalista condenando os e"tremos do absolutismo e da anarquia subordinando a liberdade ao imrio da lei: a liberdade no "ode consistir em fazer o que se quer! mas em "oder fazer o que se deve querer. (e um cidado fosse livre "ara fazer o que as leis "robem! &) no teria liberdade! "orque os outros teriam tambm esse "oder. Esse conceito foi adotado na rimeira -onstituio 6rancesa de 7AB7: a liberdade consiste em fazer tudo o que no "re&udique a outrem * assim! o exerccio dos direitos naturais de cada homem no tem "or limites! seno aqueles que asse$uram aos outros membros da sociedade o $ozo destes mesmos direitos. +ais limites no "odem ser determinados seno "ela lei. C A -onstituio <irondina de 7ABD: a liberdade consiste em fazer o que no for contr)rio aos direitos de outrem. Em resumo: a liberdade de cada um termina onde come'a a liberdade do seu semelhante. E a teoria do -ontrato ;ocial racionali1ada or 9ousseau: o que o homem "erde "elo contrato social a sua liberdade natural! e o que adquire a liberdade civil. ,istin$ue-se a "rimeira que no reconhece limites outros alm da for'a dos indivduos! da se$unda! que est) "rote$ida e limitada "ela vontade $eral. A liberdade assim concebida e oerando no camo scio econFmico, sobretudo com =A rique1a das 3a'esG de Adam ;mith, tornou4se rivil!io das classes abastadas$ % dom#nio dos fortes sobre os fracos e favoreceu o absolutismo do oder econFmico determinando a escravido do homem elo homem$ % Estado que aenas oliciava as leis do mercado, desmorali1ou4se comletamente$
-%3-E08% ;%-0AL DE>%-9H80-%
A liberdade era abstrata, fict#cia e metaf#sica e o oerariado teoricamente livre, tornou4se realmente escravi1ado e Lui1 :lanc afirmou: a liberdade no consiste a"enas no direito! mas no "oder de ser livre. Iassou4se ao Estado ;ocial e o Estado intervencionista$ <arantindo ;tuart >ill: a liberdade consiste em se "oder fazer ou deixar de fazer tudo o que! "raticado ou deixado de ser "raticado no desa$re$ue a sociedade nem lhe im"e'a os movimentos. 3a nova Declarao dos Direitos da %3U, est, asseverado que a lei que me imede de rejudicar os direitos de outrem a mesma que !arante os meus direitos e as minhas rerro!ativas contra todos os demais membros da sociedade$
8E%90A DE ALE/A3D9E <9%IALL0 *Irof$ de Doutrina do Estado da Universidade de >ilo)
A lei assume atitudes contra a'es humanas: a) a) roibindo4as quando contrastam com a coe"ist&ncia social, ordem (blica ou finalidade do Estado+ b) b) tutelando4as quando sejam (teis e concordem com os fins estatu#dos+ c) c) comandando4as quando necess,rias ao interesse social+ d) d) ermanecendo indiferente em relao a elas, quando irrelevantes$ Ioder fa1er tudo o que no vedado ela lei e em no se fa1er o que no imosto ela lei$ % que no juridicamente vedado juridicamente ermitido e imlicitamente tutelado$ % e"cesso de liberdade condu1 2 anarquia$ % e"cesso de autoridade condu1 ao Estado 6ascista *tudo no Estado4 Estatolatria4Iio /0)$ ;e!undo Las?i a educao a alma da democracia$ A <r :retanha e ;u#a che!aram ao que so hoje elo equil#brio entre Autoridade e Liberdade$ =;e uma sociedade livre no uder ajudar os muitos que so obres, acabar, no odendo salvar os oucos que so ricosG$ 5ohn JennedK D L