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ESAS
Escola Secundária de Alberto Sampaio
Por:
Helena Paula C. R. Duque Nogueira
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Escola Secundária de Alberto Sampaio
Enquadramento
Tendo em consideração a tarefa proposta, o facto de ser professora bibliotecária de uma escola secundária bem como a possibilidade que
nos foi dada de escolha da amostra dos relatórios de avaliação externa a analisar, optei, num, por fazer uma abordagem crítica aos relatórios
das escolas secundárias da cidade de Braga:
Por ter verificado que quer a Escola Secundária Carlos Amarante, quer a escola Secundária de Sá de Miranda ainda não terem sido alvo do
processo de avaliação externa promovido pela IGE, optei pela identificação de uma outra escola secundária de um concelho limítrofe. Assim,
considero nesta análise os relatórios de quatro escolas secundárias:
Escola Secundária de Alberto Sampaio: processo de avaliação externa desencadeado durante o ano lectivo de 2006/07
Escola Secundária de D. Maria II: processo de avaliação desencadeado durante o ano lectivo 2007/08;
Escola Secundária de Amares: processo de avaliação desencadeado durante o ano lectivo de 2008/09.
A reflexão que apresento tem como principais objectivos: identificar as referências explícitas às BE nos relatórios de avaliação externa;
analisar criticamente os conteúdos mencionados, explícita ou implicitamente, à luz dos trabalhos e das aprendizagens desenvolvidas ao longo
desta formação; perspectivar sugestões para optimização do processo MABE no contexto de um processo de avaliação externa da escola.
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I. Introdução
V. Considerações finais
Os três relatórios analisados incluem referências explícitas às BE´s domínio 2 (Prestação do serviço educativo) do capítulo III (Análise dos
resultados de avaliação) sendo referidas como “mais um” dos múltiplos dispositivos das escolas ao serviço da abrangência do currículo e de
desenvolvimento de oportunidades de aprendizagem.
No capítulo IV (Avaliação por factor / Domínio-chave), voltam a aparecer, nos três casos analisados (embora com abordagens distintas cuja
explicitação não importa para esta reflexão), referências explícitas à BE, no que concerne à existência ou não existência de mecanismos de
articulação e sequencialidade (Serviço Educativo), à identificação dos projectos e/ou actividades que contribuíram para a abrangência do
currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem. Finalmente, surge uma abordagem à caracterização dos recursos disponíveis,
sobretudo tecnológicos, potenciadores da abertura à inovação proporcionada pelas escolas.
Em nenhum dos pontos que integram as considerações finais (pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e constrangimentos) é feita
qualquer menção às BE´s das escolas consideradas
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Considera do conteúdo das referências explicitadas, é de notar que o mesmo se relaciona com informações relacionadas com elementos de
verificação, conformidade e listagem de projectos / actividades. Tudo referências de natureza processual. É totalmente descorada a
informação relacionada com o impacto do serviço ou recursos disponibilizados / dinamizados a partir das BE´s bem como dos elementos
relacionados com mecanismos que explicitem a BE como uma estrutura das escolas e não um apêndice externo.
Se, por um lado nos podemos questionar sobre a existência ou não de elementos objectivos que permitam à escola apresentar evidências
relacionadas com impacto da BE na vida da escola, por outro lado deparamo-nos com o facto de este possível ponto fraco das escolas não ser
equacionado pelas equipas que elaboram os relatórios. Este último aspecto é evidente se tivermos em conta as perguntas ilustrativas que
norteiam os relatórios.
Consideramos, finalmente, as possíveis referências implícitas à actividade da BE e voltamos aos considerandos anteriores. Não nos é possível
(por ausência de referência às fontes de informação) analisar o contributo das BE´s para a identificação dos dados mensuráveis apresentados
sobre as escolas, quer na caracterização da população ou das problemáticas, quer nos resultados escolares considerados. Podemos, contudo,
inferir que são feitas análises em termos de conformidade regulamentada, por exemplo, do Plano Anual de Actividades, do Orçamento da
Escola, da estruturação dos documentos, dos investimentos TIC… É, assim notória a ausência do reconhecimento / explicitação do contributo
da BE nas dinâmicas de articulação curricular e nos resultados educativos das escolas.
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3. Perspectivar a mudança
Não podemos ignorar que, só agora as BE´s assumem práticas de auto-avaliação e, neste contexto, temos de reconhecer mérito ao modelo
sugerido pela RBE. Não se tratando de um modelo isento de aspectos criticáveis, é, sem dúvida, um documento de trabalho que pode
constituir uma mais-valia para a incorporação efectiva da BE na dinâmica escolar e no espaço central que se lhe reconhece. Muita na “não
informação” mencionada nos relatórios, está, sem dúvida relacionada com a ausência de práticas de auto-regulação das BE`s.
A análise tecida, permite-nos, desde já, validar a relevância da primeira parte desta sexta tarefa. De facto, é na articulação da informação e na
correcta mobilização da informação potenciada pelo MABE, que as escolas podem marcar uma posição segura de afirmação das BE nos seus
contextos escolares. Se este exercício não for feito, perde-se uma bateria de informação estruturante e decisiva na definição e
enquadramento da acção desenvolvida quer pela BE quer por toda a escola.
Numa perspectiva de influenciar os princípios associados à avaliação externa, importa salientar o contributo determinante que a BE pode
assumir na orientação dos elementos considerados pelos relatórios mais numa perspectiva de avaliação dos impactos do trabalho
desenvolvido do que numa dimensão de considerações processuais e de apresentação de evidências factuais, mas, quantas vezes,
descontextualizadas.