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Hermano Gerhardt
São Leopoldo
2009
Hermano Gerhardt
São Leopoldo
2009
HERMANO GERHARDT
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________________________
Profª. Me. Neiva Manzini
________________________________________________________________
Profª. Dra. Cecília Pires
________________________________________________________________
RESUMO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 9
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................................ 9
1.2 O PROBLEMA ................................................................................................................ 9
1.3 OBJETIVOS................................................................................................................... 10
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 10
1.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 10
1.4 RELEVÂNCIA DO ESTUDO ....................................................................................... 10
1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA.............................................................................. 12
3 METODOLOGIA DA PESQUISA................................................................................ 40
3.1 CRIAÇÃO DO QUESTIONÁRIO................................................................................. 42
3.2 ANÁLISE QUANTITATIVA........................................................................................ 43
3.3 ANÁLISE QUALITATIVA........................................................................................... 43
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 67
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 70
APÊNDICES ....................................................................................................................... 73
9
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Esta influência da Filosofia na Física pode ser verificada nas mais diversas áreas de
pesquisa acadêmica. Na formação de professores no Ensino Superior, por exemplo, onde
estudos sobre os epistemólogos da ciência como Popper, Kuhn, Lakatos, Laudan, Bachelard,
Feyerabend, tentam fazer com que o estudante amplie o seu entendimento sobre questões
como: ética, a importância da linguagem, a influência social no fazer científico, a
contextualização das grandes descobertas e muitos outros temas.
1.2 O PROBLEMA
1.3 OBJETIVOS
• visualizar, por meio de pesquisa bibliográfica, algum vínculo entre estes filósofos
e suas possíveis contribuições para a Física;
amplia-se o campo de atuação, envolvendo assim a escola como um todo e não deixando
somente para os professores interessados.
Nesse sentido, justifica-se a realização desta pesquisa, pois seus resultados podem
contribuir para demonstrar que é possível trabalhar interdisciplinarmente a Física e a
Filosofia.
12
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 INTERDISCIPLINARIDADE
2.1.1 Conceituação
No Brasil, este tema foi abordado pela primeira vez com significativa produção por
Japiassú, a partir de 1976. Escritor de vários livros sobre interdisciplinaridade, o referido
autor assegura que é importante estabelecer uma intercomunicação entre diferentes
disciplinas, sendo relevante, no entanto, que essa intercomunicação ocorra por meio de um
diálogo que aborde pontos em comum entre os interlocutores. Como ressalta Japiassú (1976),
o ato de trocar informações, por si só, não representa uma atitude interdisciplinar.
14
Outro ponto importante sobre as disciplinas é a distinção que se deve fazer das
disciplinas escolares e das disciplinas científicas. Segundo Lenoir (1992), o ponto em comum
entre as disciplinas escolares e as disciplinas científicas é que elas compartilham uma lógica
científica, ou seja, são muito diferentes, pois possuem finalidades diferentes, escopos
diferentes, aplicações diferentes, referenciais diferentes. Diante disso, não basta a simples
transposição de formatos e referenciais do campo científico para o escolar.
Sobre o modo em que as duas novas disciplinas deverão ser articuladas dentro do
contexto escolar, o Parecer nº 322/2007 do Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do
Sul (CEED) afirma:
Nos PCN+ para o Ensino Médio, das Ciências Humanas e suas Tecnologias, é bem
evidente o incentivo ao trabalho interdisciplinar. No trecho a seguir transcrito, dentro de uma
abordagem sobre novas orientações ao ensino, está assim estabelecido:
Tanto para Japiassú quanto para Gusdorf, existem pontos chaves dentro de um projeto
de interdisciplinaridade que devem ser muito bem observados. São eles:
Estes pontos chaves destacados acima ressaltam ainda mais o dizer de Bianchetti (In:
FRIGOTTO et al., 1999) sobre a interdisciplinaridade. Para o referido autor, a
interdisciplinaridade envolve o fazer de cada um dos envolvidos, proporciona a descoberta de
17
novas estratégias de ação, mas não chega a criar uma nova teoria. Estas estratégias são um
exemplo que se pode visualizar e buscar na construção de projetos interdisciplinares.
Sendo assim, fica notória a necessidade da postura do profissional que busca este modo de
ação interdisciplinar, cabendo também sempre a análise e a busca pela medida certa de suas ações.
1
FAZENDA, Ivani. Coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas da Interdisciplinaridade (GEPI) da PUC-
SP.
18
Eixos Temáticos
Relações de poder e democracia
Temas Subtemas
1. A democracia grega • A ágora e a assembleia: igualdade nas leis e no direito
à palavra
• Democracia direta: formas contemporâneas possíveis
de participação da sociedade civil
2. A democracia • Antecedentes:
contemporânea – Montesquieu e a teoria dos três poderes
– Rousseau e a soberania do povo
• O confronto entre as idéias liberais e o socialismo
• O conceito de cidadania
3. O avesso da democracia • Os totalitarismos de direita e esquerda
• Fundamentalismos religiosos e a política
Contemporânea
A construção do sujeito moral
Temas Subtemas
1. Autonomia e liberdade • Descentração do indivíduo e o reconhecimento do
outro
• As várias dimensões da liberdade (ética, econômica,
política)
• Liberdade e determinismo
2. As formas da alienação • O individualismo contemporâneo e a recusa do outro
moral • As condutas massificadas na sociedade contemporânea
3. Ética e política • Maquiavel: as relações entre moral e política
• Cidadania: os limites entre o público e o privado
O que é Filosofia
Temas Subtemas
1. Filosofia, mito e senso • Mito e Filosofia: o nascimento da Filosofia na Grécia
comum • Mitos contemporâneos
• Do senso comum ao pensamento filosófico
2. Filosofia, ciência e • Características do método científico
tecnocracia • O mito do cientificismo: as concepções reducionistas
da ciência
• A tecnologia a serviço de objetivos humanos e os
riscos da tecnocracia
• A bioética
3. Filosofia e estética • Os diversos tipos de valor
• A arte como forma de conhecer o mundo
• Estética e desenvolvimento da sensibilidade e
imaginação
QUADRO 1 Eixos temáticos de Filosofia
Fonte: PCN+ do Ensino Médio, das Ciências Humanas e suas Tecnologias
Apesar de existir a sugestão oficial do MEC, essa mesma instituição dispõe: “[...] é
simplesmente uma proposta, nem obrigatória nem única, de uma visão ampla do trabalho
19
[...]”. Além de ser uma disciplina nova no currículo, existem algumas especificidades que a
caracterizam como sui generis dentro da organização escolar, pois, a Filosofia comporta “um
acervo próprio de questões, uma história que a destaca suficientemente das outras produções
culturais, métodos peculiares de investigação e conceitos sedimentados historicamente”.
(LEOPOLDO E SILVA apud SILVEIRA, 2000, p.139). Uma destas especificidades está na
própria delimitação do conteúdo a ser trabalhado em sala de aula, para exemplificar, conforme
PCN+ do Ensino Médio, das Ciências Humanas e suas Tecnologias:
Explorando mais a questão do ensino de Filosofia, é importante salientar que este tema
vem sendo bastante discutido entre os filósofos, visto que na opinião deles os PCNs são
insuficientes. Considerando que o documento oficial que deveria servir de parâmetro
norteador para a prática docente é contestado por diversos motivos, fica claro que algumas
consequências serão sentidas dentro das salas de aula.
Biancheti (in BARBOSA, 2008) diz que não é difícil perceber, em conversas
cotidianas de ambientes sociais diversos (principalmente dentro da escola), reclamações
acerca do ensino de Filosofia, oriundas de pessoas que tiveram contato com a disciplina no
Ensino Médio.
20
[...] O grande desafio para o ensino da filosofia consiste em motivar aquele que
ainda não possui qualquer conhecimento do pensamento filosófico, ou sequer sabe
para que serve a filosofia, a desenvolver o interesse por este pensamento, a
compreender sua relevância e a vir a elaborar suas próprias questões.
O autor reforça a idéia de que a Filosofia deve ser apresentada ao aluno de forma a
motivá-lo, como uma grande descoberta, porém de algo que já faz parte do seu próprio dia a
dia.
2.2.1.1 Sócrates
Sócrates concebia o homem como um composto de dois princípios, alma (ou espírito)
e corpo. De seu pensamento surgiram duas vertentes da Filosofia que, em linhas gerais,
podem ser consideradas como grandes tendências do pensamento ocidental. Uma é a idealista,
21
que partiu de Platão (427-347 a.C.), seguidor de Sócrates. Ao distinguir o mundo concreto do
mundo das ideias, deu a estas status de realidade. A outra é a realista, partindo de Aristóteles
(384-322 a.C.), discípulo de Platão que submeteu as ideias, às quais se chega pelo espírito, ao
mundo real.
Ainda segundo os referidos autores (1958), quando Sócrates já era septuagenário, foi
acusado de desrespeitar os deuses do estado e de corromper os jovens. Julgado e condenado à
morte por envenenamento, ele se recusou a fugir ou a renegar suas convicções para salvar sua
vida. Ingeriu cicuta e morreu rodeado por seus amigos.
2.2.1.2 Platão
Ainda em Padovani e Castagnola (1958), verifica-se que na história das ideias, o grego
Platão (427-347 a.C.) foi o primeiro pedagogo, não só por ter concebido um sistema
educacional para o seu tempo, mas, principalmente, por tê-lo integrado a uma dimensão ética
e política. O objetivo final da educação, para o filósofo, era a formação do homem moral,
vivendo em um estado justo.
22
Baseado na ideia de que os cidadãos que têm o espírito cultivado fortalecem o estado e
que os melhores entre eles serão os governantes, o filósofo defendia que toda educação era de
responsabilidade estatal, um princípio que só se fundiria no Ocidente muitos séculos depois.
Igualmente avançada, quase visionária, era a defesa da mesma instrução para meninos e
meninas e do acesso universal ao ensino.
Platão, conforme os citados autores (1958), acreditava que por meio do conhecimento,
seria possível controlar os instintos, a ganância e a violência. O acesso aos valores da
civilização, portanto, funcionaria como antídoto para todo o mal cometido por seres humanos
contra seus semelhantes.
Platão defendia a ideia de que a alma precede o corpo e que, antes de encarnar, tem
acesso ao conhecimento. Dessa forma, todo aprendizado não passaria de um esforço de
reminiscência – um dos princípios centrais do pensamento do filósofo. Com base nesta teoria,
que não encontra eco na ciência contemporânea, Platão defendia uma ideia que,
paradoxalmente, sustenta grande parte da pedagogia atual: não é possível ou desejável
transmitir conhecimentos aos alunos, mas, antes, levá-los a procurar respostas, eles mesmos, a
suas inquietações.
2.2.1.3 Aristóteles
As principais obras de onde se podem tirar informações pedagógicas são as que tratam
de política e ética. Em ambos os casos o objetivo final era o de obter a virtude. Em suas
23
reflexões sobre ética, Aristóteles afirma que o propósito da vida humana é a obtenção do que
ele chama de vida boa. Isso significa ao mesmo tempo vida no bem e vida harmoniosa.
Descartes foi sobretudo filósofo, no mais completo sentido que se atribuía ao termo no
início do século XVII. Isso porque era um homem de curiosidade universal, que privilegiava
as pesquisas naturais e matemáticas, mas sem deixar de lado a metafísica e a moral.
Em 1637, decidiu publicar três pequenos resumos de sua obra científica: A Dióptrica,
Os Meteoros e A Geometria. Esses resumos, que quase não são lidos atualmente, são
acompanhados por um prefácio e este último foi que se tornou famoso: é o Discurso sobre o
Método. Ele faz ver que o seu método, inspirado nas matemáticas, é capaz de provar
rigorosamente a existência de Deus.
5. Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam
aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes.
Nos quadros a seguir inseridos são demonstrados os conteúdos sugeridos pelo MEC
para as aulas de Física no Ensino Médio relacionando os nomes de alguns filósofos que
contribuíram determinantemente para o avanço de teorias físicas. Tentar-se-á demonstrar
26
como alguns conceitos de física, hoje já consagrados, foram estudados e propostos como
teorias científicas há vários séculos.
27
Temas Estruturadores
1. Movimentos: variações e conservações
Temas Subtemas Filósofos relacionados
1. • Identificar diferentes movimentos Aristóteles2,
Fenomenologia que se realizam no cotidiano e as René Descartes3, Leibniz4,
cotidiana grandezas relevantes para sua Galileu Galilei5.
observação (distâncias, percursos,
velocidade, massa, tempo, etc.);
• Caracterizar as variações de
algumas dessas grandezas, fazendo
estimativas, realizando medidas,
escolhendo equipamentos e
procedimentos adequados para tal;
• Reconhecer que as modificações
nos movimentos são consequência de
interações.
QUADRO 2 Fenomenologia cotidiana
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
2
VIEIRA, Kátia Maria Dias e BATISTA, Irinéia de Lourdes (2005).
3
PONCZEK, Roberto Leon (2000).
4
Idem, ibidem
5
BAPTISTA, José Plínio (2003).
28
Temas Estruturadores
1. Movimentos: variações e conservações
Temas Subtemas Filósofos relacionados
2. Variação e • A partir da observação, análise e Aristóteles6,
conservação da experimentação de situações René Descartes7, Leibniz8,
quantidade de concretas como quedas, colisões, Galileu Galilei9,
movimento jogos, movimento de carros, Isaac Newton10;
reconhecer a conservação da Helmholtz11.
quantidade de movimento linear e
angular;
• Reconhecer as causas da variação
de movimentos, associando as
intensidades das forças ao tempo de
duração das interações;
• Utilizar a conservação da
quantidade de movimento e a
identificação de forças ou torques
para fazer análises, previsões e
avaliações de situações cotidianas
que envolvem movimentos.
QUADRO 3 Variação e conservação da quantidade de movimento
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
6
VIEIRA, Kátia Maria Dias e BATISTA, Irinéia de Lourdes (2005); BAPTISTA, José Plínio (2003).
7
BAPTISTA, José Plínio (2003); PONCZEK (2000); BAPTISTA, José Plínio (2006).
8
PONCZEK, Roberto de Leon (2000)
9
BAPTISTA, José Plínio (2003); BAPTISTA, José Plínio (2006).
10
Idem, ibidem.
11
BAPTISTA, José Plínio (2006).
29
Temas Estruturadores
12
VIEIRA, Kátia Maria Dias e BATISTA, Irinéia de Lourdes (2005).
13
PONCZEK, Roberto de Leon (2000).
14
Idem, ibidem.
15
BAPTISTA, José Plínio (2006).
30
Temas Estruturadores
Temas Estruturadores
2. Calor, ambiente e usos de energia
Temas Subtemas Filósofos relacionados
1. Fontes e • Identificar fenômenos, fontes e Helmholtz17
trocas de calor sistemas que envolvem calor;
• Reconhecer as propriedades
térmicas dos materiais e os diferentes
processos de troca de calor;
• Utilizar o modelo cinético das
moléculas para explicar as
propriedades térmicas das
substâncias.
QUADRO 6 Fontes e trocas de calor
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
16
VIEIRA, Kátia Maria Dias e BATISTA, Irinéia de Lourdes (2005).
17
BAPTISTA, José Plínio (2006).
31
Temas Estruturadores
2. Calor, ambiente e usos de energia
Temas Subtemas Filósofos relacionados
2. Tecnologias • Compreender a relação entre
que usam calor: variação de energia térmica e
motores e temperatura;
refrigeradores • Identificar a participação do calor e
os processos envolvidos no
funcionamento de máquinas térmicas;
• Identificar o calor como forma de
dissipação de energia e a
irreversibilidade de certas
transformações.
QUADRO 7 Tecnologias que usam calor: motores e refrigeradores
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
Temas Estruturadores
2. Calor, ambiente e usos de energia
Temas Subtemas Filósofos relacionados
3. O calor na • Compreender o papel do calor na
vida e no origem e manutenção da vida;
ambiente • Reconhecer os diferentes processos
envolvendo calor e suas dinâmicas
nos fenômenos climáticos;
• Identificar e avaliar os elementos
que propiciam conforto térmico em
ambientes fechados.
QUADRO 8 O calor na vida e no ambiente
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
32
Temas Estruturadores
2. Calor, ambiente e usos de energia
Temas Subtemas Filósofos relacionados
4. Energia: • Identificar as diferentes fontes de
produção para energia e processos de transformação
uso social
presentes na produção de energia
para uso social;
• Identificar os diferentes sistemas de
produção de energia elétrica;
• Acompanhar a evolução da
produção, do uso social e do
consumo de energia.
QUADRO 9 Energia: produção para uso social
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
Temas Estruturadores
3. Som, imagem e informação
Temas Subtemas Filósofos relacionados
1. Fontes • Identificar objetos, sistemas e
sonoras fenômenos que produzem sons para
reconhecer as características que os
diferenciam;
• Associar diferentes características
de sons a grandezas físicas (como
freqüência, intensidade etc.);
• Conhecer o funcionamento da
audição humana.
QUADRO 10 Fontes sonoras
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
33
Temas Estruturadores
Temas Estruturadores
3. Som, imagem e informação
Temas Subtemas Filósofos relacionados
3. Gravação e • Compreender, para utilizar
reprodução de adequadamente, diferentes formas de
sons e imagens gravar e reproduzir sons;
• Compreender, para utilizar
adequadamente, diferentes formas de
gravar e reproduzir imagens:
QUADRO 12 Gravação e reprodução de sons e imagens
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
18
SIMON, Samuel; SERRA, Almir; e BIÃO, Ruslane (2004).
34
Temas Estruturadores
3. Som, imagem e informação
Temas Subtemas Filósofos relacionados
4. Transmissão • Conhecer os processos físicos
de sons e envolvidos nos diferentes sistemas de
imagem transmissão de informação sob forma
de sons e imagens para explicar e
monitorar a utilização de transmissões
por antenas, satélites, cabos ou através
de fibras ópticas;
• Compreender a evolução dos meios e
da velocidade de transmissão de
informação.
QUADRO 13 Transmissão de sons e imagem
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
Temas Estruturadores
4. Equipamentos elétricos e telecomunicações
Temas Subtemas Filósofos relacionados
1. Aparelhos • Em aparelhos e dispositivos elétricos
elétricos residenciais, identificar seus diferentes
usos e o significado das informações
fornecidas pelos fabricantes;
• Relacionar essas informações a
propriedades e modelos físicos;
• Compreender o significado das redes
de 110V e 220V, calibre de fios,
disjuntores e fios-terra.
QUADRO 14 Aparelhos elétricos
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
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Temas Estruturadores
4. Equipamentos elétricos e telecomunicações
Temas Subtemas Filósofos relacionados
2. Motores • Compreender fenômenos magnéticos;
elétricos • Reconhecer a relação entre
fenômenos magnéticos e elétricos;
• Conhecer critérios que orientem a
utilização de aparelhos elétricos.
QUADRO 15 Motores elétricos
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
Temas Estruturadores
4. Equipamentos elétricos e telecomunicações
Temas Subtemas Filósofos relacionados
3. Geradores • Em sistemas que geram energia
elétrica, identificar semelhanças e
diferenças entre os diversos processos
físicos envolvidos e suas implicações
práticas;
• Compreender o funcionamento de
pilhas e baterias;
• Compreender o funcionamento de
diferentes geradores para explicar a
produção de energia.
QUADRO 16 Geradores
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
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Temas Estruturadores
4. Equipamentos elétricos e telecomunicações
Temas Subtemas Filósofos relacionados
4. Emissores e • Identificar a função de dispositivos
receptores como capacitores, indutores e
transformadores;
• Compreender o funcionamento de
circuitos oscilantes e o papel das
antenas;
• Avaliar o impacto dos usos da
eletricidade sobre a vida econômica e
social.
QUADRO 17 Emissores e receptores
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
Temas Estruturadores
5. Matéria e radiação
Temas Subtemas Filósofos relacionados
1. Matéria e suas • Utilizar os modelos atômicos Aristóteles19, Platão20,
propriedades
propostos para a constituição da René Descartes21.
matéria para explicar diferentes
propriedades dos materiais;
• Relacionar os modelos de
organização dos átomos e moléculas na
constituição da matéria às
características macroscópicas
observáveis em diversos materiais;
• Compreender a constituição e
organização da matéria viva e suas
especificidades.
QUADRO 18 Matéria e suas propriedades
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
19
VIEIRA, Kátia Maria Dias e BATISTA, Irinéia de Lourdes (2005).
20
<http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/Megahist-filos/D-PLATAO/6316y174.html. Acesso em 23 ago.2009.
21
PONCZEK, Roberto de Leon (2000).
37
Temas Estruturadores
5. Matéria e radiação
Temas Subtemas Filósofos relacionados
2. Radiações e • Identificar diferentes tipos de
suas interações radiações presentes na vida cotidiana;
• Compreender os processos de
interação das radiações com meios
materiais;
• Avaliar efeitos biológicos e
ambientais do uso de radiações não-
ionizantes.
QUADRO 19 Radiações e suas interações
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
Temas Estruturadores
5. Matéria e radiação
Temas Subtemas Filósofos relacionados
3. Energia • Compreender as transformações
nuclear e nucleares que dão origem à
radioatividade radioatividade;
• Conhecer a natureza das interações e
a dimensão da energia envolvida nas
transformações nucleares;
• Avaliar os efeitos biológicos e
ambientais, assim como medidas de
proteção, da radioatividade e radiações
ionizantes.
QUADRO 20 Energia nuclear e radioatividade
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+
38
Temas Estruturadores
5. Matéria e radiação
Temas Subtemas Filósofos relacionados
4. Eletrônica e • Identificar a presença de
informática componentes eletrônicos e suas
propriedades nos equipamentos
contemporâneos;
• Identificar elementos básicos da
microeletrônica para compreender o
processamento de informação;
• Acompanhar e avaliar o impacto
social e econômico da automação e
informatização na vida contemporânea.
QUADRO 21 Eletrônica e informática
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
Temas Estruturadores
6. Universo, Terra e vida
Temas Subtemas Filósofos relacionados
1. Terra e • Conhecer as relações entre os Aristóteles22,
sistema solar movimentos da Terra, da Lua e do Sol;
Galileu Galilei23.
• Compreender as interações
gravitacionais.
QUADRO 22 Terra e sistema solar
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
22
VIEIRA, Kátia Maria Dias e BATISTA, Irinéia de Lourdes (2005); MOSCHETI, Marcelo (2003).
23
PONCZEK, Roberto de Leon (2000).
39
Temas Estruturadores
6. Universo, Terra e vida
Temas Subtemas Filósofos relacionados
2. O Universo e • Conhecer as teorias e modelos Aristóteles24,
sua origem propostos para a origem, evolução e Galileu Galilei25,
constituição do Universo;
Einstein26.
• Reconhecer ordens de grandeza de
medidas astronômicas.
Temas Estruturadores
6. Universo, Terra e vida
Temas Subtemas Filósofos relacionados
3. Compreensão • Conhecer aspectos dos modelos Aristóteles27, Leibniz28,
humana do explicativos da origem e constituição Einstein29, Platão30.
Universo do Universo;
• Compreender aspectos da evolução
dos modelos da ciência para explicar a
constituição do Universo;
• Identificar diferentes formas pelas
quais os modelos explicativos do
Universo influenciaram a cultura e a
vida humana;
QUADRO 24 Compreensão humana do Universo
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa, com base no PCN+.
24
VIEIRA, Kátia Dias e BATISTA, Irinéia de Lourdes (2005); MOSCHETI, Marcelo (2003).
25
PONCZEK, Roberto de Leon (2000).
26
GÖDEL, Kurt (2006); BAPTISTA, José Plínio (2006); MOSCHETI, Marcelo (2003).
27
VIEIRA, Kátia Dias e BATISTA, Irinéia de Lourdes (2005).
28
PONCZEK, Roberto de Leon (2000).
29
GÖDEL, Kurt (2006); BAPTISTA, José Plínio (2006).
30
BAPTISTA, José Plínio (2006).
40
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
Nesta pesquisa, foram sujeitos os professores que estão atuando nas disciplinas de Física e
Filosofia no Município de São Leopoldo, tanto em escolas particulares quanto em escolas
estaduais.
Para o levantamento das escolas que poderiam fazer parte da pesquisa, visto que estas
duas disciplinas são ofertadas somente no Ensino Médio, foram acessados os sítios da Secretaria
da Educação do Rio Grande do Sul e da Prefeitura Municipal de São Leopoldo. No sítio da
Secretaria da Educação foi utilizado um filtro que define a cidade a ser pesquisada, neste caso,
São Leopoldo. O sítio da Prefeitura foi utilizado para levantamento de maiores detalhes de cada
escola, como telefone e endereço.
Foram selecionadas vinte e uma escolas, pois estas trabalhavam com Ensino Médio. A
fim de organização, foi criada uma planilha (APÊNDICE 1) para controle do andamento da
coleta dos dados.
Para participar do estudo, foram delineados dois critérios de inclusão: atuar em sala de
aula na disciplina de Física ou Filosofia em escola no Município e devolver o questionário
preenchido ao pesquisador até primeira semana de novembro de 2009. Assim, participaram deste
41
estudo vinte e três professores, separados em doze professores de Física e onze professores de
Filosofia.
Para a coleta dos dados, foi construído um questionário com questões fechadas e abertas
no intuito de atender os objetivos propostos no estudo. Segundo Minayo (2006), algumas das
vantagens das questões abertas se referem: à possibilidade do surgimento de informações
inesperadas, ao menor poder de influência nos respondentes, além de possibilitar mais
informação, proporcionando comentários, explicações e esclarecimentos significativos para se
interpretar e analisar as respostas.
Por telefone os supervisores das escolas foram contatados sobre a intenção da aplicação
do questionário e foi lhes perguntado sobre como este questionário poderia ser aplicado aos
professores. Após a análise do questionário por parte da supervisão, por escolha própria, o
questionário foi encaminhado pelo supervisor aos professores das duas disciplinas dentro de cada
escola.
No caso deste projeto, propõem-se como pontos chaves a utilização de alguns filósofos
que são estudados nas aulas de Filosofia como sendo personagens não somente
contextualizadores de determinados conteúdos de Física, mas principalmente como personagens
que realmente alavancaram vários campos que depois vieram a ser de responsabilidades da
chamada “filosofia da natureza”.
Como ponto de partida na busca destes filósofos, foi realizado um levantamento entre
alguns professores de Filosofia de São Leopoldo através de telefonemas e correio eletrônico. O
resultado deste levantamento é demonstrado abaixo:
a) Sócrates
b) Platão
c) Aristóteles
d) Descartes
e) Hegel
f) Kant
g) Nietzsche
Após este levantamento inicial, foi realizada através de pesquisa bibliográfica uma busca
na obra de cada filósofo na tentativa de se achar contribuições no campo da Física respectivo a
estes filósofos.
Foram consultados livros e artigos de Filosofia e Física, além, é claro, de pesquisa entre
professores destas duas disciplinas.
43
A análise quantitativa envolveu os dados objetivos obtidos por meio dos Questionários
(APÊNDICES 02 E 03) aplicados aos professores. No que diz respeito às variáveis demográficas
(escola, ano do Ensino Médio em que trabalha e formação acadêmica) dos participantes do
presente estudo, realizou-se uma análise da estatística descritiva do grupo. Este tipo de análise,
segundo Minayo (2006, p. 208), “fornece um perfil das características do grupo estudado e da
distribuição dos eventos neste grupo”. Em seguida, fez-se uma comparação entre esses grupos,
segundo as referidas variáveis.
Para análise dos dados foi utilizada a técnica da análise temática, uma das modalidades de
análise de conteúdo. Essa técnica desdobra-se operacionalmente em três etapas: pré-análise,
exploração do material, tratamento dos resultados obtidos e interpretação.
Para a pré-análise foi realizado o contato direto e intenso com o material de campo
(leitura flutuante), observadas a exaustividade, a representatividade, a homogeneidade e a
pertinência; e destacadas unidades de registro (núcleos de sentido, que podem ser palavras-chave
ou frase), as quais foram agrupadas conforme a similaridade de conteúdo, visando uma
categorização em temas de análise.
O tema, de acordo com Bardin (1979, p. 105), “é uma unidade de significação que se
liberta naturalmente de um texto analisado segundo certos critérios relativos à teoria que serve de
guia à leitura”. Assim, os dados foram analisados em torno de temas pré-estabelecidos, eles
formam as próprias perguntas do questionário utilizado.
FÍS, para os professores de Física, código esse também seguido de um número de ordem.
4.1 FILOSOFIA
As escolas têm até 2012 para ofertar a disciplina de Filosofia em todas as séries do Ensino
Médio, conforme define a Legislação Estadual, mas, aqui fica claro que existem ainda lacunas no
sistema de ensino, necessitando principalmente de profissionais com formação adequada.
46
Pergunta 1: Assinale quais dos pensadores filósofos abaixo você trabalha suas teorias nas
aulas de filosofia?
( ) Sócrates
( ) Platão
( ) Aristóteles
( ) Descartes
( ) Hegel
( ) Kant
( ) Nietzsche
( ) outros (favor citar)
( )
Neste gráfico, fica evidente que o levantamento inicial através de correio eletrônico e
telefonemas, na época da formulação do questionário, foi muito relevante (metodologia da
pesquisa). Além destes sete filósofos mais citados, em torno de sessenta e quatro por cento dos
professores de filosofia citaram mais alguns outros nomes de filósofos, pois o questionário
apresentava a opção de escrever outros nomes. O quadro abaixo demonstra os nomes de outros
filósofos citados e a freqüência que estes nomes apareceram entre os respondentes.
47
Constata-se neste quadro a grande variedade de nomes que contribuíram para o avanço
das teorias e sistemas filosóficos que estão sendo utilizados nas aulas de Filosofia. Apesar da
grande variedade, vemos que a frequência com que aparecem não os coloca como sendo uma
unanimidade entre os professores.
Pode ser que isso esteja ocorrendo justamente pelo fato dos professores respondentes
estarem distribuídos entre as três séries do Ensino Médio, acarretando assim abordagens muito
diversas umas das outras, variando além do mais com as características de cada turma.
48
Professor Pergunta 2: Algumas das teorias dos pensadores que você assinalou contribuíram
para o desenvolvimento da Física? Quais teorias?
FILO1 Grande parte deles eram também matemáticos. Não tem como separar a filosofia das
exatas.
FILO2 Não respondeu.
FILO3 Não respondeu.
FILO4 Desenvolvimento da lógica.
FILO5 Galileu Galilei, defensor da cosmologia que se desenvolveu a partir da teoria
heliocêntrica de Copérnico.
FILO6 Aristóteles
FILO7 Operacionalismo científico, transcendência, relativismo, probabilidade, geometria
analítica, mecânica quântica, movimento, falseabilidade entre outros que não os
tenho em mente no momento.
FILO8 Não respondeu.
FILO9 Aristóteles sem sombra de dúvida contribuiu muito para o desenvolvimento da
Física, uma vez que deu as bases do pensamento lógico, estudos sobre o movimento,
etc. No Liceu, dava atenção especial às ciências da natureza. Também René
Descartes a partir do Método Cartesiano. Diria que indiretamente também Helena
Petrovna Blavatsky, uma vez que há referências de que Albert Einstein era leitor
frequente de suas obras.
FILO10 Sim. Origem do Universo, teorias do conhecimento.
FILO11 A reflexão sobre a questão do tempo e do espaço, a questão do ser humano inserido
no contexto onde o ser é somente porque está contextualizado dentro de um
perímetro maior do que o senso comum do viver uma vida sem noção. A questão da
teoria e da prática, onde a física está inserida. O referencial do pensamento, a fim de
compreender o que significa a física e a sua maneira de ver o universo. A questão de
que ciência não é sinônimo de física ou matemática, mas sim de reflexão e de
pensamento organizado dentro de padrões onde a racionalidade humana precisa estar
presente para que a compreensão seja algo mesurável e crítico.
QUADRO 27 Teorias dos pensadores que contribuíram para o desenvolvimento da Física, citados
pelos professores de Filosofia.
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa
Primeiramente, cabe salientar que aproximadamente setenta e três por cento dos
professores de Filosofia afirmaram que têm conhecimento de que os filósofos citados na pesquisa
contribuíram para o desenvolvimento da Física. Em segundo lugar, fica notório também que
muitos deles têm uma boa noção de como foi esta contribuição, pois inclusive detalharam-na.
Esta constatação corrobora como mais uma justificativa de que a Física e a Filosofia,
devido as suas semelhanças, podem ser trabalhadas de forma interdisciplinar.
49
Apenas trinta e seis por cento dos professores de Filosofia respondentes à pesquisa têm
formação na área da Filosofia. Uma das explicações possíveis para este fato é a recente
obrigatoriedade desta disciplina no currículo do Ensino Médio, incluindo também que a própria
legislação estadual possibilita que professores de outras áreas ministrem aulas de Filosofia, pelo
menos até o ano de 2012, conforme estabelecido pelo Conselho Estadual de Educação do Rio
Grande do Sul.
Apesar da formação em outras áreas, nota-se que quase cinqüenta por cento dos
professores de Filosofia possuem pós-graduação, o que denota um professor especializado em
alguma área do conhecimento e com provável experiência na área de pesquisa.
50
As seguintes frases “Sempre tento unir as demais disciplinas...”, “Minhas aulas são
sempre voltadas para uma idéia interdisciplinar...”, “A filosofia é naturalmente trabalhada de
forma interdisciplinar...” demonstram que a interdisciplinaridade vem fazendo parte das aulas de
filosofia o que está condizente com as orientações contidas no PCN+.
Professor Pergunta 5: Você acha que é possível trabalhar Física e Filosofia em projetos
interdisciplinares?
FILO1 SIM.
FILO2 SIM.
FILO3 NÃO RESPONDEU.
FILO4 SIM.
FILO5 SIM.
FILO6 SIM.
FILO7 SIM.
FILO8 SIM.
FILO9 SIM.
FILO10 SIM.
FILO11 SIM.
QUADRO 30 Possibilidade de trabalhar interdisciplinarmente a Física e a Filosofia, segundo os
professores de Filosofia
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa
Apesar das respostas à pergunta 4 terem demonstrado que nenhum professor de Filosofia
já realizou trabalhos em conjunto com a Física, fica muito claro nas respostas da pergunta
seguinte quanto a esta possibilidade. Aliada ao fato de que muitos professores demonstraram
possuir boas noções sobre a produção científica na área da Física, de vários filósofos, conforme
demonstram as respostas à pergunta nº 2. Evidencia-se não só a possibilidade, mas uma
incipiente prática na prática docente.
53
Professor Pergunta 6: Qual a metodologia que você sugere para trabalhar física junto com a
filosofia (de modo interdisciplinar)? Como? Quais recursos que utilizarias?
FILO1 Poder-se-ia pegar um filósofo e trabalhar a sua teoria e contribuição para ambas as
áreas. Ex: Galileu. Seria um desafio bem importante um trabalho interdisciplinar
entre estas duas áreas, pois elas parecem tão opostas; e o pior é que muitas vezes nós
profissionais de ambas é que fizemos esta “separação e distância”. Mas elas estão
mais próximas do que se imagina e ambos se complementam.
FILO2 Utilizo a física para compreensão do que é ciência, comprovação, conhecimento
científico para compará-lo ao conhecimento do senso comum, por exemplo.
FILO3 Não respondeu.
FILO4 Teoria atômica de Demócrito, aula expositiva com demonstração de imagens.
FILO5 A lógica filosófica.
FILO6 Utilizando exemplos de causas naturais, acho que deveriam ministrar aulas fora da
sala de aula, mostrando exemplo da Natureza.
FILO7 O trabalho interdisciplinar exige várias competências de conhecimento, portanto, o
trabalho é coletivo e fundamentalmente especial. Os recursos variam de acordo com
o propósito a ser trabalhado. Quanto à metodologia, quantitativa, qualitativa,
dialética, hipotética, dedutiva, fenomenológica... vai depender do tipo de trabalho.
FILO8 A filosofia faz uso da lógica (baseia-se em leis, princípio, demonstrações, provas,
etc). Muitos filósofos eram cientistas, matemáticos (Descartes, Pitágoras) etc.
FILO9 Não havia pensado sobre isso ainda. Mas acredito que contextualizando a construção
dos conceitos de Física e o papel que os pensadores da época tiveram para que tal
conhecimento fosse desenvolvido. Penso que seria um caminho. Já pensando na
Física Quântica acredito que novas e interessantes possibilidades se abririam, porém
sinto necessidade de buscar mais formação para efetivar tal proposta.
FILO10 Mostrando aos alunos que tudo teve um começo com os filósofos, que foram os
primeiros teóricos.
FILO11 a) Equiparação de relevância do componente curricular em número de aulas e de
interação de assuntos, pois interdisciplinaridade só pode ocorrer quando um lugar
respeita qualitativa os diferentes modos de ver a vida e de se apropriar do
conhecimento;
b) projetos comuns, onde a linguagem é conceitualmente perpassada entre as duas
áreas;
c) conceitos e prática trabalhados de forma compartilhada;
d) leituras e projetos feitos a partir de referenciais objetivos de ensino e
aprendizagem e não na atual conjuntura do sistema de ensino brasileiro ditado pelo
vestibular.
QUADRO 31 Metodologia e recursos sugeridos por professores de Filosofia
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa
54
• utilizando exemplos de causas naturais [...] ministrar aulas fora da sala de aula,
mostrando exemplo da natureza;
Outro aspecto interessante levantado em uma das respostas foi a surpresa que um
professor teve ao ser indagado sobre como realizaria trabalhos interdisciplinares entre a Física e a
Filosofia, ele afirmou: “Não havia pensado sobre isso ainda.”. Este mesmo professor havia
comentado em resposta anterior que já tinha realizado trabalhos com a História, Sociologia e
Artes.
55
. Pergunta 7: Você adota livro texto? Qual? Utilizas outros livros para preparação de
Professor suas aulas? Quais são eles?
FILO1 Sim, Fundamentos da Filosofia, Gilberto Cotrin, Ed. Saraiva, e da Marilena Chauí e
outros.
FILO2 Utilizo os módulos (polígrafos) desenvolvidos pela escola.
FILO3 Não adoto livro texto, monto um polígrafo.
FILO4 Utilizo fontes diversas: livros, internet, ensaios, jornais.
FILO5 Para filosofar, livro didático de ensino fundamental e médio.
FILO6 Não, Marilena Chauí, Reale, Marcondes.
FILO7 Não. Utilizo textos originais e/ou montados por mim a partir das ideias dos
pensadores. Tenta-se sempre apreciar (...) eliminando-se a opinião (achômetro).
FILO8 Sim, Filosofia: da Ática.
FILO9 Não. Preparo os textos e os exercícios.
FILO10 Não, os alunos não compram livros e o governo não fornece livros de filosofia para
os alunos. Utilizo os livros do Gilberto Cotrim, Marilena Chauí, Maria Lúcia
Aranha, Maria Helena Martins, Ubaldo Nicola.
FILO11 Utilizo pela primeira vez, este ano, um livro texto. Mas continuo abastecendo meus
alunos com leituras complementares e de cunho investigativo à pesquisa científica.
QUADRO 32 Livros-texto utilizados por professores de Filosofia
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa
O que existe hoje, como orientação oficial por parte do MEC são os PCNs, que já incluem
a disciplina de Filosofia como componente curricular.
4.2 FÍSICA
Dentre os doze professores de Física respondentes à pesquisa, cinqüenta e oito por cento
foram de escolas públicas e trinta e três por cento de escolas particulares. Cabe salientar que na
maioria das escolas de Ensino Médio de São Leopoldo existe geralmente mais de um professor de
Física, tendo inclusive, entre os respondentes, uma escola com três professores.
57
Pergunta 1: Assinale quais dos filósofos abaixo você conhece como contribuinte para o avanço
da Física.
( ) Sócrates
( ) Platão
( ) Aristóteles
( ) Descartes
( ) Hegel
( ) Kant
( ) Nietzsche
( ) outros (favor citar)
( )
Embora com menos frequência, também foram citados nos questionários. São eles:
Newton, Galileu Galilei, Arquimedes e Einstein. O nome de Newton foi citado por duas vezes,
enquanto os outros apenas uma.
58
Professor Pergunta 2: Algumas das teorias dos pensadores que você assinalou contribuíram
para o desenvolvimento da Física? Quais teorias?
FÍS 1 Existência de uma causa eficiente em toda a mudança; Princípio da ação e reação;
Conservação do movimento.
FÍS 2 Aristóteles – Inércia, queda dos corpos. Descartes – Plano cartesiano, origem do
cálculo diferencial. Kant – Teoria da relatividade.
FÍS 3 Para se chegar a uma teoria passaste pelos questionamentos, então mesmo as teorias
que pouco mantiveram, tem sua validade, pois o homem iniciou os questionamentos
das coisas da natureza.
FÍS 4 Mecânica Clássica (Isaac Newton; Galileu Galilei...)
FÍS 5 Aristóteles para teoria dos corpos, Força.
FÍS 6 Aristóteles: a idéia de que corpos com maior massa, quando em queda livre, chegam
antes no solo. Descartes: a compreensão de um sistema a partir da modelagem das
suas partes.
FÍS 7 Não respondeu.
FÍS 8 A física como ciência que hoje conhecemos não existia na época de alguns filósofos
mencionados acima, como é o caso de Aristóteles. A “filosofia natural”, como era
conhecida, antigamente era baseada em deduções lógicas, e por isso mesmo, muitas
vezes erradas do ponto de vista físico. A experimentação, quando surgiu com
Galileu, começou a pôr fim à inúmeras “concepções errôneas” que ainda eram
adotadas desde a época de Aristóteles. Muitos dos filósofos mais modernos, também
citados acima, contribuíram talvez com trabalhos no campo da lógica e da
matemática (como é o caso de Descartes, com a Geometria), porém não me recordo
se houve alguma contribuição direta destas mentes para um real avanço da física
como a conhecemos hoje, de uma forma mais direta.
FÍS 9 A Física tem por característica a reflexão, portanto, todos os filósofos que abordam
aspectos da Física no intuito de desenvolver o pensamento lógico, contribuem.
Teorias Físicas: Aristóteles e o modelo geocêntrico; Descartes - tentou provar a
existência de Deus por argumentos lógicos. Deve-se a ele a adoção do nome “sistema
cartesiano”, em homenagem a “Renato Cartesius”, seu nome em latim.; Arquimedes
– teoria da flutuação dos corpos em fluidos; Isaac Newton- As três leis de Newton
que regem a mecânica clássica e a gravitação universal que explica os movimentos
dos corpos celestes. Capra - segundo o seu modelo sistêmico, vê o todo como
indissociável; o estudo das partes não permite conhecer o funcionamento do
organismo. As comparações são feitas em vários campos da cultura ocidental atual,
como a medicina, a biologia, a psicologia e a economia.
FÍS 10 Sim. O sistema cartesiano (coordenadas) e as teorias de Aristóteles na matemática,
geometria, etc.
FÍS 11 Sim. Toda a mecânica é baseada em pensamentos de Aristóteles.
FÍS 12 Não respondeu.
QUADRO 34 Pensadores que contribuíram para o desenvolvimento da Física, segundo os
professores de Física.
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa
59
Outro aspecto importante é o de que várias respostas não remetem especificamente sobre
alguma descoberta científica, mas sim sobre a discussão do método aplicado para se chegar ao
conhecimento científico.
60
Impressiona positivamente a constatação que mais do que noventa por cento dos
professores de Física que responderam à pesquisa, possuem sua formação na área de Física.
Alguns, inclusive, com mais de uma graduação e também com algum tipo de pós-graduação. Este
fato reforça a conclusão de Gobara e Garcia (2007) em relação ao crescimento do número de
formandos nos cursos de licenciatura em Física no Brasil nos últimos anos.
É relevante também o fato de que a formação adequada do professor colabora ainda mais
para a prática de uma interdisciplinaridade, visto que ela pressupõe o domínio do professor de sua
própria disciplina.
61
Entre os respondentes, 40% dos professores já fizeram algum tipo de trabalho que
consideram interdisciplinar com a filosofia. Considerando que fazem menos do que 2 anos da
entrada da Filosofia no currículo do Ensino Médio, esta constatação reforça ainda mais a
possibilidade de trabalhos interdisciplinares entre a Física e a Filosofia.
Professor Pergunta 5: Você acha que é possível trabalhar física e filosofia em projetos
interdisciplinares?
FÍS 1 SIM.
FÍS 2 SIM.
FÍS 3 SIM.
FÍS 4 SIM.
FÍS 5 SIM.
FÍS 6 SIM.
FÍS 7 SIM.
FÍS 8 SIM.
FÍS 9 NÃO.
FÍS 10 SIM.
FÍS 11 SIM.
FÍS 12 NÃO.
QUADRO 37 Possibilidade de trabalhar interdisciplinarmente a Física e a Filosofia, segundo os
professores de Física
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa
Nas respostas à pergunta 5, fica ainda mais evidente que já existe uma conscientização da
possibilidade do trabalho interdisciplinar entre a Física e a Filosofia. Aliás, analisando as
respostas das perguntas 4 e 5 de forma conjunta, torna-se muito claro que esta questão não está
presente somente como intenção e possibilidade, mas sim como uma realidade da prática
pedagógica.
O que talvez ainda falte entre o corpo docente é justamente a iniciativa do começar algo
novo. Uma barreira natural que pode ser vencida através das trocas de experiências entre os
próprios professores.
63
Professor Pergunta 6: Qual a metodologia que você sugere para trabalhar física junto com a
filosofia (de modo interdisciplinar)? Como? Quais recursos que utilizarias?
FÍS 1 Pesquisa e seminário.
FÍS 2 Nas aulas de filosofia, poderia ser trabalhado as ideias dos pensadores e na física as
consequências de tais pensamentos.
FÍS 3 Grupos – questionamentos sobre coisas da natureza – separar em grupos defendendo
diferentes pontos de vista. Objetivo: Aprender a argumentar; redação de textos;
aceitar opiniões; aprender a convencer.
FÍS 4 Não respondeu.
FÍS 5 Trabalhos de pesquisa orientados envolvendo as duas disciplinas, propondo temas
que tivessem relação comum entre as duas disciplinas utilizando internet, biblioteca
para pesquisa de livros.
FÍS 6 Aula expositiva e dialógica, com proposta de trabalho que provoque a interação
física-filosofia.
FÍS 7 Relacionando filósofos à teorias físicas. Acho importante que o aluno saiba da teoria
inicial sobre conceitos físicos para que perceba o avanço da ciência.
FÍS 8 Poderia ser abordada a parte histórica com alguns filósofos / cientistas, seus métodos
de pesquisa e a lógica utilizada para se chegar a tal conclusão.
FÍS 9 1 - Nas aulas de física comentam-se teóricos físicos que tem pensamentos filosóficos
ou influenciaram no pensamento da humanidade. Ex. Newton(1981): “Para descobrir
todos os fenômenos que deseja, basta ao sábio três coisas: pensar, pensar, pensar.
2 - Os professores de física, em regra, não possuem formação para discutir as teorias
filosóficas e, sim, Físicas.
FÍS 10 Não respondeu.
FÍS 11 Como metodologia, sugiro fazer com que os alunos pesquisem sobre os pensadores,
conhecendo sua história de modo a perceber as semelhanças entre estas duas
ciências. Poderiam ser feitos slides e apresentações em grupo onde seria contado um
pouco da história destes filósofos.
FÍS 12 Não faria, pois não sei nada de filosofia.
QUADRO 38 Metodologia e recursos didáticos sugeridos pelos professores de Física
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa
As respostas a esta pergunta são muito ricas no que concerne ao dia a dia da prática
pedagógica do professor. São sugestões claras de como se pode realizar um trabalho
interdisciplinar envolvendo as duas disciplinas. Destacam-se as seguintes sugestões:
• Pesquisa e seminário;
• Aula expositiva e dialógica, com proposta de trabalho que provoque a interação física-
filosofia;
• Poderia ser abordada a parte histórica com alguns filósofos / cientistas, seus métodos
de pesquisa e a lógica utilizada para se chegar a tal conclusão;
65
Professor Pergunta 7: Você adota livro texto? Qual? Utilizas outros livros para preparação de
suas aulas? Quais são eles?
FÍS 1 Utilizo livro didático.
FÍS 2 Física – Alberto Gaspar; Física – Beatriz Alvarenga; Física – Bonjorno; Os
fundamentos da Física – Ramalho.
FÍS 3 Basicamente livros de física do Ensino Médio. Em casa, jornais, livros e filmes para
atualização.
FÍS 4 Os alunos receberam livro de física para utilizar em casa, resolvendo exercícios e
pesquisando, ou seja, é utilizado como complemento do que é visto nos dois períodos
semanais.
FÍS 5 Não adoto livro texto e utilizo os seguintes livros: Física, único, Wilson Carron e
Osvaldo Guimarães, 2003; Física, único, José Bonjorno, Clinton Ramos, 2005 e
Física, 1, 2 e 3, Halliday.
FÍS 6 Livro texto: Física-Ciência e tecnologia, Penteado e Torres. Outros: Física,
Bonjorno; Física, Alvarenga e Máximo.
FÍS 7 Sim. Adotamos Física Fundamental – Bonjorno e Clinton. Utilizo apenas para
exercícios.
FÍS 8 Utilizo o livro texto do Sampaio & Calçada, intitulado Física (volume único) da
editora Atual. Também faço uso de diversos livros, de autores diferenciados, para
preparar as aulas e para servir de apoio para questões a serem resolvidas juntamente
com os alunos.
FÍS 9 Não, preparei um polígrafo próprio, pois percebi que a ordem dos conteúdos nos
livros não era adequada à capacidade de abstração e compreensão dos alunos.
FÍS 10 Vários. Utilizo um padrão para as aulas e não costumo fazer preparações. Na 1ª série
atualmente disponho de um único período semanal para o conteúdo de Física, o que
torna muito restritas as aulas. Os alunos apresentam sérias deficiências na base para
os cálculos e isto torna bastante difícil a tarefa de ensinar a matéria. Considero um
sucesso quando consigo que compreendam os conceitos e cálculos de cinemática e as
Leis de Newton. Já na segunda série sim, com 2 períodos semanais se tem mais
condições de transmitir conhecimentos de hidrostática, termologia, gases, etc. Mas
mantenho um padrão das aulas e confesso que não invisto tempo extra, preparando
novas aulas.
FÍS 11 Sim, utilizo Paulo Cesar Penteado e Carlos Torres da editora Moderna. Com certeza
utilizo outras bibliografias, gosto bastante dos livros de Beatriz Alvarenga, Alberto
Gaspar e gosto dos exercícios do Bonjorno da editora FTD.
FÍS 12 Sim. Física, Ciência e Tecnologia – Ed. Moderna e Beatriz Alvarenga.
QUADRO 39 Livros-texto utilizados por professores de Física
Fonte: Elaborado pelo autor da pesquisa
66
Baseado nas respostas acima, que demonstram uma grande variedade de títulos usados,
foi construído o seguinte quadro resumo para melhor visualização.
Cabe ainda ressaltar que no ano de 2006, pela primeira vez, o MEC divulgou a lista de
livros didáticos aprovados em sua avaliação, dentro do Programa Nacional do Livro Didático
para o Ensino Médio (PNLEM), criado pela Resolução nº 38 do seu conselho deliberativo, datada
de 15/10/2003.
.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da coleta de dados via questionários, ficou muito evidente o real interesse dos
professores de ambas as disciplinas no aproveitamento dos pontos em comum da Física e da
Filosofia, visando um trabalho interdisciplinar.
Outra dificuldade existente foi o cruzamento de informações acerca dos filósofos citados
no questionário e suas contribuições para a Física. Ao longo do período deste trabalho, foram
pesquisadas dezenas de artigos, livros, revistas e internet, tendo como resultado os quadros
localizados no item que trata da física, dos PCNs e de alguns filósofos. Apesar das dificuldades
em encontrar este material, o resultado foi muito gratificante, pois nele estão contidas várias
referências bibliográficas que podem vir a ajudar os professores no seu fazer pedagógico em sala
de aula.
Ao todo foram vinte e uma escolas convidadas a participarem da pesquisa, sendo que
quatro se negaram, alegando falta de tempo. Foram dezessete escolas que receberam os
questionários, dentre as quais, onze foram representadas por seus professores ao responderem os
questionários, totalizando um público de vinte e três professores, distribuídos entre a rede de
ensino pública e a rede privada da cidade de São Leopoldo.
Sabe-se da limitação deste trabalho, visto que aspectos importantes como a historicidade
no ensino de Física e a própria formação de professores não foram levantados, mas cabe também
ressaltar que contribuições relevantes foram realizadas no âmbito da interdisciplinaridade, no
conhecimento dos PCNs, na demonstração de uma parcela significativa da realidade de
professores de Física e Filosofia no município de São Leopoldo.
69
Com relação aos objetivos traçados, pode-se afirmar que foram plenamente cumpridos,
pois no decorrer do trabalho foram listados os principais filósofos utilizados em aulas de
Filosofia no Ensino Médio, relacionadas as contribuições de cada um deles para o
desenvolvimento da Física e, também, demonstrada a importância de se trabalhar a
interdisciplinaridade entre a Física e a Filosofia.
Cabe destacar, ainda, que este trabalho representou muito mais do que o simples
cumprimento de exigências curriculares. De parte deste formando, faz-se necessário revelar a
grande satisfação na realização desta pesquisa, por ter que caminhar por caminhos
desconhecidos, envolvendo duas disciplinas que vão muito além dos bancos escolares, pois se
fazem presentes no dia a dia do ser humano. Para encerrar, destaca-se a seguinte frase dita por um
professor ao ser indagado sobre o trabalho interdisciplinar entre a Física e a Filosofia “Não havia
pensado sobre isso ainda.”
REFERÊNCIAS
BAPTISTA, José Plínio. A função do movimento rotacional nas teorias dos pré-socráticos.
Artigo. Revista Brasileira de Ensino de Física. v.25, n.1. São Paulo, 2003.
BRASIL. Lei nº 11.684/2008 - Altera o art. 36 da Lei Federal nº 9.394/1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas
obrigatórias nos currículos do Ensino Médio. DOU de 3.06.2008
GÖDEL, Kurt. Uma nota acerca das relações entre a teoria da relatividade e a filosofia idealista.
Artigo. Revista Brasileira de Ensino de Física. v. 28, n. 4, p. 521-524, (2006).
GOBARA, Shirley Takeco; GARCIA, João Roberto Barbosa. As licenciaturas em física das
universidades brasileiras: um diagnóstico da formação inicial de professores de física. Artigo.
Revista Brasileira de Ensino de Física. v.29, n.4. São Paulo, 2007.
MOSCHETI, Marcelo. Cosmologia Bipartida: A distinção Aristotélica entre Céu e Terra. Artigo.
ANALECTA. Guarapuava, Paraná v. 4 no 1 p. 29-37 jan/jun. 2003
SILVEIRA, René. Um sentido para o ensino da Filosofia no Nível Médio. In: GALLO, Sílvio;
Kohan, Walter. Org. Filosofia no Ensino Médio. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
SIMON, Samuel; SERRA, Almir; BIÃO, Ruslane. Há uma teoria física em Descartes? O estudo
do arco-íris. PHILÓSOPHOS 9 (2) : 271-292, jul./dez. 2004.
SOUZA et al. Construção dos instrumentos qualitativos e quantitativos. In: MINAYO, M.C.S.;
ASSIS, S.G.; SOUZA, E.R. (Org.). Avaliação por triangulação de métodos. Rio de Janeiro:
Fiocruz, 2005. p. 133-56.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasHumanas.pdf
em http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/Megahist-filos/D-PLATAO/6316y174.html
73
APÊNDICE 01
PESQUISA ENTRE PROFESSORES DE FILOSOFIA
Escola: ( ) pública ( ) privada Ano do ensino médio: Email:
1 - Assinale quais dos pensadores filósofos abaixo você trabalha suas teorias nas aulas de filosofia?
( ) Sócrates
( ) Platão
( ) Aristóteles
( ) Descartes
( ) Hegel
( ) Kant
( ) Nietzsche
( ) outros (favor citar)
( )
( )
2 – Algumas das teorias dos pensadores que você assinalou acima contribuíram para o desenvolvimento da
Física? Quais teorias?
6 – Qual a metodologia que você sugere para trabalhar a Física junto com a Filosofia (de modo interdisciplinar)?
Como? Quais os recursos que utilizarias?_______________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
7 – Você adota livro texto? Qual? Utilizas outros livros para preparação de suas aulas? Quais são eles?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
74
APÊNDICE 02
PESQUISA ENTRE PROFESSORES DE FÍSICA
Escola: ( ) pública ( ) privada Ano do ensino médio: Email:
1 - Assinale quais dos filósofos abaixo você conhece como contribuinte para o avanço da Física.
( ) Sócrates
( ) Platão
( ) Aristóteles
( ) Descartes
( ) Hegel
( ) Kant
( ) Nietzsche
( ) outros (favor citar)
( )
( )
2 – Algumas das teorias dos pensadores que você assinalou acima contribuíram para o desenvolvimento da
Física? Quais teorias?
6 – Qual a metodologia que você sugere para trabalhar a Física junto com a Filosofia (de modo interdisciplinar)?
Como? Quais os recursos que utilizarias?_______________________________________
______________________________________________________________________________________
7 – Você adota livro texto? Qual? Utilizas outros livros para preparação de suas aulas? Quais são eles?
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
75
APÊNDICE 03