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2 Escola Anatómico-Descritiva ( Teoria Clássica – Fayol)

Embora com base conceptual idêntica à de Taylor, Henry Fayol desenvolveu a


sua teoria numa perspectiva global, sendo os seus princípios que expôs no seu
livro” Teoria Geral da Administração” que publicou em 1916, destinados à
organização como um todo.

Fayol vai preocupar-se fundamentalmente com a análise da estrutura


hierárquica das organizações, pondo acento na linha de comando da qual
dependeria todo o bom funcionamento organizacional.

Fayol dividiu as operações empresariais em seis funções fundamentais :


comercial, técnica, segurança, contabilidade, financeira e administração.

A d m i n i s t r a ç ã o

F u n ç ã o F u n ç ã o F u n ç ã o F u n ç ã o Fd ue n ç ã o d e
T é c n i c a C o m e r c Fi a i ln a n c e Si r e a g u r a C n o ç n a t a b i l i d a d e

Fig. 1 – As funções empresariais de Fayol

A Administração ou função administrativa engloba as funções de gestão tal


como definidas por Henry Fayol – planear, organizar, comandar, coordenar e
controlar.

Assim Henry fayol tenta assim caracterizar quais as funções de cada


responsável hierárquico definindo as funções a desempenhar pelo gestor –
prever, organizar, comandar, coordenar e controlar – independentemente do
seu nível hierárquico, sendo este, sem dúvida, o seu grande contributo para a
teoria das irganizações.
Considerou também crucial a clareza das relações hierárquicas bem expressa
na unidade de comando – cada subordinado tem um só chefe e para cada
chefe é inequívoco quem são as pessoas que respondem perante ele.
Fayol adopta o conceito de “homem-servo” .

Na prática Fayol definiu um conjunto de regras a que deve obedecer a


estrutura interna de qualquer organização assentes num conjunto de 14
princípios gerais de gestão (administração), nomeadamente:

– Divisão do trabalho;
– Autoridade;
– Disciplina;
– Unidade de comando;
– Unidade de Direcção;
– Subordinação do interesse individual ao coectivo;
– Remuneração;
– Centralização;
– Cadeia de Comando;
– Ordem;
– Equidade;
– Estabilidade de Emprego;
– Iniciativa.
A Teoria Clássica da Administração representa, hoje, a conquista de uma longa
história, no campo do conhecimento humano que despontou no início do século XX, no
quadro da 2ª Revolução Industrial.

Com a 2ª Revolução Industrial, principalmente com o surgimento da energia elétrica e o


uso dos combustíveis de petróleo, há um novo surto de progresso, acompanhado da
expansão do capitalismo financeiro, que viria permitir a criação e o funcionamento de
grandes organizações empresariais.

Henri Fayol
No campo específico da administração das empresas, coube a um engenheiros o
lançamento do fundamento de uma Teoria Geral da Administração, dando origem à
chamada Escola Clássica da Administração.

Grego de nascimento, porém educado na França - foi o também conhecido engenheiro


Henri Fayol (1841/1925), com seu trabalho “Administracion Industrielle et Generale”,
publicado em 1916, e que, como o livro de Taylor, ganhou um prestígio extraordinário.

Assim, a abordagem clássica da Administração cobre duas áreas distintas: a


operacional, de Taylor, com ênfase nas tarefas; e a administrativa, de Fayol, com ênfase
na estrutura organizacional.

Teoria Clássica da Administração


Surgiu na França o pilar da Escola Clássica, comandado por Henry Fayol - engenheiro -,
nascido na Grécia e educado no França, onde trabalhou e desenvolveu seus estudos.

Na Teoria Clássica de Fayol e seus seguidores a ênfase é posta na estrutura da


organização. O objetivo é buscar a maior produtividade do trabalho, maior eficiência do
trabalhador e da empresa.

A Teoria Clássica da Administração partiu de uma abordagem sintética, global e


universal da empresa, com uma visão anatômica e estrutural, enquanto na
Administração Científica a abordagem era, fundamentalmente operacional
(homem/máquina).

A experiência administrativa de Fayol começa como gerente de minas, aos 25 anos e


prossegue na Compagnie Comantry Fourchambault et Decazeville, aos 47 anos, uma
empresa em difícil situação, que ele administra com grande eficiência e, em 1918,
entrega ao seu sucessor em situação de notável estabilidade.
Fayol sempre afirmou que seu êxito se devia não só às suas qualidades pessoais, mas
aos métodos que empregara. Exatamente como Taylor, Fayol procurou demonstrar que,
com previsão científica e métodos adequados de gerência, os resultados desejados
podem ser alcançados.

Sua teoria da Administração está exposta em seu famoso livro “Administração Industrial
e Geral”, publicado em 1916 e, basicamente, está contida na proposição de que toda
empresa pode ser dividida em seis grupos de funções, a saber:

Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens e serviços da empresa.

• Funções comerciais, relacionadas com a compra e venda.

• Funções financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.

• Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e


das pessoas.

• Funções contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços e


estatísticas.
• Funções administrativas, relacionadas com a integração de cúpula das outras
cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais
funções da empresa, pairando sempre acima delas.

Nenhuma das cinco funções essenciais tem o encargo de formular o programa geral da
empresa. Essa atribuição compete à 6ª função, a função administrativa que constitui,
propriamente, a Administração.

Para deixar claro essa função coordenadora, Fayol assim define o ato de administrar

• Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.

• Organizar: constituir o duplo organismo da empresa, material e social.

• Comandar: dirigir e orientar o pessoal

• Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.

• Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as


ordens dadas.

Segundo Fayol, a Administração não se refere apenas ao topo da organização: existe


uma proporcionalidade da função administrativa, que não é privativa da alta cúpula,
mas, ao contrário, se distribui por todos os níveis hierárquicos. Segundo ele, tudo em
Administração é questão de medida, de ponderação e de bom senso. Os princípios que
regulam a empresa devem ser flexíveis e maleáveis, e não rígidos.

São princípios fundamentais de Fayol:

• divisão de trabalho;

• autoridade e responsabilidade;

• disciplina;

• unidade de comando;

• unidade de direção;

• subordinação dos interesses individuais ao interesse geral;

• remuneração justa ao pessoal;

• centralização;

• linha de autoridade;

• ordem;

• equidade;

• estabilidade do pessoal;

• iniciativa e;

• espírito de equipe.

A Teoria Clássica de Fayol concebe a organização em termos de estrutura, forma e


disposição das partes que a constituem. Assim, a estrutura e a forma de organização
marca a essência da Teoria Clássica, como concebida por Fayol.
Críticas

A maior crítica relativa à influência negativa que os


conceitos Taylor e Fayol tiveram na gestão de empresas - mais especificamente nas
indústrias – pode ser claramente observada no filme de Carlitos: "Tempo Modernos".

Dessa forma, tanto as teorias desenvolvidas por Taylor, como as de Fayol, sofreram
críticas por serem eminentemente mecanicistas e, até mesmo, motivadas no sentido da
exploração do trabalhador, como se fora uma máquina. Principalmente a partir da
contribuição de psicólogos e sociólogos, iniciada com Elton Mayo e Mary Parker Follet,
surgem outras escolas de Administração, a começar pela Escola de Relações Humanas.

A partir daí, as teorias de Taylor são vistas como distorcidas, do ponto de vista do
trabalhador, considerado uma simples peça no processo de produção e submetido a
uma supervisão policialesca. Por outro lado, não corresponde à verdade o conceito
genérico de que o trabalhador não tem outros interesses e motivações senão os
representados pela recompensa financeira.

Da mesma forma se estendem as críticas às teorias de Fayol, às quais se nega a


comprovação da validade dos princípios estabelecidos, pela ausência de trabalhos
experimentais

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