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A Biblioteca Escolar nos Relatórios da

Avaliação Externa da IGE

Análise dos Relatórios de Avaliação Externa

Dezembro 2009

Formanda: Alcina Soares


A fim de dar cumprimento à segunda tarefa desta semana, optei por
escolher três relatórios de avaliação externa, a saber:

 Agrupamento de Escolas de Vila Flor, cuja avaliação externa


decorreu em Março de 2009;
 Agrupamento de Escolas e Jardins-de-Infância de Ribamar –
Lourinhã, que teve a sua avaliação em Janeiro de 2008;
 Agrupamento de Escolas Pedro Eanes Lobato, Agrupamento a que
pertenço e que foi sujeito a avaliação externa, em Janeiro de 2008.

Após a leitura atenta dos relatórios, verifiquei que tanto no texto do


meu Agrupamento como no do Agrupamento de Escolas de Vila Flor a
biblioteca é referida sete vezes, enquanto que no caso das escolas de
Ribamar - Lourinhã, esta é mencionada apenas quatro vezes. No entanto,
em todos os Agrupamentos é salientado o facto das BE estarem
integradas na Rede de Bibliotecas Escolares.

Seguidamente, no que concerne às bibliotecas escolares, tive o cuidado


de analisar quais os domínios e factores em que incidiu a avaliação
externa na amostra de escolas que seleccionei. Assim, foram alvo de uma
particular atenção os aspectos referidos no seguinte quadro:

Agrupamento de Escolas

Factores a P. E. Lobato
Domínios Vila Flor Ribamar
Avaliar Amora
Caracterização
do Agrupamento X X
Participação e
1. Resultados Desenvolvimento X X
Cívico
Comportamento
e disciplina X
Sucesso
académico X
2. Prestação do
serviço X
Educativo
Abrangência do
Currículo e
Valorização dos X X X
Saberes da
Aprendizagem

2
Gestão dos
3. Organização e
gestão escolar
Recursos X
Humanos
Gestão dos
Recursos
Materiais e X X
Financeiros
Abertura à
4. Liderança
Inovação X
5. Capacidade de
auto-regulação e
melhoria da Auto-avaliação X
Escola/
Agrupamento

Como se pode constatar, a biblioteca do Agrupamento de Escolas de


Ribamar é referida em apenas dois domínios enquanto que a BE do
Agrupamento de Vila Flor é referida em quatro e a Pedro Eanes Lobato,
igualmente, em quatro domínios.

Ao analisar os relatórios, verifiquei que as BE das escolas que foram


sujeitas a avaliação externa em 2008, não foram mencionadas com tantos
pormenores como a biblioteca de Vila Flor, cuja avaliação decorreu em
Março de 2009. Na minha modesta opinião, julgo que esta particularidade
se deve ao facto das equipas da IGE estarem, neste momento, mais
despertas para o desempenho das BE do que anteriormente, uma vez que
agora têm conhecimento do Modelo de Auto-avaliação que está a ser
implementado.

Considero, no entanto, que em 2008 a BE da minha Escola/


Agrupamento, teve uma apreciação bastante positiva pois foi salientada,
ainda que de forma ténue, a influência que teve no Domínio dos
“Resultados”, nos factores “Sucesso Académico” e “Participação e
Desenvolvimento Cívico” bem como no Domínio da “Prestação do Serviço
Educativo” – “Abrangência do Currículo e Valorização dos Saberes da
Aprendizagem”.

Além disto e dado que é de auto-avaliação que se fala nesta oficina


de formação, apraz-me verificar que, mesmo antes de sermos chamados a
aplicar um modelo de auto-avaliação, a BE que coordeno, já se
preocupava com este aspecto de forma sistemática, a fim de poder
encontrar formas de melhorar e aperfeiçoar a sua actuação. Foi esta a
razão que levou a IGE a mencionar a biblioteca, no seu relatório, no

3
Domínio 5 “Capacidade de auto-regulação e melhoria da Escola/
Agrupamento”.

De referir ainda que, no caso da avaliação externa da minha escola,


os elementos da inspecção e toda a Comunidade Educativa foram
recebidos no espaço da Biblioteca. Assim, logo que terminou a sessão de
apresentação, a BE foi o primeiro local a ser visitado com alguma atenção.
Como Coordenadora da Biblioteca e dos Projectos, com assento no
Conselho Pedagógico, pude igualmente dar a conhecer todo o trabalho
realizado, aquando da reunião com a equipa da avaliação externa.

Na minha opinião e apesar das bibliotecas serem alvo de avaliação


por parte da IGE, ainda não se dá a devida atenção ao papel fulcral que
estas têm na “vida “das escolas.

A visibilidade reduzida das BE nos relatórios de avaliação externa


tem também um pouco a ver com o facto das Escolas e dos inspectores da
IGE não encararem ainda as Bibliotecas como locais com impacto nas
aprendizagens e na vida dos alunos.

No entanto, graças às equipas dinâmicas que dirigem as bibliotecas


e à integração das BE na Rede de Bibliotecas Escolares, são muitas as
bibliotecas que desenvolvem um trabalho de excelência em prol dos seus
utilizadores, promovendo o sucesso das aprendizagens e um serviço
inovador e adequado às necessidades das diferentes comunidades em que
estão inseridas.

Penso que o cruzamento de dados que foi realizado para o primeiro


fórum desta semana, foi muito importante para termos uma panorâmica
mais correcta sobre os elementos que necessariamente devem figurar
sobre as BE numa avaliação de Escola/Agrupamento.

O novo modelo de auto-avaliação das BE irá permitir, no meu


entender, que cada escola/Agrupamento reconheça e valorize mais o
esforço e o trabalho realizados para combater o insucesso escolar e
melhorar o ensino. Assim sendo, estou certa que futuramente os
inspectores da IGE farão apreciações ainda mais relevantes acerca das
bibliotecas escolares.

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