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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
PATO BRANCO
2009
FLÁVIO AUGUSTO CELLA DE OLIVEIRA
PATO BRANCO
2009
DEDICATÓRIA
A água é o recurso natural mais abundante no Planeta Terra, e também vital a vida
no planeta, e a muitos processos criados pelo homem. No Brasil a água sempre foi
vista como um bem público, onde todos têm direito ao mesmo. A Lei Federal
9.433/07 organiza seu uso e sua proteção direcionando o Plano Nacional de Gestão
dos Recursos Hídricos. Na indústria, este recurso é empregado em larga escala para
diversas atividades. Segundo a bibliografia a indústria alimentícia é a maior
consumidora de água, e a produção de leite em pó apresenta as maiores faixas de
consumo. Assim o objetivo geral deste trabalho foi a análise da gestão de recursos
hídricos, no processo produtivo, da Confepar Agro-industrial Cooperativa Central,
localizada em Pato Branco-PR, empresa produtora de leite concentrado, quanto aos
aspectos ambientais, econômicos e sociais. A pesquisa foi realizada através de
visitações supervisionadas a empresa, entre o período de março a agosto de 2009,
sendo, portanto um estudo quantitativo em virtude da contextualização da indústria,
e a busca de bibliografias, entretanto, a análise dos dados forneceram uma
perspectiva qualitativa. A empresa não possuía um plano formal de gestão ambiental
e de recursos hídricos, dificultando a pesquisa devido a ausência de alguns dados.
Assim requereu-se da pesquisa a analise de todos os pontos de consumo, o que
possibilitou também a percepção de alguns pontos do processo que necessitam de
reavaliação, visando o uso mais eficiente da água. Devido aos poucos equipamentos
de medição também não foi possível estabelecer com precisão a demanda de água
da atividade produtiva, sendo formulada uma estimativa deste consumo. Chegou-se
ao valor de 3,22 litros de água por litro de leite concentrado produzido.
Water is the most abundant natural resource on Earth, and also a vital for life, and
many industrial processes. In Brazil, the water has always been seen as a public,
where all have the same right. The Federal Law 9.433/07 organizes the water uses
protection establishing the National Plan for Water Management. In industry, the
water is used for various activities. According to the literature the food industry is the
largest consumer of water, and the production of milk powder has the highest
consumption ranges. The overall objective of this study was to examine the
management of water resources in the production process of Confepar Agro-
Industrial Cooperativa Central, located in Pato Branco-PR, company that realize the
process of concentrated milk, on the environmental, economic and social aspects.
The survey was conducted in the company through supervised visitations, that
occurred between the period March to August 2009. The survey is quantitative
because of the industry contextualization, and the search of bibliographies, however,
was qualitative too, because of the analysis of data. The company did not had a plan
of environmental management and water resources, making it difficult to search due
to lack of some data. It was been necessary identify all points of water consumption,
which also allowed the perception of parts of the process they need a detailed
analyse for a most efficient use of water. The measuring water equipment of the
organization, is not a exact equipment. Because of it, was not possible to pinpoint the
water demand of the productive activity. The survey made an estimate of
consumption, that resulted a value of 3.22 liters of water per liter of milk concentrate
produced.
1. INTRODUÇÃO
relevância dos usos múltiplos, ou seja, que a água seja utilizada de forma correta e
eficiente. Para compreender e planejar a forma de gestão adequada é preciso
avaliar a demanda e a oferta do recurso por região, a fim de que se saiba quais os
limites do recurso a nível local, e sua utilização para a produção, na empresa,
proporcionando, assim, crescimento econômico, socialmente eficiente e com
sustentabilidade ambiental.
Na gestão de recursos hídricos, Cruz (2001) coloca que um aspecto relevante
é o manejo, que pode ser conceituado pelo processo de administrar tanto a
quantidade quanto a qualidade da água usada para o benefício humano, sem
destruir a disponibilidade e a pureza do recurso água.
A sociedade desenvolveu-se em meio a abundancia de recursos naturais,
tornando-se complexo compreender a necessidade do uso racional destes, e a
utilização dos recursos de água doce é fonte de numerosos problemas, inclusive
conflitos armados em algumas partes do mundo, cuja resolução necessita de uma
profunda reflexão ética.
Assim, um estudo mais aprofundado em uma organização em que o consumo
de água é significativo a nível local se faz necessário, visando compreender e
identificar a forma de gestão deste recurso na produção, bem como possibilitar
sugestões de melhoria.
Para o pesquisador, é importante resgatar conceitos até então não muito
explorados, no entanto, vitais para o desenvolvimento da sociedade, como o uso
ético da água apresentado por Selborne (2001), e a integração da administração da
produção com a gestão ambiental. Desta forma, podendo contribuir para expor e
aplicar as ferramentas de gestão ambiental, que constitui um mercado novo dentro
da área da administração.
Assim, a presente pesquisa contribui com o cumprimento de uma das funções
da universidade pública, que é a extensão. O trabalho levou o acadêmico
pesquisador para dentro da organização em estudo, o qual representa a instituição
de ensino. Neste intercâmbio, há o mútuo crescimento, tanto do acadêmico, da
academia e da organização, uma vez que os resultados da pesquisa serão
relevantes para os três.
Quanto aos procedimentos metodológicos, as pesquisas atualmente
realizadas na área de administração comportam diferentes níveis de profundidade e
extensão, dependendo do objeto de estudo e nível do pesquisador. Segundo Marion
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2. ÁGUA
Com relação à utilização de suas águas, o Brasil registra retirada total de 1.568
m³/s para diferentes usos (ANA, 2007a). A região hidrográfica que mais utiliza o
recurso é a do Paraná, com 478 m³/s, o que representa 30% da retirada e 23% do
consumo do País. A distribuição do uso da água por tipo de demanda indica que, na
média nacional, o consumo humano (urbano e rural) equivale a pouco menos de 1/3
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do total. Ana (2007a), afirma que o maior consumo brasileiro está na irrigação, que
utiliza 46% do total de recursos hídricos retirados. Em segundo lugar aparece o
consumo humano urbano, com 27%, ficando o uso industrial em terceiro, com 18%
do total. Barlow (2003), aponta a indústria mundial como consumidora de faixas
semelhantes. O autor afirma que a indústria reivindica entre 20% e 25% da água
doce retirada no mundo.
A demanda industrial por água decorre, em grande parte, do seu
aproveitamento no arrefecimento em processos com geração de calor. Pode ser
fonte de energia hidráulica ou de geração de vapor com altas pressões, objetivando
gerar energia elétrica. Pode ser elemento de desagregação ou diluição de partículas
minerais, podendo ser utilizado como insumo do processo industrial e como meio
fluído para transporte (LANNA, 1997).
Apesar da crescente participação da indústria na demanda total de água e do
impacto causado pelo lançamento de efluentes nas bacias hidrográficas, o papel da
água no setor industrial ainda é um assunto pouco estudado no Brasil. Tal fato pode
ser explicado pela limitada disponibilidade de dados consistentes sobre o uso da
água no setor. As escassas informações existentes baseiam-se em cadastros de
usuários pouco confiáveis. Ademais, estas informações encontram-se dispersas nos
diversos órgãos estaduais de recursos hídricos e de meio ambiente, não se
dispondo de uma consolidação de abrangência nacional. Estes fatores constituem-
se assim em um obstáculo para a efetiva caracterização das indústrias em termos de
uso de água e aporte de poluentes às bacias (MOTTA, 2006).
Continua Motta (2006), destacando que a caracterização do uso industrial da
água é de fundamental importância para se avaliar o impacto de políticas de gestão
de recursos hídricos sobre o setor. Esta avaliação mostra-se ainda mais necessária
no contexto das reformas iniciadas com a promulgação da Lei 9.433/97 de 8 de
Janeiro de 1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos.
De acordo com Mierzwa (2005), a qualidade e quantidade de água utilizada na
indústria variam de acordo com as atividades industriais, o ramo de atividade e sua
capacidade de produção. A qualidade é definida em função de suas características
físicas, químicas e biológicas, já a quantidade está relacionada ao porte e a
capacidade de produção. Portanto a água na indústria pode ter as seguintes
aplicações:
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com idades diferentes, a probabilidade do volume de água que cada uma consome
não ser o mesmo é muito grande. Isso acontece porque vários fatores influenciam o
consumo de água, como o clima de cada local. Duas indústrias localizadas em
regiões fria e quente, respectivamente, consumirão diferentes quantidades de água
para os processos de troca térmica (MIERZWA, 2005).
Com relação à idade da indústria, o consumo pode ser diferente em razão da
tecnologia adotada para a produção. As indústrias mais modernas, que utilizam
novas tecnologias e métodos de produção, aproveitam melhor a água e os outros
recursos naturais (MIERZWA, 2005).
A Tabela 2 apresenta o consumo de água de algumas indústrias.
ações para conservá-lo, está contribuindo para mudar essa situação, quando
associa a Qualidade ao Meio Ambiente. Ao incorporar à discussão as noções de
Desenvolvimento Sustentável, Atuação Responsável e Qualidade de Vida, o homem
conseguiu reverter a atitude derrotista que adotara até então com respeito ao Meio
Ambiente (VALLE, 2000).
A preocupação que a sociedade vem demonstrando com a qualidade do
ambiente e com a utilização sustentável dos recursos naturais tem-se refletido na
elaboração de leis ambientais cada vez mais restritivas à emissão de poluentes, à
disposição de resíduos sólidos e líquidos, à emissão de ruídos e à exploração de
recursos naturais. Acrescente-se a tais exigências, a existência de um mercado em
crescente processo de conscientização ecológica, no qual mecanismos como selos
verdes e Normas, como a Série ISO 14000, passam a constituir atributos desejáveis,
não somente para a aceitação e compra de produtos e serviços, como também para
a construção de uma imagem ambientalmente positiva junto à sociedade
(NICOLELLA, 2004).
Existe na legislação federal uma excessiva regulamentação que se traduz em
minuciosa normatização do uso dos recursos naturais pelos agentes econômicos.
Essa regulamentação, apesar de ser parte integrante da política ambiental, tem
encontrado dificuldade para ser implementada, devido à fragilidade dos recursos
humanos e financeiros disponíveis nas instituições responsáveis por sua
fiscalização. Surge então um círculo vicioso que começa com a falsa premissa de
que o Estado possui responsabilidade exclusiva na proteção dos recursos naturais
da nação (LOPES, 2001).
Nos últimos vinte anos, diversos documentos foram elaborados, entre eles o
da Comissão Bruntland, a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente, e a Agenda 21,
que, demonstram a importância de um gerenciamento voltado para o
desenvolvimento ecologicamente correto. Com a globalização da economia mundial
e a criação de grandes blocos, como a União Européia, Nafta e Mercosul, o cuidado
com o meio ambiente passa a ser fator importante para qualquer organização
(SEBRAE, 2007)
As ações de empresas em termos de preservação, conservação ambiental e
competitividade estratégica - produtos, serviços, imagem institucional e de
responsabilidade social - passaram a consubstanciar-se na implantação de sistemas
de gestão ambiental para obter reconhecimento da qualidade ambiental de seus
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que possibilitem o atendimento de sua política ambiental, dos requisitos legais e das
preocupações de outras partes com o seu desempenho ambiental;
Princípio 3 – Implementação e Operação – a organização deve desenvolver a
capacitação e o apoio necessários para a efetiva implementação da sua política
ambiental, seus objetivos e metas ambientais e programas ambientais;
Princípio 4 – Verificação – a organização deve monitorar e avaliar
sistematicamente o seu desempenho ambiental; e
Princípio 5 – Análise pela Administração – a organização deve ter
sistematizado a avaliação crítica e o aperfeiçoamento contínuo de seu Sistema de
Gestão Ambiental com o propósito de aprimorar seu desempenho ambiental global.
Portanto o SGA deve ter como objetivo o aprimoramento contínuo das
atividades da empresa, através de técnicas que conduzam aos melhores resultados,
em harmonia com o meio ambiente (VALLE, 2000).
Todas as mercadorias têm valor econômico, pois têm preço fixado pelos
mercados. Mas os recursos naturais da biodiversidade, tais como um orangotango,
uma floresta, o ar e tantos outros não têm preço fixado pelos mercados, possuem
pela teoria da economia ecológica o valor de existência independente de serem
utilizados como um recurso. Já no entendimento da utilização de recursos naturais,
como insumos produtivos, estes tornam-se mercadorias, passiveis de valor
econômico identificado pelo mercado, portanto são vistos como mercadorias, e
também constituem-se em ativos essenciais à preservação da vida de todos os
seres (MOTA, 2001).
Barlow (2003), critica o sistema globalizado surgido após o período Pós-
Guerra Fria, pois, segundo o autor, nessa economia de mercado global, tudo agora
está à venda, até mesmo setores já considerados sagrados, como a saúde e a
educação, cultura e herança, códigos genéticos, sementes e recursos naturais,
incluindo o ar e a água.
Na visão limitada da economia, o meio ambiente era visto apenas como fonte
de matéria-prima e receptor de lixo proveniente dos processos de produção e
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parece - um valor resultante de um uso real de um dado recurso. Este pode ser o
uso de uma floresta para madeira, ou de uma floresta úmida para diversão ou pesca,
e assim por diante. Os valores de uso são posteriormente divididos em valores de
uso direto (VUD), que se referem a usos reais tais como a pesca, a extração de
madeira, etc.; valores de uso indireto (VUI), que se referem aos benefícios
resultantes de funções do ecossistema, tais como a função de uma floresta ao
proteger a bacia hidrográfica; e valores de opção (VO), que é um valor aproximado
da disponibilidade de um indivíduo em pagar para salvaguardar uma riqueza com a
opção de a usar numa data futura. É como um valor de seguro.
Valores de não-uso (VNU) são divididos entre um valor legado (VL) e um
valor de existência ou de uso "passivo" (VX). O primeiro mede o benefício relativo a
qualquer indivíduo do conhecimento que outros possam beneficiar de um recurso no
futuro. O último não está relacionado com o uso corrente ou valores de opção,
derivando simplesmente da existência de qualquer riqueza específica. O interesse
de um indivíduo em proteger, digamos, a baleia azul, embora ele ou ela nunca
tenham visto uma e também não é provável que tal aconteça, pode ser um exemplo
de valor de existência. Portanto temos no total: VET = VU+VNU =
(VUD+VUI+VO)+(VX+VL). (PEARCE, 1994).
Pearce (1994), destaca que segundo muitos ecologistas o valor econômico
total não representa toda a economia. Existem algumas funções subjacentes de
sistemas ecológicos que são anteriores às funções ecológicas. Turner (1992), citado
pelo autor destaca a existência de uma união dos fatores integrantes de um
ecossistema, que excede a soma dos fatores de funções individuais.
Oliveira (2008), numera as principais características da utilidade:
1) não mensurável: não existe uma unidade que a mensure;
2) ser comparável: mesmo não sendo mensurável, frequentemente
adquirimos um determinado bem ou serviço em detrimento de outro, por julgarmos
que um deles será mais útil;
3) depender da percepção de cada indivíduo: está ligada ao nível de
informação e cultura de cada indivíduo, de forma que determinado bem ou serviço
pode ter grande utilidade para uns e nenhuma para outros.
A água é um recurso muito visível, o que causa uma falsa impressão de
abundância, assim, segundo Setti (2000) ela pode ser tratada como bem livre, sem
valor econômico. No entanto o autor argumenta que com o crescimento da
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demanda, começam a surgir conflitos entre usos e usuários da água, a qual passa a
ser escassa e, então, precisa ser gerida como bem econômico, devendo ser-lhe
atribuído o justo valor. Essa escassez também pode decorrer devido aspectos
qualitativos, quando a poluição afeta de tal forma a qualidade da água que os
valores excedem os padrões admissíveis para determinados usos.
Conforme a idéia de Setti (2000), é preciso calcular-se o valor da água. Mota
(2001), explica que a valoração de recursos naturais resume-se em um conjunto de
métodos úteis para mensurar os benefícios proporcionados pelos ativos naturais e
ambientais, os quais se referem aos fluxos de bens e serviços oferecidos pela
natureza, às atividades econômicas e humanas. Mesmo com a escassez desses
recursos, tais atividades continuam consumindo os recursos da natureza em escala
acelerada.
Desta forma o princípio da escassez contribui para que o recurso água receba
um valor identificado pelo mercado.
Serviços como o fornecimento de água, tradicionalmente realizado por
governos municipais na maioria dos países, é assumido por corporações,
frequentemente estrangeiras, com interesse, nos lucros. Através desse processo de
privatização, a água é transformada em um artigo, recebe um preço e é colocada e
vendida no mercado, normalmente com base na capacidade para pagar por ele
(BARLOW, 2003).
Geralmente a privatização da água ocorre em uma de três formas. Na
primeira delas, os governos vendem completamente o fornecimento de água pública
e os sistemas de tratamento para as corporações, como aconteceu no Reino Unido.
O segundo modo é o modelo desenvolvido na França, por meio do qual os governos
cedem concessões às corporações de água para que elas assumam o fornecimento
do serviço e o custo da operação e manutenção do sistema, enquanto coletam todas
as receitas dos serviços de água e mantém o excesso como lucro. A terceira
maneira segue um modelo mais restrito; no qual uma corporação é contratada pelo
governo para administrar os serviços de água por uma taxa administrativa, mas a
empresa não pode assumir a coleta de receitas nem acumular lucros. Enquanto as
três formas contêm a semente da privatização, o mais comum é o segundo modelo,
freqüentemente chamado de "parcerias público-privado" (BARLOW, 2003).
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Medeiros (2006), discute a crise hídrica planetária que se instalou nas últimas
décadas, desencadeando um amplo processo de discussão sobre os usos da água,
principalmente pela escassez e pela contaminação em muitas regiões do globo.
Neste contexto histórico da crise da água, é necessário que a sociedade
tenha a compreensão das dimensões que a envolvem sob pena de se perder o
controle social deste patrimônio natural e pôr em risco um grande contingente
humano. A gestão hídrica implicará num grande debate nos países que se
comprometeram em implantar políticas ambientais após as grandes conferências
internacionais sobre o ambiente humano (MEDEIROS, 2006).
Ainda Medeiros (2006), comenta que a participação social envolve
diretamente a Escola e sua comunidade. Neste caso, dependendo da ação dos
atores deste espaço ele pode adquirir diferentes funções em relação à questão
hídrica.
Muito discute-se o contexto econômico e ambiental da água, no entanto, não
pode-se excluir o contexto social. Desta forma, as empresas assumem também a
responsabilidade desta perspectiva, uma vez que as praticas adotadas dentro da
organização, são levadas para fora através dos colaboradores. Uma organização
que incentive e cobre boas práticas de utilização da água, estarão contribuindo com
a extensão desses conceitos as casas de seus colaboradores.
Zinato (1998), levando em conta a vulnerabilidade do recurso água, e o
compromisso compartilhado da sociedade, cita algumas mudanças necessárias:
- Estimular a participação e a mobilização das comunidades e sociedade civil
organizada no processo de gestão das bacias hidrográficas;
- Fortalecer a Política Nacional de Recursos Hídricos;
- Estabelecer Políticas Municipais e Regionais de Recursos Hídricos;
- Democratizar as informações sobre as fontes e a utilização dos recursos
financeiros existentes destinados à revitalização dos recursos hídricos;
- Envolver os centros de excelência existentes no país na gestão dos recursos
hídricos, sobretudo as universidades brasileiras; e
- Treinar, apoiar e valorizar os poderes de polícia, visando coibir os crimes
ambientais.
As indústrias, principalmente aquelas apontadas como grandes consumidoras
de água apresentam um papel importante na conscientização da comunidade.
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Adotando boas práticas internas, pode, através de seus colaboradores ser uma
grande difusora de conhecimentos.
Tundisi (2003) cita formas simples que visam o uso racional da água em
residências, que estão ao alcance de todos, podendo também refletir e serem
adotadas no ambiente organizacional, como:
- Inspecionar a tubulação e prevenir vazamentos;
- Instalar sistemas capazes de controlar a quantidade de água nos chuveiros;
- Fechar o registro geral durante as férias ou quando a casa estiver vazia;
- Isolar as tubulações de água quente;
- Efetuar concertos imediatos;
- Diminuir a quantidade de água por descargas;
- Não utilizar pias como cestos de lixo;
- Esperar encher completamente a máquina de lavar roupas antes de acioná-
las;
- Tomar uma “chuveirada” em vez de um “banho”;
- Desligar a água do chuveiro enquanto estiver se ensaboando;
- Para ter água quente, ligar esse registro primeiro e depois misturar a água
fria;
- Ao lavar pratos, utilizar uma esponja só para detergente e outra só para
água;
- Planejar as atividades de jardinagem, no sentido de economizar água;
- Durante a construção ou reforma:
- Instalar tubulações de diâmetro menor que as convencionais;
- Posicionar o aquecedor o mais próximo possível do local de consumo da
água quente.
Através das colocações de Tundisi (2000) pode-se verificar que os primeiros
passos para o uso racional da água são simples e podem ser praticados por todos.
Zinato (1998), discute a dificuldade na mudança de paradigmas da sociedade, e
assim enfatiza-se o papel das organizações em contribuir com o desenvolvimento do
pensamento, visando o desenvolvimento do ambiente.
Após o amadurecimento dos conceitos teóricos envolvidos, passa-se a
apresentar a organização em estudo.
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3. CONFEPAR
Presidência
Comitê da Secretaria
Qualidade
Suprimentos Marketing
Centro de
Informações
Controladoria
3.1.5 Benefícios
Assembléia Geral
Presidência
Controle da Qualidade
Planejamento e Controle de
Produção
itens, que devido a estrutura ainda reduzida da empresa, não são possíveis, no
entanto constituem promessas futuras, como:
- Lavanderia da empresa;
- Restaurante; até o momento existe apenas o refeitório, com espaço para
aqueles que levam refeição de casa, possam almoçar;
- Assistência odontológica;
- Farmácia;
- Aniversariantes do mês;
- Associação recreativa.
Muitos dos benefícios concedidos na matriz, ainda não fazem parte daqueles
oferecidos aos colaboradores da unidade de Pato Branco, devido ao pouco tempo
de funcionamento da mesma, e esta não contar com uma estrutura tão desenvolvida
quanto a da matriz.
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4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
5. ANÁLISE DE DADOS
Posto de
Resfriamento
Água
Estrato Seco Total
Evaporador
Carregamento Balões
Legenda:
Matéria Prima Produto Final
(leite cru) (leite concentrado)
Cada poço conta com uma bomba que envia a água para uma cisterna. Da
cisterna a água é direcionada através de bombas para a caixa d’água central, com
capacidade de 200 mil litros, onde é adicionado Cloro, e distribuída para todos os
processos.
A dosagem de cloro visa a qualidade da água. O cloro é mantido em um
reservatório na base da caixa, e dosado através de uma bomba elétrica, que é
acionada juntamente com a bomba que puxa água da cisterna. A cada duas horas
são feitas análises, visando que a concentração de cloro mantenha-se entre 2 e 4
ppm (partes por milhão). Caso a concentração encontre-se fora destas faixas, são
feitas correções através do aumento ou diminuição da dosagem do produto. Tal
operação, tanto de medição, assim como de alteração da concentração do produto
dosado, é de responsabilidade dos técnicos do laboratório de análises do leite.
Para a utilização de água, seja de rios, identificados como águas superficiais
ou poços, águas subterrâneas, é necessária a outorga de utilização, que, no caso do
estado do Paraná, é de responsabilidade da SUDERHSA. A empresa protocolou os
pedidos de vistoria no ano de 2007, tendo recebido a visita dos técnicos do órgão,
posteriormente, e recebido a autorização para utilização da água.
Na seqüência, nos itens entre 5.3.1 a 5.3.6 serão apresentados as diversas
formas de utilização de água na indústria.
5.3.1 Caldeira
Ilustração 16: Modelo de caldeira da marca EIT, do tipo flamatubular com um passe
de chamas, horizontal, movida a lenha, com capacidade para 3.500 Kg/h.
Fonte: Caldeiras EIT.
Tais bombas precisam ser resfriadas com água, conforme mostra o lado
direito da Ilustração 19. A água utilizada para tal processo é água potável advinda da
caixa d’água central, e após passar pelo interior da bomba, é destinada a ETE.
externa do caminhão para que a poeira existente não se desloque para o leite no
momento do descarregamento. O intuito deste processo não é lavar o caminhão,
mas umedecê-lo, fazendo com que não se desprenda poeira. A Ilustração 20 mostra
o local onde este processo é realizado.
A água da lavagem, acima descrita, vai para uma caixa de separação, onde
são separados barro e óleo. Os resíduos líquidos seguem para a ETE, enquanto os
sólidos ficam retidos na caixa. A Ilustração 21 mostra o esquema da caixa de
separação de barro e óleo, sendo que 1 indica a entrada de água e 4 a saída, e as
setas simbolizam o caminho percorrido pela água. Em 2 é a fase onde são
separadas as partículas mais pesadas, como o barro, por exemplo. A separação
ocorre, pois as partículas mais pesadas tendem a decantar. O óleo, como é menos
denso que a água, tende a boiar, assim ficando retido em 3. A Ilustração 22 mostra
uma fotografia da caixa descrita.
80
Além dos usos descritos nos itens de 5.3.1 a 5.3.5 há ainda os usos
eventuais. Que podem ser listados como:
- Reposição de água da caixa de gelo;
- Reposição de água no sistema da alpina;
- Utilização de hidrantes;
- Limpezas e lavagens externas dos equipamentos, e pisos;
- Manutenções;
- Falhas operacionais, esquecimento de equipamentos ligados;
- Dentre outros.
Constatando a impossibilidade de quantificação destes usos, devido a falta de
equipamentos, os mesmos foram alocados juntamente com o consumo da recepção,
no item “outros usos”, na tabela do Apêndice C.
Concentração
10,93
8,68 Caldeira
44,07 Resfriamento
3
Data Leitura realizada da vazão de entrada da ETE (m ) Média realizada
87
(m3)
Dia 1 X X
Dia 2 Sem leitura Y/2
Dia 3 Y Y/2
Quadro 4: Exemplo de como foram realizadas as médias da tabela do Apêndice C.
Fonte: Autor.
A partir dos dados obtidos foi possível obter o uso total de água, o qual
possibilitou a identificação da média de consumo por unidade final de produto, o qual
foi de 0,90 litros de água por litro de leite cru processado, e 3,22 litros de água por
litro de leite concentrado. Os detalhes do cálculo realizado estão expressos na
Tabela 6.
pois isto representaria que o acréscimo de água no sistema. No entanto não foi
possível identificar os motivos de tal inconsistência, porém, através de discussões
com os responsáveis técnicos, levantou-se alguns possíveis motivos para este fato:
- No resfriamento das bombas do evaporador, são considerados 24 m3/dia de
água, no entanto, as mesmas podem ter funcionado por um período menor que um
ciclo completo;
- Todo efluente descartado, demora certo tempo para chegar a ETE. Assim
pode-se ter sido feita uma leitura na ETE, e descontado na tabela um valor referente
ao condensado que somente adentrou na estação no dia seguinte;
- Quedas de energia, alterando as leituras dos medidores (medidor de vazão
da ETE, e de leite processado);
- Falha dos equipamentos, seja do medidor de vazão da ETE, ou do medidor
de leite processado;
- Leituras realizadas em diferentes horários, assim seriam considerados
períodos maiores ou menores que 24 horas;
- Dias em que não foram realizadas leituras na ETE, sendo então realizadas
médias. As médias podem não serem representativas do dia, uma vez podem
reduzir ou aumentar a real quantidade de entrada do dia em questão;
- Realização de CIPs mais prolongados;
- Manutenções.
Através do atual sistema de medição, não foi possível identificar o real motivo
de alguns dias apresentarem resultados negativos. Para isto seria necessário a
disponibilidade de maior número de pontos de medição. Portanto estes dias em
questão não foram utilizados para análise.
A empresa possui um projeto para reuso desta água. A mesma água seria
mantida em circuito fechado, não sendo necessária sua substituição, o que
ocasionaria uma redução de aproximadamente 24 m3 / dia de água.
Tal projeto também encontra-se em fase de análise para implantação.
vazão instalado na entrada da ETE. Para um processo de gestão mais eficiente faz-
se vital a existência de outras formas de medição, visando maior confiabilidade nos
dados.
Assim, tal problemática foi apresentada a empresa, a qual realizou a compra
de um hidrômetro para instalação na entrada da caixa d’água central. No entanto o
equipamento não chegou até o final da realização deste trabalho.
Porém com a instalação deste hidrômetro, será possível a realização de
análises mais precisas, e o acompanhamento efetivo da redução no consumo de
água, mediante a implantação dos projetos descritos nos itens 5.6.1 a 5.6.3.
Os custos fixos, apesar de, em teoria, não sofrerem variações, não são
precisamente iguais todos os meses. Desta forma, foi realizada uma média entre os
valores gastos entre os meses de janeiro e abril de 2009, e a planilha de custos é
apresentada na Tabela 9.
96
Confepar, unidade de Pato Branco, assim como analisando este processo de gestão
nos aspectos ambientais, econômicos e sociais, conforme almejavam os objetivos. A
seguir são apresentadas sugestões para a organização, elaboradas a partir desta
análise.
99
6 SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES
esfregam as tampas dos tanques dos caminhões, por exemplo, não há o uso
constante de água, havendo momentos em que não seria necessário manter as
mangueiras ligadas. No entanto, não é possível que o operador ligue e desligue a
mangueira diversas vezes. Para tal seria necessário o dobro de pessoal para que
metade destes apenas realizasse a operação de ligar e desligar, o que inviabilizaria
o processo.
A Ilustração 28 mostra um operador consciente que através do improviso,
tenta reduzir o consumo de água em um momento em que não há necessidade de
manter a mangueira ligada.
com acionamento por gatilho para este tipo de mangueira. No entanto, considera-se
relevante uma busca mais acurada por este equipamento, uma vez que traria uma
redução importante no desperdício.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
de leite concentrado. Ainda que os dados obtidos não possam ser considerados
como a demanda de água da atividade produtiva, e sim uma estimativa, os mesmos
encontram-se em complanescencia com os dados apresentados por Leeden (1990)
para o uso de água em atividades leiteiras, e laticínios em geral, conforme foi
resumido na Tabela 7.
Percebeu-se a necessidade de aquisição de alguns equipamentos, para
proporcionar um adequado sistema de gestão, no entanto, paralelamente é vital a
criação do sistema de informações (sugerido no item 6.2.7), pois sem informações
nenhum planejamento pode ser efetivo. O mesmo também deve observar as
premissas da melhoria contínua, o qual prevê sempre a reavaliação, objetivando o
aprimoramento.
Conforme sugeria o terceiro objetivo específico, foi acompanhado o destino
dos efluentes. A empresa possui uma moderna estação de tratamento de efluentes,
a qual apresenta grande eficiência no processo. No entanto, alguns dos processos
que utilizam água geram efluentes de boa qualidade, o que justificaria a implantação
de sistemas de reuso de água, visando a manutenção deste recurso natural e a
redução com custos de tratamento, conforme projetos que já são constituem planos
futuros da organização (descritos nos itens 5.7.1 a 5.7.3), assim como aqueles
identificados por esta pesquisa (descrito no item 6.2.4).
A questão social deve ser mais amplamente explorada pela empresa no
intuito de transmitir aos colaboradores a preocupação com o uso racional da água.
Tais atividades viriam não só cumprir o papel social da empresa perante a
sociedade, como também criar uma nova consciência nos colaboradores, e levando
a um uso mais eficiente dos recursos naturais na organização.
Embora a empresa não opere numa situação ideal, possui um fator vital para
chegar a tal, o comprometimento por parte da administração. O desenvolvimento
desta pesquisa no ambiente organizacional contribuiu de forma significativa a
fornecer os primeiros dados para a formulação de um plano de gestão, assim como
o despertar da organização para a criação de uma consciência ainda maior em torno
da problemática.
A pesquisa possibilitou ao pesquisador a convivência no ambiente
organizacional, deparando-se com a realidade existente, e a necessidade de
superação de problemas mediante a inexistência de situações teóricas ideais. O
desenvolvimento de um trabalho na área de gestão de recursos hídricos também
110
REFERÊNCIAS
______. Lei Federal nº. 9.984/2000. Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de
Águas - ANA. Brasília, DF, 17 jul. 2000.
112
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
MOTTA, R. S. da; THOMAS, A.; REYNAUD, A.; FÉRES, J. G. Demanda por água e
custos de controle da poluição hídrica em indústrias da bacia do Rio Paraíba
do Sul, XXIV Encontro Nacional de Economia da Associação Nacional dos Centros
de Pós-Graduação em Economia - ANPEC, dez/06, Salvador: 2006.
VALLE, C. E. Como se preparar para as normas ISO 14000. São Paulo: Editora
Pioneira, 2000.
APÊNDICES
116
PROCESSO PRODUTIVO
1) Como é o processo adotado na empresa? Descrever.
2) Como é utilizada a água dentro deste processo?
3) Qual a quantidade de água por litro de leite processado?
4) Qual o rendimento de produto final por litro de leite processado?
5) Qual a quantidade de leite processado por dia (ou unidade de tempo)?
6) Quais as demais formas que a água é utilizada na empresa? (limpeza, etc).
ÁGUA UTILIZADA
7) Qual a fonte da água utilizada? (rio, poço)
8) Porque a escolha desta fonte?
9) Qual a quantidade de água captada, por dia (ou unidade de tempo)?
10) Qual o tratamento dado a água antes de utilizada?
11) Qual a qualidade do efluente gerado?
12) Qual o tratamento aplicado ao efluente?
13) Qual a quantidade de efluente liberado?
14) Caso seja liberado no rio, é liberado acima ou abaixo do ponto de captação?
15) Existe alguma forma de reuso da água?
16) Existe algum plano para implantação do reuso?
LEGISLAÇÃO
17) A empresa tem conhecimento da Lei Federal n 9.433/97 que prevê a cobrança
pela água?
18) A empresa pretende implantar (ou já implantou) alguma mudança no processo,
em função desta legislação?
19) Quais mudanças tal lei causou (ou causará) para a empresa?
20) A empresa conhece a Portaria n. 357 do Conselho Nacional de Meio Ambiente –
CONAMA, que regulamenta a qualidade do efluente lançado em corpos hídricos?
21) Qual a classificação do corpo receptor?
22) A empresa atende a tal regulamentação?
ECONOMIA
23) O processo e os sistemas são considerados eficientes quanto ao uso da água?
24) Existe alguma pretensão de implantação de algum sistema mais eficiente?
25) A empresa possui alguma política de preservação ambiental relacionada a
recursos hídricos?
GESTÃO AMBIENTAL
26) A empresa possui algum programa de gestão ambiental? Qual?
27) Se não, pretende implantar? Se sim, porque implantou?
SOCIAL
28) Qual a visão da empresa em relação a água?
29) A empresa possui algum programa social em relação aos recursos hídricos?
Lenha 117
Poço 1
Vazão:
5,5m3/h Caldeira
Evaporador
Poço 2
Vazão:
3,5m3/h
Alpina
Poço 4
Vazão: Cloro
17,0m3/h
Recepção
Poço 5
Vazão:
120,0m3/h
água
Legenda:
Locais em que há equipamentos de medição (hidrômetro ou medidor de vazão);
Locais em que a instalação de equipamentos para medição foram consideradas ideais por este trabalho.
118
LEGENDA:
Dias em que os resultados para “Outros Usos” resultaram em inconsistências (números negativos);
Dias em que foram realizadas médias devido a falta de leituras.
Totais mensais.
121
Tempo tempo
de uso de uso Consumo Consumo Custo Custo Custo Custo Custo
Consumo Qtd diáro diáro diário diário diário diário mensal mensal mensal
(kw/h) (h/FP) (h/DP) (kw/dia-FP) (kw/dia-DP) (R$/FP) (R$/DP) (R$/FP) (R$/DP) (R$/TOTAL)
Aeradores de 10cv 7,36 6 21,00 3,00 927,36 132,48 111,32 119,26 3.339,61 3.577,87 6.917,48
Aeradores de 15cv 11,04 3 21,00 3,00 695,52 99,36 83,49 89,45 2.504,71 2.683,41 5.188,11
Lâmpadas Ext
(400W) 0,40 3 9,00 3,00 10,80 3,60 1,30 3,24 38,89 97,22 136,12
Bomba 1,50 1 4,00 0,00 6,00 0,00 0,72 0,00 21,61 0,00 21,61
Bomba 15,00 1 21,00 3,00 315,00 45,00 37,81 40,51 1.134,38 1.215,31 2.349,69
Computador 0,45 1 16,00 0,00 7,20 0,00 0,86 0,00 25,93 0,00 25,93
Iluminação escrit. 0,10 1 16,00 0,00 1,60 0,00 0,19 0,00 5,76 0,00 5,76
TOTAL 14.644,70
LEGENDA:
FP = Fora de Ponto = R$ 0,12004 / kW
DP = Dentro de Ponto (18h as 21h) = R$ 0,90023 / kW
124
ANEXOS
125
TRANSPORTE DE A
LEITE CRU EM
CAMINHÃO TANQUE
Tª < 10º C
TERMALIZAÇÃO
1E 60-65ºC/15 S. 3
PESAGEM DO
CAMINHÃO
ESTOCAGEM DO
4 LEITE TERMALIZADO 3
COLETA DE AMOSTRA
PASSAGEM PELO 1º
TQ DE EQUIL.
CONCENTRADOR
ANÁLISE DE
RECEBIMENTO
3 PRÉ-AQUECIMENTO
DO LEITE CRU
1 Tª 45º/55ºC
PASTEURIZAÇÃO
1ª FILTRAÇÃO DO 1E Tª 85-95ºC /3 MIN. 3
LEITE CRU
3
60 MICRAS
CONCENTRAÇÃO DO
RESFRIAMENTO DO LEITE: 1º EFEITO 3
1E Tª 65-68ºC
LEITE CRU
CONCENTRAÇÃO DO
ESTOCAGEM 1E LEITE: 2º EFEITO
DO LEITE CRU Tª 55-58ºC 3
4 3
A B
126
CONCENTRAÇÃO DO
LEITE: 3º EFEITO 3
1E Tª 47-50ºC
RESFRIAMENTO DO
LEITE CONCENTRADO
1E Tª <5ºC
ESTOCAGEM DO
1E LEITE CONCENTRADO 3
Tª <10ºC
CARREGAMENT
O
LEGENDA:
1= VAPOR
2= ÁGUA
3= EFLUENTE
4=CIP (CLEAN IN PLACE)
127
Entrada do
Efluente
9 10 11
0 1 2 4 5
20 17 16
Água Tratada 15
19
18
128
ANEXO C: E-mail recebido da empresa EIT Caldeiras, especificando a quantidade de água do descarte de fundo
129