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A tecnologia faz, hoje, parte integrante das nossas vidas, quer a nível

pessoal quer a nível profissional, sendo o telemóvel e o computador exemplos


inequívocos dessa realidade. Se pensarmos que somos seres sociais e
socializadores, não podendo deixar de viver em interacção com os outros,
torna-se um imperativo o acompanhamento da evolução da sociedade,
implicando por isso uma “familiarização” com tudo o que surge como novo e
inovador.
Hoje em dia seria impensável vivermos sem os meios tecnológicos que
dispomos, pois seríamos abruptamente ultrapassados por todos aqueles que
fazem depender o seu dia-a-dia e a sua própria evolução do uso dos mesmos.
O uso da internet é o exemplo disso mesmo, pois actualmente seria
inconcebível ter acesso rápido à informação sem recorrermos a esta
ferramenta tão crucial no nosso quotidiano. Assim, e sem darmos por isso, a
tecnologia “invadiu” a nossa vida.

Diariamente todos nós utilizamos objectos que são “tecnologia”: a


máquina calculadora, o carro, o vídeo, a televisão; muitos de nós, senão a
maioria, trabalham mesmo diariamente com computadores ou com máquinas
que também são tecnologia.

Trata-se de um “equipamento” poderoso, mas cada vez mais vulgar, que


encontramos por todo o lado: desde o jardim-de-infância até ao gabinete do
Presidente da República. Por poder conter e combinar uma grande variedade
de dispositivos, tecnologias e programas diferentes, considera-se que oferece
as condições para suscitar ambientes apropriados para uma aprendizagem das
tecnologias.

Se perguntarmos a qualquer pessoa para que serve o computador, a


maioria responderia certamente “para ir à Internet” como a primeira escolha,
pois está tão enraizada a ideia da internet nas nossas mentes e é nestes dias
tão necessária, que não sabemos que para ela funcionar correctamente, como
nós a visualizamos, é necessária uma boa execução de programas e
protocolos, os quais nem sabemos que existem, mas que são fulcrais para o
bom desempenho da mesma.
A internet entra em casa de milhões de pessoas, mas só agora,
nomeadamente nestes últimos anos, é que notamos um grande esforço a nível
governamental para dotar as nossas escolas de tecnologias adequadas, como
é o caso do plano tecnológico idealizado pelo Estado, com o objectivo
estratégico de crescimento com base no conhecimento, tecnologia e inovação1.
No que diz respeito ao ensino, este Plano Tecnológico visa integrar a
utilização das TIC2 e da internet em todas as escolas do país, para que haja
uma abertura das escolas a ambientes de trabalho virtuais.
Segundo um relatório de progresso do Plano Tecnológico3, foram
distribuídos, no âmbito dos programas e.Escolas e e.Escolinhas, mais de um
milhão de computadores a estudantes, docentes e trabalhadores em formação
profissional. Tal faz antever que todos estes incentivos sejam para capacitar os
cidadãos, e especialmente todos aqueles que fazem parte integrante do
ensino, quanto à utilização destas tecnologias. Caso contrário, não serão uma
parte integrante do avanço tecnológico que se pretende.
Actualmente, as TIC constituem-se como ferramentas de um enorme
potencial pedagógico, dado que ajudam a desenvolver competências nos
alunos, como por exemplo a criatividade, a crítica, a reflexão, o
empreendorismo, a organização de informação, a comunicação, a autonomia e
a colaboração. No entanto, isso é apenas possível se essas ferramentas forem
usadas de uma maneira apropriada, como parte de uma abordagem
educacional coerente e organizada.
É no seguimento deste pensamento que reside o motivo pelo qual foi
escolhido o tema para este projecto.
Em primeiro lugar, e após a conclusão da Pós-Graduação em TIC, foi
notória a percepção de alguns factos curiosos: na grande maioria os alunos
eram professores de áreas de ensino não tecnológicas. Apesar de ser
compreensível a falta de familiarização com alguns termos específicos da área
de Informática, parece estranho o desconhecimento generalizado face ao
termo Web 2.0, e consequentemente a não utilização das ferramentas Web 2.0

1
Plano tecnológico, disponível em: http://www.planotecnologico.pt/
2
Tecnologias de Informação e Comunicação
3
Relatório do conselho consultivo de 9 de Julho de 2009 pelo Gabinete do Coordenador Nacional da
Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico, disponível em:
www.planotecnologico.pt/document/RelatorioCCPT9Julho09.pdf
nas disciplinas que leccionavam, assim como a dificuldade sentida em utilizar
programas tão necessários como o Word, o Excel ou PowerPoint. Também foi
notória a dificuldade sentida quanto à utilização das ferramentas Web 2.0,
aquando da frequência da referida Pós-Graduação, nomeadamente na
realização de trabalhos.
Em segundo lugar, e mediante o trabalho que realizo como responsável
numa escola EB23, na parte de gestão da rede interna, é notório que muitos
professores têm alguma relutância quanto ao uso diário do computador, no que
respeita por exemplo - que é o caso mais elucidativo - ao simples uso do
Microsoft Outlook para visualização do correio electrónico nas suas contas
pessoais da escola.
Assim, um dos maiores objectivos neste momento é fazer com que os
professores desta escola “cultivem” o hábito de utilizar o computador e as
tecnologias existentes nos dias de hoje, nomeadamente as ferramentas Web
2.0.
Pela experiência e convivência com os problemas diários da escola ao
nível informático, torna-se difícil para alguns dos professores experimentarem e
usarem estas ferramentas online: ou porque não sabem que existem; ou
porque acham difícil a sua utilização; ou porque simplesmente sentem que não
serão capazes de o fazer.
Convém realçar que não deve transparecer a ideia de que para ser um
bom professor, seja qual for a área de ensino, é necessário dominar as
tecnologias de informação e comunicação. No entanto, convém reafirmar que a
“convivência” com os meios tecnológicos disponíveis hoje em dia potencia o
processo de ensino – aprendizagem, pois traduz-se numa participação mais
activa dos alunos, os quais estão naturalmente predispostos para o uso dos
mesmos.
Mediante tudo o que anteriormente foi afirmado, este projecto permitirá
desenvolver um manual de apoio à utilização de algumas ferramentas Web 2.0,
de forma a ajudar todos aqueles que têm ainda alguma relutância quanto ao
uso destas ferramentas, independentemente da sua profissão ou faixa etária.
Desta forma, este manual poderá ser bastante útil para os professores, bem
como para os simples utilizadores da internet.

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