O documento discute os impactos da ditadura militar brasileira (1964-1985) na educação do país. Analisa a ideologia tecnocrática que fundamentou as reformas educacionais do período, visando modernizar o capitalismo de forma autoritária. Discute como a educação foi usada como instrumento para atingir os objetivos econômicos do regime, priorizando uma abordagem técnico-científica e a teoria do "capital humano".
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Tecnicismo educacional na Ditadura Militar e seus reflexos para a atualidade
O documento discute os impactos da ditadura militar brasileira (1964-1985) na educação do país. Analisa a ideologia tecnocrática que fundamentou as reformas educacionais do período, visando modernizar o capitalismo de forma autoritária. Discute como a educação foi usada como instrumento para atingir os objetivos econômicos do regime, priorizando uma abordagem técnico-científica e a teoria do "capital humano".
O documento discute os impactos da ditadura militar brasileira (1964-1985) na educação do país. Analisa a ideologia tecnocrática que fundamentou as reformas educacionais do período, visando modernizar o capitalismo de forma autoritária. Discute como a educação foi usada como instrumento para atingir os objetivos econômicos do regime, priorizando uma abordagem técnico-científica e a teoria do "capital humano".
Os impactos do golpe militar de 1964 na educao brasileira
Tecnicismo educacional e seus reflexos na atualidade
Pesquisa Jurdica Turma A Professora Loussia Flix Jlia Marssola Loures 14/0043811
Junho 2014 Braslia - DF 1. Resumo
A concesso de plenas liberdades democrticas, hoje premissa inquestionvel para o estabelecimento de um tecido social so, nem sempre fora prioridade dos governantes ao longo da histria. Exemplos h vrios. Tratemos aqui, contudo, mais especificadamente da ditadura militar brasileira, perodo conhecido pela supresso desses direitos atualmente inalienveis e por dura e intensa represso, alm de clara manipulao intelectual e censura a movimentos culturais. Como todos os grandes pilares de uma sociedade, a educao foi duramente influenciada por esse perodo, sofrendo alteraes paradigmticas e organizacionais que em muito contriburam para a construo do cenrio educacional atualmente em vigncia no Brasil. Nesse sentido, faz-se imperioso analisar com notvel mincia a ideologia que fundamentou todas as reformas educacionais durante o regime militar, isto , o tecnicismo: uma ideologia tecnocrtica marcada pela concepo pedaggica autoritria e produtivista. Assim, dedicar-me-ei, nesse documento, empreitada de analisar criteriosamente o pensamento tecnocrtico reinante e suas conseqncias para a educao brasileira, cuja elaborao teve como metodologia a reviso bibliogrfica.
2. Palavras-chave Reformas educacionais tecnocrticas Ditadura militar Educao brasileira
3. Introduo
A fim de examinar a ideologia tecnocrtica subjacente educao brasileira durante o perodo da ditadura militar (1964-1985), adotei a premissa segundo a qual as reformas educacionais foram implementadas num modelo de modernizao autoritria do capitalismo, regido pela teoria econmica do capital humano. A propaganda ufanista, associada eficincia tcnica, teve tambm seus corolrios ideolgicos no mbito da poltica educacional, materializados na reforma universitria de 1968 e na reforma do 1 e 2 graus de 1971, ancoradas pela ideologia tecnocrtica. Dentre essas mudanas curriculares, fundamental mencionar a criao das disciplinas de Estudos Sociais, Educao Moral e Cvica (EMC) e Organizao Social e Poltica do Brasil (OSPB), que conferem nova configurao ao ensino de humanidades no contexto de pedagogia autoritria. Desde a abertura para a privatizao do ensino at a emergncia da ps-graduao, o legado educacional do regime militar em muito perpassa a correspondncia com os propsitos econmicos do regime, adotando uma postura tcnico-cientfico-informacional que repercutir na educao at os dias de hoje.
4. Desenvolvimento
No contexto internacional da Guerra Fria (1947-1991), as reivindicaes dos trabalhadores representavam, para as elites, uma luta em prol do socialismo. Fazia-se necessrio, portanto, em especial durante o perodo militar, interromper o processo histrico inaugurado aps o 1930 1 e libertar o Estado da presso proletria. Numa anlise desprovida de juzo de valor, vale reconhecer que essa deciso acelerou ainda mais a modernizao do capitalismo e consolidou a sociedade urbano-industrial brasileira, alm de propiciar altas taxas de crescimento do PIB, com uma mdia prxima a 10% ao ano 2 . Na esteira desse processo, as reformas educacionais de 1968 e de 1971 3 tinham como escopo estabelecer uma ligao orgnica entre o aumento da eficincia produtiva do trabalho e a modernizao autoritria das relaes capitalistas de produo, ficando a educao no regime militar como um instrumento a servio da racionalidade tecnocrtica a fim de viabilizar o slogan Brasil, grande potncia. Quanto correspondncia do cronograma educacional s propostas econmicas, retomemos o movimento pendular descrito por Ianni 4 (1979, p.288-289) acerca do modelo econmico militar, que ora pendia para o nacionalismo, ora para a internacionalizao subordinada. Outro comentrio curioso e instigante a respeito dessa relao o de Passarinho, segundo o qual nos orgulhamos do resultado econmico e no do resultado poltico e/ou educacional 5 (Passarinho, 2003,p.A2). Exemplo disso
1 A Era Vargas (1930-1945) instituiu pressupostos ideolgicos do nacional-populismo, com diversas concesses inditas a classe proletria que, sob a tica ditatorial militar, impediriam o progresso e o avano do pas. 2 SIMONSEN, M.H. O modelo brasileiro de desenvolvimento. In: SIMONSEN, M.H.; CAMPOS, R.O. A nova economia brasileira. 3. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1979. p. 1-22. 3 A lei n.5540, promulgada em 1968, reformou a universidade; a lei n.5.692, de 1971,estabeleceu o sistema nacional de primeiro e segundo graus. 4 IANNI, O. Estado e planejamento econmico no Brasil (1930-1970). 3. ed. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1979. 316p. 5 PASSARINHO, J. Pode a histria ser apagada?. O Estado de S. Paulo, So Paulo, 8 abr. 2003. Caderno A, p. 2 que a simplificao da poltica pelo vis do autoritarismo funcionou como indutor do crescimento das foras produtivas que elevaram o Brasil do 49 lugar para a posio de 8 lugar no ranking da economia mundial. Na viso hegemnica da poca, a melhor maneira de se governar a economia no era pelos pressupostos das liberdades democrticas mas, sim, por meio de um regime poltico notadamente tecnocrtico. O Programa de Ao Econmica do Governo (PAEG) adotado no governo Castelo Branco em muito se assemelhava modernizao capitalista dos tigres asiticos, o que denota a tentativa de se lidar com a poltica educacional e econmica de forma pragmtica 6 . Portanto, a defesa dos intelectuais orgnicos da ditadura militar sobre o papel dos tecnocratas no mbito do Estado brasileiro estava diretamente relacionada supresso das liberdades democrticas e clere modernizao das relaes capitalistas de produo, isto , sem democracia era impossvel criticar, fiscalizar e controlar as decises econmicas e sociais adotadas pelos tecnocratas, em relao s polticas implementadas pelos governos que se sucederam entre 1964 e 1985. A conseqncia da derivada foi a institucionalizao do tecnicismo como ideologia oficial de Estado. Assim, a difuso generalizada dessa ideologia ganhou materialidade, particularmente, aps a edio do Ato Institucional n. 5 (AI-5), em dezembro de 1968. A partir de ento, a ditadura militar, com base na censura imposta aos meios de comunicao de massa, produziu um conjunto articulado de idias, valores, opinies e crenas, segundo o qual a tecnocracia era a melhor forma de se governar a sociedade brasileira 7 . Tal modelo tecnocrtico adotou ainda a teoria do capital humano, j referido na introduo desde documento, como a transformao dos trabalhadores em capitalistas pela aquisio de conhecimentos e pela capacidade de possurem algum valor econmico. Conforme disse o criador da teoria, Theodore Schultz 8 , os investimentos na instruo no podem ser minimizados; muito ao contrrio, so de tal magnitude que alteram, radicalmente, as estimativas, geralmente aceitas, do total das poupanas e da formao de capitais, que esto em curso. Devero ser reformulados os conceitos estabelecidos com relao aos elementos de formao do pagamento e salrios (renda
6 CAMPOS, R.O. A lanterna na popa: memrias. Rio de Janeiro: Topbooks, 1994. 1417p. 7 FERREIRA JUNIOR, A.; BITTAR, M. Proletarizao e sindicalismo de professores na ditadura militar (1964-1985). So Paulo: Pulsar, 2006, p.105. 8 SCHULTZ, T.W. O capital humano: investimento em educao e pesquisa. Trad. de Marco Aurlio de Moura Matos. Rio de Janeiro: Zahar, 1973. P.250.
relativa), distribuio da renda por pessoa e s fontes de crescimento econmico (SCHULTZ, 1973,p.247). sabido que a ditadura foi um perodo elitista de acentuao das desigualdades sociais, a comear pela oferta educacional a cada uma das classes. alta tecnocracia, impunha-se universalizao da escola primria e mdia e, particularmente, a nfase na questo curricular referente ao ensino de matemtica e cincias naturais. Quanto ao ensino superior, previa-se a ampliao das vagas no mbito dos cursos de graduao voltados para as profisses tecnolgicas. Alm disso, privilegia-se a estruturao dos programas de ps-graduao com a dupla funo de produzir conhecimentos exigidos pela demanda do crescimento acelerado da produo econmica e, ao mesmo tempo, de formar novos quadros capacitados para a gerao de cincia e tecnologia. J a baixa tecnocracia precisava ser incorporada massa da juventude que se constitua na prole das classes populares o gado humano que deveria ser til de alguma maneira para a economia e/ou para o Estado. Foi a que a formao paramilitar de trabalho de menores surgiu. Para justificar o processo poltico autoritrio que subordinou a educao lgica econmica de modernizao acelerada da sociedade brasileira, a tecnoburocracia lanou mo da "teoria do capital humano", ou seja, imps o discurso unilateral de que o nico papel a ser desempenhado pela educao era o de maximizar a produtividade do PIB, independentemente da distribuio da renda nacional. Assim, na mesma proporo em que os golpistas de 1964 iam suprimindo as liberdades polticas, os tecnocratas propagavam a ideologia tecnicista como um sistema de idias dogmaticamente organizado, que servia para legitimar a unidade orgnica entre economia e educao durante o regime militar. Entretanto, a poltica do regime militar, plasmada pela ideologia tecnicista, redundou tambm em fracassos. Pois, a "educao pretendida como mecanismo de mudanas profundas, de formao de mo-de-obra capaz e integrada no sistema produtivo" no fez desaparecer, "na realidade, a persistncia de altos ndices de analfabetismo, mantendo grande parte da populao exclusa do acesso a esse mnimo de cultura, ao 'inchao' da oferta educacional, de profissionais marginalizados, desempregados" 9 (Covre,1983, p.219). As mudanas curriculares e a criao de novas disciplinas denotam o interesse de manipulao social, a tentativa de criar uma gerao acrtica e conformada, foi o caso
9 COVRE. M.L.M. A fala dos homens: anlise do pensamento tecnocrtico (1964-1981). So Paulo: Brasiliense, 1983. p..219. do surgimento das matrias Educao Moral e Cvica (EMC), Organizao Social e Poltica do Brasil (OSPB) e Estudos Sociais, e da abolio de Sociologia e Filosofia. As disciplinas relacionadas com a formao cvica tornaram-se instrumentos prioritariamente dedicados consecuo da homogeneizao social. A implantao dessa disciplina [...] significou a imposio de um discurso essencialista, antimoderno, compatvel com a concepo de uma sociedade naturalizada e sem fissuras, uma sociedade harmoniosa e composta por sujeitos que sabiam amar a ptria e eram socialmente adequados ao contexto no qual se inseriam 10 (KAUFMANN; MARTINS, 2009, p. 247). Seu carter moralizante destaca-se pela vinculao no somente de uma naturalizao da sociedade como espao e tempo de convivncias visando a harmonia, mas tambm como difusora de uma concepo essencialista, uma cosmoviso que busca difundir o espiritual e a busca da "Verdade", que se pautar por uma educao da sensibilidade humana, cuja mxima a formao de uma conscincia e o apego aos valores. Parte desse contedo moralizante, oriundo da retomada de obras que serviram aos propsitos religiosos, tratava de tornar os conceitos cristos como universais e, ao apresentarem outras religies, as descreviam como crena extica ou como confirmao de valores cristos 11 . Do ponto de vista educativo escolar, cabe ainda enfatizar que a criao dessas disciplinas heterclitas est assentada em elemento importante da estrutura e do planejamento do trabalho pedaggico, que o currculo. Compreendida como aquele elemento que visa orientar os processos educativos e fortemente impregnados, poca, dos princpios de racionalidade, gesto, eficcia, a prescrio curricular foi um dos maiores pilares que sustentaram o imaginrio ordeiro e disciplinador do perodo. Percebe-se um amplo afastamento entre os contedos curriculares acadmicos e os contedos curriculares escolares. Pode-se mesmo dizer que, neste caso, as disciplinas escolares se mostravam pela demarcao de sua existncia em um quadro ou grade curricular, com espao especfico para aulas. As reformas educacionais, bem como a incorporao de novas disciplinas grade curricular foram tambm origem dos tratados do MEC com a USAID, em prol do
10 KAUFMANN, C.; MARTINS, M.C. Ditaduras militares argentina e brasileira: colaboraes culturais em educao na dcada de 1970 do sculo XX. In: VIDAL, D. G.; ASCOLANI, A. (Orgs.). Reformas Educativas no Brasil e na Argentina: ensaios de histria comparada da educao. So Paulo: Cortez, 2009.p.247. 11 ONGHERO, A L. Moral e Civismo nos currculos das escolas dos oeste catarinense: memrias de professores. Dissertao (Mestrado em Educao) - Universidade de Campinas, Campinas, 2007.p.122. fortalecimento do ensino primrio, aperfeioamento de melhorias no ensino mdio, modernizao administrativa, universitria, entre outros setores includos adjacentes. O regime militar tinha o anseio de adaptar o ensino concepo taylorista, com alienao entre teoria e prtica cada vez mais reforada. O educando apenas um instrumento que executa objetivos instrucionais 12 (GHIRALDELLI,2000). Conforme j expresso anteriormente, o significativo aumento da participao privada na oferta de ensino, principalmente em nvel superior, foi possvel pelo incentivo governamental assumido deliberadamente como poltica educacional cujo grande instrumento foi o Conselho Federal de Educao. Perpetrou-se, no ensino, a separao entre meios e objetivos; entre contedos curriculares e sua finalidade educativa; entre as formas de transmisso do saber e as formas de produo e sistematizao do saber; entre o pedaggico e o cientfico. Teoricamente, os meios, os contedos, as formas de produo e sistematizao do saber, o aspecto cientfico, ficaram sob a jurisdio do departamento. Os objetivos, as finalidades, as formas de transmisso do saber, o aspecto pedaggico, a cargo da coordenao de curso. Paradoxalmente, acentuou-se o divrcio entre o ensino e a pesquisa, no momento mesmo em que a reforma proclamava sua indissociabilidade. Em suma, a estrutura universitria que nos foi legada pelo regime militar acarreta considerveis dificuldades qualidade do ensino, determinadas pelos seguintes fatores: eliminao das turmas/classes resultante da departamentalizao aliada matrcula por disciplina e ao regime de crditos, dificultando o trabalho dos professores junto aos alunos e desconsiderando as especificidades das diferentes carreiras profissionais na programao das disciplinas que integram os respectivos currculos; substituio do perodo letivo anual pelo semestral, reduzindo o tempo de trabalho pedaggico do professor com seus alunos, o que inviabiliza a superao das eventuais lacunas e dificulta a assimilao efetiva, pelos alunos, dos conhecimentos constitutivos das disciplinas consideradas indispensveis sua formao. Se houve algo de memorvel no mbito educacional da ditadura militar foi a ps graduao, aqui concebida num modelo mais maduro e evoludo, combinando as caractersticas positivas europia e americana. A experincia de ps-graduao brasileira resultou, pois, dessa dupla influncia: o modelo organizacional americano que foi articulado, no funcionamento efetivo do processo formativo, com o modelo europeu
12 GHIRALDELLI, Paulo.Histria da Educao. So Paulo: Cortes, 2000. pautado pela exigncia do trabalho terico autonomamente conduzido. Da termos chegado a um modelo brasileiro de ps-graduao, sem dvida bem mais rico do que aqueles que lhe deram origem, pois promoveu a fuso entre uma estrutura organizacional bastante articulada, derivada da influncia americana, e o empenho em garantir um grau satisfatrio de densidade terica, decorrente da influncia europia.
5. Concluso
Analisando o modelo educacional da ditadura, observa-se uma postura extremamente sistemtica e mecnica, sem muito dinamismo e acompanhando as necessidades da economia. Dentre as principais caractersticas educacionais do perodo, destaco: a vinculao da educao pblica aos interesses e necessidade do mercado; favorecimento privatizao do ensino; estrutura de ensino decorrente da implantao de mecanismos organizacionais; um modelo de ps-graduao maduro e bem-sucedido. Contudo, o mecanicismo excessivo e o modelo tecnocrtico conduzem o ensino ao cientificismo, causando uma viso restrita, limitada e reduzida, segundo a qual a cincia exata e o nico conhecimento vlido. Um dos maiores desafios da atualidade quebrar esse comportamento herdado, um fantasma da ditadura que amedronta dentro da sala de aula at os dias atuais, no mais com armas ou torturas, mas com a reproduo de hbitos, contedos e comportamentos sistematicamente. Frente a essa inquietante realidade e uma herana to presente em nossos modos de ensinar e de aprender, ficam-nos, portanto, no s o questionamento, mas tambm uma proposta de mudana, observao e dedicao. Comecemos a romper com os mtodos. Para alm da ideologia tecnicista que caracterizou a educao, h de se considerar ainda que a herana deixada pela ditadura militar repercute at hoje no sistema educacional brasileiro. Vrios elementos que estrangulam, por exemplo, a qualidade de ensino da escola pblica so remanescentes das reformas educacionais executadas pelos governos dos generais-presidentes. Destacamos, a ttulo de ilustrao, dois aspectos significativos da condio de ser professor do ensino bsico, na atual realidade brasileira, que deitam liames profundos na poltica educacional legada pelo regime militar: o processo aligeirado de formao cientfico-pedaggico e a poltica de arrocho salarial a que so submetidos. A combinao desses dois elementos constitutivos da vida cotidiana dos professores brasileiros representa, at hoje, um n grdio que estrangula a qualidade de ensino da escola pblica brasileira. E esse n tem uma origem: a poltica educacional herdada da ditadura militar.
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