Professional Documents
Culture Documents
DO ESPÍRITO SANTO
COORDENADORIA DE TRANSPORTES
CURSO TÉCNICO INTEGRADO DE INFRA-ESTRUTURA DE
VIAS DE TRANSPORTES E ESTRADAS
VITÓRIA
2009
ALBERTO FREDERICO SALUME COSTA
BRIAN EGÍDIO TEIXEIRA SILVA
GEOVANI FIRME REIS
RAFAEL GEGENHEIMER DE ALMEIDA
Vitória
2009
1
SUMÁRIO
SUMÁRIO .......................................................................................................... 2
LISTA DE EQUAÇÕES...................................................................................... 4
Introdução......................................................................................................... 5
Metodologia do Trabalho............................................................................... 10
REFERÊNCIAS................................................................................................ 18
2
LISTA DE FIGURAS
3
LISTA DE TABELAS
LISTA DE EQUAÇÕES
4
Introdução
5
da união, ou seja, bacias que atravessam mais de um estado, e sete são
bacias estaduais, cujas nascentes e foz encontram-se nos limites do estado.
O Rio Duas Bocas, estudado neste trabalho, integra a bacia do Rio Santa
Maria da Vitória, sendo um de seus afluentes pela margem direita. Todas essas
bacias fornecem 100% da água consumida na Grande Vitória e são
responsáveis por 11% da energia elétrica produzida no Estado (Diagnóstico e
Plano Diretor das Bacias Dos Rios Santa Maria da Vitória e Jucu, Volume VII,
1997).
O rio Duas Bocas nasce da Reserva de mesmo nome que é abastecida pelos
rios Panela, Naia-Assú e Pau Amarelo. Ele divide os municípios de Cariacica,
Vila Velha e Vitória. Apesar da cobertura vegetal e preservação ambiental
existente na reserva, sua produção de água é baixa. Mesmo assim, há uma
represa da Companhia Espírito-Santense de Saneamento – CESAN – no Rio
Duas Bocas, que capta água para abastecer algumas comunidades de
Cariacica, sem contar as captações feitas por agricultores para irrigação de
plantações durante o percurso do rio, o que foi possível constatar durante a
medição. Nota-se que antigamente, a Represa de Duas Bocas abastecia toda a
região de Vitória. Isso não é mais possível devido ao crescimento populacional
da Capital e região, sendo esse o motivo de hoje o rio só abastecer algumas
localidades de Cariacica, todas elas rurais, o que não tira sua importância para
a agricultura na região.
Imagem da represa do Rio Duas Bocas, com detalhe para a torre da CESAN:
6
Revisão da Literatura
7
Esse método pode ser utilizado em estudos de qualidade da água e de
potencial hídrico, embora não tenha precisão suficiente para se determinar o
balanço hídrico de determinado rio, tampouco compor projetos de alta
complexidade ou que envolvam conflitos pela água (EMBRAPA, 2003).
O Documento nº 92 da EMBRAPA trata de um estudo sobre alternativas de
captação de água, feito no ano de 2003 pelo Engenheiro Agrônomo, Ph.D.
Engenharia de Irrigação, Euzébio Medrado da Silva e pelo Engenheiro
Agrônomo, M.Sc. Hidrologia, Jorge Enoch Furquim Werneck Lima, visando
aumento da oferta hídrica numa agrovila de Mambaí, em Goiás. Durante uma
das visitas em campo, os técnicos da EMBRAPA utilizaram o método do
flutuador para estimar a velocidade do Córrego Ventura, que passa na agrovila,
obtendo 1 m/s. Com o uso da trena, estimou-se a área da seção transversal,
calculando uma vazão instantânea na ordem de 2,4 m³/s, exatamente no ponto
onde havia uma roda d’água instalada, que captava a água da agrovila. Esses
dados foram suficientes apesar da pouca precisão do método do flutuador, pois
apenas serviu para mostrar que a vazão do Córrego era suficiente para atender
a comunidade.
Abaixo, imagem da roda d’água por onde a água da agrovila é captada:
8
A Engenheira Civil, M.Sc. em Engenharia Urbana Eliane Justino, a Engenheira
Civil, doutora em Hidráulica e Saneamento Ana Luiza Ferreira Maragno e o
Engenheiro Civil, doutor, Laerte Bernardes Arruda, realizaram um estudo do
controle do escoamento superficial com uso do reservatório de retenção na
Bacia do Córrego Lagoinha, em Uberlândia-MG (23º Congresso Brasileiro de
Engenharia Sanitária e Ambiental, 2005). A finalidade do reservatório proposto
é reter temporariamente o volume excedente do escoamento superficial,
permitindo que este seja transmitido de forma gradativa às áreas de jusante,
após a precipitação, o que evitaria enchentes na cidade. O método do flutuador
foi utilizado na determinação da velocidade do Córrego Lagoinha no período de
estiagem.
Para avaliar a condição da qualidade da água e da vazão no Córrego
Caveirinha, em Goiânia-GO, o Engenheiro Agrônomo Antônio Pasqualetto e o
Engenheiro Ambiental Luciano de Sousa Machado, utilizaram o método do
flutuador para mensurar a vazão. Adotou-se um fator de correção igual a 0,85
(24º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2007).
Objetivando mensurar a relação entre precipitação e vazão da bacia do Rio
Paquequer em Teresópolis-RJ, diante da falta de dados, Flávia Piovani Afono,
Carla Semíramis Silveira, Robson Luis Monsuento e Luiza Almeida Villar de
Queiroz, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, utilizaram o método do
flutuador para determinação da velocidade do rio in loco (XII Simpósio
Brasileiro de Geografia Física Aplicada ,2007).
Para elaborar a morfometria e estabelecer a qualidade da água da Microbacia
do Ribeirão da Vida em Uberaba – MG, o Professor Dr. em Produção Vegetal
José Luiz Rodrigues Torres e os Tecnólogos em Gestão Ambiental Samantha
Regina da Silva, Carla Ariane S. Pedro, Andréia de Oliveira Passos e Joares
Queiroz Gomes, utilizaram o método do flutuador para obter a vazão da
Microbacia (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo
Mineiro, 2009).
9
Metodologia do Trabalho
Fio de Nylon
10,0 metros
Fio de Nylon
Utilizando uma trena metálica de cinco metros, mediu-se a largura do rio (de
piquete a piquete).
A medição consiste em cronometrar o tempo em segundos que um objeto
flutuante, neste trabalho uma bola de tênis, leva para fazer o percurso da seção
superior até a inferior. O flutuador deve ser posicionado no centro do rio. Foram
cronometrados dez tempos; segundo o Comunicado Técnico nº 455, o número
mínimo de repetições é três vezes e quanto maior forem as repetições, maior
precisão. Excluiu-se o maior e o menor valor e tirou-se a média aritmética dos
tempos restantes. A seção transversal do rio não é um polígono regular, ou
seja, sua profundidade varia e a lâmina d’água se mantém “constante”. Com o
10
fio de nylon, demarcou-se a seção transversal passando-o de uma margem a
outra no centro do comprimento total. Após isso, dividiu-se essa seção em
cinco intervalos iguais e com a trena, mediu-se a profundidade do rio em cada
intervalo. Detalhe do procedimento de medição da seção transversal:
Fio de Nylon
11
para rios com fundo pedregoso ou 0,9 para fundo barrento. Constatou-se que o
fundo do Rio Duas Bocas não era totalmente pedregoso nem barrento. Adota-
se, portanto, um coeficiente médio de 0,85.
A velocidade do rio é dada pela equação:
Sentido
do fluxo
12
Resultado e Discussão
Ordem 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
Tempo(s) 22,6 22,1 25,0 21,3 20,8 22,8 21,7 21,3 20,6 22,6
13
flutuador se mantivesse no eixo central sem sofrer influencia de correntes de
vento ou obstáculos físicos ao percurso, como galhos e outros. Para corrigir
esse erro de medição, excluem-se o maior e o menor tempo – 3º e 9º tempos,
respectivamente, calculando uma nova média aritmética com os tempos
restantes igual à Tmédio = 21,7 s.
Dividiu-se seção transversal em quatro partes iguais, ou seja, intervalos de
1,10 m cada (L/4). Partindo da margem direita até a esquerda totalizaram cinco
pontos (seqüenciados de A até E) a partir dos quais foram medidas as
profundidades da seção transversal. Abaixo, representação esquemática feita
em AutoCAD com as profundidades medidas em cada ponto:
14
para irrigação de culturas e dessedentação de animais. Essa vazão aumenta
conforme o rio avança para o oceano, pois há uma represa de regularização de
nível em sua foz com uma estação de captação de água da CESAN (Esse
assunto foi abordado na Introdução). Outra justificativa para a vazão está no
fato de que no litoral a precipitação orográfica média anual tende a ser menor
que no interior. O período de alta dos rios da Bacia do Rio Santa Maria da
Vitória e do Jucu tende a ser de dezembro a março, principalmente em
dezembro quando as vazões registradas são as mais altas. Como o trabalho foi
realizado no final do mês de abril, cessa-se o período de alta do rio, diminuindo
seu nível, e caminha para o período de estiagem que vai de julho a setembro
(ANA, 2001).
15
Conclusão e considerações finais
16
ANEXO – RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
Figura 10 - Delimitação do trecho c/ fio de nylon Figura 11 - Delimitação do trecho c/ fio de nylon
Figura 12 - Nylon estirado na largura do rio Figura 13 - Delimitação do trecho c/ fio de nylon
Figura 14 - Delimitação do trecho com fio de nylon Figura 15 - Foto com o responsável
17
REFERÊNCIAS
18
Afonso,F. P. L. A.; Silveira, C. S.; Monsueto, R. L.; Queiroz, L. A. V. Análise de
chuva e vazão com métodos diretos e alternativos no município de
Teresópolis,2007,
In. XII Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada ,2007,Natal RN Anais
Simpósio Brasileiro de Geografia Física Aplicada,2007, CDROM eixo 1 p.129 a
133.
TORRES, José Luiz Rodrigues et al. Morfometria e Qualidade da Água da
Microbacia do Ribeirão da Vida. Uberaba - Mg: Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro, 2009. Disponível em:
<http://www.cefetrv.edu.br/periodicos/index.php/gst/article/view/35/22>. Acesso
em: 19 jun. 2009.
Agência Nacional de Águas - ANA. Sistema Nacional de Informações sobre
Recursos Hídricos - Atlântico Sul Trecho Leste: Espírito Santo. Brasília - Df:
2001. Disponível em: <http://hidroweb.ana.gov.br/cd4/es.doc>. Acesso em: 19
jun. 2009.
Cesan. Governador visita ETA Duas Bocas e Canal de Itanguá. Disponível em:
<http://www.cesan.com.br/news.php?extend.393>. Acesso em: 19 jun. 2009.
PASQUALETTO, Antônio; MACHADO, Luciano de Sousa. IV-015 - Índice da
Qualidade da Água do Córrego Caverinha. Belo Horizonte - Mg: 24º
Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2007. Disponível
em: <http://www.saneamento.poli.ufrj.br/documentos/24CBES/IV-015.pdf>.
Acesso em: 19 jun. 2009.
ANEEL. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br>. Acesso em: 19 jun. 2009.
IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 19 jun. 2009.
19