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Salvador-Bahia
2004
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LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 6
2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS 8
2.1 HISTÓRICO 8
2.2 COMPOSIÇÃO 10
2.2.1 Solo 11
2.2.2 Cimento 16
2.2.3 Água 17
3 FABRIÇAÇÃO 18
3.4 CURA 19
4 OBSERVAÇÕES 20
5 TIPOS DE PRENSAS 24
7 PROCESSO EXECUTIVO 29
8 COMPARATIVO DE CUSTOS 34
8.1 O PROJETO 35
9 CONCLUSÕES 44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 47
6
1. Introdução
Portanto devemos bucar soluções alternativas para ajudar a reduzir este déficit que
Sabemos que da data desta pesquisa até hoje, nada mudou pois não é do nosso
conhecimento que haja qualquer política pública efetiva no Estado da Bahia para minimizar
investimento.
ecológico, que é assim chamado, porque no seu processo de fabricação não é utilizado a
queima, evitando desta forma, agentes poluentes do Meio Ambiente, como solução para
como a argamassa de assentamento e tempo de execução. Ele também reúne vantagens por
causa das suas dimensões e texturas uniformes diminuindo as correções executadas no reboco
Iremos explorar o seu uso, mostrando o passo a passo da execução de uma alvenaria
do assunto
2. Fundamentos teóricos
2.1 Histórico
2.2 Composição
1
Ao contrário do que se pensa geralmente, o solo cimento pode ser usado com grande sucesso na Construção de
residências de luxo, como é o caso das que foram construídas em São Carlos.
10
hidráulico artificial denominado cimento portland, de tal modo que haja uma estabilização do
Vários fatores podem influir nas características do produto final e entre eles podemos
serem usados.
2.2.1 Solo:
11
modo que se possibilite o uso da menor quantidade possível de cimento. De maneira geral, os
solos mais adequados para a fabricação de tijolos e blocos de solo-cimento são os que
encontra na sua fase plástica. Já o limite de liquidez é o valor que determina se um solo se
apresenta com uma umidade muito elevada a ponto de ficar num estado de um fluido muito
denso. Este limite é determinado através do ensaio feito pelo aparelho de Casagrande, onde
colocamos uma amostra de solo e fazemos um sulco na mesma através de uma espátula e logo
após aplicamos golpes com altura de 1 cm e intensidades constantes; daí o Limite de Liquidez
(LL) se dará com o teor de umidade do solo para o qual o sulco acima citado, se fecha com 25
golpes.
característica. Estes solos, geralmente, apresentam pouca resistência, apesar de que a presença
da argila na composição do solo e necessária para dar à mistura de solo e cimento, quando
A areia caracteriza-se por sua boa resistência e, por ser um material inerte, contribui
para maior estabilidade e resistência finais. Entretanto os solos com grande predominância de
areia exigem mais tempo de espera para que adquiram suficiente resistência e possam suportar
resistência inicial.
A escolha do solo pode ser realizada no próprio canteiro da obra por ensaios simples,
argilosos e siltosos; devem ser evitados solos que contenham matéria orgânica, pois esta pode
Embora existam solos que não podem ser utilizados por si só na fabricação, há
possibilidade de se misturar dois ou mais deles para que resulte um solo de características
procedimento:
Adiciona-se água aos poucos, ate que o solo adquira a consistência de argamassa de
reboco;
Coloca-se o material numa caixa de madeira, com dimensões internas de 60 x 8,5 x 3,5
colher de pedreiro até preencher todo o volume interno da caixa, rasando a superfície com
Levanta-se e deixa-se cair uma das extremidades da caixa, de uma altura aproximada
de 7 cm (quatro dedos), por duas vezes, repetindo a mesma operação com a outra extremidade
Se a retração total não ultrapassar dois centímetros e não aparecerem trincas na amostra, o
solo poderá ser utilizado; caso contrario, deve-se lhe adicionar areia até obter uma mistura que
Prepara-se uma mistura de terra seca e água (figura 4), mantendo-se uma umidade tal
que permita a preparação de cordões da mistura (rolinhos), rolados a mão (figura 5). Rolam-se
os cordões até que, com o diâmetro de 3 mm, comecem a quebrar (figura 6). Mantida a
mesma umidade, aglutinam-se os cordões de modo a formar uma bola (figura 7). Se não for
possível reconstruir a bola sem que ela apresente fissuras ou esmigalhe, os cordões são
reações ao esmagamento, conforme o caso, podem caracterizar dois outros tipos de cordões:
cordões moles, se a bola apresentar fissuras ou esmigalhar-se com pouco esforço; cordões
Toma-se uma porção de solo com a mesma umidade do ensaio do cordão e faz-se um
6mm de espessura e o maior comprimento possível. Caracteriza-se uma fita longa quando se
Essas características verificadas nos ensaios de cordão e da fita, assim como as reações
Com base nos resultados destes ensaios, podemos obter dados qualitativos para
Figura 10 – Tabela dos tipos de solo de acordo com os resultados do ensaio de cordão
2.2.2 Cimento:
Os cimentos que poderão ser utilizados deverão atender a uma das seguintes
especificações:
2.2.3 Água:
A água deverá ser isenta de impurezas nocivas à hidratação do cimento, como matérias
analisada, para podermos ter certeza de que seus componentes não irão prejudicar a mistura.
Preparam-se três traços volumétricos 1:10, 1:12, e 1:14 (cimento: solo) e, de cada
traço, moldam-se, no mínimo, seis tijolos na própria prensa, dos quais quatro serão utilizados
para a realização do ensaio à compressão simples e os dois restantes são para o ensaio de
3 Fabricação:
retido na peneira ABNT 4,8 mm. Após o peneiramento o solo deve ser em misturado.
O solo e o cimento a serem misturados podem ser medidos em volume, para maior
facilidade da operação e ter volume suficiente para a fabricação de tijolos durante uma hora
coloração uniforme. A água, se necessária, deve ser adicionada em forma de chuveiro, até
atingir a umidade ideal, obtendo uma argamassa farofada. Quando não se possui misturador
mecânico, o solo é espalhado sobre uma superfície lisa numa camada de até 20 cm, e em
seguida, o cimento é distribuído sobre a camada de solo e, com o auxílio de pás e enxadas é
prática:
a palma da mão; ao se abrir a mão, o bolo deverá ter a marca deixada pelos
dedos;
19
O traço para a fabricação dos tijolos será o que lhes conferir valor médio de resistência
à compressão igual a 2,0 Mpa (20 Kgf/cm2), de modo que nenhum dos valores individuais
esteja abaixo de 1,7 Mpa (17 Kgf/ cm2), na idade mínima de 7 dias.
Os valores médios de absorção de água não devem ser superior a 20%, nem apresentar
à peça (tijolo). Logo após a prensagem, a peça produzida é expelida pela prensa sobre os
páletes (bandeja) e está pronta para ser curada na sombra, sobre uma superfície plana, em
Se o solo for muito arenoso e não for possível empilhar as peças logo após a
3.4 Cura:
Após seis horas da moldagem e durante os sete primeiros dias, as peças devem ser
cura necessária.
Há casos em que não há condições de cura em local coberto; se isto ocorrer deve-se
4 Observações
orgânico, raízes ou pedras; a terra preta (de horta) é um exemplo de solo não recomendado.
Caso o solo seja ácido: é recomendada a correção com cal, para neutralizar a sua
carga elétrica no meio argiloso, através da troca de cátions, havendo uma atração entre as
partículas, fazendo com que estas se reúnam formando partículas maiores, determinando desta
O produto final se caracteriza pela formação de cadeias hexagonais que isolam em seu
interior, partículas que não chegam a ser aglutinadas, impedindo sua dilatação pela
específico, variando o tipo, desde o mais simples, constituído de pequenas caixas de madeira
para moldagem manual com socamento em camadas, até diversos tipos de prensas para
moldagem manual ou mecânica, cujos preços variam bastante, já sendo fabricada no Brasil
uma prensa totalmente automática que com o mesmo equipamento, permite a obtenção de
queima em fornos. Eles só precisam ser umedecidos, para que se tornem resistentes. Além de
grande resistência, outra vantagem desses tijolos ou blocos é o seu excelente aspecto.
2
Ìndice de Atterberg são os limites que delimitam o intervalo de consistência plástica do solo entre limite de
liquidez e de plasticidade. Estes limites foram definidos pelo cientista sueco A. Atterberg
22
cimento usado foi o CP-320 e as dimensões dos tijolos foram 21x10x5 cm.
Depois da fabricação, durante os quatro primeiros dias, foram executadas três
irrigações diárias para, em seguida, serem secos ao ar e ensaiados com 15 e 30
dias.
Foi adotada uma proporção de 6% de cimento e uma umidade de 16%,
com esforço de prensagem de 1,8 MPa.
A quantidade de cimento ideal encontrada foi de 8% e as de solo e
areia variaram bastante.
Com a finalidade de melhorar a estabilidade da mistura, foi
acrescentado 1% do peso do cimento de silicato de sódio.
Recentemente em uma inspeção local, foi constatado que as
construções (na época com seis a sete anos) conservam as características
iniciais, não havendo sido verificados defeitos em função do material
utilizado.
As casas são bem construídas, algumas já reformadas de modo a
aumentar a área útil normalmente revestidas com argamassa após a reforma.
(Fonte: Bauer, L. A. Falcão, Materiais de Construção, O uso do solo-cimento na
construção civil, por Prof. Moema Ribas Silva, pgs705 e 706, 1995)
Sabedor de que o que realmente encarece uma obra não é o tijolo e sim o desperdício
Construtivo Modular que permite que os tijolos sejam somente encaixados ou assentados
construção da obra.
5. Tipos de Prensas
Atualmente no Brasil temos vários fabricantes de prensas para tijolos de solo cimento,
Permaq: A prensa manual Permaq MTS-010 pode produzir até 2 mil blocos ou tijolos
por dia, duas peças por ciclo. Pode produzir tanto tijolos maciços quanto modulares, basta
• Man: Com funcionamento manual, a prensa P1, da Man, produz de 800 a 1000
peças/h. Funciona com apenas um operador e produz tijolos com dimensões
variadas. (Fonte: Téchne – Abril-2004)
(Fonte: www.man.com.br/poliutil/poliutil.htm)
25
(Fonte: www.gutward.com.br)
sobre duas rodas pode ser puxada por qualquer veículo de pequeno porte. Tem
de vãos e para configuração de vergas e vigas são obtidos por corte da peça-padrão.
cm. Conforme o equipamento, a produção varia de 100 a 300 peças/h. Para a fabricação
são necessários apenas três operadores: Um para o abastecimento, outro para a operação
7. Processo Executivo
como em qualquer outro tipo de construção, verificar a resistência do solo para definirmos
qual o tipo mais adequado de fundação a adotar. Depois de executada a fundação, deve
utilizar cintas de amarração nas mesmas, para que possamos iniciar a elevação das alvenarias.
As primeiras fiadas de tijolos devem ser assentadas sobre uma camada de argamassa
convencional, para que possamos garantir o prumo e nível correto das alvenarias a serem
elevadas. Após isto, iremos elevar as paredes a cada 0,50 m, verificando o prumo e nível das
mesmas, utilizando para o assentamento apenas um filete de material colante que pode ser
cola PVA (Rodhopás ou similar), argamassa industrializada ou massa de solo cimento, para
determinadas em projeto, utilizando para isto um funil de concretagem para evitar a perda de
concreto, a cada 0,50m, para que possamos executar as colunas corretamente evitando com
isto a segregação do concreto e bolhas de ar dentro das mesmas. Devemos também, colocar a
cada 0,50m de parede levantada, um ferro “U” em cada encontro de parede (na vertical, por
dentro dos furos dos tijolos), para garantir a amarração das mesmas, até atingirmos a altura
desejada para o pé direito, ou atingirmos a altura das janelas e portas, onde iremos colocar
uma fiada de tijolos calha com duas barras de 6,3 mm, grauteando os furos em até dois furos
abaixo do tijolo calha para que possamos garantir que não haja fissuras nos cantos das
aberturas de janelas e portas, utilizando para isto, copos plásticos ou tubos de PVC, para que
não sejam obstruídos os demais furos. Outro procedimento a adotar é a utilização do tijolo
calha na confecção das cintas de amarração, por onde deverá passar barras de ferro 6,3 mm,
com dobras de no mínimo 30cm, para posteriormente ser feita a concretagem da cinta através
30
da obturação dos furos anteriores com copos plásticos para que os demais furos fiquem livres,
baixas, o segundo no nível das portas a 2,10m do piso, para fazer o papel das vergas de
amarração das portas e o terceiro nível no fim das paredes executando a amarração das
mesmas.
Figura 20 – Colocação das primeiras fiadas de tijolos Figura 21 – Execução das vergas de amarração
tijolos e descermos as colunas de água fria. Os tijolos em forma de calha serão utilizados para
deveremos executar colunas vazadas ( ou shafts) para a instalação dos tubos de queda, pois os
Para as instalações elétricas também utilizamos os furos dos tijolos para a passagem da
diretamente na alvenaria, como mostram as figuras 25, 26 e 27, devendo sempre, evitar passar
fiação elétrica por uma mesma parede que já tenha passagem de tubos hidráulicos.
32
Nas alvenarias de tijolos modulares deveremos ter projetos bem planejados para se
evitar improvisos, pois como utilizamos os furos dos tijolos para executar as colunas de
sustentação, as instalações hidráulicas e elétricas, isto tudo deve estar pré-definido para que,
construção for de três pavimentos, o pavimento térreo deve ter colunas espaçadas a cada 60
cm, e o 1º pavimento a cada 80cm, e o 2º e último pavimento a cada 100cm, para que seja
deve ser feita se a construção tiver mais que um pavimento, é colocar nas colunas principais,
pavimentos, duas ferragens), de modo que na laje de cobertura do pavimento anterior uma das
barras fique dobrada por sobre a laje para receber o concreto, e a outra siga para dar
continuidade às colunas.
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8. Comparativo de custos:
solo-cimento e outra feita de tijolos cerâmicos, onde iremos comparar os custos para
cimento.
Sahara, com as dimensões de 12,5 x 25 x 6,25 cm, por ser o modelo mais empregado nas
habitações em execução e por ter uma boa produtividade. O custo do milheiro ficou em torno
Geral:
1,0 m de parede ou menos conforme aberturas de vãos de portas e janelas, com isto
externas de 15 x 20cm.
8.1 O Projeto:
Para o estudo, foi levado em conta o mesmo quantitativo de serviços iniciais como
popular adotado, e por isto a sobrecarga de lajes sobre as fundações foi desconsiderada.
Foi considerado a distribuição das colunas internas nos tijolos de solo-cimento, a cada
1,00 m ou na situação mais próxima desta distância (devido à abertura de janelas e portas),
utilizando ferros de Ø = 8,0 mm, sendo que em encontro de paredes externas (cantos), dever-
se-á colocar 3 colunas de concreto armado, e em encontros de paredes internas com externas,
dever-se-á colocar duas colunas de concreto armado. Na horizontal, a amarração será feita por
blocos canaletas, na forma de vigas embutidas, circundando toda a casa, como também em
todas as paredes internas em três posições: na fiada abaixo das janelas (servindo como contra
vergas), na fiada acima das janelas (passando por cima das portas também, como vergas) e na
última fiada de topo, servindo como viga de amarração. Esta amarração horizontal é feita com
enquanto que a figura 34 indica o sistema de amarração horizontal sobre as janelas e portas, o
A cada 0,50 m de parede elevada devemos encaixar nos encontros entre paredes os
Figura 33 – Planta de distribuição das vergas em bloco canaleta, nas aberturas das janelas.
(Fonte: Artigo – Sandro C. Giusepponi e Vladimir A. Paulon)
Figura 34 – Planta de distribuição das vergas em bloco canaleta com concreto e aço, sobre as portas
e janelas e nas cintas de amarração.
(Fonte: Artigo – Sandro C. Giusepponi e Vladimir A. Paulon)
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Planilha de preços
Obra com bloco cerâmico Data base: 11/2004
Serviço (Material + M. obra) Unidade Quantidade Preço Total
unitário
Fundações M3 3,76 136,95 514,93
Assent. Blocos cerâmicos M2 112,72 13,34 1503,68
Formas para pilares (uso 5x) M2 14,04 19,37 271,95
Concreto para pilares M3 0,47 181,80 85,45
Aço ( 6.3) para pilares Kg 31,17 4,28 133,41
Aço ( 5.0) para pilares Kg 17,71 4,28 75,80
Formas para vigas (uso 5x) M2 16,70 19,37 323,48
Concreto para vigas M3 0,24 181,80 43,63
Aço ( 6.3) para vigas Kg 23,53 4,28 100,71
Aço ( 5.0) para vigas Kg 6,68 4,28 28,59
Vergas jan e portas M3 0,10 440,29 44,03
Contra vergas janelas M3 0,06 440,29 26,42
Rasgo em alvenaria p/ tubos M 7,70 1,28 9,86
Chapisco em paredes M2 112,72 1,49 167,95
Emboço interno em paredes M2 112,72 3,36 378,74
Pintura interna M2 89,47 5,71 510,87
Azulejo 15x15 ate 1,50m M2 23,25 30,55 710,29
Pintura externa M2 70,87 5,71 404,67
Total Geral 5.334,56
41
1,00
Volume de concreto m3
0,87
0,80
0,58
0,60
0,40
0,20
0,00
Bloco cerâmico Tijolo de solo-cimento
Tipo de alvenaria
88,69 88,05
90,00
80,00
Peso do aço Kg
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
Bloco cerâmico Tijolo de solo-cimento
Tipo de Alvenaria
4000
3.273,39
3000
Custo (R$)
2000 1.503,68
1 – Considerei o mesmo traço de argamassa de assentamento para os dois casos. Para quantificar o filete
de argamassa empregado no tijolo de solo cimento adotei a dimensão de 0,015 x 0,01m de seção em forma de
“8” (vide figura abaixo), com um comprimento estimado de 0,686 por tijolo [(0,25 x 2) + (0,062 x 3)], o que nos
dá um volume de 0,0001029 m3. Considerando o consumo de 64 tijolos / m², teremos um volume de argamassa
2 – Como não adotei o grauteamento das colunas na composição do levante da alvenaria, adotei uma
composição para execução de pilaretes com Ø = 0,066m e com h = 2,70m, quantificados à partir da distribuição
3 – Considerei como fundação, alvenaria de pedra sobre as paredes nas dimensões 0,30m x 0,30m. Para
um perímetro de paredes de 41,75m temos: (41,75 x 0,30 x 0,30) = 3,76 m3 alvenaria de pedra para fundação;
5 – Considerei revestimento com azulejos nas paredes da cozinha e do sanitário com h =1,50m a partir do
6 – Considerei pintura interna nas paredes da sala e quartos no total da altura e uma faixa de 1,20m
acima da cerâmica no banheiro e cozinha: 26,25 x 2,70m + 15,50 x 1,20 m = 89,47 m2 de pintura interna.
44
7 – Considerei chapisco e emboço nas paredes a serem pintadas na opção dos blocos cerâmicos, e nas
paredes que irão ser azulejadas em ambos os casos, obtendo as seguintes áreas: 89,47m² + 23,25m² = 112,72 m2
de chapisco e emboço sobre a alvenaria de blocos cerâmicos e 23,25m2 sobre a alvenaria de tijolo modular
de solo cimento;
9 – Para as armaduras das colunas da obra com tijolo modular de solo cimento adotei o
aço 1N Ø 8.0mm:
0,395Kg/m x 2,70m x 62 colunas = 66,12 Kg para colunas.
Para as armaduras das vigas calhas (26,25m de perímetro externo) a seguinte
armadura; 2N Ø 6.3mm (0,245Kg/m):
26,25 m x 2 x 0,245kg/m = 12,86 Kg para vigas calha.
10 – Armaduras de Vergas e Contra-vergas.
Em ambos os casos considerei os mesmos comprimentos de vergas para portas e janelas e contra vergas
para as janelas:
11 – Na obra com tijolo modular de solo cimento, considerei para o cálculo do volume de concreto das
vigas calha, das vergas e das contra-vergas, uma área trapezoidal (no interior do tijolo calha) com a seguinte
12 – Na obra com blocos cerâmicos considerei 13 pilaretes de amarração com seção de 15 x 15cm com
altura de 2,70m com 4N Ø 6.3mm longitudinais e estribos Ø 5.0mm c/ 20cm, obtendo os seguintes quantitativos:
14 – Na obra com blocos cerâmicos considerei vigas de amarração 9cm x 10cm, com comprimento total
15 – Na obra com blocos cerâmicos o concreto para as vigas, pilaretes, vergas e contra-vergas foi assim
quantificado:
16 – Na obra com blocos cerâmicos compusemos as fôrmas feitas com tábuas com 0,20m de largura do
seguinte modo:
ALVENARIA DE PEDRA – m3
Insumo Unid Quantidade Pr. Unitário Total
9. Conclusões
obra, acredito que na construção de conjuntos habitacionais para população de baixa renda,
utilizando-se a mão de obra em regime de mutirão para a fabricação dos tijolos de solo-
cimento e também para a construção das moradias, reside aí a grande vantagem do sistema,
uma vez que o custo da mão de obra ficaria restrito apenas ao treinamento e supervisão
Por suas características, o tijolo de solo cimento pode desprezar o chapisco e emboço,
obra zero para ambos sistemas, sendo que também irei considerar a aquisição dos tijolos com
custo zero de mão de obra e de material com 33% a menos (zerando o custo da aquisição do
Planilha de preços
Obra com bloco cerâmico
Serviço (Material + M. obra) Unidade Quantidade Preço unitário Total
3
Fundações M 3,76 136,95 514,93
2
Assent. Blocos cerâmicos M 112,72 11,75 1.324,46
2
Formas para pilares (uso 5x) M 14,04 19,37 271,95
3
Concreto para pilares M 0,47 181,80 85,45
Aço ( 6.3) para pilares Kg 31,17 4,28 133,41
Aço ( 5.0) para pilares Kg 17,71 4,28 75,80
2
Formas para vigas (uso 2x) M 16,7 19,37 323,48
3
Concreto para vigas M 0,24 181,80 43,63
Aço ( 6.3) para vigas Kg 23,53 4,28 100,71
Aço ( 5.0) para vigas Kg 6,68 4,28 28,59
3
Vergas jan e portas M 0,1 440,29 44,03
3
Contra vergas janelas M 0,06 440,29 26,42
Rasgo em alvenaria p/ tubos M 7,70 1,28 9,86
2
Emboço interno em paredes M 23,25 3,36 78,12
2
Pintura interna M 89,47 5,71 510,87
2
Azulejo 15x15 ate 1,50m M 23,25 30,55 710,29
2
Pintura externa M 70,87 5,71 404,67
Total Geral 4.686,66
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Com base nessas considerações acima citadas, concluímos que, o custo da obra com
tijolos modulares de solo-cimento reduz-se em 37,57 %, do custo inicial da obra feita com
observa-se uma redução de em 19,96% entre o custo da obra com tijolos modulares de solo-
Á luz do acima exposto, acredito que o sistema vale a pena ser visto com bons olhos
incentivo para a construção de casas feitas com o tijolo modular, visto que o treinamento para
à construção.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sites:
http://www.pbqp-h.gov.br/deficit2000/deficit-cap7.pdf
http://www.arq.ufmg.br/habitar/sis2.html#descrição
http://www.sahara.com.br
http://www.permaq.com.br/prensamanual.htm
http://www.man.com.br/poliutil/poliutil.htm
http://www.gutward.com.br
TCPO 2000 – Tabela de Composição de preços e orçamentos. Ed. Pini, 1ªEd. São Paulo-Sp, 2000.
FIGUEIROLA, Valentina. Alvenaria de Solo-cimento. TÉCHNE, Ed. 85, abril-2004, Pgs. 30-36.
GIUSEPPONI, Sandro Custódio; PAULON, Vladimir Antônio. Sistema estrutural convencional X Sistema
alvenaria estrutural utilizando Solo-cimento: Vantagens econômicas e construtivas. Instituto Brasileiro do
Concreto – 45º Congresso Brasileiro.