Este documentário explora o desenvolvimento criativo e narrativo de crianças por volta dos cinco anos de idade através de suas atividades de desenho. O filme documenta experimentos com crianças desenhando e contando histórias sobre seus desenhos para compreender melhor seu universo simbólico e como se expressam através da linguagem e da arte. A produção busca equilibrar uma abordagem psicológica e poética desse processo de desenvolvimento infantil.
Este documentário explora o desenvolvimento criativo e narrativo de crianças por volta dos cinco anos de idade através de suas atividades de desenho. O filme documenta experimentos com crianças desenhando e contando histórias sobre seus desenhos para compreender melhor seu universo simbólico e como se expressam através da linguagem e da arte. A produção busca equilibrar uma abordagem psicológica e poética desse processo de desenvolvimento infantil.
Este documentário explora o desenvolvimento criativo e narrativo de crianças por volta dos cinco anos de idade através de suas atividades de desenho. O filme documenta experimentos com crianças desenhando e contando histórias sobre seus desenhos para compreender melhor seu universo simbólico e como se expressam através da linguagem e da arte. A produção busca equilibrar uma abordagem psicológica e poética desse processo de desenvolvimento infantil.
GARATUJAS, BADAMECOS E OUTROS MONSTROS Projeto de documentrio aprovado pelo Mecenato Subsidiado da Fundao Cultural na categoria Audiovisual/No-iniciantes Produo Tu i Tam Filmes Produo executiva Rafael Urban e Joo Castelo Branco 52 minutos
GARATUJAS, BADAMECOS E OUTROS MONSTROS
2 1. Sinopse Garatujas, Badamecos e Outros Monstros um documentrio sobre desenho infantil. O filme aborda um momento no desenvolvimento da criana, por volta dos cinco anos, quando o significado atribudo ao desenho acontece durante ou depois do ato do desenho. Nesse momento a fala j articula narrativas complexas, numa idade em que o mundo da fantasia se mistura com a realidade cotidiana. Assim o desenho guarda, para alm da busca da representao, uma brincadeira de faz-de-conta que nos diz sobre o universo simblico da criana. Ao investigar o desenho o filme busca a causa, as motivaes da criana, visando enfim poder olhar para isso que, no ato do desenho, no trao e nos discursos, pode nos falar sobre o sujeito do desenho.
Previso de lanamento: final do 1 o semestre de 2014 Contatos: Rafael Urban (produtor) rafael@tuitamfilmes.com / (41) 9146-1365 Joo Castelo Branco (diretor/ produtor) Joao@tuitamfilmes.com / (41) 8823-3009
2. Produo
A Tu i Tam Filmes uma produtora de cinema baseada em Curitiba, Brasil, e dirigida pelos realizadores Rafael Urban e Joo Castelo Branco. Seus filmes receberam dezenas de prmios e foram apresentados em 25 pases em salas de cinemas, em canais de televiso e em importantes festivais, como Rotterdam, IndieLisboa, Chicago, Bafici, Hamburgo, Videobrasil, Braslia, Tiradentes, Toulouse, Barcelona, Dei Popoli e Documenta Madrid.
GARATUJAS, BADAMECOS E OUTROS MONSTROS
3 3. O projeto - Apresentao Garatujas, Badamecos e Outros Monstros um documentrio mdia- metragem de 52 minutos sobre os processos criativos infantis. O filme aborda um momento no desenvolvimento da criana, por volta dos cinco anos, quando o significado atribudo ao desenho acontece durante ou depois do ato do desenho. Nessa fase h um grande esforo por representar o mundo em que se vive e de se inscrever no mundo da comunicao, o que marca o incio do faz de conta, quando um significante, o trao ou a palavra (imagem acstica), ganham a possibilidade de adquirir significados diversos em diferentes contextos. Trata- se de uma idade em que o mundo da fantasia se mistura com a realidade cotidiana, abrindo a possibilidade para as brincadeiras de faz de conta: quando o lenol da cama pode virar um oceano com ondas, ou uma caverna onde se esconder, quando aquele buraco embaixo da cama pode abrigar monstros horrveis e tambm heris em naves voando pelo espao sideral. Nesse momento, guiado pelo mundo das fantasias, a fala j articula narrativas complexas. Assim as garatujas e os badamecos (o rabisco as primeiras representaes da figura humana) guardam, para alm da busca da representao, uma brincadeira de faz-de-contas que nos diz sobre o universo simblico da criana. A base do filme so trs tipos de experincias diferentes repetidas com crianas diferentes: 1. No primeiro grupo de experincias sero propostas cenas/dispositivos que funcionem como brincadeiras que convidem cada criana a falar sobre seu universo atravs do desenho. O convite se estende a falar das caractersticas e de detalhes do desenho. A ideia a de que essa sequencias sejam planejadas como cenas de filmes de fico e a atuao seja uma proposta de brincadeira. Ex.: Duas crianas (irmos) chegam no quarto, abrem o ba de brinquedos e pegam uma resma de papel e uma caixa de giz de cera, correm pela casa com seus apetrechos, espalham tudo pelo cho da sala e comeam a desenhar e contar sobre o desenho para o outro.
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4 2. 2. A segunda experincia ser voltada s filmagens dos desenhos e, se possvel ao registro sonoro das narrativas das crianas. Aqui ser usada uma tcnica de filmagem consagrada por Henri-Georges Clouzot em seu filme O mistrio de Picasso (1956), no qual vemos os traos do pintor surgirem na prpria tela do cinema, sem que as mos apaream em quadro. Isso ser possvel porque o artista desenha em um vidro despolido (translcido), devidamente iluminado e Clouzot o filma pelo lado oposto. Assim temos a impresso de que a pintura acontece como uma animao; enquanto que, de fato, tudo filmado em tempo real (live action). O uso desta tcnica permite ao diretor explorar o ato de pintar com nfase no desenvolvimento do trao da pintura, no detalhe de cada pincelada. No momento em que essa tcnica empregada em Garatujas, Badamecos e Outros Monstros a nfase tambm est no trao do desenho infantil, enquanto o udio est voltado para a narrativa que ganha vida no desenho. 3. 3. No ltimo grupo de experincias as crianas so convidadas a se depararem com seus desenhos, a inventarem uma histria sobre eles, um faz-de-contas, no qual elas se encontrem com tudo aquilo que eles tm desenhado e falado. Aqui os personagens tambm esto no ambiente familiar de suas casas. Nessa parte final a carga dramtica est na relao do personagem com o desenho j feito. Aqui se busca uma situao de elaborao das histrias contadas a ttulo de concluso do processo e da dramaturgia flmica. Essa estrutura baseada em uma preocupao dramatrgica comprometida com o desenho e a narrativa infantil. Assim o roteiro se volta ao que cada criana fala, desenha e mostra; e est atento a conexo entre o desenho e o discurso, entendendo que so aspectos indissociveis nesta etapa do desenvolvimento da criana.
4. Justificativa Em discusso antiga, e sempre presente, no campo da histria da arte, est a produo pictrica infantil. O filsofo e historiador da arte francs Daniel
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5 Fabre demonstra que preocupaes que fundam o conceito de arte no modernismo se j se voltavam expresso: C'est de l'art? (Isso arte?) Como uma pergunta levantada ao se olhar para o desenho infantil. Ela se coloca assim para George Sand, Champfleury, Baudelaire, Flaubert, Liszt, Picasso, de Courbet, Kandinsky, Paul Klee, Pritshorn, Mir entre outros. No Brasil vemos nomes como Mrio de Andrade, Anita Malfatti, Monteiro Lobato e mais tarde novamente a gerao de Hlio Oiticica retomarem o tema. Todos concordaram que a expresso infantil deveria ser levada a srio. Garatujas, Badamecos e Outros Monstros , de um lado, um filme documental, que parte de uma pesquisa na rea de psicologia sobre o desenvolvimento infantil, e, por outro lado, tambm um filme que busca explorar as tcnicas da cinematografia ficcional, a plasticidade do ato do desenho infantil e as possibilidades da narrativa contada, falada, como matria para uma reflexo potica baseada na linguagem como imperativo no desenvolvimento da criana. Dessa maneira a noo de filme documental faz sentido, pois o processo de documentao (do ato de desenho e das narrativas) parte da pesquisa potica (sobre o ato do desenho); assim, o documento aqui se converte em estilo. Portanto, a relao entre essas duas epistemologias, a da pesquisa em psicologia do desenvolvimento infantil e a pesquisa potica, no campo do cinema e das artes visuais, faz do processo deste documentrio em si mesmo uma reflexo de linguagem cinematogrfica. O projeto aborda questes universais, como o desenvolvimento infantil, processos de inscrio da criana no universo da linguagem, o imaginrio infantil, os processos de representao da realidade, a relao entre o enunciado e os atos de enunciao, a expresso artstica da criana e as histrias infantis. Tudo isso tratado por crianas na idade em que entram no contexto escolar. Esses temas, e a forma como so tratados na proposta, se mostram fundamentais para a discusso escolar sobre a criana, tanto no campo da cincia e filosofia da educao, como no contexto da educao infantil (em sala de aula), to carente de debates acessveis sobre o desenvolvimento da criana. No campo da arte-educao a discusso das mais caras, pois o projeto visa a criana como sujeito que se expressa, e essa expresso como pilar do processo de aquisio de linguagem. essa criana, esse sujeito, que tem voz no filme.