O ultimo capitulo deste primeiro livro. Daniel e sally vivem momentos de tensão, mas com os seus amigos...Partem para uma guerra sem tréguas que dirá o seu destino
O ultimo capitulo deste primeiro livro. Daniel e sally vivem momentos de tensão, mas com os seus amigos...Partem para uma guerra sem tréguas que dirá o seu destino
O ultimo capitulo deste primeiro livro. Daniel e sally vivem momentos de tensão, mas com os seus amigos...Partem para uma guerra sem tréguas que dirá o seu destino
Senti-me zonzo mal abri os olhos. Entrara num local
escuro e demasiado distante para que soubesse onde estariam todos os outros. Ouvia vozes, a ecoarem, que vinham e iam, mais fortes e mais fracas, mas nunca constantes e de maneira a que conseguisse dialogar com elas. Entre mim e o real haveria no mínimo, um fosso de mais de mil memórias, sentidos e sonhos. Os sonhos falhavam, onde o coração mandava que desistisse de poder viver aquela aventura de doidos. Acreditei que podia salvar-me quando um súbito atordoamento me levou a outra dimensão. Nesta, já Sally e Edward estavam bem visíveis, com mais três elementos à sua frente, sangrentos e completamente satânicos, com capas e expressões de troça para com os dois. O espaço já não era negro, mas via perfeitamente uma floresta em redor, com pinheiros e árvores centenárias. - Sally! - Gritei uma vez, tentando alcança-la, mas ela fugia, assim como sucedia com Edward. Estava tão assustado quanto eles, e sobressaltei-me ao ver que os outros três avançavam sobre eles, com Edward a ser perfeitamente vulnerável a qualquer um dos seus oponentes. Não havia magia mas apenas o poder da mente no embate entre as personagens presentes, como um tabuleiro de xadrez com o rei, que indicava como sendo Sally. Edward era uma torre e iria ser retirada do jogo a qualquer instante – era uma questão de tempo. Sabia que não aguentava esperar sem lutar, sem os tentar ajudar, ao vê-los ali tão aflitos, a lutarem para me protegerem. - Foge Daniel, vai embora – Gritavam e deixavam-me quase morto de medo de nunca mais os ver. - Daniel! - Chamou alguém, e eu voltei a mim, abrindo os olhos e vendo fortes luzes por cima de mim. Não queria estar assim, a ser exposto, e voltei-me para o lado. - Preciso que fiques acordado – Pediu a voz simpática. De seguida uma sombra incomodou-me. - Não – Resmunguei ainda não querendo enfrentar os monstros que me queriam matar. Curiosamente não me sentia amedrontado com aquela voz e apesar de ter medo, sentia-me estranhamente seguro. - Sou Carlisle. Preciso que acordes para te poder examinar – Pediu com alguma insistência. Levantei-me sem prestar atenção a que estava ligado a fios, e logo me magoei. Sentia que estava a ser picado por abelhas e que elas nunca me deixariam em paz, com o ferrão dentro da minha pele. Aquilo fazia-me tanta impressão que me deitei de novo em algo bastante macio. - Calma – Aconselhou ao apontar uma luz para os olhos – Aparentemente estás fora de perigo. Não há problema... - O que se passou? Onde me encontrou? - Perguntei continuando com os olhos fechados e a voz a falhar, de tão fraca que era. Ele não falou. Ouvi frascos ou algo de vidro a ser mexido. - Eles conseguiram encontrar-te e tirar-te de lá, mas, para isso fizeram-se prisioneiros. - E a Anna? - Sobressaltei-me ao lembrar-me das palavras do conde cheio de raiva. Ele sorriu de maneira a que eu ouvisse. Depois tossiu e ficou calado durante alguns momentos, longos momentos. Pareceu-me, mesmo que assim não o fosse. - Não a apanharam...ainda! - Disse com serenidade na voz suave. Finalmente decidi pôr-me lentamente e meio sentado com a almofada a ficar junto à minha cabeça. Consegui abrir os olhos enquanto os piscava muitas vezes, que deu para ainda observar o cabelo loiro e a pele pálida no rosto do Sr.Cullen. - Admirado? - Perguntou virando-se lentamente para mim, em cima de um banco rotativo, com os olhos brilhante e os dentes a cintilar. Queria falar de algo importante sobre os Nirvan, mas ele começou a falar antes de mim. - Foi por um triz que não aconteceu algo de pior. Se o Edward não tivesse chegado à tua beira antes de te levarem, nem sei! Os Nirvan são muito mais poderosos que nós, e nunca os deves subestimar. Quando eles se lembraram de te levar podias ter, ou sido transformado, ou eles matavam-te certamente. - Onde é que eles foram? - Perguntei para afastar aquele mau sentido da conversa, esperando uma resposta que não englobasse sangue e confrontos. - Foram a um local, tratar de um assunto urgente. Daqui a pouco sairás daqui com a Sally – Segredou – E tenta não te expores demais a eles, porque eles virão à tua procura. Não me acreditava naquilo. Mas eles nunca desistiam? O que teriam Edward e Sally feito para eles não os seguirem? Ali estava profundamente exposto a apanharem-me, ou nem por isso? Senti-me de novo cansado e deitei-me, onde tudo voltou a escurecer durante grande tempo. Quando me pareceu clarear, já via uma janela branca e velha, e estava deitado na minha cama, no meu quarto. Desta vez havia sol, não muito, mas mesmo assim sol, que me fazia arder os olhos. Voltava à realidade dos meus dias escolares, mas era fim-de-semana. Olhei para o despertador e o relógio ainda marcava nove horas da manhã, demasiado cedo para um dia em que não iria fazer nada. Desci para tomar o meu pequeno-almoço e ainda estava tudo calmo, sem ninguém, e eu não gostei daquele ambiente. De repente, os meus braços gelaram quando me virei na direcção da porta, que trazia uma pequena abertura de luz, mas também uma sombra humana, parada e calada. Tentei de novo subir as escadas mas quando estava a começar a subir o primeiro degrau, a figura apareceu mesmo à minha frente e tapou-me a boca, ficando eu quieta e não podendo gritar. - Não tenhas medo, sou eu! – Apresentou-se Sally, com o rosto a surgir na penumbra da luz frouxa. No meio daquela escuridão, a cara dela, tendo um pouco de luz, estava mais branco que a própria pedra da parede, mais fria que o gelo. - Porque vieste? - Falei baixo quando ela me tirou a mão da boca e se afastou novamente. - Tens de ir ter com a Jennifer e com o Kelvin. Nós não podemos ir até lá assim sem aviso – Explicou com alguma pressa. Pensei por uns segundos, ainda meio com sono. Aquelas palavras passavam por mim como flechas que não me tocavam. O tempo parecia demasiado demorado para que eu pudesse estar a ter uma imensa conversa com pés e cabeça, e não podia querer saber mais nada, pelo menos para já. Se me dessem um dia de descanso, ainda era pouco para todo o medo que tinha tido sossegar. - Porque haveria de ir lá agora? Tenho sono e de certeza que me perderia até lá – Disse-lhe com surpresa e algum medo de não conseguir completar aquilo que ela queria. - Vai arranjar-te e eu levo-te até lá dentro. - Qual é a pressa afinal? - Resmunguei já mais atento. - Não é um problema, mas sim, mais um... pedido de colaboração – Respondeu e eu notei que lhe custava admitir que precisava de ajuda. - E o Edward? Não te pode ajudar? - Por favor... e quanto mais, ele foi embora. Não conseguimos ter força suficiente para ter esta guerra! Se formos sozinhos, perdemos, e eu irei desaparecer ou morrer de certeza. Os Outros não terão piedade. Como um relâmpago, fez-se luz na minha cabeça e eu acordei de vez. Virei-me para o lado de cima dos quartos e comecei a subir rapidamente, mas ela agarrou-me violentamente pela mão e parou-me, quase deixando-me cair pelos dois degraus que subira. O seu alcance era demasiado longo. - Espero lá fora no jipe. Não te demores por favor. É importante chegares lá rápido – Pediu, beijando-me num segundo. Quando ele saiu apressei-me a ir para o quarto, onde apenas tinha tempo para pôr uma camisola mais fina do que aquela de lã que tinha, do pijama. Depois desci as escadas e diz grande alvoroço, pensando estar a acordar os meus padrinhos, mas nesse momento não tinha tempo para ter cuidado. Sally esperou e quando me sentei, senti as rodas grandes do jipe a rodarem no asfalto aquecido, soltando cheiro a queimado enquanto ela dava meia volta, de volta a Greentree. Não queria muito ir até ao local onde por causa da história de Jennifer, quase tinha morrido. Por outro lado, estava contente por vê-la de novo, e o meu amigo Kelvin também, que mais tarde veria com certeza. Como sempre o tempo foi curto, e quando vi as grandes árvores, o meu coração saltou de emoção. Já não estava chateado mas sim com vontade de ver toda a natureza que estava à volta de Jenny. Corri rapidamente até junto da árvore onde outrora me tinha encostado e sentado, e quando lá cheguei, observei a cascata a correr, e a árvore convidou-me a sentar-me na sua sombra fresca. - Olá! - Cumprimentou Jennifer ao aparecer de longe, vinda com um passo lento e o vento a fazer-lhe o cabelo agora mais escuro, voar. - Preciso de falar contigo. Preciso que venhas comigo para irmos com a Sally a algum lugar. Ela parou e ficou quieta a olhar para trás. Estava a captar algo que eu não ouvia. - Não posso ir contigo. A Sally não pode contar com a minha ajuda. O Kelvin também não vai – Exclamou com grande certeza, - Porque não? - Quis saber, um pouco indignado com aquilo. Se ela não vinha, Kelvin podia querer ajudar. Ela não podia negá-lo a ir. A decisão não era sua. Ele já não aparecerá mais – Murmurou a encostar-se também à árvore, com a cara a ficar tristemente infeliz - Eles não o perdoaram. As lágrimas correram-me pelos olhos, embora não quisesse mostrá-las, mas aquilo era mais forte que eu. Por minha causa ele tinha sido morto e eu não podia provar mais disso, não agora, nunca mais.
Após ter limpado as lágrimas com as mangas da
camisola, fiz uma cara séria e revoltei-me, com a pele da cara a ficar quente e vermelha. Tinha de me vingar. - Se não vens tudo bem, também não mereces o mesmo destino dele. Sozinha tratarei disto – Gritei ao voltar pelo mesmo caminho por onde tinha vindo. - Daniel! - Gritou e fez-me parar e olha-la de lado – Se te quiseres vingar, vinga-te também por mim. - Com todo o prazer – Conclui a conversa com um sorriso de pura ironia – Os Nirvan nem sabiam com quem se tinham metido. Edward e a família vingar-se-iam por mim, se lhes pedisse, mesmo que não gostassem muito de mim. Corri para junto de Sally e pedi-lhe o local onde estariam os Nirvan, ao que ela me olhou com medo. Ela não me conhecia tão agressivo. Mas eu queria aquilo e ela tinha de me apoiar, pois o interesse da vingança ou fosse o que fosse, partira de si. - Voltamos a minha casa – Propôs com cautela – Lá encontraremos o Edward de certeza, e, juntamente com a sua família poderemos retomar o nosso plano. Depois daremos a volta ao nosso espaço limitado e podemos ver como fazer a emboscada. Mas há um senão... Se algum deles detectar a nossa presença, terá duas hipóteses: ou esconder-se e chamar os outros, ou aniquilar algum de nós, caso esteja sozinho. Nunca te esqueças que a força deles, não sendo física, é muito superior a qualquer um de nós. Se quiserem, num segundo acabarão vitoriosos. - Chega de pensar – Disse-lhe ameaçando as mangas – Eu quero vingança! Seja de que maneira for. A ida para lá pareceu menos longa que aquela que tínhamos feito, e, dirigi-me logo à família de Sally, chamando-os à atenção da morte de Kelvin, a que todos se revoltaram. - Traremos a nossa honra e vitória connosco – Rugiu Thomas, com Miriam no seu encalço enquanto se moviam rapidamente pela floresta negra e silenciosa. Mais atrás, eu e Sally estávamos juntos, juntos e unidos para lutar, para a paixão e simplesmente naquele momento sabíamos que nada nos podia travar. Lentamente, Edward e Bella também apareceram, estando Bella mais agressiva, quase que transformada num elemento da família. A nossa força crescia a olhos vistos, e, sabíamos que se o futuro existisse, o nosso amor não iria terminar, pois queríamos que assim fosse, e o desejo de tão forte que era, parecia incontrolável.