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Mauro Fonseca

O
ÚLTIMO ÊXODO
Final dos Tempos

*
Terceiro Milênio

1ª. edição 1998


Editado pela SOCIEDADE EDITORA ESPÍRITA F. V.
LORENZ
C.G.C. 42.515.452/0001-56
Caixa Postal 3133-20001-970 - Rio de Janeiro (RJ)
Brasil
O ÚLTIMO ÊXODO

Uma coletânea de registros existentes na Bíblia e também em livros espíritas sobre


a transição do segundo para o terceiro milénio da passagem de Jesus na face da Terra.
É assim este livro, O ÚLTIMO ÊXODO, que a Sociedade Editora Espírita F. V. Lorenz
tem a honra de editar. Trata-se de um documentário, resultante de pesquisas realizadas
cuidadosamente pelo autor M.Fonseca. É um livro de mensagem vigorosa e oportuna.
Mas de mensagem fraterna, como tem salientado o autor, acerca da importância de uma
reencar-nação para a nossa evolução espiritual. Sem fazer especulações ou mesmo
formular hipóteses, M.Fonseca alinha tão somente os registros do que disseram os
profetas Isaías, Daniel, Zacarias e outros; o que disse o próprio Mestre Jesus; o que
depois disseram os Mensageiros da Espiritualidade, através da mediunidade de
Francisco Cândido Xavier, Divaldo Pereira Franco, Yvonne A. Pereira e também
Hercício Mães, além de outros. Um livro que, estudado, há de contribuir para que nos
aprimoremos mais ainda na busca de nossa reforma íntima, através da prática do Bem e
do Amor ao Próximo.
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PREFACIO da la. Edição
"A Terra é feita em pedaços, estala, fende-se, é sacudida; cambaleia como um
homem embriagado. Seus crimes pesam sobre ela, e ela cairá para não mais se
levantar... os céus vão desvanecer-se como fumaça, como um vestido em farrapos
ficará a Terra".
Dentre outras previsões assustadoras, há estas pronunciadas pelo maior profeta de
Israel, Isaías, referindo-se ao final dos tempos (VelhoTestamento-Isaías24:19/20e51:6).
Não são poucos os alertas de que esse período de grande expurgo e de grande
tribulação se aproxima. Marco necessário para o desfecho mais importante nos
caminhos da humanidade, iniciado com a presença humanizada de Jesus em nosso
mundo: o tão esperado REINO DE DEUS (reino de paz, de harmonia, de fraternidade).
Essa era de paz, a ser estabelecida na Terra, será destinada aos eleitos, aos salvos,
isto é, àqueles que entenderam as mensagens de amor do Mestre e as colocaram em
prática, conforme narrado pelo evangelista Mateus (Novo Testamento - 25:31 a 46):
serão salvos, permanecerão na Terra redimida, livre dos maus, aqueles que deram de
comer a quem tinha fome, de beber a quem tinha sede, abrigo e roupas aos desvalidos e
nus, aqueles que visitaram os enfermos e presos; serão afastados da Terra, expulsos
para mundos inferiores, aqueles que não praticaram estas ações.
É bom lembrar que Jesus não ensinou que seriam salvos (herdeiros da Terra) ou
condenados (expulsos da Terra) os que muito ou pouco rezassem, os que pertencessem
ou não a essa ou àquela igreja ou seita, os que acreditassem ou não em Deus, louvando
ou não o seu nome, os que aceitassem ou não a ele mesmo, Jesus, como o Enviado de
Deus e Salvador da humanidade, os que professassem doutrinas espiritualistas ou
materialistas. Jesus disse que os bons, os que colocassem o amor em ação através da
caridade seriam salvos e os que não o fizessem, não o seriam.
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Todos os ensinamentos, todas as práticas religiosas, todas as preces, meditações,
palestras, pregações, leituras, aprendizados etc. destinam-se, precipuamente, a levar os
homens à prática do bem, do amor, da caridade.
Foi compreendendo o amor em ação ensinado e exemplificado por Jesus, que
Tiago escreveu às doze tribos de Israel (1:27):
"A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os
órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e a si mesmo guardar-se incontaminado do
mundo".
Também Paulo, com o mesmo entendimento superior, coloca o "amor em ação"
como o dom supremo, no inspiradíssimo capítulo 13 ile sua Primeira Carta aos
Corintios, onde declara:
"Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei
como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine; ainda que eu tenha o dom de
profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tamanha fé
ao ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei; e ainda que eu distribua
todos os meus bens entre os pobres, e ainda que eu entregue o meu próprio corpo para
ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará".
Como rápido comentário dessa maravilhosa inspiração de Paulo, dizemos que uma
distribuição de bens aos pobres, sempre será de grande proveito aos necessitados; o
doador, porém, somente tirará proveito moral, conquistará novas virtudes, ou terá
assimilado vibrações de equilíbrio em seu psiquismo, se o fizer com amor.
As doutrinas religiosas, as crenças, as igrejas, desde que ensinem e exemplifiquem
o bem e a moral, ajudam o homem a salvar-se, isto é, a melhorar seu padrão vibratório,
seu padrão de virtudes, a ser bom, a herdar a Terra. É preciso contudo que o ensino seja
claro, sem mistérios, sem dogmas, racional, simples, direto. Com a mentalidade já bem
amadurecida, o homem hodierno somente incorpora os ensinamentos que ele
compreende, e cada um terá que salvar-se a si mesmo, pois compete a cada um o
próprio burilamento e a própria evolução.
Para todo e qualquer estudioso dos profetas e dos Evangelhos, não há dúvida de
que a separação entre "bons" e "maus" um dia ocorrerá; a incerteza está no "como" e no
"quando".
Neste trabalho, com base nos profetas, nos evangelistas e em informações
posteriores, inclusive mediúnicas, procuramos esse "quando" e esse "como".
As repetidas citações bibliográficas, que antecedem as transcrições, objetivam
destacar e valorizar os autores dos trechos transcritos.
Junho 1993
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UM CORPO ESTRANHO NO SISTEMA SOLAR


Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas descreveram em seus Evangelhos as
profecias de Jesus sobre o Final dos Tempos; João Evangelista, já no final de sua vida
terrena, teve uma visão daqueles fatos, do que resultou o co-nhecedíssimo e famoso
"APOCALIPSE"; os profetas Isaías, Daniel, Joel, Jeremias, Amos, Zacarias, falam
desse período, dos aspectos desse magno acontecimento, cada um a seu modo;
encontramos, ainda, em Pedro e em Atos dos Apóstolos, referências ratificadoras
dessas profecias; Nostradamus, em várias centúrias, aborda esse período; mais
modernamente e sobre o mesmo tema, vários Espíritos nos têm trazido, em obras
psicografadas, informações mais detalhadas e diretas, dentre eles, conhecidos nos
meios espíritas, destacamos Emmanuel, Bezerra de Menezes, Ramatis, Miramez,
Camilo Castelo Branco, Áureo, Delfos, Joanna de Angelis; encontramos, na obra da
codificação espírita, de Allan Kardec, comunicações de Santo Agostinho e do Espírito
da Verdade, alertando-nos sobre a grande transição que se aproxima; Pietro Ubaldi, em
diversos pontos de sua vasta obra, e Jean Baptiste Rous-taing, em "Os Quatro
Evangelhos", abordam o mesmo problema.
No decorrer deste trabalho transcreveremos trechos de cada um dos autores
citados, além de outros, demonstrando a coerência e o encadeamento das informações.

O QUE DIZEM OS ASTRÓNOMOS

Vamos começar nossa pesquisa, transcrevendo parte de algumas reportagens sobre


um corpo estranho em nosso sistema solar (os grifos são nossos):
Em 15.06.88 o Jornal "O GLOBO" publicou o artigo abaixo, de que extraímos
parte:
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"SONDAS PIONEER REFORÇAM A TEORIA SOBRE DÉCIMO PLANETA –


Mountain View, Califórnia - Em funcionamento perfeito após 15 anos de serviço, as
sondas espaciais americanas Pioneer 10 e 15 - as mesmas que já enviaram à Terra as
primeiras fotos detalhadas de Júpiter e Saturno - estão procurando agora o misterioso
"Planeta X", cuja suposta órbita se situaria além de Plutão, informaram cientistas do
laboratório da Nasa em Mountain View.
A existência desse pfaneta, que seria o décimo do Sistema Solar, é indicada pelas
anomalias observadas nas órbitas de Urano e Netuno, as quais poderiam ter sido
provocadas pelas forças de gravitação do "X", disse um dos cientistas, o professor John
Anderson.
— Estamos seguros, com 99 por cento de possibilidades de acerto, de i.:ue as
órbitas de Urano e Netuno estão desestabilizadas, e que um dos possíveis causadores de
tal fenómeno é esse planeta ainda desconhecido - acrescentou.
Segundo Anderson, esse planeta, se de fato existe, tem no mínimo uma massa igual
à da Terra, e no máximo quatro vezes maior".
A Revista "SUPER INTERESSANTE", em seu número de novembro de 1988,
publica o seguinte artigo:

"EM BUSCA DO PLANETA X - Não é apenas junto a estrelas distantes que os


astrofísicos procuram planetas. Eles acreditam que existe um solitário corpo celeste
perdido no Sistema Solar, para lá de Plutão, que fica a 5,9 bilhões de quilómetros do
Sol. A massa desse décimo planeta poderia ser cinco vezes maior que a da Terra; o
tamanho, o dobro. Apropriadamente chamado Planeta X, demoraria nada menos de mil
anos para dar uma volta completa em torno do Sol, de tão longe que estaria dele.
A procura desse planeta começou no século passado, depois que o astrónomo
americano Percival Lowell (1855-1916) previu sua existência matematicamente, a
partir das perturbações nas órbitas de Urano e Netuno. Para Lowell, elas só podiam ser
causadas pela atração gravitacicnal de um planeta mais distante. A sonda Pioneer 10,
que já quase alcançou o limite do sistema solar, ainda não viu sinal de X. Isso poderia
ser explicado, segundo os especialistas da NASA, por sua estranha órbita,
praticamente perpendicular à da Terra".

"JORNAL DO BRASIL", de 05.06.89:


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"PIONEER 10 - UMA JORNADA INTERMINÁVEL - Este mês faz seis anos
que a nave Pioneer 10 passou pela órbita de Plutão em busca das fronteiras exteriores
do Sistema Solar, à velocidade de 40 mil quilómetros por hora.
Nessa viagem aos limites do nosso sistema planetário, os cientistas da NASA
esperam conseguir informações sobre a possível existência de um décimo planeta e,..."
"O GLOBO", de 13.01.90:
"ASTRÓNOMOS INTENSIFICAM BUSCA A DÉCIMO PLANETA DO
SISTEMA SOLAR - WASHINGTON - Astrónomos do Observatório Naval
americano informaram ontem estar concentrando esforços na busca de um décimo
planeta numa região específica do Sistema Solar. As teorias sobre a existência desse
planeta surgiram devido ao "empurrão" gravitacional que interrompe as órbitas de
Urano e Netuno... Com o uso de computadores, cientistas simulam teorias sobre a
possível localização do planeta... Harington diz que o planeta seria de três a chico vezes
maior que a Terra e se encontra numa órbita três vezes mais distante do sol que as de
Netuno e Plutão".

"JORNAL DO BRASIL", de 07.08.90:


"SISTEMA SOLAR SOFRE AMEAÇA DE BURACO NEGRO - O
décimo planeta do Sistema Solar pode ser um buraco negro. A conclusão é do
cientista soviético Vladimir Radziyevski, que vem estudanc'o as perturbações
provocadas na órbita dos cometas pela existência de um corpo celeste obscuro, nas
bordas do nosso sistema planetário. Embora esse tipo de cálculo apresente muitas
incertezas, Radziyevski estima que a massa do décimo planeta é milhares de vezes
maior que a terrestre. Um objeto tão niassivo não poderia ser um planeta. Seria uma
estrela fria, do tipo anã marrom, ou então um buraco negro... Baseado em seus
cálculos, Radziyevski acha que a humanidade assistirá a grandes cataclismos dentro de
50 ou 100 anos, quando a estrela negra estiver mais próxima da Terra... Radziyevski
tem trabalhado com o astrónomo americano John Anderson, que estuda as perturbações
que o astro desconhecido estaria causando na órbita dos Planetas Urano e Netuno".

"O GLOBO", de 29.08.90:


"COMETAS REVELAM O DÉCIMO PLANETA - Astrónomos de todo o
Mundo já dispõem de provas indiretas da existência de um ou dois corpos
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invisíveis de grande massa situados além de Plutão, o planeta mais afastado do sistema
solar. As pesquisas mais adiantadas estão sendo feitas pelo professor Vladimir
Radziyevstó, da URSS, e pelo cientista John Anderson, dos EUA.
As pesquisas de Anderson baseiam-se no clássico método da teoria das
perturbações, pelo qual se descobre a órbita, massa e posição de um planeta
desconhecido através das chamadas "discrepancias" no movimento de um planeta
conhecido. Essa teoria mostrou ser correia na descoberta de Netuno, próximo de Urano,
que provoca enormes discrepancias na órbita de seu vizinho.
O cientista soviético, no entanto, elaborou um método diferente e, na sua opinião, o
planeta desconhecido tem, no mínimo, massa dez vezes superior à determinada pelo
cientista americano. O astrónomo soviético utiliza as estatísticas sobre cometas para
"sondar" o espaço distante, além de Plutão. O método é considerado eficiente porque o
número de cometas é muito grande, o que aumenta as possibilidades das estatísticas, e
porque eles se afastam do Sol durante muito tempo e a grande distância.
Os planetas ainda não descobertos agem como um corpo perturbador à órbita
elíptica dos cometas. O deslocamento do ponto de cruzamento da órbita dos chamados
cometas diretos ocorre, segundo os astrónomos, em sentido inverso, ou seja no sentido
dos ponteiros do relógio. De acordo com os cálculos do professor Radziyevski, a
velocidade do deslocamento dos pontos de cruzamento de todos os cometas de curto
período é inferior às previsões teóricas. Baseado nesta discrepância, ele calculou a
massa do corpo perturbador e verificou que deveria ser enorme, milhares de vezes
superior à terrestre. Como uma massr dessa magnitude não pode pertencer a um planeta
com órbita circular, quc;stiona-se a possibilidade de este corpo ser um anão negro
(estrela fria) ou até um buraco negro".

O QUE DISSERAM OS PROFETAS

Como pudemos verificar nestas reportagens, os cientistas preocupam-se com algo


estranho em nosso Sistema Solar. Se levarmos em consideração as profecias existentes
bem como is informações de mais recentes obras psico-gnuadas, es >a preocupação
será muito mais séria.
Os Profetas, veladamente, e os modernos autores espirituais, mais ostensivamente,
falam de um astro que cruzará nosso sistema, passando, no final deste, sácalo,
relativamente próximo da Terra, causando sua desestabilização temporária. Vários
explorar essas informações proféticas.
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Em Mateus (24:15 a 18) encontramos a seguinte recomendação de Jesus:
"Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no
lugar santo (quem lê entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes;
quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa; c quem estiver no
campo, não volte atrás para buscar sua capa."
Essa mesma recomendação foi assim registrada por Marcos(13:14 e 13:29):
"Quando, pois, virdes o abominável da desolação situado onde não deve estar
(quem lê, entenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes; assim
também vós: quando virdes acontecer estas cousas, sabei que está próximo, às portas."
A profecia de Daniel, que Jesus destaca, segundo Mateus, para alertar sobre os
acontecimentos futuros, encontra-se no cap. 12:11 de seu Livro, assim grafada:
"Depois do tempo em que o costumeiro sacrifício for tirado, e posta a abominação
desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias".
Casando as informações de Mateus, Marcos e Daniel, temos o seguinte enunciado:
"Quando, pois, virdes o abominável da desolação, de que falou o profeta Daniel,
situado onde não deve estar, haverá ainda mil duzentos e noventa dias". (Esse prazo de
1290 dias será focalizado mais à frente, ao tratarmos da época desses acontecimentos).
Observemos que Jesus recomendou-nos fugíssemos para os montes; se
estivéssemos nos campos, não voltássemos para pegar coisa alguma; permanecêssemos
nos lugares altos, no eirado, quando o abominável da desolação fosse "visto". Com
essas recomendações Jesus avisa-nos que, quando isso acontecesse, nada mais haveria
a fazer, a não ser aguardar os acontecimentos com a bagagem adquirida durante as
inúmeras existências preparatórias para o magno acontecimento.
O enunciado bíblico diz que o "abominável" estará num local que não é seu, num
espaço que lhe não pertence, maculando o altar do sacrifício diário,
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costumeiro, isto é, o céu onde diariamente contemplamos o astro rei, o Sol que nos dá
luz e calor.
Ele será capaz de devastar nosso mundo. Vejamos algumas centúrias de
Nostradamus:
Cent.3-34 - Quando o Sol ficar completamente eclipsado, passará em nosso céu um
novo corpo celeste, o "monstro", que será visto em pleno dia; os astrónomos
interpretarão os efeitos deste corpo, de outro modo; por isso ninguém terá provisões em
face da penúria.
Cent.2-41 - A grande estrela por 7 dias abrasará; nuvem fará aparecer dois sóis.
Cent. 10-72- No ano de 1999, no sétimo mês, do céu virá um grande rei do terror.
Cent, l-17 - Por 40 anos o novo corpo celeste será invisível a olho nu; por 40 anos,
visto todos os dias; a Terra ficará árida; haverá grandes dilúvios, quando for visto a
olho nu.
Um comentário de Ramatis no livro "MENSAGENS DO ASTRAL", 5a. edição da
Freitas Bastos, páginas 218/219, psicografado por Hercilio Mães:
"Na Centúria 3-34, o vidente francês deixou registrado claramente que "em seguida
ao eclipse do Sol, no fim do século, passará junto à Terra um novo corpo celeste
volumoso, grande, um monstro, visto em pleno dia". As Centúrias 4-30 e 1-17
previnem-nos de que "a ciência não fará caso da predição, e dessa imprudência faltarão
provisões à humanidade; haverá penúria e a Terra ficará árida, ocorrendo grandes
dilúvios". Certamente os cientistas ridicularizarão o evento do astro intruso, por
considerá-lo aberrativo. Isso terá como consequência a negligência, por parte de todo o
mundo, em acumular provisões, quando a fome os cercar".
Nessas informações de Ramatis e Nostradamus estão, a nosso ver, a chave para
esclarecer a profecia de Daniel, ratificada e ampliada por Jesus, relativamente ao
"abominável da devastação". Trata-se de um grande corpo celeste, de um astro,
possivelmente do "Planeta X", que tanto tem preocupado os astrónomos mais
respeitáveis da atualidade.
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AINDA RAMATIS EM "MENSAGENS DO ASTRAL"
"PERGUNTA: (Pag. 120/121) - Há, no Apocalipse, alusão à presença de algum
astro ou planeta, nas proximidades da Terra, que comprova as notificações proféticas
feitas por vós quanto ao "astro intruso"?
"RAMATIS: - A presença do "astro intruso" (sob certo teor cabalístico), que deve
elevar o eixo da Terra, está explícita na linguagem do profeta João, quando diz: "E
tocou o terceiro anjo uma trombeta e caiu do céu uma grande estrela ardente como um
facho, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas". Na sua visão
extra-corpórea, que a técnica sideral preparou num fabuloso resumo ideoplástico, que
anulava a ideia de movimentos gradativos, o evangelista viu "uma estrela cair", mas a
queda, que lhe pareceu rapidíssima, abrange todo o espaço de tempo ocupado pelo
astro intruso, na sua lenta aproximação da Terra. Em virtude de João apreciar, em
poucos minutos, a sucessão de acontecimentos que ocupariam séculos, tudo lhe pareceu
rápido, presente, com os seus movimentos aceleradíssimos, devido à ausência de noção
gradual de tempo."
"PERGUNTA: (Pag. 168/169) - Por que motivo designais esse astro umas vezes
como "intruso" e outras vezes como planeta "higieni-zador"?
"RAMATIS: - Denominamo-lo de astro "intruso" porque não faz parte do vosso
sistema solar, e realmente se intromete no movimento da Terra, com a sua influência,
ao completar o ciclo de 6.666 anos.
"Em virtude de seu magnetismo primitivo, denso e agressivo, ele se assemelha a
um poderoso imã planetário, absorvendo da atmosfera do vosso globo as energias
deletérias, por cujo motivo o figuramos também como um planeta "higienizador".
"PERGUNTA: (Pag. 121) - Em vossas comunicações, tendes descrito o
magnetismo desse astro intruso como primitivo, agressivo, super-excitante das paixões
inferiores. Ser-nos-ia possível, porventura, perceber esse detalhe importante na profecia
apocalíptica?"
"RAMATIS: - O teor opressivo, adstringente - que lembra o magnetismo de um fel
eterizado --, próprio do planeta purificador que se aproxima da Terra, também foi
assinalado pelo profeta, e de modo satisfatório, no versículo VJJI - 11, quando diz: - "E
o nome da estrela era Absintio; e a terça parte
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das águas se converteu em absintio, e muitos homens morreram das águas, porque elas
se tornaram amorgosas". É a identificação perfeita do magnetismo deletério, com o
amargor da losna, interpretação que se estende, na alegoria apocalíptica, à própria ideia
de horas de amargura por parte dos seres, por ocasião dos acontecimentos. O
evangelista João acentua, ainda, o efeito sensual desse magnetismo que, embora
indesejável, como o é o do próprio absintio, também vicia até as mais altas
inteligências do mundo! Realmente o campo magnético do astro intruso é um profundo
excitador das paixões animais porque, sendo seu magnetismo de natureza primária,
oriundo de um orbe de energias superativadas, torna-se um multiplicador de frequência
lasciva e egocêntrica nas criaturas invigilantes. Conforme temos explicado alhures, a
presença do planeta produzirá, em determinadas latitudes geográficas, um clima
excessivamente equatorial, avivando o flagelo das secas e perturbando o mecanismo da
produção normal. João confirma esta asserção, quando prediz que "caiu do céu uma
grande estrela ardente como um facho" (cap.vnl-10) ou assegura que "foi abrasada a
terça parte da Terra". Repetindo sempre a mesma ideia, sob outras figuras alegóricas, a
fim de despertar vigorosamente o campo mental dos seus interpretadores, diz mais: - "a
terça parte das águas converteu-se em absintio (VIII-11) ou seja tornou-se imprestável,
imprópria para mitigar a sede, evocando novamente o estado de aridez e de secura cau-
sado pela presença do planeta."
"PERGUNTA: - (Pag. 170) Muitos que têm lido as vossas comunicações avulsas
alegam que é um absurdo o volume de 3.200 vezes maior do que a Terra, que
atribuístes ao planeta intruso. A passagem desse astro junto ao nosso planeta, e com tal
volume, acarretaria talvez uma catástrofe em todo o sistema solar?"
"RAMATIS: - É que ao captardes o nosso pensamento confundistes o volume
áurico do planeta com o seu volume material. Esse volume de 3.200 vezes maior do
que a Terra não é referente à massa rígida daquele orbe, cujo núcleo resfriado é um
pouco maior que a crosta terráquea. Estamos tratando de sua natureza etéreo-astral, do
seu campo radiante a radioativo, que é o fundamento principal de todos os
acontecimentos no "fim dos tempos".
VOLTEMOS A NOSTRADAMUS
A Centúria 1-17 esclarece que o "astro" não seria visível por 40 anos, com isso
afirmando que sua influência sobre a humanidade antecederia em 40 anos a sua
aparição. Esse predomínio, em escala ascendente, à medida de sua
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aproximação, seria o acirramento das paixões, dos desregramentos, dos dese-
quilíbrios, das angústias, das depressões, em vista das baixas vibrações de que o astro
visitante é portador e irradiador. Após sua passagem ele seria visto a olho nu por mais
40 anos, dizendo com isso que sua influência sobre o comportamento humano poderia
ainda continuar por igual período, agora em escala descendente, à medida de seu
afastamento, completando, assim, a higienização de nosso planeta Terra.
A Centúria 2-41 ("A grande estrela por 7 dias abrasará"), dá-nos uma interessante
"chave" para compreendermos parte da profecia de Daniel, ratificada por Jesus.
Vamos transcrever novamente o 12:11 de Daniel, mas agora complementado com
o 12:12:
"12.11-Depois do tempo em que o costumeiro sacrifício for tirado e posta a
abominação do desolador haverá ainda mil duzentos e noventa dias; 12.12-Bem-
aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias".
No capítulo 24:15 do Evangelho segundo Mateus, Jesus evoca a profecia de
Daniel, dando-lhe autenticidade, e chega ao versículo 22, do mesmo capítulo com a
seguinte declaração profética: "E se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma
carne seria salva; mas por causa dos eleitos aqueles dias serão abreviados".
O que Daniel afirma, é que as grandes catástrofes do final dos tempos dar-se-ão
1290 dias (ou três anos e sete meses) após o astro ser visto, e que, "bem-aventurado o
que espera e chega a 1335 dias".
Ora, se em 1290 dias começam os abalos e feliz daquele que alcança 1335,
significa que Daniel profetizava ¿5 dias de tribulações e influência física do astro
intruso sobre nossa Terra.
Foi nesse ponto que Jesus corrigiu Daniel (ou, por outro lado, pode ser que a órbita
do astro intruso tenha sido corrigida pelos engenheiros siderais), pois que 45 dias de
abalos, com a Terra sendo jogada de um para outro lado, fora de órbita, "nenhuma
carne se salvaria" no dizer de Jesus. Por isso, disse o Mestre: "aqueles dias seriam
abreviados por causa dos eleitos".
Provavelmente esse período de tribulações tenha sido reduzido a 7 dias; é o que
deve ter detectado Nostradamus, conforme consta da Cent. 2-41, que transcrevemos
novamente: "A grande estrela por 7 dias abrasará; nuvem fará aparecer dois sóis".
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OUTRAS INFORMAÇÕES

Do livro "REENCARNAÇÃO E EMIGRAÇÃO PLANETÁRIA", de Din-kel Dias


da Cunha, editora Cátedra, página 177, transcrevemos o seguinte trecho:
"...O que preocupa, realmente, é um grande corpo celeste, o astro intruso, ou o
planeta chupão a que se referiu Chico Xavier, e cuja presença já foi detectada pelo
telescópio de raios infravermelhos colocado no satélite IRAS. Esse mesmo astro,
também foi descoberto pelo astrónomo chileno Carlos Mu-niz Ferrado, e encaminha-se
na direção do nosso Sistema Solar, devendo passar a 11 milhões de quilómetros da
Terra, nas proximidades do ano 2000. Os astrónomos não conseguiram traçar a rota
desse corpo celeste porque ele caminha diretamente na direção da Terra, vem de frente,
não se desloca lateralmente. Quando ele aparecer no céu, brilhará como uma estrela de
primeira grandeza. Aliás, Nostradamus afirmou que, na ocasião em que estiver próxi-
mo o fim do mundo, serão vistos dois sóis no firmamento."
Do livro "OS EXILADOS DA CAPELA", de Edgard Armond, pag. 165, 9a.
edição da LAKE - Livraria Allan Kardec Editora Ltda., transcrevemos o trecho
seguinte:
"...Milhares de condenados já estão sentindo, na crosta e nos espaços, a atração
terrível, o fascínio desse abismo que se aproxima (o astro), e suas almas já se tornam
inquietas e aflitas. Por toda parte do mundo a paz, a serenidade, a confiança, a
segurança, desapareceram, substituídos pela angústia, pelo temor, pelo ódio e haverá
dias, muito próximos, em que verdadeiro pânico tomará conta das multidões, como
epidemias contagiantes e velozes."
No Evangelho segundo Marcos (13:7), ainda sobre o final dos tempos,
encontramos a seguinte profecia de Jesus:
"Quando, porém, ouvirdes falar de guerras e rumores de guerras, não vos assusteis;
é necessário assim acontecer, mas não é o fim;"
Nestas palavras Jesus nos lembra que o final não seria decorrente de guerras; elas
aconteceriam, como tem acontecido em toda a história da humanidade; poderia, até
mesmo, haver um acirramento de conflitos, ou sua generalização; mas o "fim", a
grande separação, a grande angústia, a grande tribulação, "como desde o princípio do
mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais", teria outro causador.
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Sob o título "O DÉCIMO SEGUNDO PLANETA", Zecharia Sitchin, eminente
pesquisador, historiador e arqueólogo, publica um volumoso estudo de 386 páginas,
resultado de várias décadas de pesquisas (título original: The 12th Planet, 1976,
tradução de Ana Paula Cunha, edição de PUBLICAÇÕES EUROPA-AMÉRICA).
Seu estudo baseou-se em achados arqueológicos e na decifração de textos
sumérios, babilónios, assírios, hititas, cananitas etc.
É importante notar, que os textos sumérios, de 6.000 anos atrás, já apresentavam,
além de muitas outras fantásticas informações, nosso sistema solar com os nove
planetas hoje conhecidos (nossa moderna astronomia só descobriu Plutão em 1930),
mais Lua, Sol e o décimo segundo astro, Marduk.
Marduk, segundo os textos sumérios, decifrados por Z. Sitchin, percorre uma
órbita em torno do Sol, passando entre Marte e Júpiter, além do cinturão de asteroides,
afastando-se numa imensa elíptica que dura milhares de anos. Pelos documentos
consultados, Z. Sitchin conclui que esse astro percorre cua órbita no sentido dos
ponteiros do relógio - o movimento de translação dos demais planetas tem o sentido
contrário.
Seria o Marduk dos sumérios o mesmo "abominável da desolação" de Jesus, a
"abominação desoladora" do profeta Daniel, "a grande estrela ardente como um facho,
chamada Absintio", do Apocalipse de João, o "monstro", "a grande estrela", "o grande
rei do terror" ou "o novo corpo celeste" de Nostradamus, o "astro intruso" ou "planeta
higienizador" de Ramatis, o "planeta chupão" citado por Chico Xavier, ou o "planeta
X" procurado por nossos atuais astrónomos?
É muito grande a possibilidade de todas essas denominações referirem-se ao
mesmo instrumento que não deixará na Terra pedra sobre pedra, marcando
profundamente, para os evos futuros, os graves momentos da grande separação entre
justos e injustos, que já começamos a vivenciar.
Segundo, ainda, os textos sumérios, na interpretação do autor de "O Décimo
Segundo Planeta", foi Marduk o responsável pelo dilúvio bíblico, cerca de 13.000 anos
atrás, numa de suas passagens próximo da Terra.
13.000 anos é também o tempo que nos separa, segundo nossa ciência oficial, da
repentina interrupção da idade do gelo vivida então pela Terra.
Diante de fontes tão distintas demonstrando fatos tão coincidentes, temos mesmo
qce reflexionar sobre a iminente possibilidade da existência desse planeta "depurador".
21

ABALOS FÍSICOS

Iremos verificar que as profecias dos antigos profetas ou as de Jesus grafadas pelos
evangelistas, ou ainda as de João em seu livro Apocalipse, tratam com muito mais
intensidade e mais clareza dos abalos físicos que sofrerá a Terra do que propriamente
do causador dos abalos. É óbvio que ao descrever os efeitos eles falavam, voladamente,
da causa.
Vamos verificar, também, que uma mesma ideia é repetida por diversas
personalidades, de várias maneiras diferentes.
Em Isaías (13:13) encontramos o seguinte:
"Farei oscilar os céus, e a Terra abalada será sacudida pela ira do Senhor no dia do
seu furor ardente".
Ora, os céus oscilando é o mesmo que a Terra sendo sacudida. É apenas uma
questão de perspectiva. É a Terra que estará sendo balançada. E para que ela seja
balançada, é necessário que uma massa formidável interfira em sua estabilidade.
O "furor ardente" do Senhor significa, certamente, o calor tórrido que provocará a
presença do grande astro intruso em nosso céu.
Em 24:18 o mesmo Profeta assinala:
"O que fugir para escapar do terror cairá na fossa, o que se livrar da fossa será
preso ao laço. Porque as comportas lá do alto abrir-se-ão e os fundamentos da Terra
serão abalados."
Mais uma vez a mesma ideia dos movimentos descoordenados de nosso planeta,
quando declara o Profeta que "os fundamentos da Terra serão abalados". Imaginava-se
a Terra plana e suportada por pilares e a causa de seu balanço seria o abalo de seus
fundamentos, de seus suportes. Na realidade o
22
Profeta enunciou uma verdade, porque os "fundamentos" de qualquer astro é a
forca gravitacional existente, que, em nosso caso, será abalada pela passagem do corpo
estranho.
Ainda Isaías: (24:19 e 24:20)
"A Terra é feita em pedaços, estala, fende-se, é sacudida; cambaleia como um
homem embriagado e balança como uma rede. Seus crimes pesam sobre ela, e ela cairá
para não mais se levantar."
A mesma ideia da Terra cambaleando. No versículo 20 Isaías acrescenta que "ela
cairá para não mais se levantar". Pode tratar-se da nova e repentina mudança de eixo da
Terra, que assumirá posição definitiva. Provavelmente outra mudança de eixo não mais
ocorrerá.
(13:9,13:10 e 51:6)
"Eis que virá o dia do Senhor, dia implacável e de cólera ardente, para reduzir a
Terra a um deserto, e dela exterminar os pecadores; nem as estrelas do céu, nem suas
constelações brilhantes farão resplandecer sua luz; o Sol se obscurecerá desde o seu
nascer, e a Lua não enviará sua luz; os céus vão desvanecer-se como fumaça, como um
vestido em farrapos ficará a Terra..."
A ideia de que haverá grandes incêndios, vulcões e desabamentos, de tão grandes
proporções que a fumaça e a poeira obscurecerão os astros, está explícita na linguagem
de todos os profetas de todas as épocas, como temos visto e ainda veremos no decorrer
destas pesquisas.
O profeta Joel, no capítulo 3:16 de seu Livro (ou 4:16, conforme a tradução),
quando trata do julgamento das nações, declara:
"O Senhor rugirá de Sião, trovejará de Jerusalém; os céus e a Terra serão
abalados".
Encontramos a mesma visão no profeta Jeremias (4:24):
"Olho para as montanhas e as vejo vacilar, e as colinas todas estremeciam".
Acrescenta Jeremias (4:27): "porque toda a Terra será devastada, mas não a
exterminarei completamente".
23

No Apocalipse de João (6:13) encontramos:


"As estrelas do céu caíram pela Terra, como a figueira, quando abalada por forte
vento, deixa cair seus figos verdes".
É claro que as estrelas não caem do céu, mas a oscilação da Terra dar-nos-á essa
impressão. Sempre a mesma ideia dita de maneiras diferentes.
Continua João (6:14):
"E o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então todos os
montes e ilhas foram movidos de seus lugares".
Imaginemos a Terra em movimentos inusitados e desconcertantes; se olharmos a
linha do horizonte teremos a sensação de que o céu se enrola como um pergaminho; e
ainda montes e ilhas desmoronando-se ou afundando-se.
Ainda João (Apocalipse 16:21):
"Grandes pedras de gelo, que poderiam pesar um talento (cerca de 30 quilos),
caíram do céu sobre os homens. Os homens amaldiçoaram a Deus por causa do flagelo
da saraiva, pois este foi terrível."
A desestabilização temporária da força gravitacional que sustenta a Terra, ensejará,
provavelmente, a queda destes pesados blocos de gelo.
O Sermão Profético de Jesus, registrado por Mateus, Marcos e Lucas é pródigo na
descrição dos abalos que atingirão a Terra no final dos tempos. Repisando sempre na
ideia de desestabilização temporária de nosso planeta, expõe-na de variada forma a fim
de bem fixá-la na mente dos leitores, estudiosos e aprendizes do Evangelho. Insiste,
ainda, o Mestre Jesus, em prevenir a grande angústia que abaterá sobre a humanidade
às vésperas da grande catástrofe, quando ela for evidente e inevitável.
Mateus (24:21 e 24:29):
"Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo
até agora não tem havido, e nem haverá jamais. Logo em seguida à tribulação daqueles
dias, o Sol escurecerá, a Lua não dará sua claridade, as estrelas cairão do firmamento e
os poderes dos céus serão abalados".
24
Mais uma vez a informação de que as "estrelas cairão do firmamento", • to é um
movimento brusco da Terra forma a imagem de que os astros estão
caindo do céu;
"Os poderes dos céus serão abalados", isto é, a força da atraçao exercida Io Soj
sobre a Terra (o poder dos céus) sofrerá interferência do poder gravitacional do astro
intruso; "...grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem
havido, e nem haverá jamais", dando-nos a ideia de que o acontecimento é e será único
na história da humanidade, e a angústia e a expectativa de que serão tomados todos os
povos não têm precedentes na vida do planeta, nem mais ocorrerá em qualquer tempo
futuro;
"O Sol escurecerá, a Lua não dará sua claridade", significando que o excesso de
fumaça e poeira resultante dos incêndios, vulcões e desabamentos provocará o
escurecimento do Sol e Lua, por algum tempo.
Marcos e Lucas repetem, em seus Evangelhos, o que Mateus descreveu. Mesmo
assim vamos transcrevê-los, pois sempre há pequenas variações e acréscimos.
Marcos (13:2,13:19,13:24 e 13:25):
"Mas Jesus lhe disse: vês estas grandes construções? Não ficará pedra sobre pedra
que não seja derrubada; porque aqueles dias serão de tamanha tribulação como nunca
houve desde o princípio do mundo que Deus criou, até agora e nunca jamais haverá;
mas naqueles dias, após a referida tribulação, o Sol escurecerá, a Lua não dará sua
claridade; as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos céus serão abalados"
Lucas (21:11,21:25,21:26e 21:35):
"Haverá grande terremoto, epidemias e fome em vários lugares, cousas espantosas
e também grandes sinais no céu; haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas; sobre a
Terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das
ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das cousas que
sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados; pois há de sobrevir a
todos os que vivem sobre a face de toda a Terra".
Quando Jesus disse que "não ficaria pedra sobre pedra", ele estava, segundo os
evangelistas, respondendo a uma observação sobre as construções que envolviam o
Templo de Jerusalém; no entanto, ao continuar com a infor-
25

mação de que "aqueles dias serão de grande tribulação como nunca houve def le o
principio do mundo que Deus criou, até agora e nunca haverá jamais", o Mestre remetía
os acontecimentos para um futuro mais distante, que envolveria todo o mundo e não
somente a região que, na época, abrigava aquele povo que O haveria de julgar e
condenar.
E a reiteração de que o Sol, a Lua e as estrelas escureceriam, ou não dariam mais
sua luz, numa possível alusão, repetímos, de que a poeira e a fumaça das destruições,
incêndios e vulcões, cobririam nossa atmosfera por algum tempo; também a de que os
poderes dos céus serão abalados e as estrelas cairão do firmamento, o mesmo sentído
em duas maneiras diferentes de dizer que a Terra será sacudida.
Ainda das profecias de Joel, sobre o final dos tempos, podemos extrair as seguintes
predições:
(3:3 ou2:30, conforme a tradução)
"Farei aparecer prodígios no céu e na Terra, sangue fogo e turbilhão de fumo;"
(3:4 ou2:31, conforme a tradução)
"O Sol converter-se-á em trevas e a Lua em sangue, ao se aproximar o grandioso e
temível dia do Senhor."
(4:15 ou 3:15, conforme a tradução)
"O Sol e a Lua se obscurecem, as estrelas empalidecem."
O profeta Joel vê prodígios aparecendo no céu; na Terra, sangue, fogo e turbilhão
de fumo, numa clara alusão a desastres, incêndios, vulcões, de tal ordem que chegam a
obscurecer o Sol, a Lua e as estrelas, até mesmo a con verter o Sol em trevas.
Em Atos (2:19 e 2:20), a repetição das profecias de Joel:
"Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na Terra; sangue, fogo e
vapor de fumo. O Sol se converterá em trevas e a Lua em sangue, antes que venha o
grande e glorioso dia do Senhor."
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Sempre a reiteração, em vários pontos das Escrituras, dos alertas sobre os
sombrios, porém gloriosos, dias que se aproximam.
Na Segunda Carta de Pedro (3:10), encontramos:
"Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor, no qual os céus passarão com
estrepitoso estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a Terra e as obras
que nela existem serão consumidas."
O calor ardente, ocasionado pela presença do astro intruso, abrasando os
elementos, desfazendo-os; os céus passando com estrepitoso estrondo - podemos
imaginar o barulho infernal da grande movimentação do mar e da própria Terra em
desconcertantes abalos, enquanto vemos os céus rodando sobre nossas cabeças; as
obras que existem na Terra serão consumidas - nada ficará de pé. Pedro, o Apóstolo,
deixou-nos estes alertas.
Nostradamus (cent.4:30) aponta os movimentos desordenados da Terra, com o
seguinte enunciado:
"Por mais de onze vezes Lua e Sol desaparecerão, tudo aumentando e diminuindo
de grau: e colocado tão embaixo que um escurecerá o outro. Depois da fome e da peste,
descoberto será o segredo."
O vidente francês chegou a contar em onze as vezes em que ele viu o grau de
incidência da Lua e do Sol, com relação à Terra, aumentar e diminuir, de tal modo que
esses astros desapareciam e reapareciam no horizonte; tudo em decorrência dos
movimentos caóticos de nosso Planeta.

MAIS NOTÍCIAS DOS ABALOS

Do livro "HÁ DOIS MIL ANOS", 20a. edição da Federação EspMta Brasileira, de
Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Cap. VI, página 354.
Neste capítulo Emmanuel descreve uma passagem em que o próprio Jesus vai
ao encontro, no mundo espiritual, de um grupo de mártires cristãos, que há poucos
dias havia sido trucidado num circo romano. Transcrevemos pequeno trecho das
palavras com que Emmanuel, no seu dizer, conseguira traduzir, mesmo
imperfeitamente, a essência sublime daquela lição inesquecível (destaques nossos):
"Sim! amados meus, porque o dia chegará no qual todas as mentiras humanas
hão-de ser confundidas pela claridade das revelações do céu. Um
27

sopro poderoso de verdade e vida varrerá toda a Terra, que pagará, então, à
evolução dos seus institutos, os mais pesados tributos de sofrimentos : de sangue...
Exausto de receber os fluidos venenosos da ignomínia e da iniquidade de seus
habitantes, o próprio planeta protestará contra a impenitência dos homens,
rasgando as entranhas em dolorosos cataclismos... As impiedades terrestres
formarão pesadas nuvens de dor que rebentarão, no instante oportuno, em
tempestades de lágrimas na face escura da Terra e, então, das claridades de minha
misericórdia, contemplarei meu rebanho desditoso e direi como os meus
emissários: "Ó Jerusalém, Jerusalém!..."
Do livro "GRANDES MENSAGENS", de Pietro Ubaldi, tradução de Clóvis
Tavares, 4a. edição da Fundação Pietro Ubaldi, pag. 23, transcrevemos trecho da
mensagem ditada ao médium no Natal de 1931:
"...Antigamente os cataclismos históricos, por viverem isolados os povos,
podiam manter-se circunscritos; agora, não. Muitos, que estão nascendo, vê-lo-ão.
"A destruição, porém, é necessária. Haverá destruição somente do que é forma,
incrustação, cristalização, de tudo o que deve desaparecer, para que permaneça
apenas a ideia, que sintetiza o valor das coisas. Um grande batis-mo de dor é
necessário, a fim de que a humanidade recupere o equilíbrio, livremente violado:
grande mal, condição de um bem maior."
Pietro Ubaldi (1886-1972) foi um dos maiores mediais de nosso século, ligados
à ciência espírita. Transcrevemos, abaixo, pequeno trecho do que dele e de sua
principal obra ' A GRANDE SÍNTESE", disse Emmanuel, pela psi-cografia de
Francisco Cândido Xavier, por interessar, também, a este capítulo de nossas
pesquisas:
"Quando todos os valores da civilização do Ocidente desfalecem numa
decadência dolorosa, é justo que saudemos uma luz como esta, que se desprende da
grande voz silenciosa de A GRANDE SÍNTESE.
"...A palavra do Cristo projeta nesta hora as suas irradiações enérgicas e
suaves, movimentando todo um exército poderoso de mensageiros seus, dentro da
oficina da evolução universal. O momento é psicológico.
"...A GRANDE SÍNTESE é o Evangelho da Ciência, renovando todas as
capacidades da religião e da filosofia, reunindo-as à revelação espiritual e
restaurando o messianismo do Cristo, em todos os institutos da evolução terrestre.
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"Curvemo-nos diante da misericórdia do Mestre e agradeçamos de coração
genuflexo a sua bondade. Acerquemo-nos deste altar da esperança e da sabedoria,
onde a ciência e a fé se irmanam para Deus.
"E, enquanto o mundo velho se prepara para as grandes provações cole-tivas,
meditemos no campo infinito das revelações da Providência Divina, colocando
acima de todas as preocupações transitórias, as glórias sublimes e imperecíveis do
Espírito imortal."
Do livro "OS QUATRO EVANGELHOS", de Jean Baptiste Roustaing, 5a.
edição da Federação Espírita Brasileira, terceiro volume, página 329, onde o autor
comenta os evangelhos 24:19 de Mateus, 13:17 de Marcos e 21:23 de Lucas
(destaques nossos):
"Estas palavras de Jesus: "Ai das mulheres então grávidas e das que ama-
mentarem", consideradas do ponto de vista das revoluções físicas, inevitáveis para
a renovação planetária, não objetivavam mais do que pôr em destaque a grandeza
dessas calamidades, que não pouparão nem a criancinha de peito, nem o nascituro,
que ferirão as mães nas suas mais caras esperanças."
Do livro "OS EXILADOS DA CAPELA", de Edgard Armond, 9a. edição da
LAKE-Livraria Allan Kardec Editora Ltda., página 164 (destaques nossos):
"...Como sua órbita é oblíqua (a do astro) em relação ao eixo da Terra, quando
se aproximar de mais perto e pela força magnética de sua capacidade de atração de
massas, promoverá a verticalização do eixo com todas as terríveis consequências
que este fenómeno produzirá."
"...Com a verticalização do eixo da Terra profundas mudanças ocorrerão:
maremotos, terremotos, afundamento de terras, elevação de outras, erupções vul-
cânicas, degelos e inundações de vastos territórios planetários, profundas alterações
atmosféricas, fogo e cinzas, terror e morte por toda a parte."
Alguns esclarecimentos úteis encontrados em RAMATIS, em seu livro
MENSAGENS DO ASTRAL, já citado:
"PERGUNTA: - (Pag. 175) Porventura esse planeta já não se aproximou da
Terra, há 6.666 anos, quando completou sua órbita, e não teria causado
perturbações idênticas às que acabais de citar, ou mesmo perturbações de outra
espécie?"
29

"RAMATIS: - Sim; avizinhou-se da Terra, mantendo-se porém um tanto afastado


e sem influenciá-la diretamente. No entanto, assim como o vosso sistema solar caminha
em direção a um ponto chamado "apex", próximo da estrela Vega, na constelação de
Lira, também o sistema de que faz parte esse astro move-se em direção a um alvo
determinado. E como ambos os sistemas se transladam, e com velocidades diferentes,
além das alterações produzidas pelas oscilações constelatórias, justifica-se a maior
aproximação atual e em seguida maior distanciamento nos sucessivos 6.666 anos
futuros."
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ÉPOCA DOS ACONTECIMENTOS


Vamos agora à cata das informações que falam da época em que ocorrerão as
grandes catástrofes que marcarão o fim do período em que vivemos atualmente,
procurando analisá-las.
Em primeiro lu^ar, vamos transcrever as palavras de Jesus, segundo Mateus (24:34
a 24:?9):
"Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça.
Passará o céu e a Terra, porém as minhas palavras não passarão. Mas a respeito daquele
dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai.
Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem.
Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e
davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na Arca, e não o perceberam,
senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do
homem".
Verifiquemos que no trecho acima, as palavras atribuídas a Jesus por Mateus são
diretas, sem parábolas nem subentendidos, como aliás ocorre em quase todo o capítulo
24. Desse trecho queremos pinçar as relativas ao versículo 36:
"Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o
Filho, senão somente o Pai", dizendo, taxativamente, que somente Deus conhecia o dia
e a hora daqueles futuros acontecimentos. Mas são mesmo palavras taxativas, relativas
a "dia" e "hora", não a período ou ér,oca. Tanto assim é que, em seguida, no versículo
37, Jesus compara a época dos acontecimentos àquela de Noé, que não sabia o dia e a
hora do dilúvio, mas sabia que o tempo havia chegado e deveria entrar na arca e salvar
o que pudesse.
Não nos parece, pelo visto, estar impedido por Deus, que alguém saiba quando
ocorrerá o final dos tempos, o final de um período evolutivo da huma-
31

nidade, em que mês e ano isso se dará. Difícil seria antecipar o dia e a hora Jesus,
no entanto, indiretamente, falou em "dia", conforme verificaremos a seguir.
Vejamos o contido em Daniel (12:11 e 12:12), Mateus (24:15 a 18) e Marcos
(13:14 e 13:29), casando as informações, como o fizemos anteriormente:
"Quando, pois, virdes o abominável da desolação, de que falou o profeta Daniel,
situado onde não deve estar, haverá ainda mil duzentos e noventa dias; bem-aventurado
o que espera e alcança até mil trezentos e trinta e cinco dias."
Jesus, ao dar autenticidade às profecias de Daniel, confirma que os acontecimentos
dar-se-ão 1290 dias após "ser visto" o abominável da desolação, o astro intruso, o
planeta higienizador, "situado onde não deve estar", em nosso céu, invadindo nosso
sistema planetário. Com isso já temos uma indicação de "dia": será 1290 dias após o
astro ser visto.
É claro que a data dos acontecimentos é muito mais previsível do que a data em
que "o abominável da desolação", ou "astro intruso", possa ser visto no céu; isto
porque, para ser visto, é necessário a atuação do homem, com previsibilidade apenas
relativamente exata, enquanto que, a trajetória de um astro é calculada com exatidão.
Ora, se o Profeta Daniel afirma que os acontecimentos dar-se-ão 1290 dias após ser
"visto", é porque, com muito mais razão, está disponível para Entidades Superiores os
dados sobre a trajetória do planeta higienizador.
Voltando ao versículo 37 do Cap. 24 de Mateus, que vem na sequência do 36, em
que Jesus diz que somente o Pai sabe do dia e da hora, temos o enunciado:
"Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem".
Pode ser que Jesus tivesse dito sobre o "dia" e a "hora", tratando-se da "vindo do
Filho do homem" e não do dia e da hora dos acontecimentos físicos da Terra, que
levarão à separação dos bons e dos maus. A redação, da maneira que está colocada abre
brecha a esta dúvida.
É necessário esclarecer que a expressão "Filho do homem", que aparece várias
vezes no Evangelho, tem dois sentidos primordiais: em um Jesus refere-se ao homem
do futuro, aquele que habitará o planeta higienizado, o ho-
32
mem bom, fraterno, amoroso, capaz de viver em paz e equilíbrio com os outros
homens e com a natureza, isto é, o filho do homem, tanto daquela época quanto da
atual, a personalidade virtuosa, decorrente do aprendizado, das lutas e dos entrechoques
da vida; no outro sentido, quando Jesus atribui a si mesmo essa expressão, coloca-se
como paradigma, como protótipo do "Filho do homem", da humanidade, num futuro
mais distante ainda, mas que todos alcançaremos. Jesus mesmo o disse: "Sois deuses;
um dia fareis tudo o que faço e muito mais".
O dia e a hora da chegada do Filho do homem, do estabelecimento definitivo e
completo do Reino de Deus na Terra, somente o Pai o sabe, nem mesmo o Filho, nem
os anjos dos céus poderão sabê-lo.
Ainda em Daniel (12:7) encontramos o seguinte alerta:
"Quando se acabar a dispersão do povo santo, então todas estas coisas cumprir-se-ão".
É bastante evidente que Daniel referia-se à dispersão dos Judeus, que conseguiram
reunir-se, novamente, nesta segunda metade do século XX.

OS TEMPOS SÃO CHEGADOS

Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, no livro "A CAMINHO


DA LUZ", cap. XXV, 13a. edição da Federação Espírita Brasileira, páginas 214/215,
traz as seguintes informações (grifos nossos):
"...são chegados os tempos em que as forças do mal serão compelidas a abandonar
as suas derradeiras posições de domínio nos ambientes terrestres... Ditadores, exércitos,
hegemonias, guerras inglórias, organizações seculares, passarão com a vertigem de um
pesadelo...O século que passa cfctuará a divisão das ovelhas do imenso rebanho. O
cajado do pastor conduzirá o sofrimento na tarefa penosa da escolha e a dor se
incumbirá de trabalho que os homens não aceitaram por amor... Vive-se agora, na Terra
um crepúsculo ao qual sucederá profunda noite; e ao século XX compete a missão do
desfecho desses acontecimentos espantosos."
As palavn-s de Emmanuel não deixam qualquer dúvida de que a separação
"dos bodes e das ovelhas", "do joio e do trigo", "dos bons e dos maus", "dos que
forem colocados à sua esquerda e à sua direita", a que se referiu Jesus, está prestes
a ocorrer, pois "compete ao século XX o desfecho desses acontecimentos
espantosos".
33

Os espíritas, sobretudo no Brasil, conhecemos muito bem Emmanuel, o Guia


Espiritual de Francisco Cândido Xavier, um dos mais importantes e sérios médiuns
de nossos tempos. Toda obra de Chico Xavier é superintendida pelo eminente Em-
manuel. Nada é psicografado pelo médium, sem que passe pelo seu crivo, pela sua
coordenação. E são hoje mais de 400 livros que consolam, instruem, desvendam o
mundo espiritual, sempre enaltecendo a excelsa figura do Mestre Jesus.
E o que Emmanuel nos informa acima é terrivelmente sério, pois que é dito
com todas as letras, diretamente, não cabendo qualquer interpretação diferente da
que está escrita.
Nostradamus, em um trecho de sua carta a Henrique II, diz o seguinte: "Em
outubro de 1999: e a um eclipse do Sol sucederá o mais escuro e o mais tenebroso
verão, que jamais existiu, desde a criação até a paixão e morte de Jesus Cristo, e de
lá até esse dia, e isto será no mês de outubro, quando uma grande translação se
produzirá de tal forma que julgarão a Terra fora de órbita e abismada em trevas
eternas."
Encontramos em "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kar-dec, 91a.
edição da Federação Espírita Brasileira, Cap.III, item 19, último parágrafo, pag. 86:
"...Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num estado
inferior ao que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um grau mais
elevado. Ele há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que, de orbe
expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens sc«-ão ditosos,
porque nele imperará a lei de Deus.(Santo Agostinho, Paris 1862)". (grifos nossos)
Um fato ocorrido com Bezerra de Menezes no mundo espiritual, presenciado
por Divaldo Pereira Franco, em desdobramento, traz-nos uma forte evidência de
que o final dos tempos do desamor e o início da nova era realmente se aproxima.
Cedamos a palavra à D. Ana Maria Splanger Luiz, em artigo intitulado "NAS
TERRAS VERDE-AMARELAS", publicado pelo "SEI-Serviço Espírita de
Informações" n.1277, de 19.09.92, primeira página (Boletim Semanal publicado
pela CAPEJvíI Pecúlio - Rua São Clemente n. 38, l l.andar-kio de Janeiro):
"Corria o ano de 1950. Todos ncs. espíritas, recordávamos a passage^1 do
cinquentenário da desencarnação do Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, ocorrida em
11 de abril de 1900.
34
"Em Salvador, lá em sua residência na Mansão do Caminho, Divaldo Pereira
Franco envolvido pelas lembranças, inclusive por ser um dos médiuns mais utiliza-
dos pelo Amoroso Mensageiro em suas generosas tarefas de amparo e orientação
aos que, como todos nós, encontram-se ainda na retaguarda da evolução.
"Eram duas horas da madrugada quando Divaldo Pereira Franco interrompeu
suas atividades. Sentia algo que não podia precisar. Viu-se, então, desdobrado, com
plena consciência, levado a um grande edifício com enormes colunas estilo greco-
romano. Adentrando-se pelo imenso salão, sem entender bem o que ocorria,
percebeu, logo depois, que se tratava de uma reunião em homenagem ao Dr.
Adolfo Bezerra de Menezes.
"Calculou que cinco mil pessoas, no mínimo, lotavam o anfiteatro. Havia
também muitos encarnados, em desdobramento, como ele. Viu que o Dr. Bezerra
entrou cercado de amigos. Dando início à homenagem, Léon Denis falou em nome
dos espíritas da Europa e de outros continentes. Após, Manuel Vianna de Carvalho
assumiu a tribuna, em nome dos espíritas do Brasil. A seguir, falou Eurípedes
Barsanulfo, em nome dos que estudam o Evangelho.
"Uma luz magnífica surgiu das alturas. Corporificou-se, então, um sublime
Espírito. Era Celina, mensageira de Maria Santíssima, conhecida pelas amoráveis
comunicações que transmitia através do médium Frederico Júnior. E Celina falou: -
"Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcante. Pelos teus serviços foi-te concedido que
poderás encarnar em qualquer planeta de nossa galáxia próximo à Terra."
"Dr. Bezerra, sem poder conter, naturalmente, a emoção, também falou: - "Eu
não mereço...Eu não mereço... Se algum crédito eu tenho, suplico a Maria
Santíssima continuar nas terras verde-amarelas do Brasil. Desejaria ali ficar
enquanto houver uma pessoa chorando, um gemido dos meus irmãos brasileiros..."
"O celeste ser ouviu a petição e esvaneceu-se. Passaram poucos segundos. Um
melodioso coro entoava divino cântico e uma alvinitente mão escreveu no ar: -"Teu
pedido foi deferido. Ficarás mais cincuenta anos nas terras do Brasil."
"Divaldo Pereira Franco despertou alegre e encantado. E contou tudo isto
quando, em 1991, proferiu uma de suas magníficas palestras no auditório do Co-
légio Arte e Instrução, no bairro de Cascadura, no Rio de Janeiro. "Nunca mais
apagou-se de minha memória, afigura sublime do Dr. Bezerra de Menezes, en-
quanto, sob forte emoção, aguardava a resposta de sua paternal súplica."
D. Ana Maria assim termina seu artigo:
Obs: próximo no sentido de evolução.
35

"Quarenta e dois anos já se passaram. Não só nós, brasileiros, temos sido


beneficiados pela presença sempre paternal do Dr. Bezerra de Menezes. Daqui a
oito anos qual será o seu rumo?
"A indagação chega a angustiar. Mas, não faz muito tempo um Amigo
Espiritual nos tranquilizou, dizendo: -"Esteja onde estiver, Bezerra de Meneies
estará sempre nos amparando e orientando pelos caminhos do amor, estimulando-
nos a continuar aprendendo para servir melhor!".
Nosso comentário: Bezerra não pediu para ficar nas terras do Brasil por mais
50 anos. Ele suplicou à Virgem Santíssima que, se algum crédito tivesse, desejaria
ali permanecer "...enquanto houver uma pessoa chorando, um gemido dos meus
irmãos brasileiros..." Não importava a Bezerra o tempo que fosse necessário. Mas a
resposta foi concisa: "Teu pedido foi deferido. Ficarás mais cinquenta anos nas
terras do Brasil."
Ora, os 50 anos terminam neste final de milénio. Para que não haja mais
nenhuma pessoa chorando ou um gemido sequer, como deferido foi o pedido de
Bezerra, algo de extraordinário deverá ocorrer, para que a fome e a miséria, a
corrupção e os corruptores, a violência e os criminosos, a exploração e os
exploradores, as traições e os traidores, as drogas e os traficantes etc. etc. sejam
definitivamente banidos, não só de nossas terras, mas de toda a Terra.
Para os espíritas, que conhecemos Divaldo Pereira Franco, sua palavra sobre
assunto tão sublime e sério é da mais alta significação e credibilidade. Seu mandato
mediúnico, colocado a serviço da Seara de Jesus, é dos mais significativos da
atualidade no mundo. E contato com o mundo espiritual através da mediunidade de
desdobramento, é fato mais que rotineiro nos trabalhos mediúnicos de Divaldo
Pereira Franco.
O que seria capaz de realizar a fantástica proeza de enxugar a última lágrima,
de lenir o último gemido, até o final deste século, daqueles que permanecerem
encarnados no Brasil? E para que não houvesse um choro e um gemido no Brasil
seria necessário também que não o houvesse no mundo! Somente a grande
separação, a grande colheita, seria capaz de tal proeza.
O mesmo Boletim Semanal "SEI-Serviço Espírita de Informações" n. 1275, de
05.09.92, transcreveu uma belíssima mensagem de Bezerra de Menezes, recebida
por Divaldo Pereira Franco, de onde extraímos as seguintes paites:
"Meus filhos, que Jesus nos abençoe. Estamos no limiar de uma nova era e
no crepúsculo da cultura e da civilização do pas ado. Abrem-se-nos
36
perspectivas de um período novo que vem sendo anunciado através dos evos.
Momento grave este que vivemos no Planeta, quando os valores éticos enobrecidos
cedem lugar ao desequilíbrio e às manifestações do primitivismo, que devem
desaparecer da estrutura psicológica da criatura humana... Hoje ou nunca mais,
neste momento grave, se repetirá o chamamento do Senhor para nós. Esta
oportunidade definir-nos-á os rumos do futuro e vós prometestes seguir as pegadas
de Jesus, fiéis à Revelação Espírita, conforme nô-la ofereceu o discípulo fiel, que
foi Allan Kardec.
"Não há mais tempo para as discussões estéreis nem para as frivolidades das
opiniões personalistas em detrimento dos lídimos ideais da fraternidade, do amor e
da caridade.
"Sede vós os lutadores autênticos, preparadores da era que começa, nesta noite
histórica, precedendo a alvorada de luz, de liberdade e de paz..." (grifos nossos).
De outra mensagem de Bezerra, esta psicografada por Julio Cesar Gran-di
Ribeiro, em 05.08.91, publicada pelo "Reformador", revista da Federação Espírita
Brasileira, número 1959, de junho/92, página 167, extraímos o seguinte trecho:
"Filhos: Nestes momentos de crise existencial por que passa nossa Hu-
manidade, na transição para o milénio próximo, estejamos sempre vigilantes em
nossa caminhada. São muitos os obstáculos a transpor e os observadores
espirituais, à nossa volta, já impossibilitados de retornar ao Orbe pela
reencarnacão, inquietos alguns, revoltados outros, vingativos outros mais,
julgando-se, muitos deles, injustiçados pela Providência Divina, cobram de cada
um de nós o necessário aprumo moral-espiritual, a fim de merecermos a Terra do
amanhã..."(grifos nossos).
O que nos alerta Bezerra é que tenhamos o máximo de cuidado, porque muitos
obsessores do mundo espiritual revoltam-se pois que não mais terão oportunidade
de reencarnar na Terra; e de sua revolta nasce um recrudesci-mento das
perseguições e tentativas de arrastar para os abismos que os esperam, suas antigas
companhias, já a caminho da regeneração.
E por que não mais terão tempo para reencarnar na Terra? Possivelmente
porque a grande separação está iminente.
Outra mensagem, psicografada em espanhol por Juan Antonio Durante, em
Madrid, em 29.11.92, na sessão plenária do Congresso Mundial de Espiritismo,
traduzida por Lauro S. Thiago, publicada no "Reformador" n. 1970, de
37
maio/93, página 133, desta feita assinada por Bezerra de Mene2es, Amalia D.
Soler, F. Colavida e outros Espíritos ligados à Espanha, traz-nos o seguinte trecho:
"...A necessidade de conduzir o homem às formas étíco-morais que o induzam
a pensar na vida imortal obriga a uma ação imediata, positiva, pois, já quase não
existe tempo material a fim de poder prepará-lo para as grandes mudanças
que se avizinham, como impositivo indispensável que acompanha o advento do
III Milénio, em que o homem deixará de ser inimigo do homem, e em que o
sentimento de amor ao próximo, estabelecido como regra por Jesus, será uma
realidade inquestionável..." (grifos nossos).
Como pudemos observar, Bezerra, nessas mensagens como em inúmeras
outras, passa-nos o sentimento de que tem pressa em alertar-nos sobre os
acontecimentos que se avizinham, a urgência em modificarmos os comporta-
mentos, a falta de tempo para querelas e discussões estéreis, a necessidade
premente de trabalharmos no bem e pelo bem, para adquirirmos o padrão vibratório
mínimo, a fim de não sermos sugados para mundos inferiores.
Do livro "FRANCISCO DE ASSIS", pelo Espírito MIRAMEZ, psico-grafia de
João Nunes Maia, 7a. edição da Editora Espírita Cristã Fonte Viva, pag. 31 (grifos
nossos):
". O Apocalipse representa a janela pela qual a humanidade restante poderá
passar para o terceiro milénio e sentir a vida nos moldes preceituados pelo
Evangelho do Cristo. A felicidade para os eleitos da Terra é hoje mesclada de grandes
tormentos, pois as provações coletivas induzem as criaturas a afogadilhas intenções, ao
desespero, à vingança e ao ódio. Fugiu do mundo a serenidade, assim como
dificilmente nela se encontra amor; o período é de transição. Que Deus nos abençoe,
pois ele é temporário... mas desnorteia aqueles que ainda são fracos na fé".
Alerta-nos Miramez que, para atingirmos o terceiro milénio, teremos de transpor
uma "janela", o Apocalipse, e só a humanidade restante poderá fazê-lo. Entre nós,
hoje, e o terceiro milénio, à nossa frente, teremos, ainda, que passar pelo Apocalipse.
Contínua Miramez no parágrafo seguinte:
"Nos últimos acontecimentos do orbe terrestre, que finalizarão os dois mil anos,
nas grandes catástrofes físicas e morais, quem não tiver fé, dificil-
38
mente se salvará. A salvação a que nos referimos é a estabilidade de consciência, é
a paz interna no meio das tormentas que se aproximam. Parece, oara os cépticos, que a
fé é sinónimo de fanatismo, e esse engano é que vai levá-los ao caos do terrorismo e da
depressão. A vida alegre é a que se consubstancia na luz da Fé, porque ela eleva o
espírito até à plenitute do Amor. Queira Deus que despertemos cada vez mais para o
Cristo, no resto de tempo que nos é dado, que também representa resto de imprudência.
O Apocalipse é um aviso com dois mil anos de antecedência; O Evangelho, na sua reta-
guarda, nos fala do clima que poderemos formar em nós, a fim de que não soframos os
desastres coletívos."
Miramez, o mesmo Irmão Luiz que acompanhou Francisco de Assis, ou João
Evangelista reencarnado, o autor do Apocalipse, tem, sem dúvidas, acesso a
informações no mundo espiritual para afirmar, com segurança, que os acontecimentos
preditos dar-se-iam dois mil anos após seu enunciado. Tempo, este, que ora se esgota.
Do livro "PROFECIAS", de Pietro Ubaldi, 4a. edição da Fundação Pie-tro Ubaldi,
tradução de Carlos Torres Pastorino e Clóvis Tavares, em que, dentre diversas
profecias analisadas pelo autor, ressalta um pormenorizado e profundo estudo do
Apocalipse de João Evangelista, transcrevemos, a seguir, diversos trechos que dizem
respeito à época dos acontecimentos preditos para a humanidade (grifos nossos):
"O momento histórico atual é muito grave. Ele está se tornando cada dia mais
grave. Somos chegados à plenitude dos tempos. Pregações foram feitas bastante, avisos
foram dados, mas o mundo continuou pelo seu caminho sem prestar ouvidos. Nesta
hora, não é mais tempo de palavras e avisos, mas de ação. Precisa-se enfrentar os
acontecimentos." (Pag.162).
"Investigando por caminhos intuitivos, racionalmente controlados, foi mister
concluir que acontecerá o que temos anunciado. Uma apocalíptica destruição está
aproximando-se dentro desta segunda metade do nosso século. Fazer uma tentativa
para salvar o que é possível não pode ser condenável e representa um dever daqueles
que compreenderam o momento histórico." (Pag. 172).
"O Apocalipse mostra-nos que chegamos à plenitude dos tempos, à hora da
realização daquela Boa Nova; diz-nos que o Reino de Deus, anunciado pelo
Evroigelho, não será sempre uma utopia e está verdadeiramente às portas.
39

"Chegamos hoje ao momento em que o determinismo da Lei toma em mãos as


rédeas da História e impõe suas diretrizes. Estamos, pois, no momento em que se
manifesta a vontade de Deus, que quer entrar diretamente em ação. Ainda que Sua
existência seja negada pelo mundo, Deus quer igualmente salvá-lo, num momento em
que se acumularam tantos erros dos homens em que tudo ameaça ruína. Estamos, pois,
na plenitude dos tempos." (Pags. 214/215).
"Os bons esmagados, vilipendiados, atormentados, devem ser reerguidos à sua
dignidade de filhos de Deus, que lutaram e deram seu sangue para reacender e,
portanto, mereceram o auxilio. E Deus lhes estende o braço de Seu poder e os reergue
para o Alto. Esta é a hora da justiça. Fecham-se as portas da misericórdia, detém-se o
porvir, pára e conclui o caminho da evolução, e então se fixam as posições
conquistadas de cada um, no longo caminhar, e são feitas as contas, para cada um,
segundo o que lhe cabe de direito, por suas obras. É a hora do juízo.
"O Apocalipse fala de plenitude dos tempos. Estamos hoje nessa plenitude dos
tempos. ...Vivemos em tempos apocalípticos, em que a Lei deve cumprir-se. Por
muitos séculos esperou Cristo a realização de seu Evangelho. O Reino de Deus tem de
chegar, custe o que custar. Não é concedido ao homem o poder de tornar vã a vinda de
Cristo sobre a Terra. O drama do Apocalipse é nosso, deste nosso tempo." (Pags.
218/219).
"A luta cósmica entre o bem e o mal chega ao seu epflogo e se resolve na vitória de
Deus sobre todas as forças, que assim são reconduzidas do caos à Sua ordem. Os
problemas primeiros e últimos se resumem na mesma solução." (Pag. 222).
"Este último salto para a espiritualização, é o grande acontecimento que nos
aguarda no fim deste milénio e na alvorada do terceiro, é o grande acontecimento da
instauração, na Terra, do Reino de Deus. É isto, justamente, o que nos anuncia o
Apocalipse." (Pags.226/227).
"..."Este é o século em que se estabelecerá o Reino de Deus na Terra", escreveu
BAHÁ-IT LLÁH, o profeta filho do M (1817-1882). Teremos cinquenta anos de lutas e
de esforços e em 2.000 surgirá a aurora da nova civilização do espírito, para o terceiro
milénio." (Pag. 256 - o livro foi escrito em 1956).
40
Huberto Ronden, brasileiro, foi, durante sua vida física, um brilhante filósofo
espiritualista, com uma vasta obra de elevado cunho filosófico-moral. De volta à
Espiritualidade, adota o nome DELFOS e começa a ditar, a conhecido e respeitado
médium residente no Rio de Janeiro, Luiz António Millec-co obras com informações e
conhecimentos mais avançados que seus anteriores trabalhos, corrigindo-os ou
complementando-os em várias oportunidades. Agora sua vivência é imensamente mais
dilatada que a simples visão espiritual que o filósofo possuía quando na vida física.
Selecionamos alguns trechos de dois de seus livros mediúnicos, que abordam o final do
período evolutivo em que nos situamos.
Do livro "MEU ALÉM DE DENTRO E DE FORA", da Sociedade Editora Espírita
F.V. Lorenz, 2a. edição, pag. 41, Delfos está narrando seu encontro com um Espírito
que durante largo tempo cooperou com o trabalho das trevas e agora, convertido,
mantém-se junto à colónia trevosa, mas integrando uma sociedade secreta dedicada ao
Bem, com o intuito de resgatar sofredores e ajudar antigos companheiros a
reequilibrarem-se, enquanto aguarda nova oportunidade de reen-carnar-se. O objetivo
da entrevista de Delfos é exatamente transmiti-la aos encarnados, através da
mediunidade, no desvendamento da problemática que envolve o mundo espiritual e sua
influência no mundo físico.
Vamos transcrever um trecho da conversa, em que Delfos pergunta e o "ex-
perverso" responde (grifos nossos): "- Que faz atualmente?
- Procuro retificar meus crimes, desfazendo antigos malefícios ou tentando, com
atos bons, compensar os prejuízos que causei ao próximo.
- Acredita que cumprirá integralmente essa missão no plano em que está?
- Sei que não. Só conseguirei libertar-me de minhas mazelas quando mergulhar na
carne. Por enquanto, porém, não mereço essa bênção e não sei se terei tempo de
recebê-la na Terra.
- Por que não?
- Sabe o amigo que este planeta vive o fim de mais um ciclo de sua evolução. Deve
desembaraçar-se de todos aqueles que possam obstar-lhe a marcha. Um réprobo, como
eu, deve ser conduzido a mundo compatível com o baixo grau de sua evolução."
O diálogo prossegue, altamente instrutivo e com informações valiosíssi-mas aos
que se interessam pelo Espiritismo, sobretudo para os que trabalham na seara da
mediunidade. Mas o trecho da entrevista que importa ao nosso trabalho
41
é o acima. Delfos, também, passa-nos a informação de que o fim H atual ciclo
evolutivo está próximo.
Do mesmo livro e da página 62, transcrevemos pequeno trecho de uma palestra
proferida por Teilhard de Chardin (1881-1955- paleontólogo, pensador e teólogo
jesuíta francês), obviamente no mundo espiritual, assistida por Delfos. A palestra fora
assistida, também, por vários encarnados ligados a diversas correntes religiosas, para
ali transportados durante o natural desdobramento do sono físico:
"...Quero que apressemos juntos o caminho de todos os seres, da divergência para a
convergência, da sombra para a luz. Aproximam-se vertiginosamente os momentos
mais tristes e angustiosos do nosso planeta. Esses momentos serão, porém, decisivos. É
depois deles que a Terra será realmente o mundo constituído de seres humanos... O
planeta está cansado de lutas estéreis; os homens são tragados pelos monstros que eles
mesmos geraram. Mas vai passar o grande pesadelo e valerá a pena despertar; por isso
estou aqui para convidar-vos a trabalharmos juntos e juntos construiremos, durante esta
noite sombria que nos envolve, a manhã radiosa e sublime que nos espera."
Mais uma vez o alerta de que uma grande transformação se aproxima
vertiginosamente.
Na página 72 do livro citado, Delfos começa a descrever, sob o título de "Uma
Reunião Solene", um encontro de governadores de diversas colónias espirituais,
inclusive de "Nosso Lar", com o objetivo de se.-em traçadas dire-trizes a esses líderes
da Espiritualidade, "com vistas ao momento histórico atualmente vivido pelo planeta".
A palestra fora proferida por um Espírito conhecido por Jerónimo, de alta envergadura
espiritual. Das figuras mais conhecidas entre os espíritas brasileiros, presentes no
evento, além do Governador de "Nosso Lar", Delfos menciona André Luiz e
Emmanuel. A reunião se deu na região que correspondia, no plano físico, ao planalto
central, em Goiás. Transcrevemos, abaixo, pequenos trechos da palestra que interessam
a este trabalho.
"- Irmãos, o planetn vive uma hora angustiosa e sem precedentes em sua história.
Na esfera física, o papel e a moeda se sobrepujam a todos os valores. A vida humana,
os direitos do homem, as necessidades básicas de todos os seres vivos, pouco importam
aos olhos da ganância prepotente e desabrida. Vazios de paz, os homens cada vez mais
se aprestam para a guerra. Inconscientemente sedentos de amor, eles se deixam
envenenar e incendiar pelo ódio.
42
Por outro lado, em nosso plano se amontoam nuvens e nuvens de pensa-entos
deletérios, emitidos pelas próprias coletividades terrestres. E não é só. A esse acúmulo
de energias degeneradoras, acrescentam-se outras nuvens, constituídas de irmãos
nossos que, desencarnados embora, mantêm ainda a ilusão do poder e das paixões
desenfreadas. Dividem-se esses filhos da ilusão eta dois grupos principais: o daqueles
que propugnam pelo caos absoluto, pela terra de ninguém, onde vale mais quem é mais
forte, e o daqueles que se batem pela instituição daquilo a que chamam de uma nova
ordem: um regime tirânico, no qual prevaleçam os desejos de uma cúpula inconsciente
que se supõe investida, junto aos homens, de verdadeiro messianato. No fundo, esses
dois grupos têm um só objetivo: o mando ilusório, o poder a qualquer custo. Para isto
vampirizam, instilam ou cooperam para que se instile a guerra, provocam derrocada de
instituições respeitáveis, realizam, em suma, um trabalho de sapa que vai dos lares aos
governos. Em virtude de tal situação, não excluindo, é claro, fatores históricos e socio-
económicos, o planeta está cada vez mais próximo de uma verdadeira encruzilhada em
sua senda evolutiva. Diríamos, como os hindus, que a Terra dia a dia se acerca do que
chamam a curva da Kali-Yuga - Idade Negra." "...Resta-nos a certeza de que o planeta
não será destruído como um todo; as potências cósmicas não o permitiriam. Apagados
os rescaldos do grande incêndio, o homem renascerá pelo espírito e reencontrará os
seus verdadeiros e gloriosos destinos."
Após participar dessas e outras reuniões sobre o mesmo tema, Delfos sentia-se
"como se tivesse o mundo às costas". Declara num capítulo seguinte:
"Veio-me, então, um desejo incoercível de renascer de imediato. Queria expandir
melhor minha obra, torná-la mais adequada aos tempos novos."
Com essa decisão, procura o conselho de um Espírito de grande elevação e
profundo conhecimento sobre o assunto, a quem Delfos chama de Rajá. Vamos
transcrever, a seguir, o final do capítulo sob exame, a partir dos conselhos de Rajá, que
dispensa outros comentários e análises, para concluir-se que a grande preocupação do
mundo espiritual, neste momento, é a iminente transformação que ocorrerá com a
humanidade, antes que o século termine (os grifos são nossos):
" - Delfos, são louváveis tuas intenções e tens o direito de obter o que desejas. Se
insistires, estarás na Terra, em novo corpo físico, dentro de breve tempo. Eu, no
entanto, te pergunto: já refletiste convenientemente sobre tua
43

decisão? Pensa no esforço a ser exigido, por parte dos que te assistem aqui, para
sustentar-te a tarefa. Sabes que, ainda quase na infância, encontrarás um mundo
em ruínas. O que ouviste de Chardin e J.R., não te permite qualquer ilusão acerca
do futuro próximo da Humanidade. A menos que poderes superiores interfiram
drasticamente, o homem não demorará muito a colher, no vasto celeiro dos milénios, o
acúmulo de joio que amontoou por descuido. Sofrerás desnecessariamente se voltares
agora. Espera pelo início do terceiro milénio. De fato, recomeçarás a tarefa e isso não
te será fácil; hás de enfrentar ainda algumas dificuldades, pois há arestas a aparar,
dentro e fora de ti. Essas dificuldades, no entanto, seriam muito maiores se
precipitasses as coisas."
Delfos continua sua narrativa:
"Calou-se o Rajá, mas seus olhos pousaram em mim, como que exigindo uma
definição.
"Calei-me também eu. Minha boca já havia silenciado desde que falara meu
instrutor. Agora, porém, quem silenciava era minha mente inquieta. Percebi que me
havia portado como um adolescente intempestivo e imediatista.
"Submeti-me, então, à vontade do Absoluto. Que Ele dissesse a última palavra, e
não eu.
"Incontinenti, o Rajá respondeu as minhas mudas reflexões:"
"- Decidiste segundo os decretos das potências cósmicas, Delfos. Tens muito o que
fazer aqui. Serve conosco e espera pelos dias da volta, quando passar a
tempestade."
Colhemos, ainda, mais dois alertas de Delfos em outra obra psicografa-da pelo
mesmo médium. Trata-se do livro "REFLEXÕES NO MEU ALÉM DE FORA",
também da Sociedade Editora Espírita F. V. Lorenz, primeira edição/1989. Da página
30, sob o título "Os Vendavais", tnuscrevemos o trecho abaixo (grifos nossos):
"Aproximam-se os tempos dos vendavais. Eles não terão os românticos nomes
femininos com que se pretende atenuar o caráter sinistro dos que açoitam os países.
"Os que se aproximam de toda a Humanidade não têm nome. Se quiséssemos,
poderíamos chamá-los "varredores", porque seu objetivo é varrer para além da
psicosfera a poluição causada pelo "ego luciférico" dos que habitam o planeta.

"Estejamos firmes e vigilantes, porque depois desses vendavais outras auras


soprarão no planeta de norte a sul, de leste a oeste. Outros ventos igualmente
impetuosos mas não devastadores. Aqueles mesmos ventos que sacudiram os
Apóstolos na memorável manhã de Pentecostes.
"Quem puder senti-los, vivê-los e saboreá-los, desde já será capaz de enfrentar
todos os vendavais da destruição. E mais, servirá de ponte espiritual para quantos se
beneficiem de sua presença."
O outro alerta consta da página 92 do mesmo livro:
"...Meus amigos, o mundo vive um momento único de sua história. Nunca mais o
viverá de novo. E devemos aproveitar este momento.
"Quem quer se auto-realizar, esse receberá poderosos impulsos do alto, porque
mais do que ele as potências cósmicas desejam o seu crescimento.
"Mas aqueles que decidirem dar voltas em torno de si mesmos, aqueles que estão
contentes consigo mesmos, aqueles que estão adaptados, permanecerão no labirinto de
Maya, da ilusão, e serão presas de seus próprios erros".
Do livro "PARÁBOLAS EVANGÉLICAS À LUZ DO ESPIRITISMO", de
Rodolfo Calligaris, segunda edição/1969 da Federação Espírita Brasileira, nas páginas
15 e 16, recomemos o seguinte trecho, em que o autor discorre sobre a "parábola do
joio e do trigo", do Evangelho segundo Mateus, cap. 13, vers. 24-30 (grifos nossos):
"...O joio, ao brotar, é muito parecido com o trigo e arrancá-lo antes de estar bem
crescido seria inconveniente, por motivos óbvios. Na hora da produção dos frutos, em
que será perfeita a distinção entre ambos, já não haverá perigo de equívoco: será ele,
então, atado em feixes para ser queimado.
"Coisa semelhante irá ocorrer com a Humanidade.
"Aproxima-se a época em que a Terra deve passar por profundas
modificações, física e socialmente, a fim de transformar-se num mundo
regenerador, mais pacífico e, conseqüentemente, mais feliz.
"Quando os tempos forem chegados, todos os sistemas religiosos, que se hajam
revelado intolerantes e opressores, cairão reduzidos a nada, e todos quantos não se
afinem, com a nova ordem de coisas, conhecerão o "fogo" da expiação em mundos
inferiores, mais de conformidade com o caráter de cada um.
"Por outro lado, as almas avessas à guerra, à maldade, ao despotismo, enfim a tudo
quanto tem impedido o estabelecimento da fraternidade cristã entre os homens de todas
as pátrias e de todas as raças, estas hão-de merecer o
45

futuro lar terrestre, higienizado em sua aura astral e equilibrado em suas


condições climáticas, gozando, finalmente, a paz, a doce e alegre paz, de há muito
prometida as criaturas de boa vontade."
Do livro "MOMENTOS DE HARMONIA", de Joanna de Angelis, psi-cografia de
Divaldo Pereira Franco, Ia. edição/1992 da Livraria Espírita Al-vorada-Editora,
extraímos da dissertação n. 11 - "Desafios e Vitória", páginas 72 a 76, os seguintes
trechos (grifos nossos):
"Respira-se, no planeta terrestre, uma atmosfera saturada de fluidos deletérios.
"Uma imensa vaga de alucinação varre o orbe, de um a outro quadrante, sob os
impulsos da insatisfação, que gera violência; da frustração, que fomenta desencanto; e
dos desejos insaciados, que conduzem à beligerância, ao crime, ao desespero
desenfreado.
"As aspirações espirituais parecem soterradas, sob os escombros das doutrinas
falidas pela invigilância dos que as predicavam..."
"...Chegados, sim, os tempos da grande e inevitável seleção natural. Não mais
a pequeno passo, porém de maneira abrupta, instalando na Terra — que dentro
de pouco tempo se encontrará exaurida pelo cansaço das utopias — o período do
bem, da verdade e do amor.
"...Poupa-te à grande derrocada".
Joanna de Angelis nos adverte que o período do bem, da verdade e do amor será
instalado na Terra "de maneira abrupta", repentina, "não mais a pequeno passo", não
mais de maneira suave, não mais uma substituição paulatina dos homens voltados para
o mal, à medida de seu desencarne, pelos voltados ao bem, pela reencarnação, porque
"os tempos da grande e inevitável seleção natural" são chegados.
Nada mais claro e direto. Também no dizer desse Espírito são chegados os tempos
da grande separação. Lembramos que Joanna de Angelis é a mentora espiritual de
Divaldo Pereira Franco que tem mais de 100 livros espíritas publicados e milhares de
conferências em todo o mundo. Da mesma maneira que acontece entre Emmanuel e
Francisco Cândido Xavier, todas as mensagens psicografadas por Divaldo, todas suas
conferências, todos seus livros, são superintendidos por Joanna de Angelis.

"PROGRESSÃO DE MEMÓRIA REVELA PLANETA EM CAOS"

Em artigo publicado no "Jornal Espírita", de abril de 1992, páginas 6 e 7, sob o título


acima, Herminio Corrêa de Miranda, conhecido escritor espíri-
46
ta, autor de dezenas de importantíssimos livros e de centenas de outros artigos,
analisa o livro "Mass Dreams of Future" (Sonhos Coletivos do Futuro), do dr. Chet B.
Snow, americano, PhD em psicologia.
O livro do dr. Snow baseou-se em pesquisa dirigida pela dra. Helen Wambach,
psicóloga americana, PhD, na qual ele, juntamente com outros colaboradores, como a
sra. Beverly Lundell e o dr. R. Leo Sprinkle, psicólogo e professor da Universidade de
Wyoming, trabalharam intensamente.
A pesquisa empreendida pela dra.Wambach, consistiu em explorar o futuro na
memória de pacientes sob hipnose.
Transcrevemos, a seguir, trechos do artigo em questão:
"...Chet B. Snow não apenas aderiu ao projeto da dra. Wambach, como acabou
concordando, ele próprio, em submeter-se a uma experiência de progressão, no que,
aliás, revelou-se excelente "sujet". Foi assim, numa tarde de julho de 1983, no
consultório da dra. Wambach, na Califórnia, que, após mergulhado no estado alterado
de consciência sugerido pela psicóloga, Chet Snow viveu uma dramática "lembrança
do futuro", na qual se via, em 1998, em desolada região do estado do Arizona, como
integrante de pequena comunidade de pessoas que haviam sobrevivido a violentos
cataclismas. As condições climáticas locais mostravam-se profundamente alteradas em
relação ao que são hoje, de vez que, no mês de julho, em pleno verão no hemisfério
norte, e em local onde a norma seriam as temperaturas elevadas, fazia frio e soprava
um vento glacial. Além do mais, a região parecia despovoada e com escassas
possibilidades de comunicação com o resto do país. As condições de vida eram
primitivas, a alimentação constituía prioridade absoluta, a habitação (coletiva) não
passava de um abrigo precário para algumas dezenas de pessoas lideradas por uma
mulher.
"Não é de admirar-se, pois, que Chet Snow tenha regressado com enorme sensação
de alívio, ao "aqui e agora", no consultório da dra. Wambach, no luminoso verão
californiano. Seja como for, a ser válida a experiência, o terrível cenário em que se
metera ele durante a progressão, estava à sua espera dentro de quinze anos. Era uma
ideia mais do que inquietante, aterradora.
"Outras "viagens" ao futuro faria o dr. Snow sob a competente pilotagem da dra.
Wambach, não apenas ao desolado território do Arizona, no fim deste século, como a
outros tempos e locais, em futuro mais remoto. Desdobrava-se o projeto desenhado
com a finalidade de investigar o que poderão revelar sobre o futuro, "os sonhos
coletivos" em que mergulhamos tantos de nós, seres vivos, nesta época dominada por
tensões e sombrios presságios.
47

"As primeiras imagens do contexto explorado nas progressões revelaram-se Ião


deprimentes que a doutora pensou, de início, em suspender a pesquisa. A visão que se
antecipava nela era a de um planeta devastado, desestruturado e poluído, cidades em
ruínas e campos abandonados, sistemas de comunicação e transportes desarticulados e
dramática escassez de alimentos. Era um verdadeiro pesadelo, dentro do qual a
prioridade maior era a de sobreviver, se possível, mais um dia ou dois."
"Entre 1980 e 1985, a dra. Wambach e sua equipe haviam realizado regressões e
progressões em cerca de 2.500 americanos (Snow trabalhara também com alguns
franceses). Inesperadamente, apenas cerca de cinco por cento das pessoas progredidas
viam-se reencarnadas por volta do ano 2100, a umas poucas gerações adiante, portanto.
A conclusão era óbvia, ainda que inquietante, dado que indicava um declínio de cerca
de 95% na população mundial, dizimada, por essa época, por gigantescos cataclismas,
em inúmeras regiões da terra.
"Tais resultados foram encontrados, isoladamente, pelos pesquisadores em
diferentes grupos de pessoas. Consistentemente, cerca de apenas cinco por cento viam-
se encarnadas por volta do ano 2100, ao passo que, mais a frente, em torno do ano
2300, a percentagem subia para 13% ou 15%, o que parece indicar uma retomada do
crescimento populacional, após o drástico decréscimo.
"...Seja como for, o quadro que tais depoimentos desenham é desolador. O cenário
é o de um planeta devastado pela arrasadora ação combinada de erupções vulcânicas,
enchentes e abalos sísmicos, quando regiões inteiras desaparecem sob as águas dos
oceanos, enquanto outras ressurgem do fundo dos mares.
"...No capítulo 8-II - Operation Terra, o dr. Snow oferece ao leitor suas reflexões
acerca das causas de todo o distúrbio apocalíptico que estaria programado para vitimar
o planeta, no final do século vinte, ou, mais precisamente, a partir de 1998."
Cabe-nos comentar apenas que o grupo de pesquisadores são cientistas,
trabalhando pela ciência e em nome da ciência.
48

A GRANDE SEPARAÇÃO
A grande separação entre bons e maus, do joio e do trigo, dos cabritos e das
ovelhas, conforme a linguagem evangélica, dar-se-á no mundo espiritual. A atração que
o planeta visitante exercerá, com poder de arrastar aqueles que lhe partilharem as
vibrações inferiores, será, obviamente, sobre o Espírito, o homem desencarnado, aquele
que tenha passado pelo fenómeno da morte.
Como poder-se-á inferir das profecias que passamos a descrever, dois terços da
humanidade que estiver encarnada por ocasião dos acontecimentos finais, perecerão
nas grandes tragédias. Isso não quer dizer, contudo, que todos aqueles que
desencamarem serão arrastados pelo astro higienizador, como, obviamente, nem todos
aqueles que já antecipadamente estejam no mundo espiritual, iriam parar naquele
mundo inferior.
Dizem as predições que metade da população hoje existente nos dois planos de
vida, é que irá expiar em mundos inferiores. E dizemos no plural "mundos inferiores",
porque esse planeta "pesado" pode não ser o destino reencarnatório de todos os
exilados da Terra. Ele, sem dúvida, será o veículo que transportará pelos espaços
infinitos todos os compelidos a deixar a Terra - saneada pelo sofrimento -, mas a
reencamação desses poderá ser distribuída entre outros mundos, bem mais inferiores
que a Terra, mas de acordo com as necessidades e possibilidades de cada um.
Vamos começar por Isaías, o que disse em sua linguagem dura, conforme consta,
dentre outros, dos capítulos 13:11,13:12,51:6 e 65:14:
"Punirei o mundo por seus crimes, e os pecadores por suas maldades. Abaterei o
orgulho dos arrogantes e humilharei a pretensão dos tiranos. Tornarei os homens mais
raros que o ouro fino e os mortais mais raros que o metal de Ofir. Os habitantes da
Terra morrerão como moscas; mas minha salvação subsistirá sempre, e minha vitória
não terá fim. Meus servos cantarão na alegria de seu coração, e vós vos lamentareis
com o coração angustiado, vós rugireis com a alma em desespero."
Começa o profeta dizendo que Deus punirá os pecadores por suas maldades,
distinguindo-os do mundo, que será punido por seus crimes, parecendo-nos
49
referir-se aos abalos físicos que a Terra sofrerá. Outra expressão muito forte, quando
diz que os homens morrerão como moscas, é sem dúvida para sacudir a mentalidade
daqueles que o lerem, alertando sempre, para nossa impotência diante dos desígnios
d'Aquele que comanda os infindáveis universos; reafirmando, à frente, que tornará os
"mortais", isto é, os homens encarnados, mais raros que o metal de Ofir.
Em Joel (4:14 ou 3:14, conforme a tradução), lemos:
"Que multidão, que multidão no vale do julgamento! porque o dia do Senhor está
próximo no vale do julgamento."
O vale do julgamento é a Terra e a multidão somos nós mesmos, encarnados e
desencarnados vivendo no âmbito da Terra.
De Amos (9:2) extraímos:
"Mesmo que desçam à morada dos mortos, minha mão os arrancará de lá."
Com essas palavras diz-nos o Profeta Amos, que não haverá meios de esconder-se
da seleção natural. Não há como fugir, nem mesmo na morada dos mortos, nem mesmo
no mundo espiritual haverá esconderijo capaz de abrigar do arrastamento aqueles que
vibrarem na mesma faixa do astro intruso.
Profetiza Zacarias (13:8 e 13:9):
"E sobre toda a Terra, diz o Senhor, duas partes da humanidade serão exterminadas
e perecerão, e a terceira parte restará nela. E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e
a purificarei como se purifica a prata, e a provarei como se prova o ouro; ela invocará o
meu nome, e eu a ouvirei. Direi: meu povo é; e elu dirá: o Senhor é meu Deus."
Zacarias proclama que apenas uma terça parte dos homens sobreviverá aos
cataclismos, e essa terça parte restante terá que enfrentar toda sorte de dificuldades para
reconstruir, sobre os escombros do velho mundo, daquele mundo de provas e
expiações, o novo mundo de regeneração.
Os evangelistas registraram as palavras com que Jesus profetizou a grande
separação. Mateus, Marcos, Lucas e João deram o seu testemunho das profecias do
Mestre, confoi^ne consta de seus Evangelhos.
50
Em Marcos (13:27) encontramos:
"E Ele enviará os anjos e reunirá os Seus escolhidos dos quatro ventos, da
extremidade da Terra até à extremidade do céu."
Ninguém ficará de fora ao julgamento, pois que, sem exceção, cada um julgará a si
mesmo com extremo rigor. O posicionamento moral da criatura refletirá seu teor
vibratório e este será o "selo" que marcará os que partirão em demanda de novas e
dolorosas experiências.
Mateus, nos capítulos 24 e 25 de seu Evangelho, é minucioso na descrição da
grande ceifa. Em 24:31,24:40 e 24:41 ele assim reproduz as predições de Jesus:
"E Ele enviará os Seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os
Seus escolhidos, dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus. Então dois
estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas estarão trabalhando num
moinho, uma será tomada, e deixada a outra."
Estas predições de Jesus informam-nos que a metade da população da Terra,
encarnada e desencarnada, é constituída dos "escolhidos", pois o Pai envia Seus anjos,
na linguagem evangélica, aos quatro cantos do mundo, tanto da Terra quanto dos céus,
isto é, tanto do mundo físico quanto do mundo espiritual, e onde há dois no campo um
é recolhido e outro deixado; duas no moinho, uma é recolhida e outra deixada. Passa-
nos, assim, a ideia de que os anjos que saem à procura dos "eleitos" recolhem a metade
dos que encontram.
Zacarias falou-nos dos que morreriam por ocasião dos desastres, dois terços; Jesus
diz-nos que metade seria recolhida e a outra metade, conseqiien-temente, seguiria
aquele corpo celeste com o papel de sugar da Terra aqueles que não tiverem condições
de habitar um mundo voltado exclusivamente para o bem.

QUEM FICA E QUEM PARTE

Mateus, no capítulo 25, versículos 31 a 45, reproduz as regras estabelecidas por


Jesus que nortearão o grande julgamento.
Jesus, nestes versículos, conforme grafou o Evangelista, disse que passariam à
sua direita aqueles que deram de comer a quem tinha fome, de beber a quem
tinha sede, abrigo aos que não tinham teto, rompas aos que estavam
51

nus, aqueles que visitaram os enfermos e os encarcerados. Estes seriam os


eleitos, os escolhidos dos quatro cantos dos céus e da Terra, os que seriam salvos, o
trigo a ser recolhido ao celeiro. Seriam estes os que ouviram a palavra do Senhor e
a puseram em prática; os que entenderam o sentido da verdadeira religião.
Disse ainda o Mestre que passariam à sua esquerda aqueles que não deram de
comer a quem tinha fome nem de beber a quem tinha sede, aqueles que não abrigaram
os desvalidos nem vestiram os nus e nem visitaram os enfermos e os encarcerados.
Estes não ouviram a palavra do Senhor, não seriam salvos, não herdariam a Terra. São
eles o joio a ser atado em feixes e atirado fora, os exilados da Terra.
Encontramos também na obra da codificação espírita de Allan Kardec, referências
à grande separação. Em "O Evangelho segundo o Espiritismo", 91a. edição da
Federação Espírita Brasileira, página 329, sob o título "Os Obreiros do Senhor",
primeiro parágrafo:
"Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a
transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo
do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de
trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito
a seus irmãos: "Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o
Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra", porquanto o Senhor lhes dirá: "vinde a
mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio às vossas
rivalidades e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!" Mas,
ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita,
pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão! Clamarão: "Graça! graça!" O
Senhor, porém, lhes dirá: "Como implorais graças, vós que não tivestes piedade dos
vossos irmãos e que vos negastes a estender-lhes as mãos, que esmagastes o fraco, em
vez de o amparardes? Como suplicais graças, vós que buscastes a vossa recompensa
nos gozos da Terra e na satisfação do vosso orgulho? Já recebestes a vossa recompensa,
tal qual a quisestes. Nada mais vos cabe pedir; as recompensas celestes são para os que
não tenham buscado as recompensas da Terra". (O Espírito da Verdade - Paris 1862)
É o mesmo ensinamento de Jesus: os bons, os caridosos, herdarão a Terra; os
maus, os egoístas, serão levados no "turbilhão".
52
De "A Génese", um dos livros do pentateuco espírita, 27a. edição da Federação
Espírita Brasileira, página 397, item 63, sob o título "Juízo Final":
"Tendo que reinar na Terra o bem, necessário é sejam dela excluídos os Espíritos
endurecidos no mal e que possam acarretar-lhe perturbações. Deus permitiu que eles aí
permanecessem o tempo de que precisavam para se melhorarem; mas, chegado o
momento em que, pelo progresso moral de seus habitantes, o globo terráqueo tem de
ascender na hierarquia dos mundos, interdito será ele, como morada, a encarnados e
desencarnados que não hajam aproveitado os ensinamentos que uns e outros se
achavam em condições de aí receber. Serão exilados para mundos inferiores, como o
foram outrora para a Terra os da raça adámica, vindo substituí-los Espíritos melhores.
Essa separação, a que Jesus presidirá, é que se acha figurada por estas palavras sobre o
juízo final: "Os bons passarão à minha direita e os maus à minha esquerda."
Do livro "FRANCISCO DE ASSIS", pelo Espírito Miramez, psicogra-fia de João
Nunes Maia, 7a. edição da Editora Espírita Cristã Fonte Viva,pá-ginas31/32:
"...Quem se apegar ao Amor, aquele que universaliza todos os sentimentos, se
livrará da rede selecionadora, que retirará uma grande cota do rebanho para mundos
inferiores, onde haverá prantos e ranger de dentes. Quem não acreditar, e cruzar os
braços diante do Cristo, dará sinal de que pertence às sombras, e para elas será
entregue, pela sintonia do coração. Não vai, neste sentido, haver nem opressão nem
oprimidos, nem tampouco divisões por qualidade, pois cada um receberá o que
realmente merecer, essa é a lei da justiça."
Do livro "MEMÓRIAS DE UM SUICIDA", pelo Espírito Camilo Castelo Branco,
psicografia de Yvonne A. Pereira, 15a. edição da Federação Espírita Brasileira, páginas
457/458: (grifos nossos)
"...Que lutas insanas começaram então os prepostos da Luz a sustentar com os
condutores das paixões inferiores, luta áspera e constante, que se estendia por quase
dois mil anos, e que de todos os recursos já haviam lançado mão os obreiros do
Messias a fim de instruírem os rebeldes com as Verdades Celestes, que teimam em não
aceitar! E que, por isso mesmo, novos decretos haviam descido de Mais Alto, para que
o Ensino fosse ministrado mais ostensivamente, com toda a eficiência possível, bem
assim a maior clareza, não a
53
um ou a dois de boa-vontade, mas à Humanidade toda, como a todos os Espíritos
errantes que desejassem aprender, fossem virtuosos ou pecadores, pois que urgia
auxiliar a regeneração do género humano, já que estava iminente rigorosa seleção,
por parte da Providência, entre os Espíritos e os homens pertencentes aos núcleos
terrenos, porque o planeta sofreria em breve o seu parto de valores, expulsando para
mundos inferiores os incorrigíveis desde há dois mil anos, para conservar em seu
seio apenas os mansos e os pacíficos, os de boa-vontade, para, então, estabelecer-se,
não só no planeta como em seus continentes astrais, aquela era de progresso sonhada
pelo Mestre da Galiléia, presidida pelo socialismo fraterno estatuído nos áureos
Códigos da sua Doutrina!..."
Do livro "PROFECIAS", de Pietro Ubaldi, já referido em capítulo anterior:

"Prepara-se hoje, dessarte, fatalmente, a seleção anunciada em 1931 na primeira


mensagem de Sua Voz. Assim, os justos de qualquer religião ou raça estarão de um
lado, e os injustos, do outro. Isto porque a hora chegou em que os involuídos serão
expulsos para ambientes extraterrestres para eles proporcionados e adaptados, onde eles
possam viver de acordo com seu baixo nível de vida, e assim libertar o planeta de sua
imunda presença, porque este deve, de agora em diante, progredir para tornar-se a
pátria duma humanidade mais evoluída." (Pag. 170).
"Confortem-se, pois, os bons, porque, se hoje vivemos nos duros tempos
apocalípticos, eles têm consigo este grande livro, hoje, como nunca, atual, que os
sustentará nas provas, com a visão das grandes metas que devem ser alcançadas. E
constitui uma maravilha da ordem que tudo rege, que o mesmo cataclismo, enviado por
Deus à Terra, possa servir para sanar e reorganizar tudo — ou seja, como agente de
depuração do mundo, dos maus que assim são eliminados do terreno que eles
infectavam — e ao mesmo tempo, como uma prova para maior purificação dos bons,
para que mais cedo e melhor possam eles tornar-se aptos a ascender aos planos mais
felizes da vida." (Pag. 221).
Do livro "O FIM DO SÉCULO", de Bezerra de Menezes, psicografia de Anita M.
Ramos:
"...E como a Terra, daqui para a frente, não poderá mais aceitar Espíritos nessas
condições e sim, os que estiverem bem mais aprimorados, porque a mesma passará em
breves tempos a Planeta de grau bastante superior, os Espíritos nas condições referidas,
terão que reencarnar em planetas atrasadíssi-
54
mós e bem primitivos assim como foi o planeta Terra na época da Idade da Pedra.
Vós ireis lamentar e sofrer muito, não é filhos? Mas será isso o que vai acontecer se
vós não tomardes a devida providência."
Do livro "OS QUATRO EVANGELHOS", de Jean Baptiste Roustaing, terceiro
volume, 3a. edição da Federação Espírita Brasileira, página 255:
"...Quando chegar o tempo de ultimar-se a regeneração do vosso planeta (e ele não
vem longe), os homens serão separados, conforme vos foi dito. Os bons irão para a
direita do Senhor, isto é, permanecerão no Planeta terreno, prestes a tornar-se um dos
mundos superiores. Os maus se verão colocados à sua esquerda: serão mandados para
os lugares de trevas, isto é, serão primeiramente submetidos à expiação na erraticidade,
depois rechaçados para planetas inferiores. Assim se operará a separação do joio e do
bom grão, que completará a depuração da Terra."
Da página 326 do mesmo livro extraímos:
"...Sede, portanto, do número dos justos, que hão-de ser salvos, isto é: do número
dos que, em vez de serem rechaçados para mundos inferiores, serão admitidos a
acompanhar a marcha ascensional do espírito do vosso planeta regenerado."
Do Livro "MENSAGENS DO ASTRAL", já citado, páginas 169/170:
PERGUNTA - Tendes falado, também, em sua "sucção psicomagnética" como
sendo uma outra função do referido astro. Em que consiste essa sucção?
RAMATIS - À medida que os Espíritos forem desencarnando, serão selecionados
no Espaço sob a disciplina profética do "julgamento dos vivos e dos mortos", isto é,
dos que já se acham no Além e daqueles que ainda estão na Terra, mas já assinalados
pela efervescência do magnetismo nocivo e sintonizados com o do astro intruso. Ele é,
com já vos temos dito, o "barómetro" aferidor dos esquerdistas e direitistas do Cristo.
O seu papel é o de atrair para o seu bojo etéreo-astral todos os desencarnados que se
sintonizam com a sua baixa vibração, pois, analogamente às limalhas de ferro quando
atraídas por ferro magnético, esses Espíritos terrícolas desregrados, denominados "pés
de chumbo" — porque realmente estão chumbados ao solo térreo pelas suas vibrações
densas — ver-se-ão solicitados para a aura do orbe visitante. Essas entidades atraídas
para o astro intruso serão os egoístas, os malvados, os
55
hipócritas, os cruéis, os desonestos, os orgulhosos, tiranos, déspotas e avaros;
estarão incluídos entre eles os que exploram, tiranizam e lançam a corrupção. Não
importa que sejam líderes ou sábios, cientistas ou chefes religiosos; a sua marca, ou
seja o selo "bestial", está identificada com o teor magnético do planeta primiti/o. Eles
irão situar-se numa paisagem afim com os seus estados espirituais; ercontrarão o
cenário adequado aos seus despotismos e degradações, pois o habitante desse orbe
encontra-se na fase rudimentar do homem das cavernas; mal consegue amarrar pedras
com cipó, para fazer machados! A Terra será promovida à função de Escola do
Mentalismo e os desregrados, ou os esquerdistas do Cristo, terão que abandoná-la, por
lei natural da evolução. O planeta primitivo é o seu mundo eletivo, porque já lhes
palpita sincrónicamente no âmago de suas próprias almas; apenas hão de revelar, em
nova forma física, as ideias e impulsos bestiais que lhes estão latentes no íntimo.
PERGUNTA - Essa atração será violenta?
RAMATIS - Não avalieis as soluções siderais com a pobreza do vosso calendário,
porquanto já estais vivendo essa atração. Gradativamente ela se exerce em
correspondência com o estado vibratório de cada Espírito. Muitos malvados, que têm
sido verdadeiros demónios para a civilização terrena, já denunciam em suas almas
aflitas e desesperadas o apelo implacável do planeta higienizador da Terra! Legiões de
criaturas adversas aos princípios cristãos sentem-se acionadas em seu psiquismo
inferior e rompem as algemas convencionais da moral humana, lançando-se à
corrupção, à devassidão, ao roubo organizado e ao caos da cobiça. É o momento
profético das definições milenárias; todo o conteúdo subvertido do espírito virá à tona,
excitado pelo magnetismo primitivo do planeta intruso! É necessário que todos tenham
a sua oportunidade derradeira; revelarem-se à direita ou à esquerda do Cristo! E a
profética figura da "Besta" do Apocalipse se fará visível, na soma das paixões humanas
que hão de explodir sob o estímulo vigoroso desse astro elementar. E, como a Lei é
imutável e justa, cada um será julgado conforme as suas obras, pois a semeadura é
livre, mas a colheita é obrigatória."
Só nos compete lembrar que a primeira edição de "Mensagens do Astral" veio a
lume no ano de 1956.
Do livro "OS EXILADOS DA CAPELA", de Edgard Armond, 9a. edição da
LAKE - Livraria Allan Kardec Editora Ltda., página 164:
"...Por outro lado, quando se aproximar," - o autor está escrevendo sobre o astro
intruso - "também sugará da aura terrestre todas a¿ almas que se
56
afinem com ele no mesmo teor vibratório de baixa tensão; ninguém resistká à força
tremenda de sua vitalidade magnética; da Crosta, do Umbral e das Trevas nenhum
Espírito se salvará dessa tremenda atração e será arrastado para o bojo incomensurável
do passageiro descomunal."
Do livro "PESCADORES DE ALMAS" de Waltória Kaminski, 2a. edição da LIS-
Gráfica e Editora Ltda., prefácio de Rembrandt (psicografado), página 8:
"...Estamos no momento delicado da seleção final pela qual passa o planeta Terra,
em vias de transformar-se num mundo melhor.
"É preciso fazer brotar do fundo de nós mesmos o desejo do bem para que
possamos merecer a graça de retornarmos à Terra dos tempos novos..."
As transcrições de diversos livros que acabamos de fazer, onde os autores,
baseados em seus estudos, comentam sobre a separação entre aqueles que, diante das
divinas leis de amor são classificados em "bons" e "maus", por ocasião do clímax dessa
separação, dispensam quaisquer outros comentários ou análises, pois já, de si mesmos,
são minuciosos, claros e diretos.
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DEPOIS DA TEMPESTADE
As transcrições que faremos a seguir, antes do resumo que encerrará este
apanhado de informações sobre o final dos tempos, trata do que virá depois da
grande separação.
Todos os profetas e evangelistas falaram sobre este futuro da humanidade que
estamos vivenciando, incluindo, sempre, predições sobre a situação dos terrícolas
após a passagem da tempestade.
De Isaías (51:3,65:17,65:19 e 65:20 e 65:20), extraímos o seguinte:
"Do deserto que ela se tornou ele fará um éden e da sua estepe um jardim do
Senhor...Pois eu vou criar novos céus e uma nova Terra; o passado não será mais
lembrado, não volverá mais ao espírito... doravante aí não se ouvirá mais o ruído de
soluços nem de gritos... aí não morrerá nenhum infante nem ancião que não haja
completado seus dias."

"UM NOVO ÉDEN," "O JARDIM DO SENHOR"


É a instalação do Reino de Deus na Terra, onde, os que nela permanecerem,
viverão num paraíso;

"NOVOS CÉUS E NOVA TERRA"


Expressão repetida diversas vezes pelos antigos profetas e por Jesus, refere-se,
sem dúvidas, à nova paisagem celeste decorrente da mudança na órbita de nosso
planeta e à geografia renovada com alterações de mares, oceanos, rios, montanhas,
cordilheiras, lagos, praias etc. e provavelmente, com clima e condições
atmosféricas mais regulares em decorrência da verticalização do eixo da Terra;
58
"O PASSADO NÃO SERÁ MAIS LEMBRADO, NÃO VOLVERÁ MAIS AO
ESPÍRITO"
Diz do passado cármico, das dívidas de anteriores encarnações, que serão
apagadas, não da memória eterna do homem, mas de seu psiquismo onde lhe são
registrados, vibratoriamente, todos os débitos. A salutar esponja que refrigerará as
consciências dos salvos, serão as dores, as angústias e os traumas vividos nos
momentos dramáticos da grande separação, nos dois lados da vida, bem como as
árduas fadigas e lutas para a reconstrução de tudo o que for necessário para a
manutenção da nova ordem, sob a ótica do amor, da fraternidade, da paz;

"NÃO SE OUVIRÁ MAIS O RUÍDO DE SOLUÇOS NEM DE GRITOS"


Não mais haverá o pranto do abandono, o grito do desespero, o soluço das
injustiças, o gemido das perseguições, o pavor dos crimes, o medo da insegurança,
a tristeza da fome e a loucura da sociedade que leva uma grande parcela de seu
próprio corpo à miséria, tanto económica quanto moral.

"AÍ NÃO MORRERÁ NENHUM INFANTE NEM ANCIÃO QUE NÃO


HAJA COMPLETADO SEUS DIAS"

A visão do grande profeta Isaías, atingia, com esta afirmativa, o Reino de Deus
já instalado na Terra.
Livres das doenças, porque sem débitos diante da Lei, os futuros habitantes do
Remo de Deus na Terra não conhecerão a mortalidade infantil nem conviverão com
degradações físicas dos adultos, decorrentes do mau uso de suas possibilidades
genéticas, que levam seu autor à desencarnação prematura.
Na visão do Profeta, nem mesmo um acidente ocorreria, nessa humanidade do
futuro, que pudesse levar a morte física a um de seus habitantes e a dor e a saudade
a uma família prematuramente enlutada. Diante, contudo, do mundo em que hoje
vivemos, é muito difícil imaginar uma organização social com tamanha perfeição.
De qualquer maneira, ao que nos parece, foi essa a visão do Profeta.
Do Evangelho de Lucas (21:28 e 21:31) transcrevemos as profecias do Mestre
dos mestres:
"Ora, ao começarem estas cousas a suceder, exultai e erguei as vossas cabeças;
porque a vossa redenção se aproxima. Assim também, quando virdes acontecer
estas cousas, sabei que está próximo o Reino de Deus1'.
59

Di Segunda Carta de Pedro (3:13):


"Nós, porém, ¿egundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova Terra, nos
quais habita a justiça".
De "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, Cap. XX, item 5,
segundo parágrafo, pag. 329,91a. edição da Federação Espírita Brasileira:
"Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou
com o dedo aqueles cujo devotamente é apenas aparente, a fim de que não usurpem
o salário dos servidores animosos, pois aos que não recuarem diante de suas tarefas
é que ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo
Espiritismo. Cumprir-se-ão estas palavras: "Os primeiros serão os últimos e os últimos
serão os primeiros no reino dos céus." (O Espírito da Verdade - Paris, 1862).
De mensagem de Emmanuel, psicografada por Francisco Cândido Xavier, em
02.01.1940, publicada pela Federação Espírita Brasileira em "O REFORMADOR" de
janeiro de 1940, página 21 (grifos nossos):
"...Podemos adiantar ainda que, nos planos espirituais mais próximos da Terra, se
organizam núcleos devotados ao bem e à verdade, sob a égide do Senhor, de maneira a
preparar-se a mentalidade evangélica esperada para o milénio futuro depois da
grande ceifa em que o orbe terá de renovar seus caracteres. É natural que esses
núcleos de entidades amorosas e sábias se aproximem das coletividades que já
conseguiram realizar as melhores edificações no terreno definitivo da construção
espiritual. A Europa, nas suas expressões de decadência, não conseguiria receber
semelhantes vibrações, numa hora destas, em que o velho mundo ouve, amargurado, os
mais dolorosos ais do Apocalipse."
"É por essa razão que os Espíritos do bem e da sabedoria buscam a América, para
continuação da tarefa sagrada e, muito particularmente, o Brasil, dentro da sua
incontestável missão de difundir o Evangelho pelo mundo, d¿ modo a edificar-se o
homem do futuro nas mais consoladoras verdades celestiais."
Do livro "SERMÃO DA MONTANHA", de Rodolfo Calligaris, 6a. edição da
Federação Espírita Brasileira, página 15 (grifos nossos):
"...A parar do terceiro milénio, passarão a reencarnar neste mundo apenas as almas
que hajam demonstrado firmeza no bem, e, livres daqueles que
60
lhes quebravam a harmonia, conhecerão uma nova era de paz e de felicidade,
concretizando-se, assim, a promessa do Cristo:"Bem-aventurados os mansos, porque
eles possuirão a Terra. "(Mateus, 5:4)".
Do livro "OS EXILADOS DA CAPELA", de Edgard Armond, 9a. edição da
LAKE-Livraria Allan Kardec Editora Ltda., páginas 164/165:
"...Mas, passados os tormentosos dias, os pólos se tornarão novamente habitáveis e
a Terra se renovará em todos os sentidos, reflorescendo a vida humana em condições
mais perfeitas e mais felizes. A humanidade que virá habitá-la será formada de
Espíritos mais evoluídos, já filiados às hostes de Cristo, amanhadores de sua seara de
amor e de luz, evangelizados, que já desenvolveram em apreciável grau as formosas
virtudes da alma que são atributos de Discípulos."
Do livro "GRANDES MENSAGENS", de Pietro Ubaldi, 4a. edição da Fundação
Pietro Ubaldi, página 23:
"Depois disso, a humanidade, purificada, mais leve, mais selecionada por haver
perdido seus piores elementos, reunir-se-á em torno dos desconhecidos que hoje sofrem
e semeiam em silêncio; e retomará, renovada, o caminho da ascensão. Uma nova era
começará: o espírito terá o domínio e não mais a matéria, que será reduzida ao
cativeiro. Então, aprendereis a ver-nos e escutar-nos; desceremos em multidão e
conhecereis a Verdade."
De "PROFECIAS", o outro livro de Pietro Ubaldi consultado, já citado
anteriormente, página 227:
"Se, na penetração do Evangelho na vida, pouco se fez em dois mil anos, ele
continua, entretanto, a amadurecer nas almas, continua sua obra de elaboração interior,
para que o mundo ressurja, na aurora do terceiro milénio, tal como Cristo ressurgiu na
aurora do terceiro dia."
Do livro "A CAMINHO DA LUZ",de Emmanuel, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, 13a. edição da Federação Espírita Brasileira, capítulo XXV, página
215:
"Bem-aventurados os pobres, porque o reino de Deus lhes pertence! Bem-
aventurados os que têm fome de justiça, porque serão saciados! Bem-
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aventurados os aflitos, porque chegará o dia da consolação! Bem-aventura-dos os
pacíficos, porque irão a Deus!"
"Sim, porque depois da treva surgirá uma nova aurora. Luzes consoladoras
envolverão todo o orbe regenerado no batismo do sofrimento. O homem espiritual
estará unido ao homem físico para a sua marcha gloriosa no Ilimitado, e o Espiritismo
terá retirado dos seus escombros materiais a alma divina das religiões, que os homens
perverteram, ligando-as no abraço acolhedor do Cristianismo restaurado."
A ÚLTIMA TRANSCRIÇÃO

Trata-se da informação trazida pelo Espírito Áureo, no livro "UNIVERSO E


VIDA", psicografia de Hernani T. Sant'Anna, edição da Federação Espírita Brasileira,
Capítulo XE, páginas 168/169, que, como muitas outras, dispensa qualquer comentário:
"...Os filhos da iniquidade, empedernidos no crime e cristalizados no orgulho,
deixarão as fronteiras fisiomagnéticas da Terra, em demanda das novas experiências a
que fizeram jus; mas aqui, no Orbe aliviado e repleto de escombros, uma nova idade de
trabalho e de esperança nascerá, ao Sol da Regeneração e da Graça."
"Nesse mundo renovado, a paz inalterável instituirá um progresso sem temores e
uma civilização sem maldade. Os habitantes do Planeta estarão muito longe da
angelitude, mas serão operosos e sinceros, um tanto sofredores e endividados para com
a Eterna Justiça, mas fraternos e dóceis à inspiração superior."
"A subsistência exigirá esforços titânicos na agricultura dignificada e no trato
exaustivo das ág<ias despoluídas, mas não haverá penúria nem fome."
"Por algum tempo, muitos corações sangrarão no sacrifício de missões ásperas, na
solidão e no silêncio dos sentimentos em penitência; mas não existirá desespero nem
prostituição, viciações letais ou mendicância, infância carente ou velhice abandonada.
A morte fisiológica continuará enlutando, na amargura de separações indesejadas, mas
o merecimento e a intercessão poderão proporcionar periódicos reencontros das almas
amantes e saudosas, em fraternizações de fenomenología sublimai."
"A Ciência alcançará culminâncias jamais sonhadas... Naves esplêndidas farão
viagens a esferas superiores e as excursões de férias serão comuns, a mundos de
sempiterna beleza."__
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"Necessidades e fraquezas não poderão ser extirpadas por milagre, mas os frutos
venenosos da maldade jamais chegarão aos extremos do homicídio."
"O Estatuto dos Povos manterá o Parlamento das Nações, onde Excelsos Espíritos
materializados designarão, em nome e por escolha do Cristo, os Governadores da
Terra."
"Sem monarquias, oligarquias, plutocracias ou democracias, haverá apenas uma
Espiritocracia Evangélica, fundada no celeste platonismo do mérito maior, do maior
saber e da maior virtude, para o serviço mais amplo e mais fecundo."
"Reinarão na Terra a Ordem e a Paz."
"O Amor Universal será Estatuto Divino."
"A Terra pertencerá aos mansos de coração..."
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RESUMO FINAL
Aproxima-se da Terra um planeta, com uma órbita muito longa, que passa pelo
nosso céu com intervalos de milhares de anos; ele caminha em di-reção à órbita da
Terra perpendicularmente, o que tem dificultado sua localização; já foi, porém,
detectado por alguns astrónomos, que emitiram, a seu respeito, diversas opiniões,
inclusive a de que pode tratar-se de uma estrela anã-marrom, ou um buraco negro.
Possui esse astro um volume rígido pouco maior que o da Terra, porém com massa
e campo magnético de mais de 3000 vezes os do nosso planeta.
Ele deverá ser visto, pela primeira vez, provavelmente por ocasião de algum
eclipse do sol e possivelmente ainda neste século, 129U dias (ou três anos e sete meses)
antes do início das grandes tragédias, quando então estará passando a alguns milhões
de quilómetros da Terra.
Em sua passagem, ele desestabilizará a Terra, alterando-lhe o eixo de inclinação e
a própria órbita. É claro que não ficará pedra sobre pedra; nenhuma construção
resistirá. Esse caos físico da Terra deverá durar em torno de uns 7 dias.
Em toda essa tragédia ("nunca houve antes uma igual, nem haverá outra depois"),
perecerão dois terços da humanidade; apenas a terça parte continuará vivendo
fisicamente na crosta planetária.
A separação entre bons e maus será automática. O astro intruso, com teor
vibratório de qualidade inferior e com sua aura varrendo a Terra, atrairá, para seus
continentes astrais, todos aqueles desencarnados que estiverem vibrando em seu
padrão, ou seu diapasão. Assim, não correm o risco de serem arrastados pelo
"monstro", aqueles que estejam em condições de viver fraternalmente e já carreguem
em suas aunas vibrações de amor ao semelhante. Os que ainda permanecerem
afundados em seu próprio egoísmo, seguirão o planeta, atraídos por uma força
irresistível, sem, porém, constrangimentos, pois que a inferioridade destes se regozijará
com a inferioridade que os magnetiza e chama.
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Para que essa atração ocorra, é necessário que o ser haja desencarnado, deixando
seu corpo físico na Terra. Metade da população que hoje vive em nosso mundo (nos
dois planos da vida), deixará nosso planeta em direção àquele mundo inferior.
A Terra ficará, então, saneada, livre dos egoístas, dos cínicos, dos malvados, dos
hipócritas, dos homicidas, dos tiranos, dos déspotas, dos avaros, dos corruptos. E isto,
tanto no plano físico quanto no plano espiritual. Não mais nascerão na Terra seres
humanos que não estejam sintonizados com o bem. Não mais haverá obsessões, pois
não mais haverá obsessores.
Os sobreviventes da grande tragédia entrarão no terceiro milénio com a Terra
devastada, e as dificuldades de construção e reconstrução serão imensas; contudo, as
motivações ao trabalho, a fraternidade reinante e a ausência dos maus, multiplicarão as
forças daqueles que herdaram a Terra, agora já pronta para instalação do Reino de
Deus.
Doravante iião mais fome, nem miséria, nem abandono, nem exploração; crime de
qualquer qualificação, nunca mais; um homicídio, ato que jamais será imaginado por
aqueles habitantes; os governantes dos povos serão os de maior saber, de mais vastas
virtudes, os mais aptos; o amor ao semelhante será o padrão de conduta de todos, sem
exceção; a busca da igualdade de condições materiais de vida, será uma constante; os
ensinamentos mais sublimes virão, direta e ostensivamente, de entidades superiores.
A ciência e a tecnologia terão desenvolvimentos atualmente inimagináveis e
visarão, exclusivamente, o bem estar da humanidade. A Terra deixará de ser um
planeta de "provas e expiações", conforme a classificação espírita, passando a i'm
planeta de "regeneração". Assim será o início da instalação do Reino de Deus em nossc
mundo.
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