O documento discute a importância da gestão financeira eficiente nas escolas públicas. Aponta que é necessário planejamento, execução e prestação de contas transparente dos recursos, de acordo com as leis de administração pública. Também ressalta a importância da participação da comunidade escolar nos processos de decisão e acompanhamento dos gastos por meio dos Conselhos Escolares.
O documento discute a importância da gestão financeira eficiente nas escolas públicas. Aponta que é necessário planejamento, execução e prestação de contas transparente dos recursos, de acordo com as leis de administração pública. Também ressalta a importância da participação da comunidade escolar nos processos de decisão e acompanhamento dos gastos por meio dos Conselhos Escolares.
O documento discute a importância da gestão financeira eficiente nas escolas públicas. Aponta que é necessário planejamento, execução e prestação de contas transparente dos recursos, de acordo com as leis de administração pública. Também ressalta a importância da participação da comunidade escolar nos processos de decisão e acompanhamento dos gastos por meio dos Conselhos Escolares.
Gesto Escolar um assunto de grande importncia estratgica, para que
tenhamos uma escola que atenda as modernas exigncias de uma sociedade cada vez mais evoluda em termos de conhecimento. Diante da constante preocupao com os caminhos da educao, buscou-se atravs desta pesquisa analisar o modelo de gesto praticado na escola pblica, verificando a importncia da participao de todos os segmentos na construo e no direcionamento das aes educativas da escola, neste caso em especial a gesto de recursos financeiros. Administrar o oramento requer organizao, responsabilidade e transparncia, uma vez que a gesto dos recursos pblicos regulada pelas leis federais de Direito Financeiro (4.320/64) e de Licitaes (8.666/93) e pela lei complementar de Responsabilidade Fiscal (101/2000). (ALMEIDA 2013, p. 01) De acordo com Campos e Silva (2012, p. 03), a descentralizao poltica e financeira, consolidada na Constituio de 1988, permitiu a democratizao no interior das escolas, com eleies diretas para diretores e a criao de Conselhos Escolares, como parte do processo democrtico, mas criou, tambm, a responsabilidade na aplicao e controle dos recursos financeiros descentralizados, como parte integrante do Estado. Grochoska (2011, p. 103) relata que o Conselho Escolar o rgo mximo de deciso no espao escolar e atravs dele possvel o controle social dos gastos praticados pela Escola. Segundo a autora, as relaes democrticas so determinantes para que o efetivo exerccio de cidadania tenha sucesso no interior das instituies escolares, pois congrega todos os segmentos que compem a Escola. Ou seja, traz para o processo de deliberao professores, funcionrios administrativos e servios gerais, membros da equipe pedaggica, pais, alunos e membros da sociedade civil organizada. As decises tomadas pelo coletivo escolar tornam a escola um espao de experincia e ao democratizante. Um rgo de gesto colegiado escolar constitui-se em um mecanismo de gesto de escola que tem por objetivo auxiliar na tomada de deciso em todas as suas reas de atuao. (Luck 2006 apud GROCHOSKA 2011, p.103). Neste contexto, percebe-se a grande importncia das decises e acompanhamento, pelos Conselhos Escolares, na aplicao dos recursos pblicos destinados escola. A comunidade tem que participar de todos os aspectos que envolvem a unidade de ensino. Ser chamada a participar das decises sobre os aspectos pedaggicos e financeiros permite comunidade escolar uma co-responsabilidade para com a escola pblica. O artigo 212 da Constituio diz que a Unio deve aplicar no mnimo 18% (e os estados e municpios, 25%) de suas receitas em Educao. E conforme Almeida (2013, p. 01) a verba que vem do governo federal distribuda pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao (FNDE) por canais como o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) - depositado na conta bancria da entidade executora da escola, geralmente a Associao de Pais e Mestres (APM) ou a Caixa Escolar, e ganhando rapidez para suprir necessidades bsicas de manuteno, aquisio de material didtico e formao. J os recursos dos estados e municpios, segundo a autora, so administrados pelas Secretarias de Educao, que providenciam itens como estrutura fsica, carteiras e pagamento de funcionrios. Existe ainda o montante arrecadado em eventos ou em parcerias com o setor privado. Percebe-se que importante que o gestor realize a gesto financeira numa atitude consciente e comprometida com a realidade escolar, e perceba a gesto financeira como uma de suas competncias. Para isso, segundo Moreira e Rizzotti (2009, p.23), ele deve seguir as etapas fundamentais da gesto financeira que so: Planejamento, execuo e prestao de contas. Portanto, a escola precisa fazer a coisa certa, na hora certa. Em primeiro lugar necessrio definir as prioridades, fazer o clculo correto dos gastos, elaborar um oramento geral e fazer uma prestao de contas transparente. Moreira e Rizzotti (2009, p.19) relatam sobre a diferena entre o pblico e o privado no financiamento das escolas pblicas, tratando das suas diferentes fontes e seus sistemas de aplicao de recursos. Essas diferenas resultam dos programas, projetos ou convnios que determinam os critrios para as transferncias e a aplicao dos recursos financeiros. Para os autores, a escola pblica parte integrante do sistema de administrao pblica da educao e tem o dever de atender todas as obrigaes legais, funcionais, operacionais e de ordem hierrquica que cabem a ela. Sendo ela, gesto pblica e unidade executora, devem-se aplicar os princpios bsicos da administrao pblica: legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade. de responsabilidade do gestor aplicar esses princpios com maior compromisso. Segundo Almeida (2013), a escola tem de prestar contas de seus gastos Secretaria de Educao qual vinculada, aos executores dos programas de financiamento com os quais estabelece parceria, em perodos estabelecidos previamente por lei ou pelo regulamento da entidade financiadora e comunidade. Os balanos financeiro e oramentrio so obrigatrios, conforme determina o artigo 70 da Constituio Federal. Acompanhado por documentos fiscais e justificativas, o relatrio de prestao de contas precisa ser aprovado pelo conselho fiscal da escola antes de ser divulgado. (ALMEIDA, 2013, p. 02). O Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar (CDCE), segundo Campos e Silva (2011, p.02) deve verificar atentamente a prestao de contas e apresentar comunidade escolar, cabendo ao gestor ser o mediador deste processo, numa linguagem simples, apresentar o valor dos recursos recebidos e com o que foi gasto. Segundo Bartnik (2011, p. 133), a gesto democrtica est presente em um conjunto de leis, e nem por isso ela garantia de um exerccio livre e autnomo de seus conselheiros, que precisam ser qualificados para entender a escola com possibilidades concretas de transformao da realidade social a qual est submetida. Ela aquilo que o processo de interao de seus membros deseja. Por trabalhar em escola pblica, possvel perceber que a gesto democrtica realmente no um processo simples, pois a escola est estruturada de forma hierrquica, o que dificulta, mas no impede o processo democratizante nas escolas. Paro (2005, apud GROCHOSKA 2011, p. 31) aponta para essas dificuldades, quando afirma que: Na estrutura formal de nossa escola pblica est quase totalmente ausente a previso de relaes humanas horizontais, de solidariedade e cooperao entre as pessoas, observando-se, em vez disso, a ocorrncia de uma ordenao em que prevalecem relaes hierrquicas de mando e submisso. O mais alto posto dessa hierarquia ocupado pelo diretor, verdadeiro chefe da unidade escolar e responsvel ltimo por tudo o que acontece a dentro. Esta condio lhe d uma imensa autoridade diante das demais pessoas que interagem no interior da escola, mas quase nenhum poder de fato, j que a autoridade que ele exerce concedida pelo Estado, a quem deve prestar conta das atividades pelas quais responsvel. Assim, independentemente de sua vontade, o diretor acaba assumindo o papel de preposto do Estado diante da instituio escolar e de seus usurios. Para a autora, autoridade e poder so, portanto, elos que a gesto democrtica pode romper criando as bases para uma escola autnoma onde prevaleam os interesses coletivos, sobre os interesses pessoais. Assim, de acordo com a literatura estudada, percebe-se que, para haver uma gesto financeira organizada, comprometida e eficiente, alguns itens so fundamentais como o profundo conhecimento dos princpios da administrao pblica, o posicionamento da escola no sistema de ensino, conhecer as fontes de financiamento da educao bsica, das etapas da gesto financeira (planejamento) e tambm, conhecer as vrias possibilidades de arrecadar recursos financeiros por meio das parcerias que a escola pode estabelecer. Dessa forma, o gestor, estar atuando como multiplicador de competncias em gesto de recursos financeiros, alm de proporcionar um ensino de qualidade com transparncia e compromisso.
Referncias:
ALMEIDA, Daniela. Gesto Escolar. Retirado de: <http://gestaoescolar.abril.com.br/administracao/gestao-financeira-448591.shtml. Acesso em 25 jun 2014. BARTNIK, Helena Leomir de Souza. Gesto Educacional. Curitiba: Ibpex, 2011. CAMPOS, Marli; SILVA, Neide de Melo Aguiar. Gesto escolar e suas competncias: um estudo da construo social do conceito de gesto. Retirado de: < http://www.anpae.org.br/iberolusobrasileiro2010/cdrom/3.pdf>. Acesso em 20 jun 2014. BRASIL. Constituio (1988). Constituio da Repblica Federativa do Brasil. Braslia, DF: Senado Federal: Centro Grfico, 1988. GROCHOSKA, Marcia Andreia. Organizao escolar: perspectivas e enfoques. Curitiba: Ibpex, 2011. MOREIRA, Ana Maria de Abulquerque; RIZZOTTI, Jos Roberto. Progesto: Como gerenciar os recursos financeiros? Mdulo VI. - Braslia: CONSED- Conselho de Secretrios de Educao, 2009. Retirado de: < http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/Progestao/Modulo6_Exercicio.pdf>. Acesso em 23 jun 2014. YANAGUITA, Adriana Incio. A descentralizao da Gesto Financeira para a escola. Retirado de: http://www.anpae.org.br/iberolusobrasileiro2010/cdrom/3.pdf. Acesso em 24 jun 2014.