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INVENTÁRIO BRASILEIRO DAS EMISSÕES E REMOÇÕES ANTRÓPICAS

DE GASES DE EFEITO ESTUFA

INFORMAÇÕES GERAIS E VALORES PRELIMINARES


(24 de novembro de 2009)

INFORMAÇÕES IMPORTANTES
O Inventário Nacional de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa
não controlados pelo Protocolo de Montreal (Inventário) é parte da Comunicação
Nacional à Convenção Quadro da ONU sobre Mudança do Clima (Convenção de
Mudança do Clima).
A Comunicação Nacional é um dos principais compromissos de todos os países
signatários da Convenção de Mudança do Clima.
O Brasil está elaborando a sua Segunda Comunicação Nacional de acordo com as
Diretrizes para Elaboração das Comunicações Nacionais dos Países não Listados no
Anexo I da Convenção (países em desenvolvimento) (Decisão 17/CP.8 da
Convenção) e as diretrizes metodológicas do Painel Intergovernamental de Mudança
do Clima (IPCC).
O prazo legal para submissão da Segunda Comunicação Nacional à Convenção
do Clima é 31 de março de 2011, de acordo com a Decisão 8/CP.11 da
Convenção.
A responsabilidade da elaboração da Comunicação Nacional é do Ministério da
Ciência e Tecnologia, ministério responsável pela coordenação da implementação da
Convenção de Mudança do Clima no Brasil, conforme divisão de trabalho no governo
que foi estabelecida em 1992.
A obtenção das informações para o Inventário Nacional conta com a participação de
mais de 700 especialistas e cerca de 150 entidades governamentais e não-
governamentais, incluindo ministérios, institutos, universidades, centros de pesquisa e
entidades setoriais da indústria.
Alguns dos estudos contratados ou acordados com entidades que estão colaborando
sem ônus para o projeto ainda estão em estágio de verificação final, entre eles o
estudo relativo ao setor de Uso da Terra e Florestas, de importância fundamental no
perfil das emissões de gases de efeito estufa no Brasil.
De acordo com as diretrizes, o Inventário deve ser completo, acurado, transparente,
comparável, consistente e ser submetido a processo de controle de qualidade.
Os estudos elaborados darão origem a cerca de vinte Relatórios de Referência
contendo as informações utilizadas, descrição da metodologia empregada e critérios
adotados.
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Durante o primeiro semestre de 2010, todos os Relatórios de Referência serão
submetidos a uma consulta ampla de especialistas que não participaram diretamente
da elaboração do Inventário. Esse processo é essencial para assegurar a qualidade, a
isenção e a correção da informação oficial do governo brasileiro a ser submetida à
Convenção de Mudança do Clima.
Desta forma, é importante ressaltar o caráter preliminar dos dados de emissões
de gases de efeito estufa e das informações incluídas neste informe, que poderão
sofrer alterações até a elaboração final do Inventário.

1 DIRETRIZES
A elaboração do presente Inventário segue as Diretrizes para a Elaboração das
Comunicações Nacionais das Partes não Incluídas no Anexo I da Convenção Quadro
da ONU sobre Mudança do Clima (Convenção), estabelecidas na decisão 17/CP.8 da
Oitava Conferência das Partes da Convenção, realizada em Delhi, Índia em julho de
1996.
Em atenção a essas Diretrizes, o presente Inventário é apresentado para o ano base de
2000. Adicionalmente são também apresentados os valores referentes a outros anos do
período de 1990 a 2005. Em relação aos anos de 1990 a 1994, o presente Inventário
atualiza as informações apresentadas no primeiro Inventário.
Como diretriz técnica básica, foram utilizados os documentos elaborados pelo Painel
Intergovernamental de Mudança Global do Clima (IPCC) “Revised 1996 IPCC
Guidelines for National Greenhouse Inventories” publicado em 1997, o documento
“Good Practice Guidance and Uncertainty Management in National Greenhouse Gas
Inventories” publicado em 2000 e o documento “Good Practice Guidance for Land
Use, Land Use Change and Forestry” publicado em 2003. Algumas das estimativas já
levam em conta informações publicadas no documento “2006 IPCC Guidelines for
National Greenhouse Gas Inventories” publicado em 2006.

1.1 Gases de Efeito Estufa


Como determina a Convenção, o Inventário deve incluir apenas as emissões e
remoções antrópicas de gases de efeito estufa. Da mesma forma, não deve incluir os
gases clorofluorcarbonos (CFC) e os hidroclorofluorcarbonos (HCFC), que destroem
a camada de ozônio e cujas emissões já são controladas pelo Protocolo de Montreal.
Os gases de efeito estufa cujas emissões e remoções antrópicas estão sendo estimadas
no presente Inventário são o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido
nitroso (N2O), os hidrofluorcarbonos (HFC), os perfluorcarbonos (PFC) e o
hexafluoreto de enxofre (SF6. Alguns outros gases, como monóxido de carbono (CO),
óxidos de nitrogênio (NOx) e outros compostos orgânicos voláteis não metânicos
(NMVOC), mesmo não sendo gases de efeito estufa direto, possuem influência nas
reações químicas que ocorrem na atmosfera. Informações sobre as emissões
antrópicas desses gases serão também incluídas quando disponíveis.

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1.2 Setores Inventariados
O Inventário está organizado segundo a estrutura sugerida pelo IPCC. O presente
informe cobre as emissões dos setores:

1.2.1 SETOR ENERGIA


São estimadas nesse setor todas as emissões antrópicas devidas à produção, à
transformação e ao consumo de energia. Inclui tanto as emissões resultantes da
queima de combustíveis quanto as emissões resultantes de fugas na cadeia de
produção, transformação, distribuição e consumo de energia.

1.2.1.1 Queima de combustíveis


Nesse setor estão incluídas as emissões de CO2 por oxidação do carbono contido nos
combustíveis durante a sua queima, seja para geração de outras formas de energia,
como eletricidade, seja no consumo final. São contabilizadas também as emissões de
outros gases de efeito estufa durante o processo de combustão (CH4, N2O, CO, NOx e
NMVOC).
No caso dos combustíveis de biomassa (lenha, carvão vegetal, álcool, bagaço), as
emissões de CO2 não são incluídas aqui. Os combustíveis de origem renovável não
geram emissões líquidas e as emissões associadas à parcela não renovável são
incluídas no setor Mudança do Uso da Terra e Florestas.

1.2.1.2 Emissões fugitivas


Nesse setor são incluídas as emissões de gases de efeito estufa durante o processo de
mineração, estocagem, processamento e transporte de carvão mineral e durante o
processo de extração, transporte e processamento de petróleo e gás natural.
As emissões associadas ao carvão mineral incluem a emissão de CH4 durante o
processo de mineração e beneficiamento e as emissões de CO2 por combustão
expontânea em pilhas de rejeito.
As emissões associadas ao petróleo e ao gás natural incluem as fugas de CH4 durante
a extração de petróleo e gás natural (venting), durante o transporte e distribuição em
dutos e navios e durante seu processamento nas refinarias. São também consideradas
as emissões de CO2 por combustão não útil (flaring) nas plataformas de extração de
petróleo e gás natural e nas unidades de refinaria.

1.2.2 SETOR PROCESSOS INDUSTRIAIS


São estimadas nesse setor as emissões antrópicas resultantes dos processos produtivos
nas indústrias e que não são resultado da queima de combustíveis, pois essas últimas
são relatadas no setor Energia.
Foram considerados os subsetores de produtos minerais, química, metalurgia, papel e
celulose, alimentos e bebidas, e produção e utilização de HFC e SF6.

1.2.2.1 Produtos minerais


Nesse setor são incluídas as emissões de CO2 que ocorrem na produção de cimento e
na produção da cal e na produção de vidro, bem como as emissões resultantes da
produção e consumo de barrilha.

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1.2.2.2 Indústria química
Neste setor foram inventariadas em destaque as emissões de CO2 resultantes da
produção de amônia, as emissões de N2O que ocorrem durante a produção de ácido
nítrico, e as emissões de N2O na produção de ácido adípico.

1.2.2.3 Indústria metalúrgica


Esse setor inclui a indústria siderúrgica e a indústria de ferroligas, onde ocorrem
emissões de CO2 no processo de redução do minério de ferro, e a indústria do
alumínio onde ocorrem emissões de PFC e CO2.

1.2.2.4 Produção e utilização de HFC e SF6


Durante a produção e utilização de HFC podem ocorrer emissões fugitivas. Também
durante o processo produtivo de HCFC pode ocorrer produção secundária de HFC e
sua conseqüente emissão.
O SF6, outro gás de efeito estufa produzido apenas antropicamente, tem excelentes
características para utilização em equipamentos elétricos de alta capacidade e
desempenho. O Brasil não é produtor desse gás. Assim sendo, as emissões informadas
devem-se apenas a vazamentos nos equipamentos instalados no país. O SF6 é também
utilizado como gás de cobertura na produção de magnésio.

1.2.3 SETOR AGROPECUÁRIA


A agricultura e a pecuária são atividades econômicas de grande importância no Brasil.
Devido à grande extensão de terras agricultáveis e disponíveis para pastagem, o país
ocupa também um lugar de destaque no mundo quanto à produção desse setor.
São vários os processos que resultam em emissões de gases de efeito estufa, descritos
a seguir.

1.2.3.1 Fermentação entérica


A fermentação entérica dos animais ruminantes herbívoros, que faz parte da sua
digestão, é uma das maiores fontes de emissão de CH4 no país. Dentre os diversos
tipos de animais, destacam-se as emissões devidas ao rebanho bovino, que é o
segundo maior no mundo.

1.2.3.2 Manejo de dejetos de animais


Os sistemas de manejo de dejetos de animais podem causar emissões de CH4 e N2O.
A decomposição anaeróbia produz CH4, principalmente quando os dejetos são
estocados em forma líquida.

1.2.3.3 Cultivo de arroz


O arroz, quando cultivado em campos inundados ou em áreas de várzea, é uma
importante fonte de emissão de CH4. Isso ocorre em razão da decomposição anaeróbia
de matéria orgânica presente na água. No Brasil, porém, a maior parte do arroz é
produzida em áreas não inundadas, reduzindo a importância do setor nas emissões
totais de CH4.

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1.2.3.4 Queima de resíduos agrícolas
A queima de resíduos agrícolas, imperfeita por ser feita naturalmente no campo,
produz emissões de CH4, N2O, NOx, CO e NMVOC. No Brasil, a prática de queima
de resíduos agrícolas ocorre principalmente na cultura de cana-de-açúcar.

1.2.3.5 Emissões de N2O provenientes de solos agrícolas


A emissão de N2O em solos agrícolas decorre da aplicação de fertilizantes
nitrogenados, tanto de origem sintética quanto animal, e da deposição de dejetos de
animais em pastagem. Esse último processo não é considerado aplicação de
fertilizante, já que não é intencional, porém, é o mais importante no Brasil devido à
predominância da pecuária extensiva.
Os resíduos vegetais deixados no campo, fonte de nitrogênio, e o processo de fixação
biológica desse elemento que ocorre na cultura da soja, também são fontes de emissão
de N2O.
Ainda dentro deste setor enquadra-se o cultivo de solos orgânicos, que aumenta a
mineralização da matéria orgânica e libera N2O.

1.2.4 SETOR MUDANÇA NO USO DA TERRA E FLORESTAS


A mudança no uso da terra resulta em perda ou ganho de carbono, seja na biomassa
aérea como no solo. Diferentemente do primeiro Inventário onde foram consideradas
apenas duas transições (a conversão de florestas para outros usos e a regeneração de
áreas abandonadas) o segundo Inventário utiliza a metodologia mais detalhada do
IPCC e considera todas as transições possíveis entre diversos usos (vegetação nativa,
agricultura, pastagem, vegetação secundária, reflorestamento, área urbana, áreas
alagadas e reservatórios e outros usos). Não são consideradas no presente informe as
remoções de CO2 nas áreas de vegetação nativa que foram consideradas como não
antrópicas. Esse critério conservador prejudica a comparação com outros países, pois
diverge da diretriz do IPCC que recomenda a contabilização da remoção em toda área
considerada manejada. Esta questão é extremamente relevante e deverá ser mais
discutida durante o período de consolidação do Inventário.
São também incluídas nesse setor as emissões de CO2 por aplicação de calcário em
solos agrícolas.

1.2.5 SETOR TRATAMENTO DE RESÍDUOS

1.2.5.1 Disposição de resíduos sólidos


A disposição de resíduos sólidos propicia condições anaeróbias que geram CH4. O
potencial de emissão de CH4 aumenta conforme as melhorias das condições de
controle dos aterros e da profundidade dos lixões.

1.2.5.2 Tratamento de esgotos


Efluentes com um alto grau de conteúdo orgânico têm um grande potencial de
emissões de CH4, em especial o esgoto doméstico e comercial, os efluentes da
indústria de alimentos e bebidas e os da indústria de papel e celulose. As demais
indústrias também contribuem para essas emissões, porém em menor grau.
No caso dos esgotos domésticos, em função do conteúdo de nitrogênio na alimentação
humana, ocorrem, ainda, emissões de N2O.
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2 SUMÁRIO DAS EMISSÕES E REMOÇÕES
ANTRÓPICAS DE GASES DE EFEITO ESTUFA POR
GÁS

2.1 Emissões de Dióxido de Carbono

Tabela 2.1.1 - Emissões e remoções de CO2

Variação Part. Part.


1990 1994 2000 2005
Setor 1990/2005 1990 2005

(Gg) (%)

Energia 203217 245672 316451 346990 71 21,8 22,0

Queima de Combustíveis Fósseis 195766 238097 305889 333077 70 21,0 21,2

Subsetor Energético 22176 30643 40861 48454 119 2,4 3,1

Subsetor Industrial 64903 81913 105466 114620 77 7,0 7,3

Indústria Siderúrgica 26441 38253 40618 46418 76 2,8 2,9

Indústria Química 8610 9099 14056 14746 71 0,9 0,9

Outras Indústrias 29853 34560 50792 53456 79 3,2 3,4

Subsetor Transporte 82235 94256 124197 136155 66 8,8 8,6

Transporte Aéreo 5824 6210 9424 7689 32 0,6 0,5

Transporte Rodoviário 71339 83224 110604 123175 73 7,7 7,8

Outros Meios de Transporte 5072 4821 4169 5291 4 0,5 0,3

Subsetor Residencial 13817 15212 17015 15429 12 1,5 1,0

Subsetor Agricultura 10052 12527 14051 14808 47 1,1 0,9

Outros Setores 2584 3546 4300 3611 40 0,3 0,2

Emissões Fugitivas 7451 7575 10562 13913 87 0,8 0,9

Mineração de Carvão 1654 1355 1581 1792 8 0,2 0,1

Extração e Transporte de Petróleo e Gás Natural 5797 6220 8981 12121 109 0,6 0,8

Processos Industriais 19456 19038 26235 25438 31 2,1 1,6

Produção de Cimento 11062 10086 16047 14349 30 1,2 0,9

Produção de Cal 3688 4098 5008 5356 45 0,4 0,3

Produção de Amônia 1683 1689 1663 1922 14 0,2 0,1

Produção de Alumínio 1184 1502 1604 1846 56 0,1 0,1

Outras Indústrias 1840 1663 1913 1966 7 0,2 0,1

Mudança no Uso da Terra e Florestas 709073 747785 1183081 1202134 70 76,1 76,3

TOTAL 931746 1012496 1525767 1574562 69 100,0 100,0

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CO2 ‐ 1990
Mudança no Uso da Terra 
e Florestas
5% 2% 1%
Queima de Combustíveis  ‐
7%
Transporte
9% Queima de Combustíveis  ‐
Indústria
Queima de Combustíveis  ‐
Outros Setores
Processos Industriais
76%
Emissões Fugitivas

CO2 ‐ 2005
Mudança no Uso da Terra 
e Florestas
5% 2%1%
Queima de Combustíveis  ‐
7%
Transporte
9% Queima de Combustíveis  ‐
Indústria
Queima de Combustíveis  ‐
Outros Setores
Processos Industriais
76%
Emissões Fugitivas

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2.2 Emissões de Metano

Tabela 2.22.1 - Emissões e remoções de CH4

Variação Part. Part.


1990 1994 2000 2005
Setor 1990/2005 1990 2005

(Gg) (%)

Energia 425 379 416 546 28 3,3 2,9

Queima de Combustíveis 334 293 269 349 4 2,6 1,8

Subsetor Energético 169 148 124 164 -3 1,3 0,9

Subsetor Industrial 57 55 53 71 24 0,4 0,4

Indústria Siderúrgica 37 33 31 41 10 0,3 0,2

Outras Indústrias 20 22 22 30 48 0,2 0,2

Subsetor Transporte (Rodoviário) 18 13 18 22 28 0,1 0,1

Subsetor Residencial 76 64 62 77 2 0,6 0,4

Outros Setores 15 13 12 15 2 0,1 0,1

Emissões Fugitivas 91 86 147 197 117 0,7 1,0

Mineração de Carvão 50 42 69 49 -1 0,4 0,3

Extração e Transporte de Petróleo e Gás Natural 41 44 77 148 258 0,3 0,8

Processos Industriais (Indústria Química) 3 3 4 4 59 0,0 0,0

Agropecuária 9869 10571 11144 13465 36 75,6 71,0

Fermentação Entérica 8733 9314 9920 12017 38 66,9 63,3

Gado Bovino 8318 8898 9576 11659 40 63,7 61,5

Gado de Leite 1200 1262 1198 1401 17 9,2 7,4

Gado de Corte 7118 7636 8378 10258 44 54,5 54,1

Outros Animais 415 416 344 358 -14 3,2 1,9

Manejo de Dejetos de Animais 780 839 872 1044 34 6,0 5,5

Gado Bovino 219 234 250 307 40 1,7 1,6

Gado de Leite 37 39 34 40 9 0,3 0,2

Gado de Corte 182 196 216 267 47 1,4 1,4

Suínos 272 286 274 318 17 2,1 1,7

Aves 48 61 78 92 89 0,4 0,5

Outros Animais 22 23 19 20 -12 0,2 0,1

Cultura de Arroz 240 289 250 269 12 1,8 1,4

Queima de Resíduos Agrícolas 117 130 103 135 16 0,9 0,7

Mudança no Uso da Terra e Florestas 1615 1805 2762 2843 76 12,4 15,0

Tratamento de Resíduos 1146 1333 1739 2113 84 8,8 11,1

Lixo 758 913 1177 1482 95 5,8 7,8

Esgoto 388 420 562 631 63 3,0 3,3

Industrial 126 129 203 238 89 1,0 1,3

Doméstico 262 290 359 393 50 2,0 2,1

TOTAL 13059 14092 16065 18972 45 100,0 100,0

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CH 4 ‐1990
Fe rme ntação Enté rica ‐
Gado bovino
Fe rme ntação Enté rica ‐
O utros animais
Mane jo de  de je tos
9% 2% 1%
Cultura de  arroz
12%
1%
Q ue ima de  re síduos 
2% agrícolas
6% Mudança de  uso  da te rra 
64%
3% e  flore stas
Tratame nto  de  re síduos

Q ue ima de  Combustíve is

Emissõe s  fugitivas

CH 4 ‐ 2005
Fe rme ntação Enté rica ‐
Gado bovino
Fe rme ntação Enté rica ‐
O utros animais
Mane jo de  de je tos
2% 1 %
1 1%
Cultura de  arroz
15 %
1% Q ue ima de  re síduos 
1% agrícolas

6 1% Mudança de  uso  da te rra 


6% e  flore stas
2%
Tratame nto  de  re síduos

Q ue ima de  Combustíve is

Emissõe s  fugitivas

25/11/09 - 16:30 9
2.3 Emissões de Óxido Nitroso

Tabela 2.33.1 - Emissões e remoções de N2O

Variação Part. Part.


1990 1994 2000 2005
Setor 1990/2005 1990 2005

(Gg) (%)

Energia (Queima de Combustíveis) 8,9 8,9 9,4 11,5 29 1,8 1,6

Subsetor Industrial 3,5 3,8 4,2 5,3 54 0,7 0,7

Outros Setores 5,5 5,0 5,2 6,2 13 1,1 0,9

Processos Industriais (Indústria Química) 10,3 16,2 19,6 22,6 120 2,1 3,1

Produção de Ácido Nítrico 1,6 2,2 2,0 2,3 42 0,3 0,3

Produção de Ácido Adípico 8,6 14,0 17,5 20,3 135 1,8 2,8

Agropecuária 449,7 504,6 540,0 660,1 47 91,5 90,6

Manejo de Dejetos de Animais 11,4 12,3 12,5 14,0 23 2,3 1,9

Gado Bovino 5,0 5,3 5,3 5,9 17 1,0 0,8

Outros Animais 6,4 7,1 7,2 8,1 28 1,3 1,1

Solos Agrícolas 432,5 485,8 522,4 639,4 48 88,0 87,8

Animais em Pastagem 224,5 236,7 243,9 287,1 28 45,7 39,4

Fertilizantes Sintéticos 13,8 20,8 29,5 38,9 183 2,8 5,3

Dejetos de Animais 4,1 5,2 6,4 7,6 83 0,8 1,0

Fixação Biológica 16,8 21,1 27,7 43,2 157 3,4 5,9

Resíduos Agrícolas 36,1 46,6 49,1 68,5 90 7,3 9,4

Solos Orgânicos 16,3 22,5 21,5 21,0 29 3,3 2,9

Emissões Indiretas 120,9 133,0 144,2 173,0 43 24,6 23,7

Queima de Resíduos Agrícolas 5,8 6,4 5,1 6,7 16 1,2 0,9

Mudança no Uso da Terra e Florestas 11,1 12,4 19,0 19,5 76 2,3 2,7

Tratamento de Resíduos (Esgoto Doméstico) 11,6 12,3 13,6 14,7 27 2,4 2,0

TOTAL 491,6 554,3 601,5 728,5 48 100,0 100,0

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N2O ‐ 1990
Animais em pastagem

Emissões indiretas de 
solos
Mudança de uso da terra 
e florestas
3% Tratamento de resíduos
9%
3%
3%
3% Queima de combustíveis
2% 46%
2%
Processos industriais
2%
2%
Dejetos animais

25%
Fertilizantes sintéticos

Fixação biológica

Resíduos agrícolas

Solos Orgânicos

25/11/09 - 16:30 11
N2O ‐ 2005
Animais em pastagem

Emissões indiretas de 
solos
Mudança de uso da terra 
e florestas
3% Tratamento de resíduos
10%
6%
5% 39% Queima de combustíveis

3%
Processos industriais
3%
2%
2% Dejetos animais
3%

24% Fertilizantes sintéticos

Fixação biológica

Resíduos agrícolas

Solos Orgânicos

25/11/09 - 16:30 12
2.4 Emissões de Hidrofluorcarbonos, Perfluorcarbonos e
Hexafluoreto de Enxofre

Tabela 2.44.1 - Emissões de HFC-23

Variação Part. Part.


1990 1994 2000 2005
Setor 1990/2005 1990 2005

(t) (%)

Processos Industriais 120 157 - - -100 100 100

Emissões de HFC-23 Devidas à Produção de HCFC-22 120 157 - - 100 100

TOTAL 120 157 - - -100 100 100

Tabela 2.4.2 - Emissões de HFC-134ª

Variação Part. Part.


1990 1994 2000 2005
Setor 1990/2005 1990 2005

(t) (%)

Processos Industriais - 125 487 2531 - 100 100

Consumo em Equipamentos de Refrigeração - 125 487 2531 - 100 100

TOTAL - 125 487 2531 - 100 100

Tabela 2.4.3 - Emissões de CF4

Variação Part. Part.


1990 1994 2000 2005
Setor 1990/2005 1990 2005

(t) (%)

Processos Industriais 297 309 168 103 -65 100 100

Produção de Alumínio 297 309 168 103 -65 100 100

TOTAL 297 309 168 103 -65 100 100

Tabela 2.4.4 - Emissões de C2F6

Variação Part. Part.


1990 1994 2000 2005
Setor 1990/2005 1990 2005

(t) (%)

Processos Industriais 26 27 13 8 -69 100 100

Produção de Alumínio 26 27 13 8 -69 100 100

TOTAL 26 27 13 8 -69 100 100

25/11/09 - 16:30 13
Tabela 2.4.5 - Emissões de SF6

Variação Part. Part.


1990 1994 2000 2005
Setor 1990/2005 1990 2005

(t) (%)

Processos Industriais (Produção de Magnésio e Uso 18 22 26 100 100


17 17
em Equipamentos Elétricos)

TOTAL 17 17 18 22 26 100 100

2.5 Emissões de Gases de Efeito Estufa em CO2eq


A opção de agregar as emissões relatadas para produzir dióxido de carbono
equivalente com o uso do Potencial de Aquecimento Global (GWP) em um horizonte
de tempo de 100 anos não foi adotada pelo Brasil no seu primeiro Inventário. O GWP
baseia-se na relativa importância dos gases de efeito estufa, em relação ao dióxido de
carbono, na produção de uma quantidade de energia (por área unitária) vários anos
após um impulso de emissão. Essa variável não representa de forma adequada a
contribuição relativa dos diferentes gases de efeito estufa à mudança do clima. Seja
ela medida em termos de aumento na temperatura média da superfície terrestre,
aumento do nível do mar ou em qualquer estatística de elementos meteorológicos
relacionados aos danos, a mudança do clima não é proporcional à energia, à exceção
de períodos de tempo muito curtos. O uso do GWP então propiciaria políticas de
mitigação inadequadas. Além disso, o seu uso enfatiza sobremaneira e de modo
errôneo a importância de gases de efeito estufa de vida curta, especialmente a do
metano. Assim a tabela a seguir deve ser utilizada com cautela.

Emissões e remoções antrópicas de gases de efeito estufa

Variação Part. Part.


1990 1994 2000 2005
Setor 1990/2005 1990 2005

(Gg CO2eq) (%)

Energia 214922 256389 328089 362032 68 15,8 16,4

Processos Industriais 26686 28776 34657 37097 39 2,0 1,7

Agricultura 346668 378409 401428 487399 41 25,4 22,1

Mudança no Uso da Terra e Florestas 746429 789534 1246968 1267889 70 54,8 57,5

Tratamento de Resíduos 27661 31804 40720 48945 77 2,0 2,2

TOTAL 1362366 1484913 2051861 2203362 62 100,0 100,0

25/11/09 - 16:30 14
1990
ENERGIA
2%
16%
2% PROCESSOS INDUSTRIAIS

AGROPECUÁRIA
55% 25%
MUDANÇA DE USO DA 
TERRA E FLORESTAS
TRATAMENTO  DE 
RESÍDUOS

2005
ENERGIA
2%
16%
2% PROCESSOS INDUSTRIAIS

AGROPECUÁRIA
22%
58%
MUDANÇA DE USO DA 
TERRA E FLORESTAS
TRATAMENTO  DE 
RESÍDUOS

25/11/09 - 16:30 15
Emissões Líquidas Totais de Gases de Efeito Estufa

Usoda terra e desmatamento

Emissão total com Mudança no Uso da Terra e Florestas


+ Agropecuária
+ Energia
Processos Industriais e Tratamento de Resíduos

25/11/09 - 16:30 16

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