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Aula teórica de Finanças Públicas

12 Novembro

Instrument Objectivos Novos


Patama Característ os dos de política e princípios e
res icas gestão regras
institutos
financeira orçamentais
Projecções de
longo prazo
Planeamento da despesa Sustentabili Estabilidade
pública e dos
1º de longo
prazo das seus fins
dade a longo
prazo das
intergeracio
nal
despesas finanças
Arts. 36º a) a Art.10º L.E.O.
públicas d) e 37º da
públicas
L.E.O.

Programação Programas Consolidação Estabilidade

2º macroecono
mica de
de
estabilidade
orçamental e orçamental
disciplinha
médio prazo e financeira Título V Lei
crescimento 2/2002

Art.36º d)
L.E.O.

Programação

3º fincaneira de Programação Consolidação Estabilidade


médio prazo financeira orçamental e orçamental
disciplina
Art.37º b) financeira Art.86º L.E.O.
L.E.O. (/2 –
equidade)

Orçamentaçã Programas Economia,


VFM
4º o por
objectivos
de
actividades e Performance
eficácia e
eficiência
gestão por
Art.18º e 19º objectivos Art.42º L.E.O.
L.E.O.
Art.14º, 15º e
48º Lei
48/2004
1º Patamar:
A Segurança Social configura um exemplo do princípio da equidade
intergeracional, na medida em que nos estamos a comprometer com os
trabalhadores actuais que, daqui a uns anos, terão, efectivamente, uma
pensão.

Pretende-se aqui a restrição da actuação do Estado para que quando se


desenvolve um compromisso, os custos não sejam insustentáveis para as
gerações futuras.
Uma das preocupações actuais jaz nas regras das pensões,
nomeadamente numa política de contenção do crescimento destas.
As políticas orçamentais desenvolvidas são de curto prazo e, baseadas
numa perspectiva plurianual.
Em termos orçamentais a tradição é a contabilidade de caixa, ou seja, a
contabilização dos gastos e despesas correntes do ano. Este modelo é
substituído pela contabilidade de compromissos em que, através de
determinados mecanismos, se contabilizam os gastos do ano corrente a
par do custo total dos compromissos efectuados (este últimos através do
seu registo). Em suma, há um registo das operações mesmo que não
concretizáveis nesse ano.
É, no entanto, de referir que face ao art.32º da L.E.O. (nomeadamente no
mapa 17) este aspecto já não é tido em conta.
Isto representa um controlo do próprio Governo.
Por fim, estes relatórios e/ou especificidades orçamentais devem revelar
compromissos intergeracionais.

2º Patamar:

Aqui, a estabilidade orçamental configura o objectivo principal o que se se


manifesta na própria ideologia portuguesa.
A novidade desta regra é a sua imposição nos momentos tanto de
elaboração como de execução do orçamento de Estado.
Esta estabilidade (Título V) aplica-se à Administração directa estadual,
bem como à local e regional. É ainda principalmente visada por estas
últimas duas.
Surge aqui o Primcípio da Solidariedade Recíproca traduzível na
prossecução por todos os sectores, do sector público, desta estabilidade e
consolidação orçamental. Nomeadamente através de:
1. Medidas de carácter preventivo
Como o art.88º L.E.O.
Assim, por razões de cumprimentos do Pacto de Estabilidade e
Crescimento, as transferências para as autarquias locais e regiões
autónomas podem ser restringidas.
2. Medidas sancionatórias
Manifestado nas limitações de recurso, pelas regiões autónomas e
autarquias locais, ao crédito e endividamento
Se estas entidades não cumprirem as suas obrigações, é possível
um corte nas transferências para si realizáveis, na exacta proporção
do incumprimento.
Art.92º/4 L.E.O.

3º Patamar:

MTFF – Medium Term Fiscal Framework


Meios de programação financeira:
1. Lei de Programação Financeira (plurianual) com possível perspectiva
deslizante
2. Elemento informativo que acompanha a proposta de lei do
orçamento do Estado
É um elemento de vinculação externa – art.17º e 37º b) da L.E.O.

4º Patamar:

A política é a da definição de programas aos quais se atribui uma verba,


com alguma flexibilidade, sendo esta gerida tendo em conta o objectivo
de economia, eficiência e eficácia., esperando que o resultado alcançado
seja o mais próximo possível do desejado.
Orçamento está enquadrado por instrumentos plurianuais que dão corpo a
novas regras de estabilidade orçamental e consolidação – new fiscal rules.
Baseia-se numa perspectiva de curto prazo do saldo – art.9º L.E.O.
Dr. Oliveira Martins defende um critério substancial da perspectiva
orçamental que aponte para o saldo nulo, para o equilíbrio. Defende
também uma perspectiva de verificação da existência de déficit, todos os
anos.
Ao lado da regra do equilibrio orcamental, existem outros critérios que
orientam a médio/longo prazo :
1. Sustentabilidade das finanças públicas
Através de um esforço, por parte do Estado, para garantir que a
longo prazo as suas finanças são sustentáveis, nomeadamente
através de reformas estruturais
2. Consolidação orçamental
Esta pode ser obtida através de um esforço de um ano, ainda que a
regra sejam 2 ou 3 anos.
A consolidação reflecte-se na melhoria do saldo primário, ajustado a
3% do P.I.B, ao longo de 3 anos consecutivos
Haverá aqui uma estratégia de consistência do Estado para
melhorar o seu saldo primário.

Alesina tem defendido que a consolidação orçamental não pode ser


desligada da componente do déficit. Este autor é um defensor da redução
da despesa corrente.
Assim e, em suma, no âmbito da diminuição do déficit podem ser
adoptadas duas políticas: a diminuição do peso do Estado ou,
inversamente, o aumento deste, nomeadamente através do aumento dos
impostos.

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