A OMC tem como função servir como um fórum para a negociação de acordos comerciais internacionais, além de gerenciar a supervisionar os acordos vigentes. A OMC também apresenta diversos procedimentos para resolução de conflitos, propiciando a negociação e a arbitragem de impasses comerciais. O paradigma econômico que rege a OMC é o de diminuir as barreiras e intervenções governamentais sobre o comércio, de forma a incentivar o intercâmbio de produtos entre os países.
A OMC tem como função servir como um fórum para a negociação de acordos comerciais internacionais, além de gerenciar a supervisionar os acordos vigentes. A OMC também apresenta diversos procedimentos para resolução de conflitos, propiciando a negociação e a arbitragem de impasses comerciais. O paradigma econômico que rege a OMC é o de diminuir as barreiras e intervenções governamentais sobre o comércio, de forma a incentivar o intercâmbio de produtos entre os países.
A OMC tem como função servir como um fórum para a negociação de acordos comerciais internacionais, além de gerenciar a supervisionar os acordos vigentes. A OMC também apresenta diversos procedimentos para resolução de conflitos, propiciando a negociação e a arbitragem de impasses comerciais. O paradigma econômico que rege a OMC é o de diminuir as barreiras e intervenções governamentais sobre o comércio, de forma a incentivar o intercâmbio de produtos entre os países.
Graduao em Geografia da Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais - PUC-Minas Junho de 2014
Aps o fim da segunda guerra mundial, em 1942, props-se a criao da Organizao Internacional do Comrcio OIC , com o objetivo de ser um brao das Naes Unidas para lidar com o comrcio internacional. Para tanto, foi criado um comit preparatrio, que trabalhou entre 1946 e 1947. Todavia, no se conseguiu acordar a criao da instituio, especialmente por causa da dificuldade de sua ratificao pelo congresso americano. Em seu lugar, em 1947, foi estabelecido o Acordo Geral de Tarifas e Comrcios - GATT. Tratava- se de uma srie de acordos referentes ao comrcio internacional, e cada pas escolhia a que acordos iria aderir. Aps a Rodada do Uruguai do GATT, em 1993, e logrou-se criar a Organizao Mundial de Comrcio OIT em 1994, sob moldes anlogos aos idealizados para a ITO, e assim substituindo o GATT. Em comparao ao GATT, uma grande diferena que, para aderir OMC, o pas tem que aceitar todos os acordos comerciais da instituio, e no apenas aqueles de seu interesse. A OMC tem como funo servir como um frum para a negociao de acordos comerciais internacionais, alm de gerenciar a supervisionar os acordos vigentes. A OMC tambm apresenta diversos procedimentos para resoluo de conflitos, propiciando a negociao e a arbitragem de impasses comerciais. Grande parte desses conflitos se refere denncias de protecionismo de mercado por meio de barreiras alfandegrias ou pelo subsdio governamental produo. Uma das principais demandas dos pases do terceiro mundo, predominantemente agrcolas, contra as barreiras de mercado dos pases desenvolvidos e aos subsdios de sua produo agrcola. O paradigma econmico que rege a OMC o de diminuir as barreiras e intervenes governamentais sobre o comrcio, de forma a incentivar o intercmbio de produtos entre os pases. Baseia-se na proposta de que, sem as intervenes, cada pas poder focar na produo daqueles produtos que apresenta vantagens comparativas, maximizando assim a eficincia de produo mundial (MESQUITA, 2013). Para tanto, foram estabelecidos os seguintes princpios 1 :
1- No Discriminao dividido nos princpios da nao mais favorecida e o princpio do tratamento nacional. Pelo princpio da nao mais favorecida, um pas obrigado estender aos demais Membros qualquer vantagem ou privilgio concedido a um dos Membros; j o princpio do tratamento nacional impede o tratamento diferenciado de produtos nacionais e importados, quando o objetivo for discriminar o produto importado desfavorecendo a competio com o produto nacional.
2- Previsibilidade Os operadores do comrcio exterior precisam de previsibilidade de normas e do acesso aos mercados tanto na exportao quanto na importao para poderem desenvolver suas atividades. Para garantir essa previsibilidade, o pilar bsico a consolidao dos compromissos tarifrios, alm das regras que visam impedir o uso abusivo dos pases para restringir o comrcio.
3- Concorrncia Leal A OMC tentaria garantir no s um comrcio mais aberto, mas tambm um comrcio justo, coibindo prticas comerciais desleais como o dumping e os subsdios, que distorcem as condies de comrcio entre os pases.
4- Proibio de Restries Quantitativas Impede o uso de restries quantitativas (proibies e quotas) como meio de proteo. O nico meio de proteo admitido a tarifa, por ser o mais transparente.
1 Documento de criao da OMC. Fonte: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior. http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=368, acesso em 30/4/2014 5- Tratamento Especial e Diferenciado para Pases em Desenvolvimento Os pases desenvolvidos abrem mo da reciprocidade nas negociaes tarifrias (reciprocidade menos que total). Alm disso, os Acordos da OMC em geral listam medidas de tratamento mais favorvel para pases em desenvolvimento.
Jacobsen (2005) argumenta que o discurso de livre comrcio e de combate ao protecionismo do GATT e, posteriormente, da OMC esteve muito pautado pelo discurso neoliberal de desregulamentao da economia e no intervencionismo, ditado pelo Consenso de Washington, de 1989. Porm, os prprios impasses da OMC mostram que os pases desenvolvidos que pregavam o discurso neoliberal no querem abrir mo do protecionismo sua economia. Jacobsen (2005) tambm questiona o fato de que todos os pases atualmente desenvolvidos utilizaram-se de medidas protecionistas ao longo da histria, at conseguirem consolidar o seu parque industrial. No contexto atual, em que mostra-se que os pases subdesenvolvidos que adotaram as recomendaes neoliberais em momentos de crise, em geral no conseguiram retomar desenvolvimento como esperado, pode-se questionar ainda mais sobre a eficcia dos preceitos e discursos da OMC. Alm disso, quando crise nos pases desenvolvidos, como em 2008, tanto a OMC quanto o BIRD e o FMI declararam-se a favor de intervenes nos pases desenvolvidos, evidenciando a contradio em seus discursos e princpios (MATIJASCIC et al., 2009).
Referncias JAKOBSEN, K. Comrcio internacional e desenvolvimento. Do GATT OMC: discurso e prtica. So Paulo: Editora Fundao Perseu bramo. 2005. 112p. MESQUITA, P. E. A Organizao Mundial do Comrcio. Braslia : FUNAG, 2013. 105 p. MATIJASCIC, M.; PIN, M.; ACIOLY, L. Crise Financeira Internacional: reao das instituies multilaterais.In: ANFIP Associao Nacionais dos Fiscais da Previdncia. Crise Financeira Mundial: Impactos Sociais e no Mercado de Trabalho 29. Braslia: ANFIP. 2009.
“O Veneno está na Mesa” e “O Veneno está na Mesa II”, drigidos por Sílvio Tendler, sob a perspectiva do capítulo “As Bases Epistemológicas da Agroecologia”, de João Carlos Costa Gomes, do livro “Princípios e Perspectivas da Agroecologia”