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Vamos agora conhecer outro tipo de custeio (forma de apropriação dos custos) chamado
de Custeio por apropriação dos materiais diretos. Este tipo de custeio é também
denominado de: CUSTEIO DIRETO ou Custeio Variável. Neste tipo de custeio só são
apropriados aos produtos em elaboração os custos diretos, ou seja, àqueles que são
mensuráveis economicamente. Sendo os custos indiretos (fixos) tratados como despesa
do período, ou seja, influenciando diretamente no resultado, independentemente da
unidade produzida ter sido vendida.
Observe o exemplo abaixo e veja a diferença entre estes dois métodos de custeio.
Outras informações:
Caixa ......10.000,00,
Matéria-Prima ............ 10.000,00
Conclusão:
Podemos verificar que pelo custeio por absorção o custo unitário do produto é de R$ 5,40
(10.800,00/2000)e o valor do estoque de produtos acabados é de R$ 10.800,00.
Como não houve vendas no período e nem despesas o resultado operacional é nulo.
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1.000,00 (b) 6.000,00
600,00 (c) (c) 4.000,00
9.000,00 9.000,00 (f)
10.000,00 6.600,00
3.400,00
(f) 9.000,00 (b) 1.000,00 1.000,00 (g) (e) 200,00 200,00 (h)
Deprec. Acumulada
200,00 (e)
Conclusão:
Neste tipo de custeio (Custeio Direto) verificamos que o custo unitário do produto é de R$
4,50 (9.000/2.000). E, o valor do estoque de produtos acabados é de R$ 9.000,00. Mesmo
não havendo vendas no período o resultado do período é um prejuízo de R$ 1.800,00. Pois,
no Custeio variável ou direto, os custos indiretos são tratados como despesas do período,
influenciando diretamente no resultado.
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=> É o único aceito pelo Fisco e segue o princípio da competência, ou seja, a despesa (CPV)
só pode ser apropriada no mês em que ocorrer a venda do produto;
=> Não é aceito pelo Fisco e fere o princípio contábil da competência, ou seja, permite que
os custos indiretos sejam apropriados como despesa antes do mês em que ocorrer a venda
do produto.
Exercícios de Fixação
Água R$ 6.000,00
Aluguel do Prédio R$ 90.000,00
Depreciação dos Equipamentos R$ 29.000,00
Energia Elétrica R$ 15.000,00
Mão-de-Obra direta R$ 210.000,00
Matéria-Prima R$ 150.000,00
a) R$ 4,00 ; R$ 2,95
b) R$ 4,00 ; R$ 3,37
c) R$ 4,00 ; R$ 3,58
d) R$ 4,00 ; R$ 4,00
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Se a empresa tivesse produzido 25.000 unidades desse produto, no mês de agosto, com as
mesmas instalações e com a mesma mão-de-obra indireta, o custo por unidade produzida
seria de:
a) R$ 11,44
b) R$ 12,21
c) R$ 13,75
d) R$ 14,52
CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS
a) 14.250,00
b) 41.000,00
c) 61.000,00
d) 87.750,00
a) R$ 60.001,00 ; R$ 239.999,00
b) R$ 69.000,00 ; R$ 276.000,00
c) R$ 69.000,00 ; R$ 396.000,00
d) R$ 84.000,00 ; R$ 336.000,00
5- Uma fábrica produz mesas e cadeiras, sendo que cada mesa consome 4 tábuas e cada
cadeira consome 1 tábua. (levando em consideração as sobras).
A produção do período foi iniciada com 10 mesas e posteriormente 40 cadeiras.
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DADOS: *O estoque inicial de Matéria-Prima era de 60 tábuas, que fora adquirida a R$ 45,00
cada peça.
* No mês, antes de iniciar a produção, foram compradas mais 60 tábuas a um preço
unitário de R$ 50,00;
*A empresa possui um controle permanente de estoque baseado método PEPS.
RESPOSTA:
Outros dados:
A)Determine o valor dos custos indiretos que serão apropriados, respectivamente aos
produtos A, B e C:
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Determine o custo total para cada produto produzido.
7- Uma fábrica produz biquínis e maiôs com um mesmo tipo de Lycra, sendo que cada peça de
biquíni consome 0,25m da matéria-prima e cada peça de maiô gasta 0,50m (levando em
consideração as sobras).
A produção do período foi iniciada com 400 peças de biquínis e posteriormente 100 peças de
maiôs. (2,0 p)
DADOS: O estoque inicial era de 100 m de lycra, que foi adquirida a R$ 5,00 o
metro.
RESPOSTA:
Outras Informações:
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Matéria-Prima Consumida no período: 8.000,00 Mão de Obra Direta : 12.000,00
Gastos Gerais de Fabricação: 5.000,00 Despesa Administrativas: 2.000,00
Despesas de Vendas: 4.000,00 Lucro Bruto do Período: 8.500,00
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Vimos até agora que a formação do custo do produto é formada pelo somatório dos custos
diretos e os custos indiretos de fabricação (CIF) e que os custos diretos são alocados
diretamente ao produto, ou seja, é possível determinar quanto custou a parcela do serviço ou
material utilizado. Já nos custos indiretos não temos condição de determinar o seu valor
diretamente, o que pode causar sérios problemas, pois o modo de apropria-los é feito através
de rateio segundo um critério escolhido arbitrariamente. O custo indireto de fabricação, que
são os custos fixos, em seu total não se altera, mas as parcelas destes atribuídas aos produtos
produzidos variam de acordo com o critério escolhido. Daí, pode ocorrer que, um produto
que outrora era o mais lucrativo, se variarmos o critério de rateio, passe a não ser o mais
rentável para a empresa.
Para eliminar essas distorções nos custos dos produtos é que a contabilidade de custos foi
evoluindo no custeio dos produtos, partindo para um novo método que minimizasse este
problema, o qual chamamos de Departamentalização.
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Departamentos produtivos – são aqueles que promovem algum tipo de modificação sobre o
produto. Ex: deptº de corte, deptº de costura, deptº de acabamento.
Departamento de serviços – são aqueles que não tem contato direto com os produtos, na
maioria dos casos. Suas funções são basicamente prestarem serviços aos demais
departamentos produtivos.
Os departamentos produtivos têm os seus custos apropriados diretamente aos produtos, mas
os departamentos de serviços não podem apropriar seus custos diretamente aos produtos já
que os mesmos, na maioria dos casos, não passam pelos departamentos de serviços. No
entanto, como estes departamentos prestam serviços aos demais, devem ter seus custos
transferidos para os departamentos produtivos que recebem seus serviços, e depois os custos
destes são apropriados aos produtos.
Exemplo de Departamentalização:
Gerência Geral
No nosso exemplo começaremos a ratear os custos da Gerência Geral para os outros setores
de forma igual, ou seja, 25% para cada um.
O próximo departamento a ratear seus custos será a manutenção, e será em função das horas
trabalhadas em cada departamento.
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Horas trabalhadas da manutenção em outros setores:
Almoxarifado ...............200h
Prensas..........................300h
Usinagem.......................500h
Nesse caso, se existissem horas trabalhadas para a Gerência Geral, elas seriam ignoradas, pois
se fizéssemos o rateio para a Gerência Geral ela teria que ratear ovamente seus custos para a
manutenção e desta para a Gerência geral e, assim, sucessivamente.
Os custos dos Departamentos Produtivos são rateados aos produtos em função das horas
trabalhadas:
Prensa Usinagem
Produto “A”...................250 h 100 h
Produto “B”....................500 h 300 h
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CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Uma empresa industrial tem cinco departamentos, três produtivos e dois de serviços, que
apresentam os seguintes custos no período:
Departamentos Produtivos:
Departamentos de Serviços:
Os custos dos Departamentos de Serviços devem ser rateados aos departamentos de produção
da seguinte forma:
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CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS
Existem dois fatores que determinam o tipo de custeio, se por Ordem ou Processo (Contínuo):
a forma de a empresa trabalhar e a conveniência contábil-administrativa. Quanto à forma,
principal responsável pela distinção, basta lembrar que se a empresa trabalha produzindo
produtos iguais de forma contínua (um ou vários), fundamentalmente para estoque, isto é,
para venda, terá já caracterizada sua natureza. Se a empresa produz atendendo a encomendas
dos clientes ou, então produz também para venda posterior, mas de acordo com
determinações internas especiais, não de forma contínua, já se terá incluído entre as de
Produção por Ordem.
Na Produção por Ordem, os custos são acumulados numa conta específica para cada ordem
ou encomenda. Essa conta só pára de receber custos quando a ordem estiver encerrada. Se
terminar um exercício e o produto estiver ainda em processo de elaboração, não há
encerramento, permanecendo os custos até então incorridos na forma de bens em elaboração;
no ativo, quando a ordem for encerrada, será transferida para estoque de produtos acabados ou
para Custo dos Produtos vendidos, conforme a situação.
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produção). E em ambas também são utilizáveis os procedimentos relativos às taxas de
Aplicação de CIF.
Como vimos a produção por ordem visa atender encomendas de clientes, ou então, produz
também para venda posterior, mas de acordo com determinações internas especiais.
Encomendas de Longo Prazo - A regra geral é a acumulação dos custos para sua
transferência ao resultado apenas por ocasião da entrega, quando há o reconhecimento da
receita.
Se, entretanto, uma empresa trabalha com pouquíssimas ordens por vez ou mesmo apenas uma,
e essa(s) for(em) de longa duração (mais de um ano), pode ser necessária a alteração, a saber:
Quando ocorrem esses contratos de longo prazo, deve-se fazer apropriação do resultado de
forma parcelada: reconhece-se os custos incorridos e apropria-se parte da receita para cada
período. Um exemplo em que isso é feito de maneira muito simples é o caso de obras
públicas; além do contrato global, há um desmembramento da obra em etapas, onde são
fixados valores para cada uma destas etapas, baseado em um cronograma físico-financeiro.
Proporcionando assim, a empreiteira faturar (emitir nota fiscal do valor correspondente a etapa
executada) em períodos menores podendo ser quinzenal, mensal conforme combinado entre as
partes.
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CONTABILIDADE E ANÁLISE DE CUSTOS
Até agora foram discutidos diversos problemas relativos à apropriação dos Custos Indiretos,
mas sempre considerados os custos e a produção realizada. Isso é possível apenas quando
encerrado cada período. Se quisermos fazer o acompanhamento do custo de cada produto
durante o mês, ficaremos obrigados a esboçar algumas estimativas, já que poderemos ir
acompanhando os Custos Diretos, medidos durante o próprio processo de produção, mas só
poderemos efetuar a apropriação correta dos indiretos após conhecermos os totais do mês e
também a quantidade de produtos.
Além disso, alguns Custos Indiretos não ocorrem homogeneamente durante o período. È
comum encontrarmos empresas que têm a quase totalidade da manutenção realizada em certas
épocas do ano. Ou então existem férias coletivas, e nesses casos temos necessidades de
distribuir esses custos à produção toda do ano, não podendo descarregar tais itens como
despesas ou apropria-los a um mínimo de bens fabricados.
O total estimado dos Custos Indiretos de Fabricação é calculado em relação a esse nível.
A taxa Predeterminada do CIF, que será usada para aplicar os CIFs aos produtos elaborados, é
obtida dividindo-se os custos estimados em relação ao nível estimado das operações.
À medida que ocorrer a produção real, a taxa do CIF será aplicada à produção, dando origem
ao CIFA(Custos Indiretos Aplicados).
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CIF real > CIF aplicado = subavaliação / variação desfavorável
CIF real < CIF aplicado = superavaliação / variação favorável
Variação do CIF
( j ) xxx xxx (e)
Os custos indiretos efetivos ou reais são contabilizados a débito da conta CIFE (CIF efetivo
ou real) e a crédito de contas de exigibilidades.
A conta variação do CIF é encerrada nas contas de produtos em processo, produtos acabados
e CPV.
A parcela relativa aos produtos em estoque deverá ser transferida para o ativo, e a parcela
relativa aos produtos já vendidos deverá ser transferido para a despesa (Custo dos Produtos
Vendidos – CPV)
Exemplo:
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Previsão:
Horas máquinas previstas: 10.000 h máq.
CIF totais previstos R$ 2.500
Taxa de aplicação dos CIFs = R$ 2.500/10.000 = 0,25/h máq.
Dados reais:
Horas reais = 9.600 h/máq
CIF reais = R$ 3.000
Vendas: 70% dos produtos acabados
Material Direto: R$ 6.000
Mão-de-obra direta: R$ 4.000
Os CIFs aplicados no período foram = 9600 h / máq (reais) X 0,25 / hm = R$ 2.400 (CIFs
debitados a conta produtos em elaboração)
Variação do CIF
(8) 3.000 2.400 (7)
600 (9)
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Distribuição da variação do CIF de R$ 600.000
70% para CPV = 420.000
30% para Prod. Acabados = 180.000
(CIFs subaplicados – aplicados a menos)
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