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20/11/2009 Publi Saúde - Apostila de Primeiros So…

Apostila de Primeiros
Socorros (parte 6)
Continuação da 6° parte da apostila de primeiros socorros (atendimento
pré hospitalar)
HEMORRAGIAS

Hemorragia ou sangramento significa a mesma coisa, isto é, sangue que escapa de artérias,
veias ou vasos capilares. A hemorragia pode ser definida como a perda do volume sangüíneo
circulante. O sangramento pode ser interno ou externo e em ambos os casos é perigoso.

Breve revisão do Sistema Circulatório:

Coração: órgão muscular oco do tamanho de um punho cerrado. Localiza-se na cavidade


torácica, por detrás do osso esterno e entre os pulmões. O coração é dividido em dois lados. A
parte esquerda recebe sangue oxigenado proveniente dos pulmões e o bombeia para todo o
corpo. A parte direita recebe o sangue proveniente do corpo e o bombeia para os pulmões para
que volte a oxigenar-se. Cada uma das metades subdivide-se em uma cavidade superior (átrios
direito e esquerdo) e uma cavidade inferior (ventrículos direito e esquerdo). O sangue passa
dos átrios para os ventrículos através de válvulas que evitam o retorno do sangue (válvulas
mitral e tricúspede). O coração funciona como uma verdadeira bomba que aspira e impulsiona o
sangue constantemente.

Artérias: Transportam o sangue oxigenado e nutrientes em nosso corpo. São de diferentes


diâmetros, algumas calibrosas (aorta), outras medianas (radial) e, também pequenas (artérias
de um dedo). São os vasos que saem do coração.

Veias: Recolhem o sangue sem oxigênio e resíduos dos vasos capilares e células do corpo. Não
tem tanta pressão como as artérias. Conduzem o sangue venoso de retorno para o coração.

Capilares: Cada artéria se divide em novas artérias mais e mais finas, formando finalmente os
vasos capilares. Através de suas finíssimas paredes o oxigênio, o dióxido de carbono e outras
substâncias são trocadas entre as células do corpo e o sangue.

Sangue: Líquido vermelho, viscoso, composto por plasma, células vermelhas (hemácias), células
brancas (leucócitos), e plaquetas. O plasma (parte líquida) transporta as células e nutrientes
para todos os tecidos. Também conduz os produtos de degradação para os órgãos excretores.
As células vermelhas fornecem cor ao sangue e transportam oxigênio. As células brancas atuam
na defesa do organismo contra as infecções. As plaquetas são essenciais para a formação de
coágulos sangüíneos, necessários para estancar as hemorragias.

TIPOS DE HEMORRAGIAS:

• Arterial: Hemorragia que faz jorrar sangue pulsátil e de cor vermelho vivo.
• Venosa: Hemorragia onde o sangue sai lento e contínuo, com cor vermelho escuro.
• Capilar: O sangue sai lentamente dos vasos menores, na cor similar ao sangue
venoso/arterial.
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20/11/2009
venoso/arterial. Publi Saúde - Apostila de Primeiros So…

HEMORRAGIAS EXTERNAS:

São aquelas que podem ser vistas a partir de uma ferida aberta.

Sinais e Sintomas:

• Agitação
• Palidez
• Sudorese intensa
• Pele fria e úmida
• Pulso acelerado (acima de 100 bpm)
• Hipotensão (PA sistólica abaixo de 100 mmHg)
• Sede
• Fraqueza

HEMORRAGIAS INTERNAS:

Geralmente não são visíveis, porém podem ser bastante graves, pois podem provocar choque e
levar a vítima à morte. Exemplo: Fratura fechada de um fêmur, laceração de um órgão maciço
como o fígado ou baço, etc.

Sinais e Sintomas:

• Idênticos a hemorragia externa.


• A vítima poderá tossir sangue, vomitar sangue, sangrar pelo nariz, ouvidos, boca, reto ou
órgãos genitais.

AS 3 TÉCNICAS DE CONTROLE DE HEMORRAGIAS EXTERNAS:

TÉCNICA DE COMPRESSÃO DIRETA

Controle a hemorragia fazendo uma compressão direta sobre a ferida que sangra com sua mão
(protegida por luva descartável), ou ainda, com a ajuda de um pano limpo ou gaze esterilizada,
para prevenir a infecção.

TÉCNICA DA ELEVAÇÃO

Mantenha a região que sangra em uma posição mais elevada que o resto do corpo, pois este
procedimento contribuirá para diminuir o fluxo de sangue circulante e, conseqüentemente, o
sangramento.

TÉCNICA DA COMPRESSÃO SOBRE OS PONTOS ARTERIAIS

Caso a hemorragia for muito intensa e você não conseguir fazer parar a saída do sangue, tente
controlar o sangramento pressionando diretamente sobre as artérias principais que nutrem de
sangue o local lesionado.

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Observação: Controle as possíveis hemorragias através das técnicas de compressão direta,
elevação e pressão sobre os pontos arteriais. Segundo as mais recentes orientações, devemos
ressaltar que o torniquete é uma técnica em abandono e os socorristas devem ser
desencorajados ao seu uso. Infelizmente, essa técnica ainda está muito firmemente arraigada
a cultura brasileira. No entanto, tal utilização é tão excepcional e seus riscos tamanhos, que o
ensino dessa manobra deve ser eliminado. A não utilização da técnica do torniquete pode ser
explicada através de uma comparação simples, imaginemos que um jardineiro deseje regar
umas flores e para isso utilize uma mangueira de jardim. No momento em que vai molhar as
flores, a mangueira por qualquer motivo, se rompe e a água começa a escapar pelo furo e a
faltar na ponta da mangueira, impedindo o jardineiro de continuar sua tarefa de molhar as
flores. Caso o jardineiro pressione a mangueira antes do furo, a água pára de escapar, mas
também não sai pelo bico da torneira na ponta da mangueira. Se o jardineiro pressiona depois
do furo, o vazamento acaba aumentando. Então, o jardineiro resolve pressionar diretamente
sobre o furo e resolve a situação, pois além de evitar o vazamento, a água volta a sair
livremente na ponta da mangueira e ele pode regar as plantas sem problema. É isso aí, agora é
só pensar que a mangueira é um vaso sanguíneo, a água é o sangue, o furo é um ferimento e
as flores representam uma parte do corpo que necessita do sangue para viver (receber
oxigênio, alimentos e eliminar resíduos).

O emprego do torniquete, apesar de fazer cessar o sangramento, impede a circulação na parte


mais distal da extremidade onde é aplicado e também possibilita o acúmulo de toxinas nessa
região, por esse motivo, NÃO deve ser utilizado. Nos casos graves, sugerimos o emprego das
três técnicas anteriores (compressão direta, elevação e compressão sobre as principais
artérias) combinadas. Lembre-se que os pulsos são mais facilmente palpáveis nos locais onde
artérias calibrosas estão posicionadas próximas da pele e sobre um plano duro. Os mais
comuns são:

• Pulso radial;
• Pulso carotídeo;
• Pulso braquial;
• Pulso femoral;
• Pulso dorsal do pé ou tibial posterior.

Parte 7

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