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Modelo de Auto-Avaliação

Plano de Avaliação

Relativo ao:
 Subdomínio A.2
 Indicadores A.2.1 e A.2.4

Formanda: Fátima Pires


O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares – Metodologias de Operacionalização (Parte I)

Introdução

“… a avaliação tem muitas faces. Significa muitas coisas,


apresenta-se de muitos modos e busca cumprir distintas
finalidades. Também oculta muitos significados. Não a
podemos compreender simplesmente como instrumento ou
mecanismo técnico. Ela produz sentidos, consolida valores,
afirma interesses, provoca mudanças, transforma”.
José Sobrinho (p.37)

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares é essencialmente


qualitativo, tal como as políticas de avaliação das escolas, geralmente
orientadas para a reflexão de resultados no sentido de os melhorar.
A RBE propõe-nos um modelo de auto-avaliação que incide sobretudo
no impacto que a BE tem na escola - outcomes. No entanto a avaliação da BE
também tem a sua vertente tradicional, que é a avaliação de instalações, do
equipamento, da colecção, de tudo que é visível - inputs.
Para traçarmos um plano de avaliação teremos que conhecer bem o
modelo de avaliação pode depois:

 definir o que se vai avaliar e por que o fazemos;


 seleccionar o tipo de evidências que vamos recolher;
 escolher o método de avaliação mais adequado;
 decidir quem vai intervir na avaliação;
 analisar as evidências recolhidas;
 apresentar os resultados da avaliação.

Domínios, subdomínios e indicadores a avaliar:

1.1 - Indicador de processo e de outcome (impacto)e de inputs:

Domínio A – Apoio ao Desenvolvimento Curricular.


Subdomínio – Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital.

Fátima Pires
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Indicador: A.2.1 – Organização de actividades de formação de utilizadores na


escola/agrupamento

1.2 – Indicador de processo e de outcome (impacto)e de inputs:

Domínio A – Apoio ao Desenvolvimento Curricular


Subdomínio – Promoção das Literacias da Informação Tecnológica e Digital.
Indicador: A.2.4 – Impacto da BE nas competências tecnológicas, digitais e de
informação dos alunos na escola/agrupamento.

A avaliação da biblioteca deve basear-se em várias estratégias,


simultaneamente, dependendo das necessidades que o bibliotecário sente de
obter determinados dados, para a elaboração dos seus relatórios de
planeamento, gestão e organização dos serviços. Segundo Bertot “As
bibliotecas precisam conhecer que investimentos (“imputs”) produzem que
serviços (“outputs) com o objectivo de determinar a qualidade (…) e o impacto
(“outcomes”) desses serviços/recursos”.

John Bertot (2003)

Planos de avaliação em relação às actividades de formação de


utilizadores (A.2.1):

O que vamos avaliar e por quê?

 Avaliamos as actividades realizadas para a formação de utilizadores.


 Pretendemos saber que objectivos alcançamos com as actividades
desenvolvidas.
 Avaliamos a pertinência das actividades realizadas e dos materiais de
apoio à formação dos utilizadores.

Esta reflexão levar-nos-á a perceber se os alunos se tornam autónomos na


utilização da BE, após as formações dinamizadas pela BE.

Fátima Pires
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Que evidências podemos recolher?

 Inquéritos com as opiniões dos alunos.


 Observar a postura dos alunos após a formação.
 Número de livros requisitados.
 Interacção e adesão dos utilizadores ao longo das actividades.

Que método de avaliação?

 Análise do plano de acção da BE.


 Calendarização e divulgação das actividades.
 Análise das estatísticas de adesão às actividades.
 Reflexão sobre as respostas dos utilizadores.
 Fazer o levantamento das dúvidas e melhorar os aspectos a
aperfeiçoar.

Quem vai intervir na avaliação?

A equipa que avalia a BE deve ser constituída pelo coordenador da BE,


o professor bibliotecário, o Director da Escola e o Presidente da Associação de
Estudantes.

Análise das evidências recolhidas

O que é importante é recolher evidências das acções desenvolvidas e


tratar os dados recolhidos, de forma a melhorar o que estiver menos bem.

Resultados da avaliação

Depois de obtidos os resultados colocam-se em relatório para


apresentar ao Conselho Pedagógico e, posteriormente, à comunidade
educativa.

Fátima Pires
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O que acabamos de apresentar é a forma de avaliar o processo, ou seja,


ficamos a conhecer o desenvolvimento do processo, as acções que se
desenvolveram e tudo que se dinamizou no sentido de formar os utilizadores
da biblioteca.
Como pontos fortes podemos indicar a sua inclusão no plano de trabalho
da BE, os materiais produzidos, as evidências recolhidas e o seu tratamento.

Como indicadores de outcome, ou seja, o impacto que causou na escola


e nos alunos, temos as acções dos alunos. O importante é que os alunos se
tornem autónomos, que trabalham adoptando correctamente as fases da
pesquisa, recolha e tratamento da informação. Os alunos revelam progressos
nas suas competências, nas diferentes disciplinas.

Plano de avaliação em relação ao impacto da BE nas competências


tecnológicas, digitais e de informação dos alunos (A.2.4).

O que vamos avaliar e por quê?

 Se os alunos adequam o tipo de pesquisa ao trabalho que têm que


efectuar.
 Se os alunos recorrem a ferramentas digitais.
 Se os alunos revelam progressos no uso das competências
tecnológicas, digitais e de informação.

Esta avaliação levar-nos-á a reflectir sobre o impacto que as tecnologias


têm no processo de aprendizagem dos alunos e na aquisição de competências.

Que evidências podemos recolher?

 Trabalho realizado pelos alunos.


 Informações sobre o processo de realização dos trabalhos, através de
inquéritos ou questionários.
 Observação do processo de realização do trabalho dos alunos.

Fátima Pires
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Que método de avaliação?

 Comparação dos trabalhos realizados anteriormente e actualmente, com


as tecnologias da informação.
 Comparar os resultados escolares.
 Recolha do número e tipo de utilizadores da BE na área das tecnologias.

Quem vai intervir na avaliação?

A equipa que avalia a BE, nesta área, deve ser constituída pelo
coordenador da BE, o professor bibliotecário, o Director da Escola, o
Presidente da Associação de Estudantes e o Coordenador TIC.

Análise das evidências recolhidas

 Recolher as evidências e verificar a pertinência de formação em


literacias da informação e tecnologias digitais para os alunos.
 Verificar a necessidade de articular a BE com as TIC.
 Produzir guiões de apoio às pesquisas feitas pelos alunos.

Resultados das evidências recolhidas

 Registo dos utilizadores e da frequência de utilização das tecnologias de


informação.
 Registo de inquéritos e questionários que revelem o interesse dos
utilizadores e as actividades mais realizadas.
 Evidenciar a adequação dos métodos de ensino e do recurso às
tecnologias.
 Relatar as evidências recolhidas em relatório para apresentar ao
Conselho Pedagógico e à comunidade educativa e recolher possíveis
sugestões que enriqueçam o trabalho. Como se trata de material em

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constante desactualização, solicitar a sua actualização permanente,


para responder às necessidades dos alunos.

Para além da avaliação do processo e de sabermos o número de


utilizadores digitais e a forma como utilizam, a avaliação dos outcomes refere-
-se a uma alteração de comportamentos, de destreza, conhecimentos,
percepção ou atitudes resultantes do contacto com os programas da Biblioteca,
acções de formação ou outros serviços.
Avaliar o impacto, neste caso, implica saber o que melhorou nas
competências e acções dos alunos.
Os pontos fortes são: os alunos têm mais sucesso educativo com as
tecnologias digitais, as suas competências melhoraram; usam as tecnologias
digitais adequadamente e verificar se realmente revelam progressos nas
diferentes áreas curriculares e não curriculares.

Conclusão

“O domínio das tecnologias de comunicação e informação


transformou o universo das bibliotecas e serviços de
informação. (…) Na actualidade, as bibliotecas (…) são
avaliadas em função dos serviços que prestam e não da
dimensão das colecções – uma avaliação do que a biblioteca
fez e não do que a biblioteca tem”.

Peter Hernon (1998)

A reflexão sobre o que a biblioteca faz leva-nos a detectar os pontos


fracos, identificar as causas, encontrar as soluções correctivas, aplicar as
soluções e verificar a aplicação, só assim a avaliação faz sentido, como parte
inicial de um processo de renovação constante.
Um plano avaliação de uma biblioteca tem que partir da questão: o que
querem avaliar, para melhorar?
Para se conseguir que a avaliação seja produtiva, em termos de
melhoria da biblioteca é necessário que a direcção da escola esteja envolvida e

Fátima Pires
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empenhada em torná-la o meio de melhorar os resultados escolares dos


alunos.
Ao avaliarmos a biblioteca ficamos com a noção do que temos que
melhorar e, para o conseguirmos, devemos incorporar essa avaliação no
processo de avaliação da escola, que deve articular-se com os objectivos do
projecto educativo da escola.

Fátima Pires

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