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O ESTADO DE S. PAULO
JOS ROBERTO
MENDONA DE BARROS
8
G
jr.mendonca@mbassociados.com.br
A produo brasileira
marcha para o exterior
ncerrei h um ms minha
coluna dizendo que possvel que em alguns semestres a inflao brasileira caminhe para o centro da meta (4.5%).
Entretanto, isto s acontecer se for
precedida por uma poltica monetria e fiscal mais robusta, e ainda assim o tempo para convergncia ser
mais longo do que o admitido pelas
autoridades.
Entretanto,imaginemosqueaconvergncia ocorra em algum momento. A ento a economia poder crescermais de 6% aoano, sem desequilbrios, certo?
Errado,ameuver.OBrasilnoconsegue crescer mais que 44.5% sem
gerar desequilbrios como a alta da
inflao, como j ocorreu em 2004,
em 2008 e tal como agora. Alm do
baixo nvel de poupana, decorrente
mais do que tudo do excessivo gasto
corrente do governo, o sistema de
produo, e especialmente a indstria, est perdendo firme e rapidamente sua capacidade competitiva,
por crescentes presses de custo que
s parecem piorar com o tempo. O
Brasil se transformou num pas caro
e difcil para se produzir, especialmente quando medido em dlar. A
pesquisa Doing Business do Banco
Mundialmostraascrescentesdificuldades de se produzir no Brasil.
J mencionei neste espao mais de
uma vez as principais razes da perda sistmica de competitividade, exposta pelo real valorizado. Os custos
sobem em virtude de:
1 uma contnua elevao da carga
tributria, fortemente baseada em
impostos indiretos. A maior parte
DIDA SAMPAIO/AE22/3/2011