O documento apresenta um dossiê sobre Educação Ambiental com artigos de diversos pesquisadores. A introdução descreve a inspiração do mosaico para representar as diferentes abordagens e perspectivas dos autores. Os artigos abordam temas como currículo, práticas pedagógicas, representações ambientais e abordagens pós-estruturalistas. O dossiê propõe uma reflexão sobre a Educação Ambiental a partir de diferentes olhares e perspectivas teóricas.
O documento apresenta um dossiê sobre Educação Ambiental com artigos de diversos pesquisadores. A introdução descreve a inspiração do mosaico para representar as diferentes abordagens e perspectivas dos autores. Os artigos abordam temas como currículo, práticas pedagógicas, representações ambientais e abordagens pós-estruturalistas. O dossiê propõe uma reflexão sobre a Educação Ambiental a partir de diferentes olhares e perspectivas teóricas.
O documento apresenta um dossiê sobre Educação Ambiental com artigos de diversos pesquisadores. A introdução descreve a inspiração do mosaico para representar as diferentes abordagens e perspectivas dos autores. Os artigos abordam temas como currículo, práticas pedagógicas, representações ambientais e abordagens pós-estruturalistas. O dossiê propõe uma reflexão sobre a Educação Ambiental a partir de diferentes olhares e perspectivas teóricas.
Apresentao Dossi Educao Ambiental - Para que as palavras durem dizendo cada vez coisas distintas, para que uma eternidade sem consolo abra o intervalo entre cada um de seus passos, para que o devir do que o mesmo seja, em sua volta a comear, de uma riqueza infnita, para que o porvir seja lido como o que nunca foi escrito...h que se dar as palavras. Jorge Larrosa A arte do mosaico foi minha inspirao para convidar pesquisadores e pesquisadoras de Educao Ambiental para apresentarem textos que so resultado de suas pesquisas. A ideia apostar na diferena, seja ela terica, metodolgica ou poltica. Um balano desta primeira dcada do sculo XXI aponta a necessidade de reiterarmos nosso compromisso tico e poltico com o tema meio ambiente. Ouso dizer que ainda carregamos esse grande desafo, principalmente, voltado educao. Imbudo dessa vontade de trazer leituras diversas, olhares caleidoscpicos sobre diferentes temas e abordagens da Educao Ambiental que o mosaico foi construdo e a partir do qual pretendo anunciar intencionando que as palavras que compem os textos durem at dizerem coisas distintas, diferentes e que movimentem outros pensamentos que permitam que inventemos outras pesquisas que possibilitem escrevermos outros textos, com outra durao das palavras. Para a montagem do mosaico-dossi, recorri a pesquisadores e pesquisadoras que h algumas dcadas tm contribudo signifcativamente com abordagem terica sobre a Educao Ambiental. Busquei diversifcar e convidei tambm outro grupo uma nova gerao que tem mostrado muito flego para uma gama de pensamento/invenes/criaes/imaginaes dos temas ambientais. O texto que abre o dossi prope que pesquisadores em Educao Ambiental se identifquem com os compromissos com a vida. Luiz Marcelo de Carvalho prope indagar sobre as possveis relaes entre nossos atos de investigao e nossos compromissos ticos e, para isto, convida-nos a dialogar com o pensamento de Bakhtin e por alguns outros autores, leitores seus ou no, envolvendo tais questes. Ci. Huma. e Soc. em Rev. RJ, EDUR, vol. 35, n. 2, jul / dez, 2013 Em seguida, o texto de Mauro Guimares procura refetir sobre a experincia instituinte de formao de rede de educadores ambientais como forma de consolidar a perspectiva crtica da educao ambiental na escola e na sociedade. Seu argumento, apoiado na militncia da vertente de uma Educao Ambiental crtica mostra que a construo de uma sociedade sustentvel passa pela desconstruo do paradigma da disjuno, do 1 + 1, para a construo do 1 com 1, em uma abordagem relacional que percebe e atua sobre a complexidade da realidade socioambiental. Desse modo, as Redes se apresentam como um novo campo de atuao da sociedade organizada, que assumida no seu carter inovador, pode e deve se constituir num ambiente de formao propcio a essa perspectiva educacional. Os quatro artigos seguintes tratam de currculo e prtica pedaggicas, envolvendo diferentes sujeitos, espaos e nveis de escolaridade. O texto de autoria de Mirian Jonis Silva, Sandra Escovedo Selles e Rui Marques Vieira, nos leva ao universo da Educao de Jovens e Adultos (EJA). O artigo aborda a Educao Ambiental travada em proposta curricular construda coletivamente de modo a articular a abordagem de questes sociais no ensino de Biologia s especifcidades da EJA. Ainda com a abordagem curricular, o quarto texto, de Jacqueline Giro e Carlos Frederico Loureiro, busca uma refexo ainda polmica no campo da Educao Ambiental quando aborda a disciplinaridade/ integrao. Para tecer seus argumentos, os autores buscam a experincia disciplinar ocorrida no municpio de Armao de Bzios (RJ) e mostram que esse debate profcuo, perturbador e, por isso, necessrio. O artigo de Guilherme Pereira, Fernando Guerra, Lana Fonseca e Bruno Cintra apresenta o trabalho desenvolvido com professores da educao bsica da cidade de Itagua/RJ, para se pensar a Educao Ambiental a partir de ofcinas com a fnalidade de identifcar representaes ambientais e inferir o refexo das representaes observadas sobre a compreenso-ao desse grupo e suas prticas pedaggicas. Finalizando este bloco, Ludmila Cavalcante e Ana July Lins enfrentam o embate que tem sido posto ao currculo do curso de Pedagogia: a necessria discusso ambiental. Na fronteira da discusso, intercalando as pedras do mosaico, o artigo de Juliana Meron mostra uma experincia fora do contexto escolar/universitrio, ocorrido na cidade de Morelia, Michoacn, Mxico. Trata-se de uma pesquisa cujo objetivo era analisar as atividades de um projeto de educao ambiental comunitria em um espao no formal. Currculo e prticas pedaggicas insistem em continuar ou pertencer no/ao mosaico, porm, o ltimo bloco composto por artigos de pesquisadores que tm buscado inspiraes nos Estudos Culturais e na vertente ps-estruturalista para pensar a Educao Ambiental. Marcelo Giraldi de Castro e Antonio Carlos Amorim lanam/produzem olhares para um conjunto de prticas de representao que produzem especifcidades e diferenas escola rural. Os autores buscaram uma diversidade de sentidos especfcos que, ao ser movimentada, procurou apresentar mltiplas Ci. Huma. e Soc. em Rev. RJ, EDUR, vol. 35, n. 2, jul / dez, 2013 possibilidades de representao que circulam na confuncia de uma escola rural em Piracicaba (SP). O texto de Marta Catunda e Marcos Reigota envolve o cotidiano de prticas escolares urbanas e rurais e analisam a paisagem sonora, incluindo gravaes sonoras, em vdeo, e registro de decibis entre outras atividades expressivas e musicais. Ofcinas de fotografas deslocam o ambiente no artigo proposto por Leandro Belinaso e Ana Preve. Longe de tentar explicar, os autores querem anunciar um movimento de escrita que dispara o encontro de experincias em educao ambiental que tenham como princpio o enfraquecimento das imagens-clichs, a despoluio do nosso invisvel e uma escrita afetada pelas foras do indizvel. Navegar preciso. Viver no preciso. Davi Codes e Marco Barzano se lanam em uma comunidade ribeirinha na cidade de So Francisco do Conde/BA e apresentam um texto em que, a partir dos enunciados dos pescadores, buscam compreender a paisagem ambiental daquele lugar, a partir das conexes entre o passado e o presente daqueles sujeitos. Encerrando o dossi, Shaula Sampaio e Maria Lcia Wortmann apresentam anlises de textos publicados em jornais e revistas brasileiros, abordando alguns dos signifcados sobre a Amaznia que participam ativamente dos modos como essa regio vem sendo inventada na contemporaneidade. Vida, prticas pedaggicas e curriculares, professores, pescadores, escolas, som, imagem, comunidades tradicionais, Rio, Bahia, Amaznia, Mxico, redes. Recomendo que a leitura deste dossi se inicie no artigo em que as palavras-chave ou ttulos, pequenas pedras desse mosaico, impulsionem curiosidade, ao pensamento que prolifera, que permite ideias diferentes. Leitores e leitoras, vejam que os termos que iniciam esse pargrafo so os mesmos, conhecidos por ns h vrias dcadas. Mas no so os mesmos! Os autores deste dossi pensam de outro modo e apostam em suas diferentes perspectivas terico-metodolgicas. Por isso, do outro sentido quilo que podemos considerar igual e, desse modo, contribuem para pensarmos e considerarmos que uma outra Educao Ambiental possvel. (...) H que se dar as palavras. Marco Barzano