O documento discute os atos acadêmicos de estudar, ler e escrever. Apresenta três tipos de imaturidade que estudantes universitários enfrentam e destaca a importância de ter objetivos claros, organizar o tempo de estudo e conhecer os requisitos do curso. Também discute dois modos de aprender - um modo aquisitivo e outro interativo - e aspectos importantes para estudar como atenção, memória e associação de ideias.
O documento discute os atos acadêmicos de estudar, ler e escrever. Apresenta três tipos de imaturidade que estudantes universitários enfrentam e destaca a importância de ter objetivos claros, organizar o tempo de estudo e conhecer os requisitos do curso. Também discute dois modos de aprender - um modo aquisitivo e outro interativo - e aspectos importantes para estudar como atenção, memória e associação de ideias.
O documento discute os atos acadêmicos de estudar, ler e escrever. Apresenta três tipos de imaturidade que estudantes universitários enfrentam e destaca a importância de ter objetivos claros, organizar o tempo de estudo e conhecer os requisitos do curso. Também discute dois modos de aprender - um modo aquisitivo e outro interativo - e aspectos importantes para estudar como atenção, memória e associação de ideias.
1 os estudantes universitrios chegam s salas de aula com trs tipos de imaturidades: a) imaturidade cultural, aliada gritante falta de hbito de leitura; b) imaturidade psicolgica, n!o havendo por parte dos estudant es uma defini"!o clara de ob#etivos e aspira"$es nem a certe%a de &ue o curso escolhido atender s suas e'pectativas; e c) imaturidade lgica, com falta de se&(ncia lgica de racioc)nio, &uando se coloca por escrito o &ue se pensou* Barnes + , &uando define o bom aluno, refere &ue: ,-oc vai se sair bem se tiver uma vis!o realista do curso* . sucesso nos estudos depende de delinear o retorno &ue /r a#ud0lo* 1ara ter o controle de seu estudo, voc tem de fa%er escolhas e organi%ar seus hbitos* 2er o controle dos estudos implica a necessidade de conhecer os re&uisitos do curso,* 3o tratar do ato de estudar o autor estabelece um rpido debate sobre o ato de aprender* Seguindo na trilha do autor, h dois modos de se aprender: a) um modo a&uisitivo, em &ue o dese#o 4 ter o conhecimento, ad&uiri 15, atrav4s do &ue di% o professor e o livro; e b) um outro modo de aprender, o interativo, em &ue o aluno se envolve, participa, interpreta e d sentido ao &ue o professor e o livro di%em* 1ara enri&uecer o debate, o autor nos remete obra de 6rich 7romm Ter ou ser, pois esta obra e sua id4ia central, contida no prprio t)tulo, representa muito bem os dois modos de aprender, ou se#a, um aluno tem &ue TER, assimilar, decorar e memori%ar o conhecimento, para possuir; e um outro &uer SER, compreender, refletir e entender o conhecimento para poder lembrar* 1ara facilitar o estudar e o aprender entre os estudantes 4 importante destacar e e'ercitar trs aspectos:
a) a aten"!o, &ue pode ser estimulada com e'erc)cios e &ue se fundamenta nos princ)pios de concentra"!o, intermitncia e interesse; b) a memria, &ue se diferencia do decorar*
8ecorar 4 reter a forma material e n!o o conte9do intelig)vel de determinado conhecimento, ao passo &ue memori%ar 4 reter a forma significativa de um conte9do intelig)vel, ou se#a, reter a sua compreens!o* 3 memori%a"!o possibilita o refraseamento de algo conhecido e n!o sua simples repeti"!o* 3 memori%a"!o d condi"$es de reestruturar o conte9do a partir de dados da memria, en&uanto o ter decorado somente possibilita a repeti"!o, ainda limitadamente, e por breve tempo :B3S2.S; K6;;6<)* =
c) a associa"!o de id4ias, &ue 4 uma capacidade &ue possibilita ao estudante relacionar e evocar fatos e id4ias e &ue tamb4m pode ser estimulada com divers os
B3<A6S, <ob* Se#a um timo aluno* S!o 1aulo: 1apirus, 1??B* p *+=*
= .p* cit*, p*+C*
26D2. = Os Trs Atos Acadmicos
Faculdade Integrada do Cear NEAD Ncleo de Educao ! Dist"ncia
e'erc)cios* 1ara formar o hbito de estudar precisamos orientar nossos estudantes a desenvolver e organi%ar: a) o tempo para estudar, pois trinta minutos dirios s!o trs horas e meia por semana, &uin%e horas mensais e cento e oitenta horas por ano, o &ue 4 tempo superior a &ual&uer disciplina; b) o material com &ue estudar, como livros, te'tos, dicionrios e apontamentos das aulas; e c) o local onde estudar, &ue deve r ser agradvel, prprio, em &ue s o estudante arruma eEou toca* Fma boa rotina de estudo tem na aula sua maior referncia* 3ntes da aula 4 interessante fa%er uma leitura do &ue ser tratado; durante a aula as anota"$es s! o bem0vindas, mas devem ser pessoais, refletindo sua compreens!o sobre o &ue o professor tratou e n!o uma cpia do &ue falou; depois da aula uma rpida revis!o dos conte9dos poder estimular novas anota"$es e &uem sabe a elabora"!o de um &uadro0s)ntese da aula assistida*
#$ O ato de ler
Aecessitamos, para produ%ir &ual&uer trabalho, desenvolver a t4cnica de leitura, &ue denominaremos de leitura dirigida* 3 leitura envolve a prtica de dar significado ao mundo &ue nos cerca* -e#amos os momentos da leitura dirigida:
%O%ENTO & DO ATO DE 'ER( ;er para identificar a fonte do te'to, o autor * 7a%er uma leitura geral para apreender a id4iaEmensagem central* A!o sublinhe nada, n!o anote nada ainda, s leia o te'to inteiro*
%O%ENTO # DO ATO DE 'ER( ;er para procurar os significados, id4ias correia tas , conceitos, para destacar os trechos significativos e informa"$es complementares id4ia central* Sublinhei desta&ue tais trechos no te'to* A!o anote nada ainda* S na terceira leitura 4 &ue voc deve iniciar o seu trabalho de escrita*
. ato de ler caminha de um ato mais simples, o entender o &ue est escrito atrav4s da decifra"!o da escrita :n)vel 1), para um ato mais elaborado, &uando ler 4 para se informar :n)vel +), avan"a para uma interpreta"!o autGnoma onde se compreende criticamente o autor lido ou a realidade observada :n)vel =) culmina ndo com o ato de contraler, &ue 4 o n)vel mais comple'o do ato de ler, pois a) o leitor briga com o autor, contesta0o e refa% id4ias* -e#amos algumas pistas para o ato de ler:
H
8escobrir os conceitos0chave e compreend0/os; H
/dentificar os autores &ue o autor cita e suas id4ias e concep"$es; H
8escobrir a contribui"!o prpria do autor lido ao tema em &uest!o; e H
-erificar se o pensamento do autor est vinculado a algum paradigma*
26D2. = Os Trs Atos Acadmicos
1ara Iartins J , a leitura do mundo, como pensava e afirmava 1aulo 7reire, precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura da&uele* -e#amos algumas indica"$es facilitadoras do ato de ler:
H
1ercorra o livro, verificando a contracapa eEou as orelhas, o )ndice e e'aminando rapidamente as pginas, para um reconhecimento geral; H
Sublinhe e desta&ue trechos; H
7a"a perguntas: estabelecendo compara"$es; &uestionando a verdade das proposi"$es; verificando a validade dos argumentos e locali%ando generali%a"$es e suposi"$es; H
7a"a uma revis!o* Auma tentativa de sinteti%ar as id4ias, apresentamos a seguir um diagrama ilustrativo sobre o &ue 4 leitura* DIA)RA%A & O *+E , 'EIT+RA
. bom leitor, e o mau leitor tm habilidades e hbitos distintos, destacados es&uematicamente por Bastos e Keller B *
-O% 'EITOR %A+ 'EITOR .b#etivo determinado ; sem finalidade Fnidades de pensamento ; palavra por palavra -rios padr$es de Fm s ritmo vagaroso -elocidade A!o a v alia 3 valia -ocabulrio limitado
NECESSIDADE DO %+NDO DA 0A'A2RA SENSORIA' E%OCIONA' RACIONA' RES0OSTA F4SICA
FA5ENDO SENTIDO
RES0OSTA INTE'ECT+A'
NECESSIDADE 26D2. = Os Trs Atos Acadmicos
Bom vocabulrio A!o tem habilidades para >onhecer o livro Kabilidades para >onhecer livros A!o sabe &uando /nterromper a leitura Sabe &uando /nterromper a leitura A!o discute o &ue l 8iscute o &ue l A!o forma biblioteca 7orma sua biblioteca S l um tipo de assunto ; vrios assuntos ; pouco e n!o gosta de ;er Sabe e gosta de ler
. leitor &ue dese#a <6SFI/< FI 26D2. poder l0/o e a partir da) hierar&ui%ar as id4ias &ue se destacaram nos t)tulos, subt)tulos e dentro do prpri o te'to :palavras0chave)* 8epois poder criar um sistema de cdigos, setas, desenhos eE ou um diagrama, como o &ue apresentamos sobre o &ue 4 leitura* . <esumo poder ser produ%ido com base no es&uema elaborado, como se estiv4ssemos escrevendo o &ue o es&uema representa eEou destaca* . leitor &ue dese#a 3A3;/S3< FI 26D2. poder, aps elaborar o resumo, procurar resposta para as seguintes &uest$es:
*uest6es Fun6es mentais
. &ue o autor afirmaL Mual o significado da afirma"!o do autorL
3preens!o
.nde se verifica tal problemaL Muais as partes constituintes do te'toL
6ntendimento 3plica"!o Muais as id4ias essenciaisL Mual o valor lgico das id4iasL 3nlise S)ntese Nulgamento
>omo pensar ou agir perante o conhecimento ad&uiridoL >riatividade
<angel C 1= destaca &ue as dinOmicas de leitura s!o t4cnicas e, como tal, s!o procedimentos de trabalho do professor, podendo ser e'perienciadas em sala de aula de &ual&uer disciplina e n)vel de ensino* 3 autora e'p$e =P dinOmicas &ue podemos utili%ar para estimular a leitura em sala de aula*
7$ O ato de escre8er te9tos
.s te'tos ser!o tratados como unidades de significa"!o, de acordo com SaQeg0Si&ueira P 1J* .s te'tos assim considerados s!o unidades com completude, um con#unto coerente e ordenado de id4ias* .s te'tos dever!o ter: a) FI3
C
<3AR6;, IarQ* 8inOmicas de leitura para sala de aula* 11*ed* 1etrpolis: -o%es, 1???*
<676<TA>/3: o assunto a &ue se refere; b) FI3 26I3 2/U3VW.: o enfo&ue , a delimita"!o do assunto* .s te'tos se organi%am e se e'pandem na seguinte se&(ncia:
H
Fma situa"!o inicial onde recupera um saber partilhado, # conhecido* H
Fma informa"!o nova, uma proposi"!o &ue se &uer defender ou propor* H
Fm con#unto de #ustificativas relativas ao item anterior* H
Fma conclus!o*
-e#amos a seguir a organi%a"!o macro e microestrututral do te'to:
DIA)RA%A # O TE/TO
.s problemas mais encontrados nos te'tos segundo o autor s!o os seguintes:
H 8igress$es: trechos &ue se desviam da referncia e da temati%a"!o; H <edundOncias: uso repetitivo de termos desnecessrios; H /nade&ua"$es: comentrios &ue tomam os conte9dos falseveis, vagos, pouco claros; H ;acunas: ausncia de uma parte ou de uma id4ia responsvel pela liga"!o entre duas ou mais partes do te'to; H 8eslocamentos: uma parte ou id4ia em local inade&uado; H >ontradi"$es: id4ias &ue se contradi%em*
O TE/TO
OR)ANI5A:1O %ICROESTR+T+RA'
OR)ANI5A:1O %ACROESTR+T+RA' COER;NCIA COES1O
TODO ENCADEADO SE% O0OSI:<ES CO% 2A'OR DE 2ERDADE
DESI)NA:1O DA REFER;NCIA CO%ENT=RIOS I%-RICA%ENTOS SINT=TICOS ENCADEA%ENTO '>)ICO .s conhecimentos pr4vios para escrever um te'to s!o:
a) conhecimento ling()stico; b) conhecimento dos tipos de te'to e suas caracter)sticas; c) conhecimento do mundo*
-e#amos os tipos de te'tos &ue podemos produ%ir e algumas de suas caracter)sticas definidoras:
a) 2e'to 8escritivo: descreve a situa"!o, os aspectos e'ternos, histricos, informa"$es* X a representa"!o verbal de uma coisa, ser, paisagem, estado de esp)rito, atrav4s da indica"!o dos seus aspectos mais caracter)sticos* X preciso mostrar as rela"$es, saber selecionar os detalhes, saber reagrup0/os e analis0los* b) 2e'to Aarrativo: sua mat4ria 4 o fato :acontecimento)* Seus elementos s!o: o &u, &uem, como, &uando, onde, por &u* 6m ordem cronolgica* c) 2e'to 8issertativo: X o desenvolvimento de uma id4ia geral, baseado na divis!o e enumera"!o de seus vrios aspectos, seguindo0se a sua comprova"!o ou #ustifica"!o* >onsideramos o te'to dissertativo o mais comple'o, e, para au'iliar na sua constru"!o, ve#amos alguns aspectos relativos a suas partes constitutivas:
INTROD+:1O
DESEN2O' 2I%ENTO CONC'+S1O X o &ue n!o admite nada antes e pede a/guma coisa depois*
8eve apresentar a id4ia diretri%, o roteiro de leitura, o plano do desenvolvimento*
1arte 1: discriminar os aspectos*
1arte +: fundamentar com ra%$es, provas, e'emp/os, pormenores, a declara"!o da parte 1*
1arte =: a s)ntese X o &ue pede alguma coisa antes e n!o admite nada depois*
1ode ser um con#unto de aprecia"$es sucintas, comentrios pessoais do autor, uma generali%a"!o*
-I-'IO)RAFIA
26/D6/<3, 6li%abeth* As trs metodologias: acadmica, da cincia e da pes&uisa* 1etrpolis, <N: -o%es, +55B* p*+J0=J*