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A Ética de Espinosa
Parte 1

Sobre a biografia de Espinosa, faremos algumas considerações nesta primeira parte


de nossa série.
Baruch de Espinosa era filho de pais portugueses e judeus. Ser judeu em Portugal no
século XVII não era bom negócio. Por isso, Espinosa nasceu e foi criado na Holanda, onde
recebeu ortodoxa educação.
Os estudos bíblicos e religiosos de Espinosa entraram, em certo momento, em
conflito com outras fontes de idéias, entre elas, as de Descartes (“cogito, ergo sum” /
“duvido, logo sou”).
Descartes defendia que não se deve jamais nada receber como verdadeiro que não
tenha sido anteriormente provado por boas e sólidas razões. Duvidar sempre.
Duvidando, Espinosa complicou suas relações com a ortodoxia judaica na Holanda.
Chegou a ser esfaqueado por um judeu, na saída de um teatro, flagrante da ira que
suas idéias já suscitavam.
Foi excomungado. Mas a excomunhnão, que hoje é um acontecimento facilmente
obliterável da memória, naquela época significava a própria exclusão da vida social. A ele
não era permitido se aproximar de ninguém a uma distância menor que 10 passos.
Ninguém podia se referir a ele, com ele não podiam comer, em suma, estava
completamente isolado. Neste momento, declarou que finalmente estava livre para
filosofar.
Mudou-se. Virou polidor de lentes, sinal de que sua saúde financeira já não era boa.
Passou o resto de sua vida (em torno de 20 anos) neste trabalho, que lhe rendeu sérios
problemas respiratórios, causando-lhe a morte precoce aos 44 anos.
Na próxima parte desta série, começaremos a estudar os principais conceitos
espinosanos. A energia vital, os afetos, a alegria, a tristeza e tantas outras reflexões de
emocionar. Aguarde!

Para saber em mais detalhes a trajetória de Espinosa, consulte:


http://www.benedictusdespinoza.pro.br/4939/15139.html

Rua Maranhão, 620 – cj. 141


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