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CICLO B
Com que alegria a mulher do Evangelho não voltaria para casa, depois de
ter dado tudo o que tinha! Que surpresa não terá sido a sua quando, no seu
encontro com Deus depois desta vida, pôde ver o olhar comprazido com que
Jesus a olhou naquela manhã em que fez a sua oferta! Todos os dias esse
olhar de Deus pousa nas nossas vidas.
Com esta última expressão, talvez São Paulo se refira à generosidade com
que os seus colaboradores mais leais se entregaram à evangelização.
Comentando a passagem, São Tomás afirma que “assim deve ser a ordem ao
dar: que primeiro o homem seja aceito por Deus, porque, se não é grato a
Deus, também os seus dons não serão recebidos”12. A esmola, em qualquer
das suas formas, é expressão da nossa entrega e do nosso amor ao Senhor.
Dar e dar-se não depende do muito ou do pouco que se possua, mas do amor
a Deus que se tenha na alma. “A nossa humilde entrega – insignificante em si,
como o azeite da viúva de Sarepta ou o óbolo da pobre viúva – torna-se
aceitável aos olhos de Deus pela união com a oblação de Jesus”13.
A esmola deve ser feita com pureza de intenção, olhando para Deus, como
aquela viúva mencionada por Jesus no Evangelho; com generosidade, com
bens que muitas vezes nos seriam necessários, mas que o são muito mais
para os outros; evitando ser mesquinhos ou tacanhos “com quem tão
generosamente se excedeu convosco, até se entregar totalmente, sem medida.
Pensai: quanto vos custa – também economicamente – ser cristãos?”16