You are on page 1of 16

2ª Edição Eletrônica

Poesia

CÉLIA LAMOUNIER
Editora

Capa e Edição Eletrônica: L P Baçan

Outubro de 2009
Londrina - PR

Direitos exclusivos para língua portuguesa:


Copyright © 2009 dos Autores e da Editora

Distribuição exclusiva através da


Biblioteca Virtual "Célia Lamounier” e SCRIBD.

Autorizadas a reprodução e distribuição gratuita


desde que sejam preservadas as características originais da obra.

Visite o site e conheça o trabalho de Célia Lamounier.

www.celialamounier.net

2
ÍNDICE

A EDITORA
NO CANTAR DA HORA – ABRIL DE 2003

3
CÉLIA LAMOUNIER

Nasceu em 19.07.43, em Itapecerica, MG, onde reside atualmente, filha


de Raymundo Nonato de Araújo e Isaura Lamounier de Araújo.
Advogada, divorciada, aposentada TCE/MG, escritora e jornalista.
Presidente Academia Itapecericana de Letras e Cultura.
Sócia da Academia Municipalista de Letras de MG.
Instituto Histórico e Geográfico de MG – IHGMG ( e + outras).
Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – AJEB.
REBRA – ACLCL – AVBL Academia Virtual Brasileira de Letras.
Vice presidente Clube da Serena Idade de Itapecerica, MG.

Obra Literária: Livros publicados:


Entardecer de Lágrimas - 1978
Cidades e Trovadores - 1982
Sirgas e Organsins – 1986
Itapecerica antologia l – 1993
Passo a Passo – 1998
Dicionário dos Padres de Itapecerica/2001
No site Avbl o livro virtual - Passo a Passo - 2002
Verbete – Dicionário de Mulheres de Hilda Hubner – RS
Dicionário de Poetas Contemporâneos RJ/91(e + outros)

4
Participação em 50 antologias nacionais com premiações
Sites com trabalhos da autora:
www.celialamounier.net
www.celialamounier.hpg.com.br
www.notivaga.com
www.avbl.com.br - ensaios
www.celialamounier.hpg.com.br
www.itapecericamg.cjb.net
www.blocosonline.com.br/literatura
www.vaniadiniz.pro.br
www.jamulher.hpg.ig.com.br
www.usinadeletras.com.br
http://planeta.terra.com.br/arte/ateneu
www.geocities.com/~rebra/autores/622port.html

5
Nº 01 - Abril de 2003

Mini-biografia

CÉLIA LAMOUNIER DE ARAÚJO


Nasceu em 19.07.43 - teve três filhos e reside em Itapecerica - MG. Foi
aluna ativa e atuante, amiga e líder, cantora e atriz, gostava de esportes,
carnaval e dança. Exerceu atividades variadas e foi "pau de toda obra" e deu
conta do recado sendo uma vencedora nos caminhos da vida. Hoje é ativista
cultural, poeta e advogada. Em seu rosto há um sorriso, nas canções uma voz
morna e nos seus versos a sensibilidade lírica aliada ao convite de alegria e
paz. Editora dos jornais: Janelão anos 70/71, Itapecerica, Diário da Manhã
(Ipatinga), Quatro Bicas, Impacto. Colaboradora em vários outros jornais e
revistas literárias.
Publicações - Livretos Cidade Itapecerica, Cidades e trovadores, As
quatro faces de Célia.
LIVROS: Entardecer de Lágrimas 1978, Sirgas e Organsins 1986,
Itapecerica/93, Passo a Passo/98 e Dicionário dos Padres de Itapecerica 2002.
Livro virtual: Ternura Azul - www.celialamounier.hpg.com.br

6
Entidades: sócia fundadora da Academia de Letras de Ipatinga 1978,
sócia fundadora Academia Itapecericana de Letras e Cultura 1980, sócia da
União Brasileira de Trovadores 1978, sócia da Academia Municipalista de
Letras de MG 1980, da Academia Feminina Mineira de Letras 1984/99 -
IHGMG - ACLCL - AVBL e várias outras.
Obras: 50 Antologias, vários prêmios em concursos. Ebooks na
Biblioteca virtual: Passo a Passo no www.avbl.com.br, De(z)encontros,
Ternura Azul e Antologia Ateneu no www.celialamounier.net

NO CANTAR DA HORA - Célia Lamounier para AMIGOS:

Eu escrevi sem nem saber a quem


Estava tão vazia de amizade
Queria ouvir uma palavra quente
Que tivesse gosto de saudade.

Queria ouvir, mas o telefone mudo


O meu simples desejo me desatendeu
Chamou, chamou... e o som agudo
Sozinho na noite triste se perdeu.

Então eu escrevi o que sentia


Fiz do papel meu doce confidente
E disse... apenas disse que sofria
Por estar aqui e você ausente.

Queria uma voz na noite


E o papel calado ali nem me sorria
Na SOLIDÃO não era companhia:
É que a saudade, o papel não sente.

"Blind Joker" Subjet - REVISTA CEN - Célia:

Olá, Celinha, parabéns novel redatora!!!


Quero pedir desculpas, pela besteira que fiz, a resposta que era sua, foi
parar na mão da Cris, embora tardio, meus parabéns, pois estou muito feliz.

7
Além de bela poetisa e especial escritora, por seus próprios méritos, serás
boa redatora, terás muito sucesso, pois és uma vencedora.
Se algum dos meus textos, poder ser aproveitado, desde já eu autorizo, a
que seja publicado, ficarei muito orgulhoso, dessas "feras" ter ao lado.
Receba aí um beijão, desse poeta baiano, que Deus a proteja e ajude, em
seus novos planos e que ainda sejamos amigos, daqui a cinquenta anos.
E se achar que vale a pena, meus textos pode publicar, nessa futura
Revista C E N, que você vai editar e por ser muito bonzinho, nem direitos vou
cobrar.
Blind Joker - Luís Campos - Salvador BA

Poetas Livres - OlgaMatos - Ateneu

Os tesouros que sonhei,


deles restaram pouco,
do pouco que reservei,
faço isca para outros!

Nunca terei arca cheia,


mas sempre o suficiente,
para repartir ao meio,
pisar fundo e ir vivendo!

Nessa quadra da vida,


ainda posso ufanar-me,
ao atirar as iscas,
vejo que inda sei pescar!

Vejam , hora experimento


o beijo de uma lágrima,
de puro contentamento,
mornura que vem da alma!

Poetas em liberdade,
do peito exalam afetos,
ofertam cor às palavras,
e delas fazem coberta!

8
São seu teto, seu escudo,
murmúrios de ternas fontes,
são seu ontem, seu futuro,
seu presente horizonte !

No dia em que eu te encontrar - VALDEZ - Ateneu

Quando eu te encontrar? O que faço?


Dou-me à vertigem silente do abraço,
Ou fruo dos teus beijos o alvorecer?
Se me deixo às carícias dos teus lábios,
Com certeza se irão os meus ressábios
Nas fragâncias que soem acontecer.
Nem rejuvenecer nem envelhecer...
Vou, eu sei, sei que vou viver
A sensação de que serei eterno...
Que voarei nas asas da ternura,
Agasalhado num colo de candura,
Infenso aos rigores do inverno.
Não é provável que vá endoidecer...,
Privar-me da razão ou ve-la fenecer.
Quero sentí-la num galope manso,
Cada momento fruido alegremente;
O carinho pausado, docemente...
Se apresso, verá... logo me canso.
Sim, quando te encontrar serei presente,
Teus dias e tuas noites, tão somente...
Os sonhos que querias, e serei saudade.
Serei de tudo um pouco: a tua ilusão,
Aquele que te envolve o coração;
Serei o anjo bom, a tua liberdade.
Quando te encontrar serás meu mundo,
A minha compaixão, meu eu profundo.
Não quero ver o tempo acorrentado.
Que o deixem correr vertiginosamente.
Enquanto nos amarmos loucamente,
Com certeza o veremos perpetuado

9
E u V i - Lucelena Maia - Ateneu

Noite enluarada, e eu sentada na areia


molhada, entregue as ondas do mar
que acariciam meus pés em total alegria
brincando graciosamente de me insultar.

Cantam agitadas, seduzindo o meu olhar


que hipnotizado deixa-se capturar ao som
e para que eu não desista de observar
elas se juntam em aquarela no horizonte.

Já vai longe a silhueta da madrugada


sem que consigam se comportar
e entre uma contemplada e outra
vejo margaridas no limite do mar.

Levanto e curvo-me perante às águas


por ver na cena uma pintura arrebatadora
águas vestidas de margaridas, camufladas
ao vespertino olhar de uma matrona.

Canto de amor - José Ferreira Marques

Eu canto o amor verdadeiro


que fere o peito,
silente, certeiro.
qual flecha de arqueiro
em tiro perfeito
e prostra rendido
o desprevenido
fiel coração.
Eu canto o puro sentir
a dor de amar,
em prantos carpir
o insone sonhar,
a doce ilusão
de ter no amor

10
o amenizar,
a cura da dor.
Eu canto a tarde fagueira
em que tu entraste,
sorrindo faceira
no meu coração
e não mais deixaste,
gentil feiticeira,
de ser para mim
a eterna paixão.

Quando Chegares - Rose Mary Sadalla

Deixa-me esperar por ti amor


E quando chegares vou acender as luzes
Abrir as cortinas e me despir no palco
Liberar minhas fantasias no cenário ardente
Me banhar de fragrâncias ensaios e encantos
Acariciar meu corpo nas brasas de cada ato
Onde somente eu dirijo e comando o espetáculo
Ficar embriagada com teus gestos na platéia
Aplaudindo de pé com calorosa explosão
Os papéis que interpreto de fêmea e mulher
Amante e Messalina, vadia e doce menina
Sem nome , sobrenome e sem referências
No cartaz que ilumina o nome da peça
Apenas uma qualquer, apenas uma mulher
As luzes apagam e a cortina desce no cenário
Sou a estrela solitária do meu ato final.

C o l i s ã o - Angélica T. Almstadter

Sou um cometa em rota de colisão


Venho do infinito
Direto para o seu coração
No rastro de um grito
Sou o cometa da emoção

11
Não me apare, vou colidir
Nada pode me barrar
Quando ouvir o meu zunir
Estou entrando sem derrapar
Sou um cometa fumegante
Estou atravessando suas esferas
Entrando nesse instante
Com meus sonhos e quimeras
Vou explodir no seu peito
Espalhar-me em seu viver
Incendiar o seu leito
Só a você pertencer

VENTO E CHUVA - Simone Barbariz

Corpo molhado
Com água que escorre
Do céu
Em forma de gotas de chuva

Refrescante sensação
Em se banhar
Numa chuva de verão
Limpando a alma

Gotas que escorrem


Pela testa, maçã do rosto,
Queixo, pescoço
Gotas que deslizam pelos seios

Arrepios nos pêlos


E fiapos de cabelos
Com a suave brisa
Que sopra leve

Água e vento
Perfeita combinação
Entre liberdade
E ousadia...

12
SEGREDOS DO MAR - Elane Tomich

O mar esconde detritos


de fábulas da humanidade,
num vai e vem de lembranças,
num vai e vem de saudades

Ondas quebram-se em dores


esculpidas em rochedos,
pecados de pescadores,
que ali gravaram segredos.

O vai e vem do oceano,


tempo dos navegadores,
une o inverso dos anos,
em contas, corais de amores.

E em naufrágio de amores,
morte mansa dos amantes,
alma dos navegantes,
os de hoje, os de antes.

Entre acertos e enganos,


rasgando vontade em rotas,
trouxeram perto o distante,
do medo fizeram portas.

Porque, do homem o destino,


é deixar trilhas , cidades,
ilhas, tranquilidade,
por raios de tempestade.

Ser das águas peregrino,


do impreciso, inquilino,
achar-se no sul do azul,
norte,rosa dos ventos.

13
Enfim, estar confortável,
vagando ao léu do improvável,
num berço em concavidade,
em sensual umidade.

Adágio - Cristina Pires Ateneu

A musica que toco docemente,


Em acordes repetidos da vida,
São notas que saem de trás para a frente,
Ensaio em dó maior, ré da despedida.

O dedilhar da composição mudou,


A musica já não é como dantes,
E o som distorcido não apaziguou,
A voz das minhas dores lancinantes.

O cântico solitário do alvor,


Perdido no ritmo e sem sintonia,
Preserva-se de aplausos e de primor.

Finda o adágio composto pra um dueto!


Se sem tenor só existe alegoria...
Calo-me! Pior é a emenda que o soneto.

Pranto do infinito - Lizete Abrahão - Ateneu

Chuva é água que alimenta


O homem faminto de amor
É água pura pra alma sedenta
Qual semente se abrir em flor

Gotas que cavalgam no vento


Batem em todas as janelas
A dizer que não são lamento
São cristais de nuvens belas

14
Marejam os olhos do infinito
Que deixa escorrer suave pranto
Chora em chuva, vento e grito
Só pra ouvir de um vate o canto

Jóias preciosas lançadas do céu


Para coroar os poetas em solidão
Nem de tristeza nem cinzento é o véu
São musas aspergindo inspiração

13 -VERTENTE - Dalva Agne Lynch

Em desafio eu indago
por que alguns nascem lago
e eu nasço vertente?
Há plantas e gente
na tranqüilidade do lago...
Eu sei que há, sim!
Mas não para mim.
Por destino carrasco
Nasci do penhasco.
E minha água de vida
verte, sofrida
da aridez.

Que a semana seja farta de alegrias e versos.


Célia Lamounier – www.celialamounier.net

15
16

You might also like