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A Justiça Atributiva de Deus.

Em termos forenses justiça e dar a cada um o que e seu de direito. Em


termos teológicos justiça e um atributo comunicável de Deus. Mediante o
qual por meio de cristo ele absolve pecadores culpados de sua culpa nas
palavras do apóstolo Paulo “Justificados em Cristo” vejamos o que diz a
confissão de fé de WESTMINSTER Cap. 12 cessação I “ I. Os que Deus
chama eficazmente, também livremente justifica. Esta
justificação não consiste em Deus infundir neles a justiça, mas em perdoar
os seus pecados e em considerar e aceitar as suas pessoas como justas.
Deus
não os justifica em razão de qualquer coisa neles operada ou por eles feita,
mas somente em consideração da obra de Cristo; não lhes imputando como
justiça a própria fé, o ato de crer ou qualquer outro ato de obediência
evangélica, mas imputando-lhes a obediência e a satisfação de Cristo,
quando eles o recebem e se firmam nele pela fé, que não têm de si
mesmos,
mas que é dom de Deus.”
A primeira seção deste capítulo trata, ainda, de um ponto de discussão
entre
protestantes e católicos. Conquanto entre os protestantes houvesse
divergência acerca de
elementos secundários concernentes a esta doutrina, todos caminhavam
sobre o mesmo
fundamento: “Justificação definida como uma declaração forense de que o
pecador é
justo... Deliberada e sistemática distinção feita entre justificação e
santificação e iustitia
aliena de Cristo como a justiça justificadora, externa ao homem e imputada
a ele”. 15
Tais definições básicas foram foco de discussão no século que antecedeu o
da
elaboração da CFW, quando protestantes e católicos expunham seus pontos
de vista
sobre a referente doutrina. Se os protestantes defendiam as bases expostas
nesta seção,
ratificadas pelas supracitadas palavras de McGrath, os católicos advogavam
uma
justificação infusa, não forense e que se confundia com a santificação.
Segundo Hodge,
“Os romanistas usam o termo “justificação” num sentido vago e geral, como
que incluindo imediatamente o perdão dos pecados e a infusão da graça. Os
socinianos, bem como os que ensinam a teoria da influência moral da
expiação, consideram a justificação no mesmo sentido de santificação; isto
é, tornar uma pessoa pessoalmente santa. O verdadeiro sentido de
justificação, expresso supra, consiste, quando tomada em sua conexão com
a
fé, no grande princípio central da Reforma, realçada e triunfantemente
defendido por Lutero.”
. O Significado de "Imputação". Imputar algo a uma pessoa significa pôr
esse algo em sua conta (creditar) ou contá-la entre as coisas que lhe
pertencem – ser-lhe creditado, e o que lhe é imputado passa a ser
legalmente seu; é-lhe contado como sua possessão. Imputar significa
contar, creditar, atribuir. Enquanto se faz referência ao significado de
imputar, não importa quem é o que imputa, se é um homem (1 Samuel
22.15) ou Deus mesmo, como vemos em Salmo 32.2; não importa o que é
imputado, se uma boa ação para recompensa (Salmo 106.30) ou uma ação
má para castigo (Levítico 17.4); e, finalmente, não importa se o imputado é
algo que nos pertencia pessoalmente antes da imputação, como no caso
citado anteriormente do Salmo 106.30, donde se imputa a Finéias sua
própria boa ação, ou algo que não nos tem pertencido previamente, como é
o caso em que Paulo pede a Filemom que uma dívida que não é sua
pessoalmente, lhe seja colocada em sua conta (Filemom 18) . Em todos
estes casos a ação de imputar é simplesmente colocar algo em alguém… De
forma que, quando Deus, no caso aqui, diz "imputar pecado" a alguém, o
significado é que Deus considera o tal como pecador e em consequência,
culpável e merecedor de castigo. Semelhantemente, a não imputação de
pecado significa simplesmente não atribuir essa carga como base do castigo
(Salmos 32.2). Da mesma forma, quando Deus diz “imputar justiça” a
uma pessoa, o significado é que Deus considera judicialmente tal
pessoa como justa e merecedora de todas as recompensas a que tem
direito toda pessoa justa (Romanos 4.6-1 1)".
Base da Justificação.
A dupla imputação de pecado e justiça (referidos a Cristo e ao crente) forma
a base da justificação.
1. Os pecados dos crentes foram imputados a Cristo – por isto Ele sofreu e
morreu na cruz (1 Pedro 2.24; 2 Coríntios 5.21). Cristo foi feito legalmente
responsável pelos pecados do crente, e sofreu o justo castigo que a este
correspondia. Ao morrer no lugar do crente, Cristo satisfez as demandas da
justiça e o libertou para sempre de toda possibilidade de condenação ou
castigo. Quando os pecados do crente foram imputados a Cristo, o ato de
imputação não fez a Cristo pecador ou contaminou Sua natureza –
tampouco, de modo algum afetou Seu caráter; este ato só tornou Cristo o
responsável legal de tais pecados. A imputação não troca a natureza de
nada; somente afeta a posição legal da pessoa.
2. Jesus Cristo viveu uma vida perfeita – guardou completamente a lei de
Deus. A justiça pessoal que Cristo obteve durante Sua vida na terra é
imputada ao pecador no momento em que este crê. A justiça de Cristo é
outorgada ao crente; e Deus o vê como se ele mesmo houvesse feito todo o
bem que Cristo fez. A obediência de Cristo, Seus méritos, Sua justiça
pessoal é imputada (atribuída) ao crente. Isto de modo algum troca a
natureza do crente (como também a imputação de pecados a Cristo não
muda a Sua natureza); somente muda a posição legal do crente diante
de Deus.
O Meio da Justificação.
O meio pelo qual o pecador recebe os benefícios da obra salvadora
de Cristo (Sua vida sem pecado e Seu sacrifício), é a fé nEle.
Ninguém pode ser justificado senão pela fé; no entanto, ninguém é
justificado sobre a sua fé. A fé, em si mesma, não salva o pecador;
porém o leva a Cristo, o qual é quem, de fato, salva; portanto, a fé,
conquanto seja um meio necessário para a justificação, não é em si
mesma a causa ou a base da justificação. "Paulo disse que os crentes
são justificados dia pisteos (Romanos 3.25), pistei (Romanos 3.28) e
ek pisteos (Romanos 3.30). O dativo e a preposição dia, representam
a fé como meio instrumental pelos quais Cristo e Sua justiça são
imputados; a preposição ek mostra que a fé ocasiona, e logicamente
precede, nossa justificação pessoal. Paulo nunca disse, e sem dúvida
negaria, que os crentes são justificados dia pistin, ou seja, por causa
de sua fé. Se a fé fosse a base da justificação, a fé seria, com efeito,
uma obra meritória; e a mensagem do evangelho seria, depois de
tudo, meramente uma nova versão da justificação por obras, doutrina
considerada por Paulo como irreconciliável com a graça, e destrutiva
espiritualmente (Compare Romanos 4.4 ; 11.6; Gálatas 4.21-5.12).
Paulo considera a fé, não como a causa da justificação, mas como a
mão vazia, estendida, que recebe a justiça ao receber a Cristo".

D. A Distinção entre Justiça "Imputada" e Justiça "Pessoal".


Devemos ter o cuidado de não confundir a justiça imputada (a qual
recebemos pela fé e que é a única base de justificação) com os atos
pessoais de justiça (santidade), realizados pelos crentes como
resultado da obra do Espírito Santo em seus corações. Hodge disse:
"A justiça pela qual somos justificados, não é algo feito por nós nem
nada que tenhamos forjado em nós mesmos, mas algo feito por nós e
a nós imputado. E a obra de Cristo, o que Ele fez e sofreu para
satisfazer as demandas da lei (…) não é nada que tenhamos criado ou
forjado em nós ou algo inerente em nós. Por isso dizemos que Cristo é
nossa justiça; que somos justificados por Seu sangue, Sua morte, Sua
obediência; somos justos nEle e somos justificados por Ele, ou em Seu
nome. A justiça de Deus, revelada no Evangelho e pela qual somos
constituídos justos é, portanto, a justiça perfeita de Cristo, a qual
cumpre completamente todos os requisitos da lei a que os homens
estão obrigados e que todos os homens têm quebrado."
A base da justificação é A OBRA DE CRISTO, e O MEIO da justificação
é a FÉ EM CRISTO.

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