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http://www.dizerodireito.com.br/2014/03/estupro-e-conjuncao-carnal-nao.html
em razo da alegada menor gravidade da conduta (STJ. 6 Turma. REsp 1313369/RS, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 25/06/2013). O juiz, nesses casos, dever utilizar o princpio da proporcionalidade no para tipificar o crime (desclassificando para estupro tentado), mas sim para fazer a dosimetria da pena dentro dos limites previstos na lei (de 8 a 15 anos). Assim, o julgador poder aplicar uma pena maior para as hipteses em que houve conjuno carnal, por exemplo, e uma reprimenda mais prxima ao mnimo para as situaes em que houve outros atos libidinosos menos invasivos. Vale ressaltar que, em tese, at possvel a tentativa no caso do crime do art. 217-A do CP. No entanto, para que seja tentativa, o agente no pode ter praticado algum ato libidinoso, pois, se j o tiver, o crime se consumou. Resumindo: A consumao do delito de estupro de vulnervel (art. 217-A do Cdigo Penal) se d no apenas quando h conjuno carnal, mas sim todas as vezes em que houver a prtica de qualquer ato libidinoso com menor de 14 anos. No caso, o agente deitou-se por cima da vtima com o membro viril mostra, aps retirar-lhe as calas, o que, de per si, configura ato libidinoso para a consumao do delito de estupro de vulnervel. O STJ entende que inadmissvel que o Julgador, de forma manifestamente contrria lei e utilizandose dos princpios da razoabilidade e da proporcionalidade, reconhea a forma tentada do delito, em razo da alegada menor gravidade da conduta. STJ. 6 Turma. REsp 1.353.575-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 5/12/2013 (Info 533).