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A MILENAR PRESENÇA
INDÍGENA E O GENOCÍDIO
“Os índios padeceram e padecem – síntese
do drama de toda a América Latina – a
maldição de sua própria riqueza (...) As
matanças dos indígenas começaram com
Colombo e nunca cessaram”.
Eduardo Galeano.
As veias abertas da América Latina.
“Se a colonização destrói o colonizado, ela
apodrece o colonizador [...]
Se o colonizador defende o sistema colonial com
tanta firmeza, é porque é mais ou menos
beneficiário dele. A mitificação reside no fato
de que, para defender seus interesses, ele
defende outros infinitamente mais
significativos”
O Genocídio foi um
ato defensivo do
civilizado?
“Não se salvam, atualmente, nem mesmo os índios
que vivem isolados no fundo das selvas. No começo
deste século, sobreviviam ainda 230 tribos no Brasil;
desde então desapareceram 90, aniquiladas por obra e
graça das armas de fogo e micróbios. Violência e
doenças, pontas de lança da civilização: o contato
com o homem branco continua sendo, para os
indígenas, o contato com a morte”.
Eduardo Galeano.
As veias abertas da América Latina.
“Com a chegada dos seringueiros, os povos sem
história se tornaram apenas objeto de uma
história que se constrói sem eles ou sobre eles,
raramente com eles. Mal inevitável mas
superável, o destino do índio é a civilização ou o
extermínio [...] após serem massacrado e
perder suas terras são integrados à cultura
local como folclore ou símbolo da gloriosa
conquista do povo seringueiro”
José Pimenta. A história oculta da floresta
“Para o índio, o seringal e toda indústria
extrativista tem representado a morte pela
negação de tudo o que ele necessita para
viver: ocupa-lhe as terras, dissocia sua
família, dispersando os homens e tomando as
mulheres, destrói a unidade tribal [...]
submete o índio a um regime de exploração,
ao qual nenhum povo poderia sobreviver [...]
só resta ao índio resistir”
Darcy Ribeiro. Os índios e a civilização.
“Durante a maior parte do século XX, os povos
indígenas acreanos desapareceram de uma história
oficial que nunca os considerou como atores. Símbolo
dessa invisibilidade da questão indígena, a FUNAI
começa a atuar realmente na região apenas em 1975.”
Euclides da Cunha.
GENOCÍDIO: Crime contra a
humanidade, que consiste em,
com o intuito de destruir, total
ou parcialmente, um grupo
nacional, étnico, racial ou
religioso, cometer contra ele
qualquer dos atos seguintes:
matar membros seus; causar-
lhes grave lesão à integridade
física ou mental;
submeter o grupo a
condições de vida capazes
de o destruir fisicamente, no
todo ou em parte.
“É impossível entender os grupos que atualmente
ocupam o atual território do Acre sem nos remetermos
à questão da origem e distribuição dos povos
indígenas no Continente Americano [...] Os primeiros
habitantes da Amazônia chegaram pelo norte, sudoeste
e pelos Andes. Pertenciam às famílias Carib, Aruak e
Tupi-Guarani. Estes grupos foram se disseminando ao
longo da floresta tropical de forma sucessiva, por volta
de 1.500 a.C [...] é impossível compreender
claramente as sociedades tribais pré-colombianas”
PAPO DE ÍNDIO
Publicado no Página 20, Rio Branco, 29/04/2007.
http://maryallegretti.blogspot.com/2007/04/papo-de-ndio-
como-analisar-o-impacto-de.html
“É ingenuidade supor, pelo exposto acima, que a
exploração de petróleo e gás se resuma a aumentar as
arrecadações estadual e municipais para uso em fins
sociais e ecológicos. Custa crer, ainda, que essa
agenda da ligação viária e energética esteja em
construção ante nossos olhos, sem que a sociedade
acreana e brasileira esteja discutindo os efeitos
previsíveis das obras de infra-estrutura, dos fluxos de
capitais, pessoas e mercadorias que serão iniciados,
dos deslocamentos migratórios para os já precários
centros urbanos e, ainda, dos impactos sobre a floresta
e as populações tradicionais que nela habitam”
Foi sancionada desde o dia 10/3/2008, pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei
11.465/08, que inclui no currículo oficial da
rede de ensino a obrigatoriedade da
temática “História e Cultura Afro-Brasileira
e Indígena”.