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Jürgen

Habermas
Biografia Jürgen
Habermas
Biografia

 Licenciou-se em 1954, com uma tese sobre Schelling (1775-


1854), intitulada O Absoluto e a História.
 De 1956 a 1959, foi assistente de Theodor Adorno no
Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt.
 No início dos anos 60, realizou uma pesquisa empírica sobre
a participação estudantil na política alemã, intitulada
'Estudante e Política' (Student und Politik).
 Em 1968, transferiu-se para Nova York, passando a leccionar
na New Yorker New School for Social Research.
Biografia

 A partir de 1971, dirigiu o Instituto Max Planck, em


Starnberg, na Baviera.
 Em 1983, transferiu-se para a Universidade Joahnn
Wolfgang von Goethe, de Frankfurt, onde permaneceu até
aposentar-se, em 1994.
 Continua, até o presente momento, muito prolífico,
publicando novos trabalhos a cada ano, e frequentemente
participa em debates e actua em jornais, como cronista
político.
Principais Obras
 Teoria da Acção Comunicativa
 Entre a Filosofia e a Ciência - O Marxismo como
Crítica
 Reflexões Sobre o Conceito de Participação Pública
 Mudança Estrutural da Esfera Pública
 Teoria e Práxis
 Lógica das Ciências Sociais
 Técnica e Ciência como Ideologia
 Conhecimento e Interesse
 Entre os Factos e as Normas
Principais Obras

 O Discurso Filosófico da Modernidade


 A Inclusão do Outro - Estudos de Teoria Política
 Direito e Democracia: Entre Facticidade e Validade
(Vol. 01 e 02)
 Consciência Moral e Agir Comunicativo
 Pensamento Pós-Metafísico
 Escritos sobre Moralidade e Ética
 Verdade e Justificação
 História e crítica da opinião pública
Teoria da Acção
Comunicativa
Teoria da Acção Comunicativa

A acção comunicativa baseia-se num processamento

cooperativo de interpretação em que os participantes

se referem a algo no mundo objectivo, no mundo

social e no mundo subjectivo mesmo quando na sua

manifestação só sublinhem tematicamente um destes

três componentes. (Habermas)


Os três mundos de Habermas

 Mundo objectivo das coisas


Totalidade de entidades sobre as quais afirmações verdadeiras

são possíveis. Esse mundo, evidentemente assim admitido,

tem status realista, ontológico.

 Mundo social das normas

Correspondem a pretensões de validade referentes à correcção

e à adequação das normas .


Os três mundos de Habermas

 Mundo subjectivo dos sentimentos e vivências

Correspondem a pretensões de veracidade, o que significa que

os participantes do diálogo estejam a ser sinceros na

expressão dos seus sentimentos.


Teoria da Acção Comunicativa
 Actos de fala

Constatadores: O falante pretende que aquilo que está a

pronunciar seja verdadeiro.

Reguladores: pretende-se que o que está a ser ordenado esteja

correcto.

Representativos: Pretende-se que o que se exprime seja sincero.

Consensuais: aqueles que são estabelecidos visando um

consenso, um acordo sobre dado assunto


Todos os actos de fala possuem uma
pretensão em comum: a compreensão
Teoria da Acção Comunicativa

Habermas argumenta que, qualquer um que usa a linguagem presume que


ela pode ser justificada em 4 níveis de validade:

 O que é dito é inteligível, ou seja, há a utilização das regras


semânticas compreendidas pelos outros;

 Que o conteúdo do que é dito é verdadeiro;

 Que o emissor é sincero no que diz, não tentando enganar o receptor.

 Que o emissor justifica-se por certos direitos sociais ou normas que


são invocadas no uso de idioma;
TAC Discurso

 A Teoria da Acção Comunicativa ocorre quando se narra


simplesmente uma história ou se tenta estabelecer um
consenso.
TAC Discurso

 O discurso é a arte da argumentação.


Tipos de Discurso

 Discurso Teórico;

 Discurso Prático;

 Discurso Explicativo.
Idéias a reter…

 Habermas propõe um modelo ideal de acção comunicativa, em que as

pessoas interagem e, através da utilização da linguagem, organizam-se

socialmente, buscando o consenso de uma forma livre de toda a coacção

interna e externa.

 Habermas não pretende meramente desenvolver uma Teoria a respeito da

Comunicação, mas sim valorizar uma nova maneira de agir socialmente.


A Esfera Pública
Conceitos essenciais

 Opinião pública;
 Esfera pública;
 Publicidade;
 Público.
Esfera Pública Burguesa

Esfera pública burguesa pode ser


entendida inicialmente como a esfera
de pessoas privadas reunidas num
público.
Habermas
Como surgiu a Esfera Pública Burguesa

 Foi devido à emergência de uma imprensa mais livre,

discussões que floresciam em cafés, salões literários, a

alfabetização de grandes quantidades da população e o

estímulo à reflexão crítica através de livros e literatura.


Como surgiu a Esfera Pública Burguesa

 Introdução de uma nova concepção de participação


política e de relação entre o Estado e a sociedade.

 Tanto as ruas como a vida política são essencialmente


elementos da esfera pública, sendo que o seu sentido
básico está na pluralidade de ideias e pensamentos.
Temas principais na Esfera Pública

 Igualdade;  Ciência;

 Liberdade;  Filosofia;

 Publicidade;  Moral;

 Arte;  Política;

 Literatura;  Direito.
Mudança Estrutural
da Esfera Pública

Causas e efeitos
Evolução da Esfera Pública

 A esfera pública sofreu sempre alterações a nível

estrutural.

 Devido a diversos factores:


Evolução da Esfera Pública

Mudança causadas pelas lutas;


Evolução da Esfera Pública

Direitos de participação democráticas;


Evolução da Esfera Pública

Direitos sociais.
Actualmente

Nos dias de hoje, esta modificação é mais


acentuada: qualquer informação chega com
mais rapidez ao público em geral.
Como por exemplo:
Hannah Harendt
“A condição Humana”
 Nas circunstâncias modernas, essa privação de relações objectivas com
os outros e de uma realidade garantida por intermédio desses últimos
tornou-se o fenómeno de massa da solidão, no qual assumiu a sua forma
mais extrema e mais anti-humana. O motivo pelo qual este fenómeno é
tão extremo é que a sociedade de massas não apenas destrói a esfera
pública e a esfera privada: priva ainda os homens, não só do seu lugar
no mundo, mas também do seu lar privado, no qual antes eles se sentiam
resguardados contra o mundo e onde, de qualquer forma, até onde os
que eram excluídos do mundo podiam encontrar-lhe o substituto no calor
do lar e na limitada realidade da vida em família. (...)

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