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FAMEC - Faculdade Metropolitana de Camaçari

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA

CUSTOS DA QUALIDADE

DIÊGO GUIMARÃES
FÁBIO BRITO
MARCELO LOPES FILHO
RENATO MARIANO

Camaçari – Bahia
2013
Avenida Eixo Urbano Central, S/Nº - centro – Camaçari – Bahia – CEP 42.800-000 – e-mail famecnet@yahoo.com.br
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CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA

DIÊGO GUIMARÃES
FÁBIO BRITO
MARCELO LOPES FILHO
RENATO MARIANO

CUSTOS DA QUALIDADE

TRABALHO APRESENTADO À
DISCIPLINA QUALIDADE E
CONFIABILIDADE, SOB
ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR
MARCIO CARIA, COMO REQUISITO
PARCIAL PARA AVALIAÇÃO DO
CURSO DE BACHARELADO EM
ENGENHARIA, DA FAMEC -
FACULDADE METROPOLITADA DE
CAMAÇARI.

Camaçari – Bahia
2013
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RESUMO

O sistema de Custos da Qualidade é um sistema de controle de custos separado,


orientado para o produto, que cruza as linhas da organização departamental,
resumindo em um único relatório informações não disponíveis, ou que podem estar
dispersas em outros documentos e sob unidades diferentes (horas, quantidades,
etc.).

As principais razões de se adotar os custos da qualidade são:

 Assegurar que cada tipo de despesa seja mantido dentro de limites


predeterminados ou aceitáveis;
 Assegurar que o volume de trabalho seja condizente com os benefícios dele
advindos;
 Assegurar que a ênfase correta seja colocada em cada uma das categorias
dos Custos da Qualidade, possibilitando a identificação de áreas que devem
ser atacadas prioritariamente, visando minimizar os custos totais.

Benefícios dos Custos da Qualidade:

 Redução do custo de fabricação;


 Melhoria da gestão administrativa;
 Diminuição de refugos;
 Melhoria no planejamento e na programação das atividades;
 Melhoria na produtividade;
 Aumento do lucro.

Disso pode-se perceber que o custo da Qualidade está intimamente ligado ao


controle da qualidade; o controle da qualidade vai gerar custo, e estes são pequenos
comparados aos benefícios que a implantação do sistema de custos da Qualidade
traz para a empresa.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 5
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 6
2.1. História .............................................................................................................. 6
2.2. Definição .......................................................................................................... 7
3. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS DA QUALIDADE .............................................. 9
3.1. Custos da Prevenção ........................................................................................ 9
3.2. Custos da Avaliação ....................................................................................... 10
3.3. Custos das Falhas Internas............................................................................. 11
3.4. Custos das Falhas Externas ........................................................................... 11
4. PLANEJAMENTO DE UM PROGRAMA DE CUSTO .......................................... 12
4.1. Apresentação e suporte da administração ...................................................... 12
4.2. Plano de implementação ................................................................................. 12
4.3. Revisão com as áreas envolvidas ................................................................... 14
4.4. Implementação................................................................................................ 14
5. RELAÇÕES ENTRE OS CUSTOS DA QUALIDADE ........................................... 16
6. COMO MEDIR OS CUSTOS DA QUALIDADE .................................................... 17
7. CONLUSÃO .......................................................................................................... 19
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 20

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INTRODUÇÃO

O custo da qualidade passou por um excelente desenvolvimento, desde as noções


dadas por Randfor em 1922, que afirmou que a expressão significava unicamente
custo da inspeção, ao conceito atual, que leva em conta todas as etapas do Controle
Total da qualidade, como define Feigenbaum.

Os primeiros estudos sobre esse assunto foram feitos pelo Comitê dos Custos da
Qualidade da ASQC, que deu origem a publicação “Quality Costs – What & How” em
1971.

Essa publicação, que ainda hoje é usada para implementar o sistema de Custos da
Qualidade em uma empresa, atende as seguintes finalidades:

 É um manual que orienta as empresas que desejam iniciar e manter um


programa sobre Custos da Qualidade;
 Fornece aos usuários uma base, que permite certa liberdade na elaboração
de seus próprios programas, os quais, naturalmente, deverão ser adaptados
às suas específicas exigências;
 Encoraja os usuários a ampliarem as informações e técnicas sobre Custos da
Qualidade com a incorporação de novas ideias e experiências adquiridas na
sua aplicação.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. História

Em 1951 foi discutido pela primeira vez o tema “CUSTOS DA QUALIDADE” por
Juran no seu livro Quality Control Handbook. Os custos da qualidade surgiram a
partir da literatura de controle da qualidade com a intenção de oferecer suporte às
ações de melhorias e como forma de medir a qualidade das empresas.

Mais tarde, em 1956 Armand Feigenbaum no seu livro Controle Total da Qualidade
faz referência à classificação dos custos de qualidade dividindo este em quatro
categorias:

 Prevenção;
 Avaliação;
 Falhas Internas;
 Falhas Externas.

Esta classificação ainda é utilizada no presente pela maioria dos autores que
aplicam e discutem os conceitos da qualidade.

Os custos da qualidade no final da década de 70 e início de 80 começaram a ganhar


uma maior importância por parte dos gerentes e contadores vistos estes estarem
preocupados com o sucesso dos programas de qualidade das suas empresas. No
ano de 1987 o Instituto de Contadores Gerenciais nos Estados Unidos púbica um
livro onde se encontra informações detalhadas de como desenvolver um sistema
formal de relatórios de custos de qualidade.

Com o aumento da competitividade mundial na década de 90, as empresas tendem


a controlar e a gerenciar os seus custos simultaneamente com os programas de
qualidade, devido a isso surgiu a necessidade de implementar novos sistemas de
custos para substituir os sistemas de custos tradicionais que caíram em desuso.
Neste sentido os “custos da qualidade” passa a ser uma ferramenta essencial para
medir e guiar a qualidade e estratégias de custo das novas empresas modernas.
Contudo, a maior parte dos sistemas de custo da qualidade presentes utilizam
sistemas tradicionais ou têm informações dos relatórios financeiros.
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O Instituto de Contadores Gerenciais (IMA), em 1991, reafirma a importância dos


custos da qualidade nas tomadas de decisão das gerências e propõe a aplicação de
sistemas de custos assentes em atividades para medir custos da qualidade e
comparar a causa dos custos a várias atividades. Segundo Morse (1991), as
construções e aplicações dos custos da qualidade envolve:

 A identificação de uma nova maneira de medir os custos escondidos da


qualidade;
 O uso de conceitos de gerenciamento baseado em atividades quando da
análise de custos da qualidade;
 A ligação da cadeia de valores ao conceito de custos da qualidade.

2.2. Definição

A definição de custos da qualidade alterna de acordo com a decisão da qualidade e


estratégias implementadas pela empresa.

Segundo Juran, “custos da qualidade são aqueles custos que não deveriam existir
se o produto saísse perfeito pela primeira vez”, este associa os custos da qualidade
com as falhas de produção que levam a retrabalho, desperdício e perda de
produtividade.

Por outro lado, Feigenbaum descreve custos da qualidade como aqueles custos
relacionados com a definição, criação e controle da qualidade, assim como garantia
e requisitos de segurança, avaliação e retro alimentação da configuração da
qualidade, todos os custos relacionados com falhas nos requisitos de produção e
depois que o produto já se encontra nas mãos do cliente. Feigenbaum afirma que
estes custos estão diretamente ligados à satisfação do cliente.

Segundo Crosby e Mason o custo da qualidade relaciona a conformação ou não


conformação aos requisitos. O custo da qualidade é um incentivador que faz com
que a gerência e a equipa de melhoria da qualidade tenha um melhor entendimento
do que está acontecendo, visto que antes cingiam-se a simular que seguiam o
programa e que os custos da qualidade é a soma dos custos da conformidade com
os custos da não conformidade. Ainda acrescentam que e falta de qualidade

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provoca prejuízo, pois quando um produto apresenta defeito é necessário a empresa


gastar mais para corrigir esse mesmo defeito e assim o custo de produção pode até
duplicar. Os custos que provêm das falhas de processo produtivo fazem parte dos
custos da qualidade e serve para medir o desempenho dos programas de melhoria
nas empresas.

Harrington enfatiza a utilização de medidas de custos da qualidade em programas


de melhoria e os define como custos incorridos para ajudar o empregado a fazer
bem o seu trabalho, custos para saber se a produção é aceitável, assim como todo o
custo que incide sobre a empresa e o cliente porque a empresa não cumpriu as
especificações e expectativas do cliente.

Contudo, programas de qualidade devem ser guiados por medidas que


proporcionem suporte para transformar perdas em ganhos de produtividade e
lucratividade.

Corradi aplica duas categorias para os custos da qualidade:

 Custos da qualidade aceitáveis – custos que a empresa pretende gastarem;


 Custos da qualidade não aceitáveis – custos que a empresa pretende
eliminarem ou evitar.

“Custos da qualidade são medidos de custo especificamente associadas com o


alcance ou não alcance da qualidade de produtos e serviços, incluindo todos os
requisitos de produtos e serviços estabelecidos pela companhia e seus contratos
com os clientes e a sociedade” (Corradi).

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3. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS DA QUALIDADE

Os Custos da Qualidade são divididos em dois grandes grupos: o grupo de custos


do controle e o grupo das falhas. Os dois grandes grupos podem se subdividir
conforme o diagrama abaixo (Figura 1), onde podemos ver a existência de quatro
grupos menores chamados de prevenção, avaliação, falhas internas e falhas
externas.

CUSTOS DA
PREVENÇÃO
CUSTOS DO
CONTROLE
CUSTOS DA
AVALIAÇÃO

CUSTOS DAS
FALHAS INTERNAS
CUSTOS DAS

FALHAS CUSTOS DAS


FALHAS EXTERNAS

Cada um desses grupos é composto por elementos de custo que são geralmente
compatíveis com as contas empregadas no sistema de contabilidade da empresa.

3.1. Custos da Prevenção

São aqueles referentes às atividades de desenvolvimento, implementação e


manutenção do sistema da qualidade, visam garantir a conformidade as
especificações da qualidade ao menor custo. Basicamente, são os custos usados
para prevenir a ocorrência de defeitos futuros.

 Seus elementos de custos principais são:


 Engenharia da Qualidade – onde são apontados os custos envolvidos com as
atividades de:
o Planejamento do sistema da qualidade;

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o Elaboração dos planos de inspeção e testes, aplicados a materiais,


componentes e produtos;
o Auditoria do sistema da qualidade.
 Projeto e desenvolvimento de meios de controle e medição – onde são
apurados os custos do planejamento dos meios de medição necessários para
garantir a qualidade especificada;
 Treinamento do pessoal na função da qualidade – custos para
desenvolvimento, implementação e manutenção de programas de
treinamento para a função qualidade;
 Programa de motivação para a qualidade – incluem as despesas com a
divulgação interna visando a motivação de todos os funcionários para o
programa da qualidade.

3.2. Custos da Avaliação

São os custos associados as atividades de controle, avaliação ou auditorias de


produtos, componentes ou materiais comprados, com a finalidade de assegurar sua
conformidade as especificações.

Geralmente são separados da seguinte forma:

 Inspeção de recebimento de materiais – inclui todos os custos gerados para a


realização de controle e ensaios em materiais e componentes comprados;
 Controles/Ensaios durante a fabricação ou de produtos acabados – custos
associados a realização de controles/ensaios durante as fases de fabricação,
montagem e testes finais de produtos acabados, sejam os mesmos efetuados
por pessoas do departamento da qualidade ou não;
 Auditorias de produtos;
 Homologação de produtos por agências oficiais – despesas incorridas para
obtenção de selos de conformidade, etc.;
 Aferição e calibração de meios de medição – despesas geradas para
manutenção do sistema de aferição e calibração dos meios de medição
utilizados no controle da qualidade;
 Controles/Ensaios durante a montagem do equipamento nas instalações do
cliente.
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3.3. Custos das Falhas Internas

São todos os custos gerados por produtos, componentes e materiais, que não
atendam as especificações da qualidade, antes da sua entrega ao cliente.

A apuração dos custos é feita pelos seguintes elementos:

 Scrap/Re-trabalhos – perdas devido a scrap ou re-trabalhos necessários para


que o produto atenda as especificações da qualidade;
 Análise de falhas – custos envolvidos na análise de materiais, componentes
ou produtos não conformes, para determinação das causas;
 Reinspeção/reteste – custos resultantes de re-inspeções em produtos que
apresentaram falhas inicialmente;
 Desclassificação de produtos – diferença entre o preço normal de venda e o
preço obtido devido às não conformidades apresentadas (produtos de
segunda linha).

3.4. Custos das Falhas Externas

São os custos de produtos que não atenderam as especificações da qualidade,


depois de entregues ao cliente. São classificadas da seguinte forma:

 Análise de reclamações de clientes;


 Garantia – todas as despesas geradas pela substituição de componentes ou
produtos defeituosos durante o período de garantia;
 Penalidades – normalmente abatimentos concedidos pelo não atendimento de
padrões de desempenho especificados nos contratos de fornecimento.

Devido os investimentos nas classes de prevenção e avaliação, os custos


decorrentes das falhas internas e externas diminuem.

O somatório dos custos fornece a curva a seguir que mostra um ponto ótimo, o qual
deve ser procurado com o objetivo de dar a ênfase adequada à elaboração e
implementação de sistemas da qualidade.

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4. PLANEJAMENTO DE UM PROGRAMA DE CUSTO

4.1. Apresentação e suporte da administração

Para construir um sistema de custo eficiente, é necessário o apoio da direção da


empresa, a fim de que o mesmo possa ser aceito por todos os níveis da
organização. Portanto, é interessante:

 Adequar-se a linguagem oficial da empresa, à qual os Custos da Qualidade


vão se referir;
 Dispor de um instrumento cujos detalhes possam ser de efetiva utilidade aos
usuários;
 Integrar as variações econômicas sobre o andamento gesticional no relatório
às gerências superiores, permitindo uma verificação com relação à
contabilidade do exercício.

Como os Custos da Qualidade perfazem um índice razoável (7% do custo das


vendas para a indústria mecânica comum), cada melhoramento significativo do custo
pode levar a um substancial lucro líquido para a empresa. Isso é muito importante
para que a direção geral perceba que este instrumento é uma das melhores
ferramentas para o gerente moderno, e daí para oferecer seu apoio e suporte a
implantação é um passo.

4.2. Plano de implementação

A seguir alguns passos que são seguidos numa implementação de Custos da


Qualidade.

 Apresentar os conceitos do Sistema de Custos da Qualidade;


o explicar os objetivos, categorias e elementos dos Custos da Qualidade;
o mostrar resultados obtidos em outras empresas;
o procurar obter o envolvimento de todos os órgãos da empresa;
 Selecionar e definir os elementos dos Custos da Qualidade;
o os elementos devem ser adequados a sua empresa e ao seu ramo de
atividade;
o trocar ideias com os outros setores envolvidos;
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o aceitar sugestões.
 Estabelecer as fontes de dados;
o adotar ao máximo possível os dados da contabilidade;
o se estes dados não estiverem disponíveis, devem ser utilizados dados
próprios.
 Fazer impressos para coleta de dados;
o elaborar esses impressos de modo que o seu preenchimento seja o
mais simples possível, para facilitar também sua posterior tabulação;
 Rever os impressos com os setores envolvidos;
 Explicar aos interessados como preencher os impressos;
 Obter dados por um período e revisá-los com cada setor envolvido;
o tirar as dúvidas que possam ter ressurgido;
o certificar que os dados da contabilidade contenham todas as
informações concordadas.
 Definir medidas relativas dos Custos de Qualidade;
o manter novamente contato com todos os setores, para estabelecer as
medidas que vão possibilitar o progresso dos Custos da Qualidade.
 Emitir o primeiro relatório;
o além dos números, deve conter explicações sobre os resultados e
variações mais importantes;
o Conduzir reuniões com os interessados;
o podem ser iniciadas fazendo um resumo sobre os objetivos, categorias
e elementos dos custos da Qualidade;
o mostrar a fonte dos dados e de explicações sobre os resultados e
variações mais importantes;
o esclarecer novas dúvidas.
 Fazer uma revisão final;
 Implemente o sistema com auditorias periódicas;
o como ocorre com qualquer sistema; as auditorias periódicas verificam
se o sistema continua adequado e se está funcionando como o
projetado.

O Sistema de Custos da Qualidade só será eficaz se conseguir medir corretamente


os Custos da Qualidade da empresa.
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4.3. Revisão com as áreas envolvidas

Após a aprovação do programa, mas antes de sua implementação, este deve ser
revisado em detalhes com os responsáveis pelas áreas envolvidas.

Durante a revisão deve ser enfatizado o trabalho em equipe e destacar a


importância da colaboração de cada área para o sucesso do programa.

Em muitos casos, contribuições de outras áreas podem ser maiores do que as


provenientes da área da qualidade. O trabalho em equipe resultará um melhor
entendimento sobre:

 modificações em desenhos visando a tornar as especificações compatíveis


com a capacidade da área da manufatura;
 desenvolvimento de novos métodos, equipamentos e processos para permitir
a operação dentro dos limites da qualidade estabelecidas.

4.4. Implementação

As principais dificuldades que ocorrem na implementação e administração dos


custos da qualidade são:

 Interpreta-se que os Custos da Qualidade são os custos do departamento da


qualidade;
 Falta de apoio dos gerentes de mais alto nível;
 Falta de interesse e pouca colaboração dos órgãos envolvidos na obtenção
de dados;
 Os Custos da Qualidade envolvem todos os setores da empresa, sobre os
quais o gerente de controle da qualidade não tem nenhum controle;
 Relatórios, longe dos fatos acontecidos, levam a uma lenta reação em face ao
aumento de custos;
 Obtenção de base comparativa eficiente e adequada para a determinação
relativa dos Custos da Qualidade (% sem vendas, % sem custos de
fabricação, etc.).

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Ajudam minimizar estas dificuldades, os objetivos e vantagens dos Custos da


Qualidade devem ser repetidos com frequência.

Os principais esforços em relação a este sistema estão na fase inicial, concentrados


no combate aos custos de falhas. Assim, pode-se considerar os custos de
prevenção e avaliação como custos fixos e os custos de falhas como variáveis. Ao
se reduzir os custos de falhas, portanto, está se produzindo com melhor qualidade, a
um custo menor.

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5. RELAÇÕES ENTRE OS CUSTOS DA QUALIDADE

Para uma maior facilidade na interpretação das informações, torna-se importante


relacionar o Custo Total da Qualidade a outros valores com os quais a gerência está
familiarizada no dia-a-dia. Desta forma, os custos levantados devem ser associados
a bases de comparação, de modo a refletir o desempenho da empresa sob
diferentes perspectivas.

É importante salientar que os Custos da Qualidade por si, como valores absolutos,
fornecem informações pouco significativas; devendo, portanto, ser relacionados com
outras medidas básicas que indiquem, de maneira dinâmica, o desempenho da
empresa de diferentes pontos de vista.

Algumas medidas básicas às quais se pode relacionar os custos da qualidade são:

 horas ou custos de mão-de-obra;


 custos de produção;
 faturamento;
 volume vendido ou produzido.

Neste ponto é importante observar que, para efeito de análise da evolução desses
índices, é necessário se considerar as alterações que podem ocorrer nas bases de
referência, as quais são afetadas por mudanças como, por exemplo:

 o trabalho direto pode ter sido reduzido devido a uma maior automação do
processo produtivo;
 os custos de fabricação podem ser afetados pela automação, redução no
custo de matéria-prima e melhoria nos métodos e processos resultando em
aumento da produtividade;
 o volume de vendas pode ser afetado por mudanças nos preços de vendas,
custos de distribuição, mercados etc.

O relacionamento básico entre as quatro categorias de custos demonstra que


investimentos em prevenção e avaliação pode reduzir os custos de falhas.

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6. COMO MEDIR OS CUSTOS DA QUALIDADE

Os custos da qualidade normalmente são obtidos através da identificação de itens


de prevenção, avaliação, falhas internas e falhas externas em uma organização. Os
cálculos de custos são retirados de relatórios contáveis e através de ajustes em
sistemas de custos tradicionais.

A obtenção de custos da qualidade através da utilização do enfoque tradicional


adiciona apenas um relatório financeiro de falhas, que serve para medir a qualidade
de uma empresa, porém não aponta as causas de falhas e portanto, não possui
efeito significativo no gerenciamento da qualidade.

A nova tendência da utilização do conceito de valor agregado aos custos da


qualidade, relaciona os itens de prevenção e falhas com as atividades que agregam
ou não valor para o consumidor. Assim, o gerenciamento da qualidade baseia-se na
eliminação de atividades que não agregam valor e que resultam em custos
desnecessários para a organização.

Neste contexto, custos da qualidade são então obtidos através de sistemas de


custeio baseado em atividades. Os itens de custos da qualidade podem ser divididos
em atividades relacionadas com a prevenção da qualidade para os custos de
controle e falhas internas e externas com as atividades realizadas na empresa que
não adicionam valor aos produtos ou serviços para os custos da falta de controle. A
identificação e cálculo dos itens de custos exigem alguns ajustes no sistema de
custos para adequar-se à realidade de cada empresa.

Assim, relatórios de custos da qualidade passam a ser um produto do sistema de


custos, fornecendo informações de causas de erros e relacionando as atividades
que ocasionam falhas com o valor do cliente.

Alguns requisitos importantes devem ser cumpridos quando da obtenção dos itens
de custos da qualidade. Primeiramente, o conceito de qualidade da empresa, assim
como a sua cadeia de valores devem ser bem definidos, a fim de possibilitar a
identificação de atividades que levam à insatisfação do consumidor e que não
colaboram para o alcance dos objetivos estratégicos da empresa. A identificação
dos itens de custo é uma importante fase na obtenção dos custos da qualidade e
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deve ser analisada cuidadosamente. Além disso, novos itens de custos da qualidade
podem ser adicionados de acordo com o desenvolvimento do programa de melhoria
contínua da empresa.

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7. CONCLUSÃO

O conhecimento e análise dos Custos da Qualidade através da mensuração e do


registro dos mesmos pode ser uma importante ferramenta gerencial. As informações
oriundas desse acompanhamento evidenciam a tendência do comportamento
desses custos na forma de indicadores e relatórios, com dados agregados e
desdobrados, fornecendo subsídios às gerências na tomada de decisão em termos
de onde investir e onde buscar respostas para as causas das falhas, de modo a
maximizar a eficácia das ações de melhoria postas em prática.

O mundo busca hoje a produtividade e a qualidade como jamais o fez em todos os


tempos. Nesta tarefa de ganhar desafios verifica-se que os desperdícios, os defeitos
e a ineficiência não encontram mais espaço na vida moderna, ou seja, a Qualidade
Total ou quase total é a chave para o sucesso de qualquer empreendimento. O
custo da qualidade é o caminho que leva a grande melhoria da qualidade, pois utiliza
uma linguagem adequada ao entendimento da alta administração, demonstra que a
qualidade não gera custos adicionais, mas que através dela os custos podem ser
reduzidos e os resultados melhorados continuamente.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

books.google.com.br/books?isbn=8521307977. Acessado em 04/12/2013 as 22:28.

www.merkatus.com.br/11_artigos/60.htm. Acessado em 05/12/2013 as 00:45.

setecnet.com.br qualidade custosdaqualidade.php. Acessado em 05/12/2013 as


01:12.

seer.ufrgs.br ConTe to article view 5 . Acessado em 05/12/2013 as 01:34.

www.scribd.com/doc/.../Custos-da-Qualidade-ou-da-Nao-Qualidade. Acessado em
05/12/2013 as 02:23.

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