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FRATURA DE COLLES

É a fratura da extremidade distal do rádio com deslocamento do fragmento fazendo-


se para trás e para o exterior, realizando um aspecto típico da mão como um dorso
de um garfo, e tendo como causa mais freqüente uma queda sobre a mão aberta.
O indivíduo apresenta limitação dos movimentos do punho, falanges, dificuldades em
realizar prono-supinação do antebraço devido ao edema e o quadro álgico muito
intenso.
As Fraturas de Colles podem ser:
1– Oblíqua: a fratura ocorre de tal maneira, que resulta de duas partes cortantes
de osso, que podem romper os tecidos e os vasos.

2– Transversal: A fratura ocorre de tal maneira perpendicular ao segmento ósseo.

Conseqüências:

Embora a maior parte das pessoas que sofrem uma fratura de colles volte às suas
atividades normais, alguns problemas podem ocorrer durante o processo de
reabilitação. Muitas vezes, a junção das duas extremidades do osso fraturado não
fica perfeita, resultando em uma deformação visível do pulso. Após a fratura,
cerca de 1 terço das mulheres acometidas têm uma condição chamada algo distrofia
que causa dor e sensibilidade, edema e rigidez da mão podendo ainda afetar a
circulação local. Neste caso, os pacientes apresentam um quadro álgico persistente
e rigidez articular que podem durar por muitos anos.

Alguns autores afirmam que esta fratura cria deformidade, impotência e limitação
e, por outro lado, outros autores discordam desta afirmativa. É importante
ressaltar que a fratura vai além de um antebraço e uma mão impotente
funcionalmente. A vida profissional do indivíduo é afetada em conjunto às suas
atividades de vida diária, como nutrição, higiene pessoal e vestuário.

Complicações:

=> Síndrome do túnel do carpo: Pode ocorrer pela compressão de alguma estrutura
componente do túnel, por um fragmento ósseo, pelo edema ou até mesmo por uma
formação de calo ósseo incorreto.

=> Artrite pós traumática

=> Síndrome de Volkmann

=> Calo vicioso: Devido a uma má redução ou um deslocamento secundário.

=> Distrofia Simpático Reflexa

Diagnóstico por imagem


Fratura de Colles

Tratamento Fisioterapêutico:
Inicialmente, o tratamento mais indicado é o conservador ortopédico por redução
sob anestesia e gesso mantido em um período de 4 a 5 semanas.

Nas primeiras semanas (com o paciente ainda gessado), é pertinente que o


fisioterapeuta observe se as falanges do paciente permanecem muito edemaciadas.
Neste caso, é indicado que o paciente permaneça algum tempo com o braço em posição
de drenagem para que o líquido intersticial seja melhor drenado pelos vasos
linfáticos.

A mobilização ativa das falanges e a contração isométrica intermitente podem ser


utilizadas o mais precoce possível a fim de promover recrutamento das fibras
musculares responsáveis.

Após a retirada do gesso:

=> Mobilização de carpos, metacarpos, falanges;

=> Alongamento passivo de flexão e extensão, desvios radial e ulnar, pronação,


supinação (respeitando o limiar álgico do paciente);

=> Contrações isométricas em múltiplos ângulos para conseguir um maior


recrutamento do complexo músculo-tendíneo.

=> Laser

=> Eletroterapia

=> Hidroterapia

=> Crioterapia.

Bibliografia:

1. APLEY, ª Graham; SALOMON, Louis. Ortopedia e Fraturas em Medicina e


Reabilitação. 6.ed. São Paulo: Atheneu.
2. KOTTE, Frederic. Tratado de Medicina Física e Reabilitação de Krusen. 2v. São
Paulo: Manole, 1994.
3. LIPPERT, Lynn. Cinesiologia Clínica para Fisioterapeuta. 2ed. Rio de Janeiro:
Revinter, 1996.

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