Professional Documents
Culture Documents
Processamento de plásticos
Exemplos de aplicação de plásticos na indústria automóvel
Processamento de plásticos reforçados com fibras
Exemplos de aplicação de plásticos reforçados com fibra na
indústria automóvel
Tecnologia de ligação por adesivos
Tecnologia Mecânica 1
Plásticos
Tecnologia Mecânica 2
Os plásticos são em geral caracterizados por apresentarem:
Vantagens:
Desvantagens:
Tecnologia Mecânica 3
Razões pelas quais a utilização de plásticos é importante
Tecnologia Mecânica 4
Tipos de plásticos
Termoplásticos
¾ Necessitam de calor para serem enformados.
¾ Reversíveis
¾ Recicláveis
¾ De uma forma geral não possuem ligações cruzadas
¾ De maior utilização industrial (70% em peso da quantidade
total de plásticos)
Termoendurecíveis
¾ A temperatura ou um catalizador provoca uma reacção
permanente
¾ Não podem ser refundidos e reenformados noutra forma
¾ Não são recicláveis
¾ Possuem ligações cruzadas
Tecnologia Mecânica 5
Processamento de plásticos
Propriedades importantes:
• Viscosidade
• Viscoelasticidade
¾ Nos materiais termoendurecíveis, que não polimerizam
completamente antes do processamento na forma final, utiliza-se um
processo em que ocorre uma reacção química que conduz à
formação de ligações cruzadas entre as cadeias poliméricas. A
polimerização final pode ocorrer por aplicação de calor e pressão ou
por acção de um catalizador.
Tecnologia Mecânica 6
Processamento de plásticos
Tecnologia Mecânica 8
Processamento de plásticos: Extrusão
Tecnologia Mecânica 9
Processamento de plásticos: Extrusão
Tecnologia Mecânica 10
Processamento de plásticos: Extrusão
Tecnologia Mecânica 11
Processamento de plásticos: Moldagem por injecção
9 Um dos métodos de processamento mais importantes usados para dar forma aos
materiais termoplásticos.
9 Os equipamentos mais recentes de moldagem por injecção utilizam um mecanismo
de parafuso móvel para fundir o plástico e injectá-lo num molde.
9 Os equipamentos mais antigos utilizam um êmbolo para injectar o plástico “fundido”.
9 Uma das vantagens do método do parafuso móvel, em relação ao de êmbolo, é que
no primeiro se obtém um fundido mais homogéneo.
Tecnologia Mecânica 12
Processamento de plásticos: Moldagem por injecção
Tecnologia Mecânica 13
Processamento de plásticos: Moldagem por injecção
Placa móvel
Cavidade Polímero fundido
Válvula de
paragem
Parafuso recolhido
O molde é aberto e a peça é ejectada
Tecnologia Mecânica 14
Processamento de plásticos: Moldagem por injecção
Tecnologia Mecânica 15
Processamento de plásticos: Moldagem por injecção
Placa estacionária
Canais de água
Estrutura de ejecção
Cavidade
Placa ejectora
Canais de Puxador do gito
distribuição Pinos ejectores
Bocal
Gito
Porta Ejectores
Tecnologia Mecânica 16
Processamento de plásticos: Moldagem por injecção
Tecnologia Mecânica 17
Processamento de plásticos: Moldagem por injecção
Problemas/defeitos:
9 Linhas de soldadura – ocorrem normalmente em duas situações:
1. Quando o polímero fundido é dividido por um obstáculo, contornando-o, e se
voltar a juntar. O obstáculo existente no molde rouba calor ao polímero
fundido.
Região de
soldadura
insertos
Frente do
fundido
fundido
Tecnologia Mecânica 18
Processamento de plásticos: Moldagem por injecção
• Quando o polímero fundido é injectado numa cavidade com mais que um ponto
de injecção
soldaduras
Frentes do fundido
Tecnologia Mecânica 19
Processamento de plásticos: Moldagem por injecção
Problemas/defeitos:
9Chupados e chochos – Ocorrem quando a secção da peça é demasiado espessa. As
partes mais espessas retêm calor que é libertado pelas forças “de contracção” –
especialmente devido à cristalização que envolve uma grande mudança de densidade.
Se a pele exterior solidificar, e por isso resistir a posteriores afundamentos, formam-se
vazios internos à medida que a resistência à do “fundido” solidificado é excedida. É
sobretudo um problema de concepção, devendo evitar-se secções espessas.
t1≈t2 t1≤0.6t2
t1 t1
t2 t2
chupagem
vazios
9Concentração de tensões nos “cantos” - que dão origem à rotura do produto em serviço
9“Queimaduras” – Causadas por um aumento local da temperatura do fundido,
provocando a sua degradação. As queimaduras podem ser originadas pelo rápido escape
do ar do sistema de ventilação.
Tecnologia Mecânica 20
Processamento de plásticos: Moldagem por injecção
9 Distorções
1 ponto de
injecção central Linha de
soldadura
2 pontos de
injecção
1 ponto de
injecção na
extremidade
9 Contracções
Tecnologia Mecânica 21
Processamento de plásticos: Moldagem por injecção
Parâmetros de contracção:
9 A adição de reforços/aditivos ao plástico tende a diminuir a contracção.
9 Pressão de injecção – à medida que a pressão aumenta, forçando mais material
na cavidade do molde, a contracção é reduzida.
9 Tempo de compactação – efeitos semelhantes - força mais material na cavidade
do molde durante a contracção
9 Temperatura do molde – temperaturas elevadas baixam a viscosidade do
polímero fundido, permitindo que mais material seja “empacotado” no molde e
reduzindo a contracção
Tecnologia Mecânica 22
Simulação: Moldagem por injecção
Tecnologia Mecânica 23
Processamento de plásticos: Moldagem por injecção de
termoendurecíveis
Tecnologia Mecânica 24
SCORIM (Moldagem por injecção com controlo da morfologia)
Tecnologia Mecânica 25
CO-INJECÇÃO
Tecnologia Mecânica 27
Injecção assistida com gás
Etapas:
¾ Fecho do molde
¾ Injecção do plástico
¾ Injecção de gás no fundido de plástico
¾ Manutenção da pressão de gás durante a solidificação
¾ Redução da pressão de gás
¾ Abertura do molde
Tecnologia Mecânica 28
Injecção assistida com gás
No caso de um pré-enchimento
insuficiente o gás pode romper o
fundido
No caso de um pré-enchimento
excessivo, poderá verificar-se uma
acumulação de material, que além de
influenciar o ciclo de fabrico, pode por
em causa o destino final da peça.
Tecnologia Mecânica 29
Processamento de plásticos: Moldagem por injecção
Vantagens:
¾ Podem produzir-se peças de elevada qualidade
com velocidades de produção altas.
¾O processo tem custos de fabrico relativamente
baixos.
¾ Pode produzir-se um bom acabamento superficial
na peça moldada.
¾ O processo pode ser automatizado.
¾ Podem produzir-se formas complicadas.
Desvantagens:
¾ O elevado custo do equipamento faz com que seja
necessário produzir um grande volume de peças, de
modo a compensar o custo da máquina.
¾O processo tem de ser rigorosamente controlado,
para que se obtenham produtos de qualidade.
Tecnologia Mecânica 30
Processamento de plásticos: RIM (Reaction Injection Molding)
Vantagens:
• Todas aquelas obtidas com a fundição de metais, mais as
relacionadas com operações realizadas à temperatura
ambiente ou temperaturas moderadas
Desvantagens:
• Nem todos os plásticos estão disponíveis na forma líquida.
Tecnologia Mecânica 31
Processamento de plásticos: Moldagem por sopro
Tecnologia Mecânica 32
Processamento de plásticos: Extrusão-Moldagem por sopro
Cilindro da Extrusora
Peça
Molde moldada
Matriz de tubo (fechado)
Pré-forma
Molde
(aberto)
Linha de ar
Tecnologia Mecânica 33
Processamento de plásticos: Extrusão-Moldagem por sopro
Tecnologia Mecânica 34
Processamento de plásticos: Injecção-Moldagem por sopro
Molde
de injecção
Molde
de sopro
Tecnologia Mecânica 35
Processamento de plásticos: Injecção-Moldagem por sopro
http://www.selenis.com/
Tecnologia Mecânica 36
Processamento de plásticos: Injecção-Moldagem por sopro
Tecnologia Mecânica 37
Processamento de plásticos: Alongamento-Moldagem por sopro
Linha de ar
Unidade de Tubo de
injecção sopro
Peça obtida
por
Válvula de moldagem
Molde
ar de um só por sopro
de injecção
sentido
Tecnologia Mecânica 38
Processamento de plásticos:
Moldagem por termoenformação – molde negativo
Aquecedor
Sistema de
fixação
A peça é removida
e as abas são
cortadas
Tecnologia Mecânica 39
Processamento de plásticos: Moldagem por termoformação
Tecnologia Mecânica 40
Processamento de plásticos:
Moldagem por termoenformação – molde positivo
Folha de plástico
aquecida Molde positivo
Tecnologia Mecânica 41
Processamento de plásticos: Moldagem por compressão
Pino de
ejecção
Tecnologia Mecânica 42
Processamento de plásticos: Moldagem por compressão
Vantagens:
• Devido à sua relativa simplicidade, os custos de fabrico dos moldes são
baixos.
• O fluxo relativamente baixo do material reduz o desgaste e a abrasão
dos moldes.
• A produção de peças de grandes dimensões é mais exequível.
• São possíveis moldes mais compactos devido à sua simplicidade.
Desvantagens:
Tecnologia Mecânica 43
Processamento de plásticos: Moldagem por transferência
Punção Desperdício
Câmara de
transferência Carga (pré-forma)
Cavidades
Peça obtida
por moldagem
Pino de ejecção
Tecnologia Mecânica 44
Processamento de plásticos: Moldagem por transferência
Vantagens:
Tecnologia Mecânica 45
Selecção de plásticos para aplicações em engenharia
Tecnologia Mecânica 46
Plásticos de maior importância
¾ Plásticos ditos de engenharia, ou estruturais:
• Policarbonatos
• Poliamidas (nylons)
• Poliacetais (POM)
• Polissulfona
• Resinas à base de óxidos de fenileno (PPO)
• PET(Politereftalato de etileno)
¾ Como plásticos ditos de uso geral, os com maior aplicação são:
• Polietileno
• PVC (Policloreto de vinilo)
• Polipropileno
• Poliestireno
• ABS (Acrilonitrilo-Butadieno-Estireno)
Tecnologia Mecânica 47
Materiais não poliméricos substituídos pelos termoplásticos
(novas aplicações no mercado americano – 1994 a 1999)
Papel
2%
Borracha Cimento
2% 2% Vidro
Metal
13%
50%
Outros Pol.
13%
Madeira
20%
Tecnologia Mecânica 48
Árvore das aplicações técnicas dos termoplásticos (2000)
tanque
PEAD
faróis PC
Peças técnicas Peças p/ exterior
Pára-choques PP, ABS
Tecnologia Mecânica 49
Polietileno
Propriedades:
9 Tem baixo custo, apresentando muitas propriedades importantes do ponto de
vista industrial, tais como a tenacidade à temperatura ambiente e a baixas
temperaturas, com resistência mecânica suficiente para muitas aplicações, a
boa flexibilidade numa vasta gama de temperaturas, mesmo até –73ºC, a
excelente resistência à corrosão, as óptimas propriedades de isolamento, a
ausência de cheiro e sabor e a baixa transmissão de vapor de água.
Aplicações:
9 Filmes, tubos, chapas; moldagem por sopro; isolamento de fio e de cabos
Tecnologia Mecânica 50
Polietileno
Tecnologia Mecânica 51
Policloreto de vinilo (PVC)
Propriedades:
9 A larga utilização do PVC é atribuída essencialmente à sua elevada resistência
química e à sua capacidade para se misturar com aditivos, o que permite produzir
um grandes número de compostos com uma vasta gama de propriedades físicas e
químicas.
9 O PVC origina um material que é essencialmente amorfo e não rescristaliza.
9 As fortes forças de coesão entre as cadeias poliméricas do PVC devem-se
principalmente aos elevados momentos dipolares causados pelos átomos de cloro.
Os átomos de cloro, de grandes dimensões, provocam, no entanto, um bloqueio
espacial e repulsão electroestática, o que reduz a flexibilidade das cadeias
poliméricas.
9 Esta imobilidade molecular traduz-se numa grande dificuldade em processar o
homopolímero e apenas em algumas aplicações se pode usar o PVC sem que seja
combinado com um certo número de aditivos que permitem o seu processamento e
conversão em produtos finais.
9 Tem uma resistência mecânica relativamente elevada (52 a 62 MPa), combinada
com uma certa fragilidade. Bom isolamento térmico e eléctrico e uma elevada
resistência a solventes. O elevado teor em cloro do PVC é responsável pela
resistência química à chama.
Tecnologia Mecânica 52
Policloreto de vinilo (PVC)
Tecnologia Mecânica 53
Polipropileno (PP)
Propriedades:
9 É um dos polímeros mais baratos, uma vez que pode ser sintetizado a partir de
matérias-primas petroquímicas baratas.
9 Mais resistente mecanicamente e menos flexível que o polietileno. Este material
pode ser submetido a temperaturas de 120ºC sem se deformar.
9 Possui boa resistência química, à humidade e ao calor. Apresenta uma baixa
densidade, boa dureza superficial e estabilidade dimensional. Têm boa resistência
à flexão, podendo ser utilizado em produtos como rótulas.
Tecnologia Mecânica 54
Polipropileno (PP)
Aplicações:
• Na área dos transportes, os copolímeros de PP com elevada resistência ao
impacto substituíram a borracha rígida nas caixas de baterias, pára-choques,
reservatório de óleo do freio, porta luvas, tubagens de ar e coberturas de
protecção.
• O PP com materiais de enchimento aplica-se no revestimento de ventiladores de
automóveis e tubagens de aquecimento, em que é necessária uma elevada
resistência à deflexão pelo calor.
• O homopolímero de PP é ainda utilizado extensivamente na parte inferior de
carpetes
• Na forma de fibra pode ser utilizado para reforçar o cimento. Evita as fissuras
resultantes da contracção.
Tecnologia Mecânica 55
Poliestireno (PS)
9 É um plástico claro, sem odor e sem sabor, sendo relativamente frágil se não for
modificado, tem brilho elevado.
9 Para além do PS transparente (cristalino), existem outros dois tipos importantes,
tais como o PS do tipo resistente ao impacto e do tipo expansível.
9 O homopolímero caracteriza-se pela sua rigidez, claridade cintilante e facilidade
de processamento, mas tem tendência para ser frágil.
9 De um modo geral os PSs têm boa estabilidade dimensional, baixa retracção na
moldagem, sendo fáceis de processar a um baixo custo. No entanto, têm baixa
resistência às condições atmosféricas e são atacados quimicamente por óleos e
solventes orgânicos. Têm boas propriedades de isolamento eléctrico e
propriedades mecânicas adequadas dentro dos limites de temperatura
aplicáveis.
Tecnologia Mecânica 56
Acrilonitrilo-Butadieno-Estireno (ABS)
Propriedades:
9 Os materiais do tipo ABS são conhecidos pelas suas propriedades de engenharia,
tais como a boa resistência mecânica e ao impacto, combinadas com a facilidade
de processamento. É um dos plásticos mais caros.
9 A vasta gama de características importantes em engenharia exibida pelo ABS
deve-se às propriedades com que cada um contribui. O acrilonitrilo contribui
com a resistência química e ao calor e a tenacidade; o butadieno melhora a
resistência ao impacto e a retenção das propriedades a baixa temperatura; e o
estireno contribui com o brilho superficial, rigidez e facilidade de processamento.
9 A resistência ao impacto do ABS aumenta à medida que aumenta o teor em
borracha (butadieno), mas as propriedades, tais como a resistência à tracção e a
temperatura de deflexão diminuem.
9 Plásticos substitutos: polipropileno, poliestireno e polietileno de alta densidade
Aplicações:
9 Painéis de instrumentos e consolas de automóveis; grelhas de radiadores; caixas
de faróis, portas extrudidas e termoenformadas de electrodomésticos, pequenos
aparelhos domésticos e caixas de computadores.
Tecnologia Mecânica 57
Poliamidas ou nylons
Propriedades:
9 Possuem uma boa capacidade para suportar cargas a temperaturas elevadas, boa
tenacidade, baixo coeficiente de atrito e boa resistência química. A flexibilidade das
cadeias principais de carbono origina elevada flexibilidade molecular, que é
responsável pela baixa viscosidade do fundido e pela facilidade de processamento.
Esta flexibilidade contribui ainda para a elevada lubrificação, baixo atrito e boa
resistência à abrasão. No entanto, absorvem água, o que causa variações
dimensionais com o aumento do teor em humidade.
9 São muitas vezes reforçados com fibra de vidro ( exemplo: tipo 6,6 – reforço mineral
+ 30% de fibra de vidro)
Aplicações:
9 Os nylons têm aplicações em quase todos os sectores
industriais. Utilizações típicas deste material são:
engrenagens, chumaceiras e peças anti-atrito não
lubrificadas, componentes mecânicos para funcionar a
temperaturas elevadas e resistir aos hidrocarbonetos e
solventes, componentes eléctricos submetidos a
temperaturas elevadas e componentes resistentes ao
impacto……
Tecnologia Mecânica 58
Poliamidas ou nylons
Tecnologia Mecânica 59
Acetais
Propriedades:
9 São dos termoplásticos mais resistentes (resistência à tracção de 69 MPa) e mais
tenazes. Têm uma excelente resistência à fadiga e estabilidade dimensional. Outras
das características importantes são o baixo coeficiente de atrito, baixa absorção de
água, a facilidade de processamento, a boa resistência aos solventes e ao calor até
cerca de 90ºC, sem carga aplicada.
Aplicações:
9 Encontram aplicações que não têm contacto directo com alimentos ou cosméticos.
9 Os acetais substituíram diversas peças vazadas de zinco, latão e alumínio e peças
estampadas de aço, devido ao seu mais baixo custo. Quando não são exigidas as
elevadas resistências dos metais, podem, em muitas aplicações, reduzir–se ou
eliminar-se os custos inerentes às operações de acabamento e de união, usando
acetais.
9 Nos automóveis, são utilizados em componentes dos sistemas de combustível, cintos
de segurança e manípulos das janelas.
Tecnologia Mecânica 60
Policarbonato
Propriedades:
9 Apresentam uma elevada resistência mecânica, tenacidade, são resistentes a uma
grande variedade de produtos químicos e estabilidade dimensional, que permite
que sejam utilizados em componentes de engenharia de elevada precisão, em que
se exigem tolerâncias apertadas.
9 Têm uma elevada energia de impacto, a resistência à tracção é elevada (cerca de
60 MPa). Boas propriedades de isolamento eléctrico e transparência. Boa
resistência à fluência
Aplicações:
9 Incluem excêntricos e engrenagens, capacetes, componentes de aviões, hélices
para barcos, caixas e lentes de luzes de tráfico, substituição de vidros em janelas,
e ainda ferramentas para aplicações eléctricas, pequenos electrodomésticos.
Tecnologia Mecânica 61
Polissulfonas
Propriedades:
9 São termoplásticos estruturais com elevado desempenho, transparentes, podem ser
metalizados, são tenazes e resistentes mecanicamente.
9 Podem ser utilizados durante tempos longos a temperaturas entre os 150 e os
175ºC, sem perda de propriedades.
9 Têm uma resistência à tracção elevada (entre os termoplásticos) de 70 MPa e uma
tendência relativamente baixa para fluir. Resistem à hidrólise em meios aquosos
ácidos e básicos.
9 Liberdade de concepção proporcionada pelo processo de injecção.
Aplicações:
9 Utilizado no fabrico de componentes resistentes à corrosão, como tubagens,
bombas, componentes de faróis, instrumentos médicos.
Tecnologia Mecânica 62
Poliésteres termoplásticos
Tecnologia Mecânica 63
Resinas à base de óxido de fenileno
Propriedades:
9 As resinas de PPO (óxido de polifenileno) são produzidas na General Electric
com a designação comercial de resinas Noryl.
9 São geralmente reforçadas com fibra de vidro (20 a 30%)
9 Excelentes propriedades mecânicas no intervalo de temperaturas de –40 a
150ºC, excelente estabilidade dimensional com baixa fluência, elevado módulo
de elasticidade, baixa absorção de água, boas propriedades dieléctricas,
excelentes propriedades de impacto e excelente resistência a meios aquosos.
Aplicações:
guarda-lamas, grelhas e peças da carroçaria de automóveis.
Tecnologia Mecânica 64
Plásticos Termoendurecíveis
Tecnologia Mecânica 66
Fenólicos
Tecnologia Mecânica 67
Resinas epoxídicas
9 Têm uma pequena retracção durante a cura, têm boa adesão a outros
materiais, boa resistência química e ao meio ambiente, boas propriedades
mecânicas e boas propriedades de isolamento eléctrico.
Aplicações:
• Como revestimentos de protecção e decorativos, devido à sua boa
adesão e boas resistências mecânica e química. Exemplos típicos:
revestimentos de câmaras e tambores, primários para automóveis e
electrodomésticos, e revestimentos de fios.
• Fabrico de laminados e como matriz nos materiais reforçados com fibras.
• São o material predominante para a matriz da maior parte dos
componentes de elevado desempenho, como os reforçados com fibras de
elevado módulo de elasticidade.
Tecnologia Mecânica 68
Poliésteres insaturados
Extrusora fieira
Banho de água
peletes
Tecnologia Mecânica 69
Aplicações: indústria automóvel
Pára-choques
(polipropileno)
¾ Inicialmente eram pretos e pouco resistentes ao sol, desbotavam facilmente.
¾ Os compostos de PP obtiveram melhorias técnicas que os impulsionaram no
mercado dos plásticos de engenharia.
¾ A tecnologia de produção da resina melhorou: melhor balanço da relação
rigidez/impacto; desenvolveram-se novas cargas minerais para estes
compostos.
¾ Maior resistência à temperatura (até 110ºC), melhor estabilidade dimensional,
associada a um alto índice de fluidez, permitindo produzir peças de paredes
mais finas.
¾ Aumento da resistência ao ‘risco’, conseguindo entrar nos carros ditos topo de
gama.
¾ Actualmente este material tem melhores características, melhor fixação, tanto
da cor natural, como da pintura.
¾ Pode ser fabricado por injecção ou termoenformação.
Tecnologia Mecânica 70
Aplicações: indústria automóvel
Revestimentos internos
¾ O couro sintético à base de polipropileno tem vindo a substituir o PVC, como
não tem plastificantes, não possui odor e não ‘racha’ com o tempo.
Na área do motor
¾ O PP celebra novas conquistas, como a ventoinha e o suporte do sistema de
refrigeração, todo o sistema de circulação de ar, caixa de filtro de ar e ainda
cobertura do motor.
¾ Os nylons (poliamidas) disputam aplicações como a caixa do motor,
incorporando os sistemas de filtros.
Tecnologia Mecânica 71
Aplicações: indústria automóvel
Guarda-Lamas (Renault)
¾ Até 1997, 90% das peças de plástico eram pintadas fora da linha de montagem,
geralmente pelos próprios fornecedores.
¾ Os pontos críticos sempre foram as acentuadas dilatações do material, rigidez da
peça e a sua incompatibilidade com os processos de pintura e montagem em
série.
¾ A GE Plastiques desenvolveu um termoplástico condutor produzido a partir de
poliamida e poliproplileno, impregnado de carbono (resistência mecânica e
térmica semelhante à dos materiais compósitos).
¾ Liga de 2 polímeros de estruturas diferentes (cristalina e amorfa, combinação
necessária para obter estabilidade a 170 ºC), um elastómero resistente a
pequenos choques e um carga de cor preta que lhe confere propriedades
condutoras muito próximas das do aço, permitindo a pintura por deposição
electroestática.
¾ Plástico condutor cuja resistência térmica permite suportar as condições de
pintura da linha de montagem.
Tecnologia Mecânica 72
Aplicações: indústria automóvel
Guarda-Lamas (Renault)
¾ Em 1997, a Renault desenvolveu uma nova técnica de fixação, designada por
fixação deslizante, que permite completar a montagem total da carroçaria antes
da pintura, integrando todos os materiais diferentes que a compõe. A linha é
assim mantida na sua sequência e ritmo normais, permitindo a produção em
grandes quantidades.
¾ Foi necessário considerar: o papel do guarda-lamas na segurança no veículo, a
interface com as restantes partes da carroçaria, o processo de fabrico, as
técnicas de tratamento e montagem, as normas ambientais, os requisitos de
“desmontabilidade” – em caso de reparações e choques.
¾ Quanto à segurança, a resistência a pequenos choques é fundamental, uma vez
que 50% dos acidentes ocorrem a menos de 8 Km/h, sendo frequentemente o
guarda-lamas a parte mais afectada.
Tecnologia Mecânica 73
Aplicações: indústria automóvel
Tecnologia Mecânica 74
Aplicações: indústria automóvel
Painel de instrumentos
¾ Noryl (óxido de polifenileno/poliestrireno) expansível (Pegueot 206)
¾ Constitui uma melhor alternativa às espumas de poliuretano e poliestireno
¾ Menor custo
¾ Maior estabilidade dimensional
¾ Estabilidade térmica entre os –20ºC a 100ºC
Para peças internas e externas sem pintura
A Bayer desenvolveu:
¾ Uma mistura de policarbonato que se caracteriza por conferir à peça uma elevada
resistência aos raios UV, mantendo a elevada resistência ao impacto e resistência
térmica. Utilizada na fabricação de peças em que se pretende eliminar a pintura: grelhas
frontais, retrovisores e peças do painel.
¾ Uma mistura de ABS/poliamida (a mesma mistura reforçada com cargas minerais é
destinada à pintura na linha de produção).
Tem uma elevada resistência às intempéries, sendo indicada na moldagem de peças
que requerem uma menor resistência ao impacto, brilho superficial reduzido e alta
resistência à radiação UV.
Tecnologia Mecânica 75
Aplicações: indústria automóvel
Medidor de fluxo de ar
Canal de ar
Tecnologia Mecânica 76
Estruturas híbridas
Módulo de cockpit para a Fiat
¾ Este módulo integra 15 componentes numa só unidade, que inclui: painel de
instrumentos e seu reforço, unidade de ar-condicionado, air-bag, coluna da direcção,
entre outros.
A concepção destes componentes como um todo permitiu uma difusão mais suave do
ar na superfície de topo do painel de instrumentos.
¾ Foi também desenvolvida uma nova estrutura híbrida para reforço do painel de
instrumentos, que suporta uma série de componentes, tais como: o volante e o air-bag,
e assegura a rigidez do corpo do veículo.
Convencionalmente esta estrutura era feita só em aço. Actualmente é feita em aço e
dois tipos de resinais. A estrutura híbrida é 10 vezes mais leve que a tradicional, e
elimina 15 partes.
Tecnologia Mecânica 77
ESTRUTURAS HÍBRIDAS
Novas possibilidades
¾ Um esqueleto metálico com plástico injectado, usada para produzir a parte
frontal do veículo, que engloba a região de encaixe dos faróis.
¾ A tecnologia consiste em inserir uma estrutura metálica no molde, onde esse
esqueleto recebe uma sobre-injecção de poliamida
Audi A6
Tecnologia Mecânica 78
ESTRUTURAS HÍBRIDAS
Abertura do molde
Fim do ciclo de
injecção
Posicionamento da
parte metálica
Tecnologia Mecânica 79
MATERIAIS COMPÓSITOS
Tecnologia Mecânica 80
MATERIAIS COMPÓSITOS DE MATRIZ POLIMÉRICA
Tecnologia Mecânica 81
Comparação das várias fibras
Tecnologia Mecânica 82
PLÁSTICOS REFORÇADOS COM FIBRAS
Tecnologia Mecânica 83
Processos de molde aberto para plásticos reforçados com fibras
Tecnologia Mecânica 84
Processos de molde aberto para plásticos reforçados com fibras
Tecnologia Mecânica 85
Processo de molde aberto para plásticos reforçados com fibras
Processo de spray
9 É semelhante ao método de deposição manual
9 Pode ser utilizado para se obter cascos de barcos, banheiras e bases de
chuveiro
9 Caso se use fibra de vidro, este processo consiste na deposição simultânea,
sobre um molde, de resina e de pedaços de feixes de fibras, usando-se para tal
uma pistola de corte e projecção, a qual é alimentada por um multifio de feixes
contínuos.
9A camada depositada sobre o molde é, em seguida, densificada, através da
passagem de um rolo, que remove o ar que possa ter ficado aprisionado e que
assegura a impregnação das fibras de reforço pela resina. fibra
Tecnologia Mecânica 86
Processo de molde aberto para plásticos reforçados com fibras
Tecnologia Mecânica 87
Processo de molde aberto para plásticos reforçados com fibras
Sistema
de vácuo
Tecnologia Mecânica 88
Processo de molde fechado para plásticos reforçados com fibras
Tecnologia Mecânica 89
Processo de molde fechado para plásticos reforçados com fibras
Tecnologia Mecânica 90
Processo de molde fechado para plásticos reforçados com fibras
Tecnologia Mecânica 91
Processo de molde fechado para plásticos reforçados com fibras
Fibras
Matriz
Banho de resina
Compósito
Forno de cura
Tecnologia Mecânica 92
PLÁSTICOS REFORÇADOS COM FIBRAS
Aerospacial
Instrumentos 1% Outros
8% 4% Automóvel
31%
Bens de consumo
8%
Componentes
electrónicos
10% Marinha
12% Construção
2002
26%
9 Os termoplásticos reforçados com fibras têm-se tornado muito populares sobretudo
devido ao facto de possuírem uma maior tenacidade, durabilidade, facilidade de
armazenamento e reparação, serem recicláveis e de por serem processados sem
reacções químicas
9 Dentro desta categoria, os termoplásticos reforçados com fibras longas tornam-se cada
vez mais importantes, uma vez que são fáceis de moldar e têm custos aceitáveis
Tecnologia Mecânica 93
TERMOPLÁSTICOS REFORÇADOS COM FIBRAS LONGAS
Chrysler PT Cruiser
9 Utiliza polipropileno reforçado com fibras de vidro longas para o fabrico dos painéis
de insonorização do ruído, colocados sobre a cabeça do motor.
9 Estes componentes devem ser flexíveis e resistir ao impacto de pedras e outros
objectos.
9 Inicialmente o painel era obtido por moldagem por compressão, a partir de uma
laminado obtido por SMC (processo de moldagem de folha), no entanto, os ensaios
indicaram que o componente assim produzido era frágil.
9 Actualmente, utiliza PP reforçado com fibras de vidro longas (30%). Estas são
completamente molhadas pela resina através de um processo pultrusão patenteado,
que são depois transferidas para um molde de compressão.
Tecnologia Mecânica 94
TERMOPLÁSTICOS REFORÇADOS COM FIBRAS LONGAS
Jaguar XJ
Utiliza polipropileno reforçado com fibras de vidro longas, em vez de aço ou
alumínio:
9 Nos componentes estruturais dos módulos das portas.
Estes módulos ajustam-se perfeitamente às portas, sendo aí incluído os manípulos
internos das portas e as colunas.
9 No reforço da grelha, onde são fixadas as partes funcionais, tais como faróis,
radiador,...
9 Estes componentes facilitam o uso da tecnologia modular, ao permitir a integração
de vários componentes, levando a uma mais fácil assemblagem e a vantagens em
termos de custos de produção.
Tecnologia Mecânica 95
TERMOPLÁSTICOS REFORÇADOS COM FIBRAS LONGAS
ATENZA/MAZDA6
Utiliza polipropileno reforçado com fibras de vidro longas:
9 Nos componentes estruturais dos módulos das portas e na parte frontal do veículo,
conseguindo reduzir em 9 Kg o peso do veículo.
9 Com este novo material consegue-se obter uma resistência ao impacto 3x superior
ao polipropileno reforçado com fibras de vidro tradicional.
9 Devido à muito baixa fluidez deste material, é possível fabricar estes componentes
por injecção, conseguindo combinar-se várias partes num só componente, reduzir os
custos dos moldes e obter peças de espessuras mais finas.
Tecnologia Mecânica 96
TERMOPLÁSTICOS REFORÇADOS COM FIBRAS LONGAS
ATENZA/MAZDA6
9A muito baixa viscosidade deste material dá origem à formação de uma
camada plástica espessa na superfície do produto. Esta camada previne que os
feixes das fibras apareçam na superfície, dando origem a um acabamento
exterior mais atractivo. Os plásticos reforçados com fibras tradicionais
requerem acabamentos, como pintura.
9 Devido à utilização de fibras de vidro longas, como reforço, e polipropileno
altamente cristalino, consegue obter-se uma elevada resistência à fadiga a
120ºC. Este material consegue ter uma resistência à fadiga a alta temperatura
17% superior ao dos nylons reforçados com fibra, reconhecidos pela resistência
ao calor.
Tecnologia Mecânica 97
TERMOPLÁSTICOS REFORÇADOS COM FIBRAS LONGAS
Conduta de
ar
condensador
Tecnologia Mecânica 98
Plásticos usados no VW Golf IV
Tecnologia Mecânica 99