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O presente estudo focalizou a evolução da motivação através do exame comparativo de diversas faixas etárias de

atletas do futsal e futebol. Uma das principais metas da Psicologia do Esporte, desde seu início, é estudar os fatores
que maximizam a participação e a melhora da execução no âmbito do esporte e da atividade física. A orientação da
motivação parece ser um tema-chave quando tratamos de compreender a participação desportiva e o seu progresso
na execução.

O termo motivação tem suas raízes no verbo latino movere, que significa mover. A motivação implica movimento,
ativação, por isso, para descrever um estado altamente motivado, são utilizados termos como: excitação, energia,
intensidade e ativação. Entretanto, um dos equívocos sobre a motivação desportiva consiste em relacioná-la com a
ativação emocional. Alguns treinadores acreditam que, antes da competição, devam usar "técnicas" que aumentariam
ao máximo os níveis de ativação dos seus atletas, tais como: gritos, insultos e murros. Tudo isso porque consideram
que, quanto mais ativados emocionalmente se encontrarem seus pupilos, a motivação subiria ao máximo. Porém,
sabe-se que a motivação e a ativação são construções separadas e independentes entre si. Outra prática desastrosa
comum no treinamento é a de criar nos desportistas expectativas pouco realistas sobre suas possibilidades na
competição. A famosa frase: "tu podes fazê-lo!", encerra um alto risco em si mesma, posto que, se o desportista não
alcançar as expectativas previstas, poderá sofrer um efeito "catastrófico" que fará com que diminua a sua motivação,
afetando a confiança no seu treinador e em si próprio. Por último, convém citar os treinadores que consideram a
motivação um traço estável de personalidade do atleta e, portanto, imutável no tempo.

Os desportistas, como as outras pessoas, têm freqüentemente percepções distorcidas de suas próprias condutas. O
feedback ajuda a estimular sentimentos positivos (ou negativos) sobre si próprio. Segundo Williams (1991), um
desportista insatisfeito com o seu nível de execução, com falta de motivação para melhorar, poderá experimentar
sentimentos de auto-satisfação como reforçadores positivos quando o feedback subseqüente indicar melhora. O
feedback objetivo da execução, em seus aspectos específicos por si mesmos, é uma técnica motivacional e
instrumental que mostra resultados altamente satisfatórios. Ambas as técnicas, o reforço sistemático e o feedback
objetivo, requerem a identificação de condutas específicas que são importantes para alcançar o êxito, tanto individual
como coletivo.

Tutko e Richards (1984) reiteram que, provavelmente, o papel mais importante que um treinador desempenha é o
de motivador. Sua personalidade, convicção, fins e técnicas de motivação são o principal para o desenvolvimento das
atitudes de seus jogadores e o para o grau de sucesso que estes alcançarão. Portanto, necessita analisar sua própria
teoria de motivação e examinar seus enfoques dessas qualidades que pensa serem importantes para obter o
resultado.

Conforme Balaguer (1994), com a incorporação do paradigma cognitivo à Psicologia, o estudo da motivação sofreu
profundas transformações. A partir dos anos 60, o que vem interessando aos psicólogos é averiguar em que medida
as cognições, as interpretações dos sujeitos influenciam em suas condutas e em suas motivações. Cognição se refere
ao conjunto de atividades através das quais a informação é processada pelo sistema psíquico, como a recebe,
seleciona, transforma e organiza, como constrói as representações da realidade e cria o conhecimento. Muitos
fenômenos estão implicados neste processamento: percepção, memória, elaboração do pensamento e a linguagem
são alguns deles.

Na Psicologia moderna, o termo motivação é utilizado para designar a intensidade do esforço e a direção do
comportamento humano. É uma dimensão direcional que indica a finalidade do comportamento ou porque as pessoas
se orientam a um ou outro objetivo. No âmbito da atividade física e do esporte, a motivação é produto de um
conjunto de variáveis sociais, ambientais e individuais que determina a eleição de uma modalidade física ou esportiva
e a intensidade da prática dessa modalidade, que determinará o rendimento (Escartí e Cervelló, 1994).

Numa visão ampla, o termo motivação denota fatores e processos que levam as pessoas à ação ou à inércia em
situações diversas (Cratty, 1983). De modo mais específico, o estudo dos motivos implica no exame das razões pelas
quais se escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas com maior empenho do que outras, ou persistir numa
atividade por longo período de tempo.

Também Singer (1977) descreve a motivação como sendo a insistência em caminhar em direção a um objetivo.
Existem ocasiões onde a meta principal pode ser o alcance de uma recompensa, tal como ter o nome impresso,
ganhar um troféu ou um elogio. Em outras ocasiões, pode tomar a forma de um impulso para o sucesso, para provar
ou conseguir algo para a auto-realização. Sem a motivação, um esportista não desempenhará ou desempenhará mal.
Existe um nível ideal de motivação que deve estar presente em qualquer atividade e este depende da natureza da
atividade tanto quanto da personalidade do esportista.
Para Frost (1971) a conduta é causada e direcionada por combinações de motivos e emoções, alguns internos e
outros externos, alguns genéticos e outros ambientais, alguns conscientes e outros inconscientes, alguns individuais e
outros sociais, etc.

Os motivos podem ser classificados de acordo com sua fonte. Por exemplo, alguns motivos são oriundos de fontes
externas e da tarefa, incluindo as diversas recompensas manifestas ou latentes, como o elogio e as demonstrações de
sucesso, os presentes e o dinheiro. Outras fontes de motivação podem ser resultado da estrutura psicológica do
indivíduo e de suas necessidades pessoais de sucesso, sociabilidade, reconhecimento, etc., bem como aquelas que
parecem derivar de características da própria tarefa, tais como a novidade e a complexidade da experiência mental ou
motora com a qual o indivíduo se defronta (Cratty, 1983).

A motivação de um atleta para o rendimento ou para sobressair-se dependerá não somente de seus motivos de
rendimento (de seu desejo de se sobressair), mas também da reputação de seus adversários e do interesse público
da competição. Entretanto, diferentes motivos podem mostrar-se ativos simultaneamente. Em certos casos, podem
ser antagônicos e estabelecer juntos a força da motivação do momento (Bakker, Whiting, & Van der Brug, 1983).

Por outro lado, o conceito de motivo tem sido, com freqüência, ligado à idéia de "necessidade". Por exemplo: uma
deficiência biológica (falta de oxigênio) determina uma necessidade. Isto gera um impulso que motiva o organismo a
conduzir-se para a satisfação da necessidade. A aquisição de alimento e de oxigênio é o objetivo do organismo e a
conduta que leva a este é reforçadora. A necessidade ativa o organismo e a natureza da necessidade proporciona
uma direção à conduta (tratar de subir a superfície para poder respirar, por exemplo).

Maslow (s/d) sugeriu que as necessidades do homem se desenvolvem na seqüência, das necessidades "inferiores"
para as "superiores": necessidades fisiológicas (fome, sede); necessidade de segurança (segurança, ordem);
necessidade de participação e de amor (afeição, identificação); necessidade de estima (prestígio, êxito, auto-
respeito); necessidade de auto-realização (o desejo de auto-satisfação). O autor argumenta que, no desenvolvimento
do indivíduo, uma necessidade "inferior" precisa ser satisfeita adequadamente antes que possa surgir a próxima
necessidade "superior".

Ainda Deci e Ryan (1985) destacaram a importância das experiências de aprendizagem no desenvolvimento dos
motivos humanos, não centralizaram suas atenções na motivação com procedência biológica (fome, sede, sexo) ou
emocional (medo, alegria), mas consideraram o aspecto no qual estão implicadas experiências de aprendizagem, a
motivação intrínseca. A conduta intrinsecamente motivada se manifesta no desejo de sentir-se competente. A partir
dessa necessidade os motivos básicos de competência e autodeterminação desenvolvem motivos mais específicos.

Bergamini (1997) propõe que a motivação seja uma cadeia de eventos baseada no desejo de reduzir um estado
interno de desequilíbrio tendo como fundamento o pensamento e a crença de que certas ações deveriam servir a esse
propósito e levando os sujeitos a agirem de maneira que serão conduzidos até o objetivo desejado. É importante que
seja considerada a existência de diferenças individuais e culturais entre os sujeitos quando se refere à "motivação".
Este diferencial não só pode afetar significativamente a interpretação de um desejo, mas também o entendimento da
maneira particular como as pessoas agem e atuam na busca dos seus objetivos. As pessoas já trazem dentro de si
expectativas pessoais que ativam determinado tipo de busca de objetivos. A motivação, portanto, pode ser
considerada, primordialmente, um processo intrínseco.

A maneira mais fundamental e útil de pensar a respeito desse assunto envolve a aceitação do conceito de
motivação intrínseca, que se refere ao processo de desenvolver uma atividade pelo prazer que ela mesma
proporciona, isto é, desenvolver uma atividade pela recompensa inerente a essa mesma atividade (Deci e Ryan, 1985,
p.21).

Essa forma de considerar o comportamento motivacional implica o reconhecimento de que ele representa a fonte
mais importante de autonomia pessoal à medida que as pessoas podem, de certa forma, escolher que tipo de ação
empreender com base nas suas "próprias fontes internas" de necessidades e não simplesmente responder aos
controles impostos pelo meio externo.

Ryska (2003) avaliou medidas de competitividade, orientação da motivação e objetivo percebido de participação
como preditoras da prática esportiva em 391 jovens de 10 a 15 anos de idade, 185 meninos e 134 meninas. Estes
jovens atletas eram praticantes de competições extra-currículares de futebol, natação, hipismo, tênis e ciclismo.
Análises de regressão hierárquica mostraram que razões intrínsecas, auto-estima e domínio da tarefa, foram mais
preditoras de diversas dimensões da prática do esporte do que competitividade. Por outro lado, objetivos extrínsecos,
busca de status social e status na carreira, contribuíram com níveis mais baixos para algumas dimensões da prática
do esporte.
Segundo Williams (1991), em contraste com as teorias que concebem a motivação como força interna que
impulsiona as pessoas a alcançar uma meta, as teorias motivacionais dos incentivos se baseiam na associação de que
fatores externos impulsionam as pessoas a cumprir determinadas metas. Nesta orientação o termo incentivo se define
como "todos aqueles estímulos externos que servem para influir no comportamento". Os incentivos positivos são
estímulos atrativos que facilitam um comportamento, os negativos podem ajudar e eliminar comportamentos que não
são desejados. Os incentivos aumentam a força e a intensidade de um comportamento, são relativos, não são
absolutos, podem mudar de função no tempo, pelas circunstâncias e de pessoa para pessoa. A antecipação de um
incentivo pode servir para modificar um comportamento. Manipulando as conseqüências potenciais dos incentivos, um
poderá influir na conduta de outros. O uso de incentivos variáveis pode ajudar a manter a afetividade dos incentivos
tangíveis; os incentivos psicológicos (auto-estima), o desejo de prestígio social e a independência podem constituir
possíveis recompensas que aumentam a motivação pela atividade física e o esporte. Conforme Strong (1965), na
média meninice, os prêmios externos poderão aumentar o desempenho físico, ao passo que, na fase adulta, os
atletas profissionais, já bem pagos e financeiramente independentes, poderão continuar a participar de seu esporte
devido às recompensas internas provenientes do êxito.

Tutko e Richards (1984) revisaram os processos de motivação interna e externa, relatando que o grau da
motivação intrínseca varia enormemente entre atletas. Alguns desportistas são altamente motivados internamente e
investem uma grande quantidade de tempo de trabalho para aperfeiçoar suas destrezas, embora não sejam,
constantemente, reconhecidos ou elogiados pelos treinadores. As razões e os esforços porque estes atletas participam
são fatores pouco relacionados com os comportamentos dos treinadores. De outra maneira, alguns desportistas
investem muito pouco tempo e, constantemente, necessitam dos reforços dos treinadores para ter motivação e
alcançar seus objetivos. Há, ainda, o indivíduo que, depois das práticas regulares, continua aperfeiçoando sua técnica
e aquele que logo vai para o chuveiro e abandona o treinamento.

A maior parte dos estudos (Tutko e Richards, 1984; Williams, 1991) chegou à conclusão que as recompensas
extrínsecas podem prejudicar a motivação interna, exceto quando esta é elevada. Pelo contrário, o desempenho de
desportistas com níveis de motivação intrínseca muito baixos pode aumentar mediante a administração de
recompensas externas.

Os reforços externos parecem afetar a motivação intrínseca dos sujeitos de duas maneiras: diminuindo, quando
percebidos como mudanças perturbadoras de controle interno e externo; incrementando, quando percebidos como
informações que permitem aumentar o sentimento de competência.

Segundo Cratty (1983), para muitos jovens, fazer parte de um time significa a oportunidade de ser membro de um
grupo, de formar laços com seus companheiros, porém, se o técnico motivar os seus atletas através da ênfase nas
relações sociais, quando seu principal interesse é uma atuação superior e o resultado, certamente fracassará
(Hernandez e Gomes, 2002).

Apesar dos numerosos esforços que influenciam a motivação individual, pode-se pensar que é possível colocar os
indivíduos em várias categorias, segundo os motivos que os levam a ingressar no esporte e em outras situações que
implicam em sucesso. Frente à necessidade de êxito, Cratty (1983) propõe várias classificações. Na primeira, estão os
indivíduos que buscam enfrentar situações que implicam em sucesso com uma motivação muito alta para alcançá-las
e tendo a percepção de que tais situações trarão o sucesso tão valorizado. Estes indivíduos provavelmente escolherão
objetivos alcançáveis em vez de "chutarem" alto demais ao enfrentarem desafios. Na segunda, estão os indivíduos
que procuram evitar o fracasso. Estes têm possibilidade de evitar as situações que implicam em possibilidade de
derrota ou terão muito cuidado ao escolher adversários e objetivos, tendo assim grande probabilidade de sucesso.
Podendo também escolher objetivos dificilmente alcançáveis, preparam-se assim, de antemão, com desculpas
plausíveis e "salvadoras". Existe também um outro tipo de indivíduo que se concentra em alcançar objetivos médios,
acredita que terá uma chance de derrotar o próximo adversário se desenvolver grande esforço.

Estudos de laboratórios (Bakker et al., 1983) comprovaram que a presença de adultos frente ao desempenho de
crianças provocam nestes melhor nível de realização do que aqueles que atuam sozinhos. Para explicar esse
fenômeno, Zajonc (1965) formulou a hipótese da facilitação social. Este autor declara que a existência de
espectadores tem um efeito facilitador na ativação da prática esportiva. A presença do público, no nível e estágio
inicial de aprendizagem e nos efeitos para os desempenhos, é prejudicial. No estágio intermediário de aprendizagem é
levemente prejudicial ou favorável. Nos níveis mais altos de habilidade é considerada favorável ou sem efeito aparente
(Singer, 1977).

Método
Este estudo caracterizou-se por uma pesquisa quantitativa, tipo correlacional, com o fim de verificar as diferenças
motivacionais no esporte em diversas fases do desenvolvimento psicológico humano.

Sujei to s

Os participantes desta pesquisa foram crianças, adolescentes, adulto-jovens e adultos, de preparação


profissionalizante em diversos clubes esportivos, praticantes do Futebol e/ou Futsal, da região metropolitana de Porto
Alegre/RS. A amostra não-probabilística, tipo acidental ou de conveniência foi composta por 214 desportistas: 127 do
Futsal e 87 do Futebol. O tempo em que esses atletas exercem estas duas modalidades variou de 1 a 21 anos. Os
indivíduos foram divididos em categorias: infantil (9 a 14 anos); infanto-juvenil (15 a 16 anos); juvenil (17 a 19 anos)
e adultos (acima de 19 anos).

Ins tru ment os

Foi utilizado como instrumento uma adaptação do questionário de Gill e Deeter (1988), contendo 32 perguntas (em
anexo), para determinar os fatores motivacionais nas diferentes etapas do desenvolvimento psicológico dos atletas.
Este instrumento é composto de seis fatores de motivação: sucesso/status, desenvolvimento de habilidades,
excitação/desafio, liberação de energia, aptidão e afiliação. A escala usada para registrar as respostas dos sujeitos foi
do tipo Likert de quatro pontos: 1 significando extremamente importante; 2, bastante importante; 3, pouco
importante; e 4, nada importante.

Cole ta de da dos

O questionário foi aplicado nos estabelecimentos esportivos onde existem programas desportivos para faixas
etárias diversificadas direcionados ao Futebol e/ou Futsal profissionalizante. A aplicação do instrumento foi feita em
grupo.

Aná lise dos da dos

Através do pacote estatístico SPSS, os dados foram analisados pela técnica de Análise de Variância para um fator. A
variável independente foi categoria desportiva (faixa etária) e a variável dependente foi motivação.

Resultados e discussão
ANOVA para um fator, variável dependente sucesso/status, verificou diferenças estatísticas significativas (p =
0,001) entre os grupos de categorias esportivas, F (3,210) = 5.861. O teste de follow up de Scheffé identificou
diferenças significativas entre as médias do grupo da categoria juvenil (1,68) e dos grupos das categorias infanto-
juvenil (2,00) e adulto (2,06). Outras diferenças entre médias de categorias não apareceram.

Cabe ressaltar que, nesta categoria de juvenis (17-19 anos), os jogadores enfrentam um momento decisivo em
suas vidas, podendo se profissionalizar ou não. Em função disso, provavelmente, necessitam de status/sucesso
confirmando o seu potencial e, antes de mais nada, "abrindo as portas" para a profissão. Neste estágio da
adolescência, culmina todo o processo maturativo biopsicossocial do indivíduo. Mahler (1975) postula a existência de
um estado indiferenciado inicial a partir do qual o indivíduo terá que, gradativa e inexoravelmente, se diferenciar para
adquirir a identidade pessoal. A trajetória em direção a identidade adulta pressupõe a paulatina aceitação das
limitações humanas e a renúncia às fantasias regressivas de posse ou fusão com o que está além dos limites do Eu
(Osório, 1992).

Para Aberastury (1990), pensar no que há de essencial na adolescência, seu signo, é pensar na necessidade de
entrar no mundo adulto. A modificação corporal, essência da puberdade, o desenvolvimento dos órgãos sexuais e da
capacidade de reprodução são vividos pelo adolescente como uma erupção de um novo papel, que modifica sua
posição frente ao mundo e o compromete em todos os planos de convivência. A busca de aprovação, sucesso/status,
seria o retorno absoluto da confirmação narcísica, necessária para que este sujeito cheio de inquietudes e dúvidas
possa sentir-se suficientemente seguro para se lançar nos percalços, desafios e em todos os riscos que terá de
enfrentar na vida adulta.
ANOVA para um fator, variável dependente desenvolvimento das habilidades, apurou diferenças estatísticas
significativas (p = 0,000) entre as médias dos grupos de categorias desportivas, F (3,210) = 7,069. O teste de follow
up de Tamhane identificou diferenças significativas entre a média do grupo da categoria juvenil (M = 1,18) e as
médias dos grupos das categorias infanto-juvenil (M = 1,45) e adulto (1,27), sendo que outras diferenças não
apareceram.

Balaguer (1994) comenta que, no âmbito da atividade física no esporte, a motivação é o produto de um conjunto
de variáveis sociais, ambientais e individuais que determina a eleição de uma atividade física ou esportiva. A
intensidade da prática dessa atividade, é o que influenciará, em últimos termos, o rendimento. Singer (1984) afirma
que indivíduos que se tornam mais satisfeitos com suas experiências esportivas provavelmente vão continuar
praticando. Essas pessoas desenvolvem capacidades pessoais e têm mais chances de conquistar seu potencial através
de determinação e compromisso. Provavelmente, as diferenças entre o grupo de juvenil e os demais grupos, possam
ser devidas aos interesses em desenvolver habilidades para conseguir chances de tornarem-se efetivamente
profissionais.

ANOVA para um fator, variável dependente afiliação, apurou que não houve diferenças estatísticas significativas (p
= 0,786) entre os grupos das categorias, F (3,210) = 0,354.

De acordo com os dados, esse fator não promoveu diferenças entre as quatro categorias, o que provavelmente
indica que, em todas as idades (de 9 a 34 anos), essas pessoas precisam ser bem aceitas umas pelas outras, ou seja,
têm necessidade de amizade e de relações. Como todos atletas investigados estavam envolvidos com modalidades
esportivas coletivas, parece natural que a necessidade de afiliação seja um fator motivacional que os caracterize
igualmente.

ANOVA para um fator, variável dependente aptidão, apurou que não houve diferenças estatísticas significativas (p
= 0,967) entre as médias dos grupos das categorias pesquisadas, F (3,210) = 0,087.

Parece lógico que todos os desportistas tenham afirmado níveis muito parecidos de aptidão, já que estão num
contexto de formação de atletas de elite. Portanto, é coerente que todos, indistintamente, saibam da aptidão que
possuem para a realização dessas práticas esportivas e que reconheçam esta consciência como um dos fatores que os
levam a praticar.

ANOVA para um fator, variável dependente liberação de energia, apurou diferenças estatísticas significativas (p =
0,000) entre as médias dos grupos das categorias, F (3,210) = 6,546. O teste de follow up de Scheffé identificou
diferenças significativas entre a média da categoria infantil (2,58) e as médias dos grupos infanto-juvenil (1,97),
juvenil (2,03) em relação às médias das categorias infantil (2,58) e adultos (2,15).

Nas fases referentes à adolescência, dos 15 aos 19 anos (infanto-juvenil e juvenil), os esportistas expressaram
claramente suas necessidades de liberar energias motivando-os ao esporte. Pode-se inferir que, talvez, estejam
sentindo-se mais ativados e energizados frente ao contexto que experienciam. De acordo com Kalina (1999), a
criança que vive 11, 12 ou 13 anos a singularíssima vida infantil, protegida por seus pais e pelas instituições e
afastada dos problemas da realidade social, à medida que se instala a puberdade, a partir dos 14-15 anos, ocorrem
fortes comoções psicológicas. A adolescência, processo que tem características muito particulares, varia, também, de
acordo com as circunstâncias em que se encontra cada adolescente. Mas, em geral, toda a agressividade contida,
através do superego estabelecido, mesmo de forma ainda fragilizada, é libertada para buscar situações sociais que
permitam a sua sublimação. A liberação dos impulsos agressivos e libidinais é inerente nessa fase de preparação para
a vida adulta. Uma forma de conter a impulsividade é transformá-la em algo socialmente aceitável e o esporte servirá
de suporte reorganizador do comportamento agressivo no mundo adulto. Portanto, parece congruente que os atletas
mais envolvidos com a fase da adolescência tenham manifestado mais motivação ligada com a liberação de energia.
ANOVA para um fator, variável dependente excitação/desafio, apurou que não houve diferenças estatísticas
significativas (p = 0,151) entre as médias dos grupos das categorias F (3,210) = 1,783.

Conforme visto antes, a motivação implica movimento, ativação e tanto é assim que, para descrever um estado
altamente motivado se utilizam termos como excitação, energia, intensidade ou ativação. O que motiva todo o atleta
é o desafio de vencer obstáculos, colocando tensão em si próprio, promovendo excitação e competindo para
conquistar o sucesso (Zander, 1975).

Conclusão
Conclui-se, através da apresentação e discussão dos resultados, que os aspectos pelos quais os atletas
mobilizaram-se, atuando motivadamente no esporte, como qualquer pessoa em outro contexto, revelaram
direcionamentos variáveis e difíceis de serem reduzidos a conceitos rígidos. As razões de cada atleta para ingressar
num time esportivo podem ser inúmeras, como também os motivos que os fazem atuar durante todo o processo de
sua formação profissional.

Esses atletas pesquisados, na maioria, vinham percorrendo, ao longo de vários anos, suas trajetórias esportivas, e
apresentaram expectativas condizentes aos desejos de aceitação, reconhecimento e sucesso/status presumíveis de
acordo com seus empenhos, esforços e dedicação ao esporte.

Grande parte desses desportistas pesquisados estava na reta final da adolescência, portanto, ajustando-se as
turbulências hormonais, emocionais e elaborando o luto dos pais da infância e do corpo infantil, ambos perdidos.
Desta forma, esses atletas estavam "correndo atrás da bola" através do manejo das possibilidades plausíveis de
reconhecimentos para a conquista de uma identidade adulta. Os seus desejos de satisfações imediatas, típicos da
impulsividade dessa fase do desenvolvimento humano, os levaram a valorizar mais do que nunca o "desenvolvimento
de habilidades". Possivelmente, porque este será o antídoto mágico e eficiente que permitirá ingressar no mundo
encantado do "sucesso".

Tudo isso, possivelmente, justifica o fato de que as principais diferenças de motivação para participar do esporte
entre faixas etárias encontradas neste estudo tiveram como protagonistas atletas que, em maior ou menor grau,
estavam sob os efeitos de uma fase crucial do ciclo vital humano: a adolescência.

Visto que, no presente estudo, foi usada uma abordagem transversal, comparação de diversos grupos de faixas
etárias diferentes para observar a evolução da motivação de atletas, sugere-se que outras pesquisas possam ser
realizadas utilizando estratégia longitudinal. Ou seja, um acompanhamento regular e periódico aos mesmos atletas
em suas trajetórias esportivas desde as categorias infantis até adulta. Assim, a observação do desenvolvimento do
desportista, provavelmente, se dará mais efetivamente, embora em função de tempo e recursos materiais esse tipo
de pesquisa seja bastante difícil e complicado de ser realizado. Além disso, seria conveniente utilizar como
instrumentos, além dos questionários, as entrevistas semidirigidas.

Es portes , Ino vação E Res ultado s Empr esariais

Maria Rita Gramigna

Habilidade para tomar de decisões compartilhadas, liderar de forma participativa, demonstrar capacidade
empreendedora, gerar resultados sob pressão e usar o talento para gerenciar e trabalhar em equipe, são
alguns componentes dos perfis de competências vigentes no mercado.

Em função da definição de perfis profissionais cada vez mais abrangentes, as empresas buscam caminhos para
dinamizar seus programas de desenvolvimento de pessoal e inovar em suas práticas de treinamento.

Uma opção faz-se presente: aliada à forma tradicional de capacitação, a inclusão dos esportes vem ganhando a
adesão dos profissionais de Recursos Humanos e chamam a atenção de executivos, gerentes e equipes. Já se
enxerga este tipo de atividade como uma ferramenta para melhorar performances no trabalho.
As iniciativas partem, espontaneamente, dos próprios profissionais. É comum encontrar grupos de executivos
reunidos nos finais de semana para praticar algum esporte, radical ou não. Rapel, canoagem, caminhadas
ecológicas e tirolesa fazem parte do cardápio dos esportes escolhidos. Dentre os jogos, o tênis, o futebol, a peteca e
o boliche são os que mais seduzem os novos atletas.

As vantagens do uso de jogos e/ou esportes nos programas empresariais:

Um programa de treinamento e desenvolvimento empresarial que inclui tais atividades apresenta algumas
vantagens :

· O elemento motivação é reforçado em função do cenário e do estímulo inerente aos jogos e esportes.
· As possibilidades de trabalhar as competências exigidas neste novo cenário são ampliadas.

Vamos tomar como exemplo o esporte “Boliche”. Que aspectos de desenvolvimento são evidenciadas através de
sua inclusão em um processo de desenvolvimento?

· O boliche é uma atividade que desenvolve a competência do trabalho em equipe. O sucesso individual depende
do desempenho e da determinação de todos. A partir de um objetivo comum os integrantes do jogo criam
estratégias em grupo para alcançar suas metas.
· É um esporte que exige concentração e controle emocional.
· Desenvolve o espírito de cooperação. Nele o participante não tem como impedir o desempenho do colega, ao
contrário, busca continuamente aperfeiçoar suas estratégias para agregar valor ao resultado do outro.
· Através do boliche os participantes vivenciam valores como o respeito e o reconhecimento da capacidade
(talento) do colega, a ética no cumprimento das regras e a importância do compartilhamento de resultados.
· Trata-se de um esporte que estimula o convívio social/grupal além de aliar exercícios físicos, raciocínio
matemático e descontração, contribuindo dessa forma, na qualidade de vida de seus praticantes.
· Propicia mudanças de atitudes e comportamentos que interferem na busca de resultados.
· Permite a prática do planejamento através do estabelecimento de estratégias e metas compartilhadas para
garantir resultados diferenciados.

O que se pode esperar como resultado de um programa que tenha como atividade principal um jogo de
Boliche?

· Revisão de posturas, atitudes e comportamentos com vistas à assertividade e atuação efetiva na equipe de
colaboradores.
· Maior compreensão, pelo grupo, da importância do estabelecimento de metas e estratégias para
atingimento de resultados.
· Mudança de enfoque na forma de trabalhar em equipe, passando de uma visão restrita para a visão
sistêmica do negócio.
· Melhoria nas relações interpessoais, fortalecendo a integração dos membros das equipes de trabalho.
· Reforço da autoconfiança, comportamentos cooperativos e determinação.
· Estímulo à melhoria da qualidade de vida através da prática regular de atividades esportivas (dentre elas o
boliche) como forma de minimização

Motivação no esporte
Pauliana Freitas Gonçalves [Pauliana]
18/3/08

O termo motivação denota fatores e processos que levam a uma


ação ou à inércia em diversas situações. De modo mais específico,
o estudo dos motivos implica no exame das razões pelas quais se
escolhe fazer algo ou executar algumas tarefas com maior
empenho do que outras, ou ainda persistir numa atividade por
longo período de tempo (CRATTY, 1984). De acordo com Gondim e
Silva (2004) as teorias de motivação por conteúdo explica a
motivação humana a partir das necessidades (ou carências),
afirmando que a conduta é orientada para sua satisfação. Já nas
teorias de processo de tomada de decisão estão em jogo as
percepções, os objetivos, as expectativas e as metas pessoais.
Para Feijó (1998) motivar é o processo de mobilizar necessidades
pré-existentes que sejam relacionadas com os tipos de
comprometimento capazes de satisfazê-las. Quando a pessoa
percebe a relação de conveniência entre sua necessidade e o
comportamento que lhe foi apresentado, naturalmente se
interessará por ele, tentando reproduzir-lo. Para Vallerand e Fortier
(1998) apud Moreno e Machado (2005) o estudo sobre motivação
contribui para um melhor entendimento dos processos psicológicos
dentro do esporte e da atividade física, além de proporcionar um
acúmulo de informações necessárias para a validação das teorias
psicológicas. Essas informações podem gerar um conhecimento
que permita alterar o ambiente e a motivação dos participantes.
Feijó (1998) afirma que são os motivos que canalizam as
informações percebidas, na direção do comportamento. As
motivações brotam de nossas necessidades que relacionam
diretamente com os movimentos intencionais e funcionais da
personalidade.
Moreno e Machado (2005) em sua pesquisa constatou que para a
grande maioria dos atletas sua motivação é maior em
campeonato, além de ser o alvo dos cronogramas, trata de uma
situação de caráter puramente competitivo (onde a busca pela
vitória é constante) e que sai da rotina normal de treinos do dia-a-
dia. Os atletas quando enfrentam jogadores de melhor ranking, na
maioria dos casos passa a responsabilidade de vitória para o
jogador de melhor ranking e jogam sem pressão, pois acreditam
que melhor ranking é sinal de melhor desempenho e a derrota no
caso não seria inesperada. Em algumas ocasiões se sentem
motivados a jogar uma vez que acreditam que a diferença de
performance não é tão grande e que a vitória pode acontecer e
que ganhar de um jogador de melhor ranking aumenta a auto-
estima e a confiança em si.

De acordo com Cratty (1984) as razões pelas quais os atletas


atuam nos esportes (assim como as razõ
es pelas quais qualquer um faz algo) são extremamente variáveis
e difíceis de serem reduzidas a conceitos rígidos. Não só as razões
de cada atleta para ingressar num time são diferentes, mas
também os motivos que o fazem atuar durante toda a temporada
ou num só jogo são inúmeros. Numa competição de equipe, pode
haver uma série de combinações de motivos individuais para
produzir o desempenho, e às vezes, um conflito. As razões pelas
quais os atletas escolhem um esporte e dele participa com
determinado grau de competência podem ser influenciadas por
experiências primitivas ou acontecimentos, situações e pessoas
mais recentes. Inúmeras experiências precoces formadoras das
bases de muitas tendências de comportamento agem mais tarde
sobre a escolha da criança e sobre seu desempenho no esporte. A
maneira pela qual progenitores lidam com vários componentes da
agressividade, como agem quando a criança fracassa ou triunfa
nas primeiras tentativas de comer e vestir, bem como na maneira
em que amigos e irmãos e irmãs reagem, tudo isso influencia
mais tarde as reações da criança nas quadras atléticas, na piscina
e no ginásio esportivo. Motivos para desempenhar um
determinado esporte são formados, muitas vezes, pela
combinação de acontecimentos passados e próximos, ambos
atuando sobre a consciência do atleta.

Moreno e Machado (2005) afirma que quando os atletas jogam


contra atletas de qualidade técnica inferior a sua se sentem
pressionados e obrigados a vencer visto que comparam sua
performance com a do adversário e se acham superiores não
sendo admissível à derrota, além de sentirem envergonhados
quando pensam na possibilidade de derrota para tal adversário.
Alguns atletas se sentem mais confiantes por analisarem o
adversário e sentirem que é boa a probabilidade de vitória, outros
se sentem desmotivados a jogar por acharem que a vitória está
garantida, sentem-se confiantes e já pensam no próximo jogo,
entram na quadra por obrigação. Quando são atletas com
personalidade agressiva a torcida contra aumenta a motivação
pelo nível psicológico, onde estes voltam sua energia contra o
público que não quer seu sucesso, querendo mostrar para os
mesmos força e poder (BUTT, 1987 apud MORENO e MACHADO,
2005).

Para Cratty (1984) os motivos pelos quais um atleta escolhe um


esporte e dele participa podem ser de necessidade e prestígio,
auto-afirmação, sucesso, reconhecimento, ambição, exibição, pois
a maioria das competições atléticas permite a realização destas
necessidades em graus variados. Outro motivo a necessidade de
manter status, evitar humilhação e superar derrotas, já que os
técnicos apelam muito para essa necessidade quando os atletas,
antes de importantes competições, vão enfrentar times que, no
passado, causaram, ou ainda podem causar, humilhação através
da derrota. Há também a necessidade de mandar nos outros, de
dominar ou de ser submisso; muitos esportes, por sua própria
natureza, realizam este motivo. Outra necessidade é a de ser
aceito, formar relações afetivas com outros, ser amável,
cooperativo, muitos atletas ingressam num time por esse motivo.
A necessidade de adquirir objetos inanimados, arrumar coisas e
manter tudo em ordem, a preocupação de muitos técnicos para
com as regras ilustra este motivo, assim como a coleção de
troféus e de álbuns com recortes de carreira atlética. A
necessidade de investigar, de fazer perguntas, de satisfazer
curiosidade e tomar parte em processos cognitivos; este motivo
depende e como o técnico inculca no atleta conhecimentos
importantes a respeito do esporte ou ainda da necessidade que os
atletas possuem de saber as razões de seus treinos, atividades,
táticas competitivas. Finalmente pode-se dizer de acordo Venditti
Júnior e Winterstein (2005) com que a motivação é um fenômeno
que envolve inúmeros fatores e que está presente em todas as
atividades humanas, por isso permite interpretações que podem
diferir entre si dependendo da área em que este conceito está
contextualizado.

Você trabalha com motivação? Saiba o que é preciso para sentir-se motivado
por Renato Miranda
Quando consultado sobre diretrizes para avaliar o nível de motivação de atletas procuro ser o mais objetivo
possível, pois sei como a motivação é fundamental para o progresso de qualquer pessoa, seja no esporte ou
não.

Assim sendo este texto serve muito bem não só para atletas, mas, para administradores e funcionários de
empresas ou qualquer órgão que desempenha funções específicas.

Ao considerar a motivação como uma energia que nos impulsiona em direção aos nossos objetivos e, além
disso, determina o tipo de comportamento frente uma situação qualquer, eu proponho que para um bom
nível de motivação, devamos considerar quatro fatores essenciais:

- Prazer no desenvolvimento da atividade;

- Percepção de rendimento;

- Nível de conquistas individuais;

- Interrelação entre fatores ambientais e os pessoais.

Prazer no decorrer da rotina


Independentemente da avaliação social da dificuldade ou da importância da tarefa, quando uma pessoa
livremente escolhe uma ou outra atividade para desempenhar suas ações, é fundamental que a mesma sinta
prazer no decorrer de sua rotina. No caso do esporte, tanto o atleta de alto rendimento como o atleta amador
que se dedicam intensamente a uma dura jornada de treinamento intensos e forte pressão psicológica por
resultados, o prazer deve acompanhar seus esforços constantemente.

O prazer é proporcionado, entre outros fatores por uma alta qualidade de orientação, acompanhamento e
supervisão dos treinamentos, alegria no processo diário de execução de tarefas, calma e persistência para
obter os resultados pretendidos.

Percepção do rendimento

A segunda diretriz está relacionada à percepção de melhoria de rendimento que o atleta tem de si mesmo. Há
uma tendência natural de nos sentirmos cada vez mais motivados quando percebemos que estamos
progredindo em nossa tarefa e que avançamos para atingirmos nossos objetivos. Para tanto, toda e qualquer
ação de treinamento, os treinadores devem prever o quanto o esforço do atleta poderá repercutir em
progresso próprio e levar em conta que o atleta sempre fará autoavaliação de seus esforços e rendimentos.

Conquistas individuais

A percepção de rendimento é “alimentada” por um aumento do nível de conquistas individuais. Isso é muito
observável no esporte amador, quando atletas de potencial atlético, regularmente percebem o quanto os
mesmos estão melhorando e aumentando seu nível de desempenho. Portanto, cabe aos treinadores
providenciarem treinamentos e participações em competições de qualidade, para que atletas tenham a
oportunidade de tempos em tempos perceberem o quanto estes estão evoluindo e conquistando avanços
significativos, mesmo quando o resultado em competições ainda não é o esperado. Por exemplo, um atleta
de natação pode se sentir feliz pela quarta colocação em uma competição ao verificar que fez seu melhor
tempo na respectiva prova disputada.

Interrelação entre fatores ambientais e pessoais

Por último há de se ter uma ótima interrelação entre os fatores pessoais (inconscientes ou intrínsecos) que
impulsionam o atleta para determinada meta com os fatores ambientais (conscientes ou extrínsecos). Isso
significa dizer que a motivação intrínseca de um atleta é revitalizada quando existe harmonia em relação ao
ambiente propriamente dito.

Em outras palavras, é fundamental que haja uma relação social saudável no ambiente de treino, boa
qualidade de equipamentos, infraestrutura de treinamentos e competições perfeitamente compatíveis com a
exigência de uma determinada atividade, recompensas (de elogios feitos por pessoas consideradas
importantes a prêmios e outras recompensas) e outros.

Por exemplo, um atleta altamente motivado para treinar natação, terá um nível de motivação ainda melhor se
treinar em uma piscina coberta, com água aquecida, ambiente com umidade controlada e com excelentes
equipamentos e treinadores. Por outro lado, o mesmo atleta poderá perder nível de motivação se treinar em
um ambiente hostil – piscina descoberta, água fria e com treinadores incapazes.

Em última análise, o nível de motivação nos esportes ou em qualquer ambiente de estudo ou trabalho sempre
dependerá das competências e relações sociais, na relação positiva e satisfatória com a atividade, no
progresso pessoal e no investimento material que auxilia o desempenho ótimo.

APRENDA A LIDAR COM AS MUDANÇAS


As mudanças estão presentes em nossa vida, cada vez com mais
freqüência.
Antigamente, um emprego era para toda vida assim como um marido ou
uma esposa, ou uma casa ou até mesmo um carro. Conforme o mundo foi se
globalizando, as pessoas foram ficando mais intolerantes, mais consumistas,
menos apegadas a certos valores e obviamente mais suscetíveis às mudanças.
Para muitas pessoas é extremamente difícil aceitar, encarar e participar do
processo de mudanças por se sentirem inseguras, incapazes ou ainda por pura
acomodação. Nos acomodamos com certas situações e simplesmente não
aceitamos que as coisas podem mudar.
Para lidar bem com as mudanças :

 Esteja atualizado. Leia bastante sobre todos os assuntos


mas principalmente sobre aqueles voltados a seu ramo de
atuação.
 Procure compreender o lado positivo da mudança.
 Procure entender porque a mudança é necessária.
 Busque uma forma de ser útil ao processo .
 Envolva-se com o projeto de mudança e procure interagir.
 Reflita sobre sua posição e sua importância como
profissional.
Mudar sempre é algo trabalhoso e por vezes incômodo porém é preciso ter em
mente que as mudanças ocorrerão com o nosso consentimento ou não, portanto é
melhor entender que podemos crescer profissionalmente e tirar bom proveito das
mudanças.

DISCIPLINE-SE
Quando éramos crianças e estávamos em período escolar ouvíamos muito a palavra
disciplina. Depois, com o passar dos anos, paramos de ouvir, de falar e até mesmo de
praticar algo tão importante quanto ela. Disciplina significa o conjunto de
regulamentos destinados a manter a boa ordem em qualquer organização. Submissão
ou respeito a um regulamento .
Para que possamos evoluir em qualquer área, seja nos estudos, seja na carreira, no
trabalho ou até mesmo como pessoas é preciso que nos auto disciplinemos. Criar e
obedecer regras que nos farão ser mais produtivos, mais organizados, mais acertivos
em nossas decisões, mais compenetrados, mais pontuais e mais respeitosos com as
pessoas que nos cercam.
Somente através da disciplina podemos nos impor metas e traçar objetivos
concretos para o atingimento destas metas. Não é nada fácil seguir certas regras mas
quanto mais difícil, maior a recompensa que nos espera.
Não pense que você está sendo “careta” por chegar na hora, não pense que você
está sendo “ otário” por levantar cedo e ir trabalhar... coisas assim que acabam por
algumas vezes entrar em nossas mentes, seja pelos exemplos que vemos na
televisão, nos filmes, seja pelo exemplo que acaba vindo da nossos políticos. Existem
muitas outras histórias de sucesso e trabalho que são fruto de pessoas dedicadas e
disciplinadas.

Veja alguns atos disciplinados que podem estar faltando em sua vida :
- Faça um roteiro de suas atividades e como pretende cumpri-las.
- Estabeleça horários para começar e terminar tarefas ao longo do dia.
- Coma refeições mais saudáveis e leves no dia-a-dia.
- Respeite horários e compromissos.
- Durma as horas de sono necessárias para seu bem estar.
- Defina suas metas para aquele dia ou semana e foque-se em atingi-las.
- Evite distrações com a internet e telefones.
- Seja educado com todas as pessoas.

COMO ANDA SEU TEMPO ?


Você é daquelas pessoas que está sempre sem tempo? Daqueles profissionais que sempre
estão com mil coisas atrasadas...? Bem isso é bastante comum nos dias de hoje: não termos tempo
para nada ou então termos mais compromissos do que podemos atender.
Apesar de normal esta não é uma situação que você deva aceitar e contribuir.
Existem maneiras de otimizar seu tempo: estipular prioridades é fundamental, evitar perder
tempo com coisas supérfluas, limitar tempo de ligações telefônicas, evitar receber demasiadas
pessoas no local de trabalho e por aí vai...
Nós acabamos contribuindo em muito para a nossa própria falta de tempo. Não planejamos o
dia, não limitamos nosso tempo de realizar as coisas, não nos impomos horários e isso tudo junto
acaba gerando uma desorganização que se traduz no final de uma jornada de trabalho em: atrasos,
tarefas por cumprir, perda de prazos, estresse, desmotivação , infelicidade.
Para termos mais tempo é preciso antes de mais nada respeitar o tempo das outras pessoas. Se
você vai fazer uma visita comercial, seja breve. Não pense em ficar muito tempo sentado na frente
do cliente porque hoje em dia todos têm pressa. Quando estiver em situação contrária e for o
cliente, da mesma forma não deixe seu fornecedor esperando, atenda-o e seja breve. Respeito é o
primeiro passo para administrar o tempo.
Outra situação em que perdemos tempo demais são as reuniões. Quanto tempo desperdiçado!
Para uma reunião produtiva, fazemos dez desnecessárias e elas acabam com o nosso dia.
Se perdermos muito tempo em reuniões, obviamente deixaremos outras atividades sem
executar e daí começamos a sofrer por não dar conta de tantas atribuições.
Pare e pense ! Aonde estou perdendo meu tempo ? O que faço para otimizar minhas atividades
diárias? Não estou perdendo o foco ? Conversando demais fora de hora ou me perdendo em
conversas paralelas ou respondendo e-mails ? Algum segredo tem. Em alguma situação do dia-a-
dia você está se perdendo e isso é certo como 2+2 é igual a 4.
Não tem mistério, descubra por onde seu tempo se esvai e você verá que ajustando alguns
pontos você poderá colocar suas atividades nos eixos e dar conta perfeitamente de suas atribuições

O ÔNUS DO BÔNUS
Muitas pessoas se sentem infelizes e injustiçadas com o que a vida lhes dá. Sentem-se vítimas
da má sorte, das circunstâncias, dos amigos, dos relacionamentos e das empresas em que
trabalham.
A vida não nos dá nada. Tudo é uma troca. Trabalhamos em troca de um salário, amamos em
troca de amor, o alimento nos troca energia, sofremos conseqüências em troca de ações que
tomamos e assim se analisarmos todas as situações porque passamos, é preciso entender que
sempre existe um ônus para cada bônus que recebemos.
Enquanto não entendermos que essa é uma verdade absoluta, estaremos direcionando nossas
frustrações, nossas inquietudes para as pessoas erradas e estaremos muitas vezes encontrando
culpados que são inocentes e buscando as soluções para os problemas nos lugares errados. Nós
somos resultado de nossas atitudes e é preciso ter atitudes pautadas em valores corretos, em
julgamentos imparciais e na justiça dos fatos.
Não adianta culparmos nossas empresas pelos nossos problemas de dinheiro, por exemplo. Se
quero poupar, tenho que aprender , estudar formas de economizar e aplicar algum recurso que
sobre. Para isso devo deixar de fazer algumas compras ou gastos com coisas desnecessárias – está
aí o ônus para conseguir o bônus que desejo mais adiante- no caso, guardar dinheiro.
Se quero ser promovido, tenho que aprimorar meu trabalho, adquirir mais conhecimentos,
atualizar-me, dedicar parte do meu tempo para isto.Essa é a forma de buscar a melhoria e a
promoção.
É muito fácil revoltar-se contra os demais mas é preciso auto analisar-se com consciência
para descobrir se o que se faz é o que se espera, ou melhor mais do que se espera; afinal essa é a
chave para o sucesso: superar expectativas.
Para cada bônus existe um ônus e ele não pode ser pago de uma só vez. Ele deve ser pago
diariamente, em tudo o que fazemos. Se queremos felicidade temos que fazer alguém feliz todos os
dias, se queremos reconhecimento temos que superar expectativas todos os dias, se queremos
saúde temos que alimentar-nos bem todos os dias. Esse é o preço e isso é fundamental que seja
entendido por quem quer mais da vida.Nada vem de graça, nada.
Fazemos escolhas diariamente, que podem modificar nosso presente e nosso futuro. É preciso
estar conscientes de que toda decisão, por menor ou mais insignificante que seja, trará
conseqüências da mesma forma maiores e menores. Ao almejar uma carreira de vitórias, é preciso
ter em mente que o ônus estará presente em tudo e todo momento, através de sacrifícios, tempo
gasto, privações, desgaste com colegas e chefes.. e por aí vai, mas são coisas que fazem parte da
vida de qualquer pessoa. Da mesma forma que pagando os ônus, os bônus também farão parte e
no momento certo.
Se aprendermos bem cedo que assim é a vida e que não se pode fugir disso, mais cedo teremos
sucesso em todos os aspectos de nossas vidas.

INVERSÃO DE VALORES

Você já reparou em como os valores estão invertidos nos dias de hoje ? Quando paramos para
pensar em certas coisas que acontecem na vida da gente, percebemos como o mundo está de
cabeça para baixo. Somos clientes e temos que pedir para sermos atendidos, pagamos impostos e
não temos direito ao que deveríamos ter direito por pagar impostos, quando pagamos não
podemos exigir, quando reclamamos de algo é surpreendente como não somos ouvidos .. e por aí
vai.
Quanto mais falamos em bom atendimento, em direitos dos clientes, em tratar como
gostaríamos de ser tratados mais notamos que as coisas estão se invertendo. Hoje, nós clientes é
que temos que nos adaptar aos nossos fornecedores quando na verdade o contrário é que deveria
acontecer !
Isso está acontecendo em todas as áreas e de todas as formas. Houve uma época em que
valorizar e fidelizar o cliente era algo que as empresas deveriam fazer. Hoje, quanto menos contato
com o cliente melhor, aplicando a tecnologia em tudo, as pessoas acabam se isolando
completamente. Você pode comprar pela internet, viajar pela internet, conversar e até namorar
pela internet ! As pessoas perderam o hábito de falar olhando nos olhos, sentindo a verdade , a
confiança no olhar do outro. É tão estranho que até a crise econômica mundial aconteceu em parte
porque se trabalhava com dinheiro que não era real... dinheiro virtual que movimentava um
mercado virtual, num mundo tecnologicamente indecifrável. Que loucura ! Aonde vamos parar,
desvalorizando os relacionamentos pessoais e habituando-nos com a impessoalidade, a falta de
emoção ?
Estamos formando uma geração de pessoas que não sabe se relacionar, não se preocupa em
agradar e nem nutre pelo próximo sentimentos bons de compaixão, de tolerância. Isso agente
nota quando vamos a uma loja e somos mau atendidos, quando recebemos ligações de operadores
de telemarketing que não são capazes de sair de seus scripts decorados e falar de pessoa para
pessoa, querendo vender o que não queremos comprar, invadindo nossa privacidade tarde da
noite. Percebemos que algo vai mal quando não conseguimos nos comunicar com os jovens de
hoje, que não sabem se expressar com clareza apesar de formados em universidades. Nesse
mundo maluco que estamos vivendo ainda é possível confiar?
Se entendermos o antes possível que as coisas precisam mudar, que é preciso voltar à
simplicidade dos tempos passados, aonde não se necessitava de muito para ser feliz, nem de
mostrar que somos melhores que outros, aonde viver era mais fácil pois não havia tantas
exigências de perfeição e nem tantas cobranças; se começássemos a pensar não só no individual e
um pouco mais no coletivo, em estender uma mão aberta e não um punho fechado de raiva, de
estresse do dia a dia. Se pudéssemos parar de falar e escutássemos mais,se deixássemos certos
preconceitos de lado, daríamos um pequeno passo rumo a um futuro melhor para todos. Ainda é
possível confiar ?
É possível conscientizar e é possível ter valores e se isso ainda é possível, por que não tentar
mudar o mundo ?

MANTRA DA MOTIVAÇÃO DIÁRIA


Não viva sua vida sem ter um objetivo.
Pense aonde você quer chegar, o que gostaria de estar fazendo daqui a 02 /05/ 10
anos.
Pense no que precisa saber para atingir seu objetivo.
Pense no que precisa sacrificar hoje, em nome de algo maior no futuro.
Pense que é preciso muito trabalho e dedicação para obter reconhecimento.
Pense que ter sucesso não é para qualquer um, apenas para quem faz acontecer.
Pense que é preciso vencer uma batalha a cada dia.
Pense que muitas vezes você vai fraquejar mas vai ter que seguir em frente.
Pense que vale a pena realizar algo na vida.
Pense que nada vem de graça...e se vier desconfie, sempre.
Pense, pare e analise se você está pronto para seguir viagem.
Comece a agir, a interagir, a se atualizar, a lutar pelo que quer.
Comece hoje, agora mesmo.
Um mundo de possibilidades te espera, te falta o que ?
Nada.
Você é tudo que você precisa. Seu acelerador e seu freio de mão.
O mundo é seu.

A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO
Para muitas pessoas, o treinamento ainda é visto como uma tarefa desnecessária no
dia a dia do trabalho. Mais do que necessário eu diria ser o treinamento fundamental
para a sobrevivência das empresas.
Quando pensamos em treinamento, logo vem na cabeça aquela imagem de
uma sala de aula, aonde voltamos ao tempo de escola com um professor e provas
para verificar o aprendizado porém o ato de treinar pode assumir várias formas além
da convencional.
Qualquer instrução de trabalho já é considerada um treinamento e inclusive
é importantíssimo que passemos a efetuar essas instruções de maneira habitual. As
pessoas com o passar do tempo em qualquer atividade que exerçam, tornam-se
acomodadas e adquirem vícios em nome da pressão que sofrem, do estresse que
sentem e também por não saber executar suas atividades de outras formas além das
que aprenderam em outros empregos. Por isso mesmo, é preciso que muitas vezes
informalmente os líderes ajustem comportamentos e atitudes que considerem
divergentes às recomendáveis na suas empresas.
Verificar periodicamente se os profissionais estão atuando com ética, com
respeito às normas estabelecidas, de maneira coerente e com eficiência é uma tarefa
que deve ser executada pelos gestores ou responsáveis. A partir disso, deve-se
estabelecer planos de ação para moldar e melhorar a produtividade.
Outro ponto importante: existem pessoas que não se sentem bem em realizar
testes, provas ou exporem-se diante dos colegas de trabalho e apesar de bons
profissionais podem por tudo a perder pelo nervosismo de estarem sendo avaliados.
Para casos assim, recomendo uma tática que aprendi em um curso de inglês que
realizei. Ao invés daqueles testes odiosos de conversação, a professora avaliava os
alunos conversando informalmente com eles, de maneira que não se sabia que aquilo
era um teste. Ela escolhia alguém e conversava no idioma, sobre vários temas,
utilizando o que aprendemos no período e já tendo uma avaliação prévia que ela fazia
durante as aulas normais. Desta forma, o aluno era avaliado em seu estado “normal”
sem a pressão de estar realizando uma prova e obviamente seu potencial de mostrar
o que sabia realmente era muito maior. Achei o método fantástico e inteligente e
passei a aplicá-lo em minha vida profissional, para avaliar a eficácia de treinamentos
realizados.
O treinamento deve servir para isso, para melhorar a produtividade das
pessoas, para que elas realizem seus trabalhos e abram suas cabeças para o novo,
para a criatividade e a eficiência em suas atividades. Treinar com consciência é tarefa
de muito valor e ótimos resultados.

PUXARAM MEU TAPETE


Você acha que isso é incomum ? Isso é praticamente fato certo de acontecer em
algum momento de sua carreira. Confiar em qualquer pessoa, falar mais do que deve
sobre seus projetos, não saber guardar certos segredos e não ter a noção exata de
sua posição na empresa são alguns fatores que propiciam que puxem seu tapete.
É preciso entender que no ambiente profissional certas situações não se espalham
e principalmente é preciso cuidado com o que se fala. Evite comentar projetos ou
tarefas que lhe foram solicitadas, muitos profissionais acabam tendo suas idéias
roubadas.
Quando puxam o seu tapete, é uma sensação horrível. Você se sente traído,
desmotivado, injustiçado. Além disso, representa um retrocesso em sua carreira
porque você pode ter perdido a sua grande chance de ser promovido ou de mostrar o
seu real valor para seu chefe. Tome cuidado. Previna-se. Adquira e preserve trunfos
para apresentar e mostrar seu potencial quando chegar a hora certa .
Se aconteceu com você, saiba que é bastante comum. Existem pessoas que têm a
capacidade de sugar o que as outras têm de melhor, são os “vampiros” de escritório.
Desconfie das pessoas que se dão bem com todos mas que não se comprometem
com ninguém. Não perca a motivação por conta do acontecido, aprenda a lidar com a
situação e dê a volta por cima porque no trabalho as oportunidades acabam
aparecendo em várias situações e não em uma só. Além disto, quem não tem valor
acaba sendo desmascarado em alguma hora e com certeza se você estiver preparado
sua nova chance vai chegar.
VOCÊ VALORIZA SEU TRABALHO ?

Você já pensou no que seu trabalho representa para você ? Um meio de


sustento, subsistência, algo penoso que deve ser cumprido todo dia... Existem muitas
respostas que podem ser dadas mas uma coisa é verdadeira.. você nunca será feliz
se não der o devido valor a seu trabalho.
O trabalho não deve ser encarado como um fardo, algo sofrido e massacrante.
Passamos a maior parte de nossas vidas trabalhando, convivendo com pessoas que
muitas vezes nada a tem a ver conosco então devemos tornar nosso lado profissional
interessante e alegre. Como fazer isso? Primeiramente analisando se gostamos do
que fazemos, pesando na balança os pontos positivos e negativos do nosso trabalho,
do lugar em que trabalhamos, lembrando que em qualquer lugar que se trabalhe
existem pontos bons e ruins.
Acredito que o ser humano não pode ser feliz atuando em algo que não goste.
Esse é o primeiro ponto porém existem pessoas que só vêem o lado ruim das coisas,
menosprezando o que existe de bom e desvalorizando seu local de trabalho. Pessoas
assim também nunca serão felizes. É preciso enxergar a verdade e analisar se o que
fazemos e aonde trabalhamos pode nos trazer ou nos traz felicidade.
Tanto se fala em qualidade de vida mas é fundamental que a qualidade comece
em nosso trabalho, afinal não é fácil acordar todos os dias e sair rumo a um martírio.
Por outro lado, para ser bem sucedido é condição básica gostar do que se faz.
Ninguém tem sucesso atuando em algo que odeie. Portanto pense bem se o que você
está fazendo hoje é o que realmente deseja estar fazendo e se chegar à conclusão
que sim então dê o melhor de si e não tenha medo de sonhar e realizar afinal você já
está no caminho certo. Se você chegar à conclusão que não, faça o possível para
mudar, procure o que realmente quer independente do que os outros achem ou
pensem porque você está no caminho errado.

VITIMA
Todos nós temos a tendência a sentir-nos vítimas de alguma situação ou de alguém.
Normalmente ao longo de nossas carreiras usamos esta desculpa – somos vítimas-
como forma de justificar baixo desempenho, ineficiência, incompatibilidade com
colegas e procuramos desta forma aliviar nossa consciência e nossa responsabilidade.
Ficar se fazendo de vítima é contra producente. Muitas pessoas que conheço se
fazem de coitadas para não enfrentar a realidade mas por outro lado nunca
conseguem se destacar no que fazem pois sempre estão na posição de vítimas.
Para mudar esta situação e este comportamento, devemos focar no fato de que
para crescer é preciso agir, atuar com firmeza e competência; enxergar além do que
está sendo mostrado ou solicitado, visualizar algo a mais do que foi pedido ou
pensado. Isto é trabalhar positivamente rumo ao sucesso.
Obstáculos e dificuldades sempre existirão em nossa vida pessoal e profissional.
Agir e ultrapassá-los é que se torna primordial e realmente agir como coitados ou
como mártires não nos leva a nenhum lugar de destaque.
O papel de vítima não combina com um profissional respeitado, de sucesso, com um
vencedor. Todos em algum momento somos afetados por situações injustas,
desgastantes, algumas vezes humilhantes, desconcertantes... mas o modo como
encaramos e superamos estas situações em nossas vidas é que vai nos posicionar se
vencedores ou fracassados.
Pense bem, reflita e mude esta forma de pensar e agir. Pegue as rédeas e comande
com vigor, sem sentir pena de si mesmo..aliás isto é o pior que pode nos acontecer,
quando sentimos pena de nós mesmos, geralmente tomamos as piores decisões,
nublamos nossa capacidade de avaliar com clareza melhores opções.
Contra os obstáculos só nos resta uma alternativa : ultrapassá-los e tirar sempre
que possível lições que nos enriqueçam de experiência para as próximas
adversidades, fazer-se de vítima ? nem pensar.

O BOM GESTOR
Para ser um bom gestor é preciso ter em mente que resultado obtido deve ser o que mais
importa. Saber administrar diferenças de opiniões, de comportamentos ,de modos de vida e saber
tirar proveito e vantagem de acordo com as qualidades de cada membro da equipe é o que
diferencia um bom gestor de um gestor medíocre.
Falar é fácil mas entender a dinâmica de um grupo, visualizar e suavizar as diferenças entre as
pessoas é uma tarefa árdua e muito complicada.
Nem sempre conseguimos que as pessoas dêem o melhor de si. O problema dos gestores
começa na escolha dos membros da equipe a ser gerida. Saber escolher o profissional certo para o
cargo certo exige além de competência “técnica”, uma boa dose de intuição, talvez por isso as
mulheres se dêem melhor em cargos de RH do que os homens. Para escolher um profissional
deve ser levado em conta :

• Caráter : Identifique se a pessoa tem um bom caráter. Procure informar-se com empregos
anteriores e pessoas indicadas.Procure saber se a pessoa possui muitas dívidas e qual estilo
de vida que está habituada.
• Ambição : Pessoas desprovidas de total ambição não são adequadas para cargos que exijam
desafios e recompensas como vendas por exemplo.
• Disposição: Existem ótimos profissionais que se fizeram nas empresas em que trabalharam,
mas para isso é fundamental que a pessoa possua disposição para aprender, para trabalhar,
para interagir e para fazer o que tem que ser feito.
• Diversidade: Quando se fala em equipe, grupo é preciso observar que a diversidade é um
fator positivo e que pode garantir resultados melhores. Um grupo heterogêneo tem mais
chances de agradar e atuar em áreas mais variadas e com isso aumentar possibilidades de
negócios.
UMA ANÁLISE REAL

Existem pessoas que confundem o ambiente profissional com ambiente familiar,


atuando sem limites e sem a menor noção de hora, lugar e posição que ocupam. Isto
é muito mais comum do que se imagina e acaba prejudicando seriamente a carreira
de quem age desse modo.
A procura por bons empregos é imensa mas por outro lado nota-se que além
da falta de preparo em termos de conhecimentos técnicos digamos assim, deparamo-
nos também com a falta de preparo pessoal. Muitos “profissionais” de hoje não tem
jogo de cintura, não tem humildade, não tem interesse em aprender e muito menos
em servir, ou seja, todas as qualidades necessárias para subir na vida.
As universidades formam pseudo profissionais aos baldes , pessoas que não
estão minimamente preparadas para as exigências do mercado real. As empresas
sofrem mas não tem muita opção a não ser contratar e acabam assumindo a
responsabilidade de treinar com eficiência o que nem sempre dá certo e assumindo
um custo que também por muitas vezes é um custo perdido.
Essa é a realidade que vivemos hoje e que deve ser combatida com a melhoria
da educação desde o primeiro grau até a desbanalização do ensino universitário
aonde milhares de faculdades podem emergir, sem o menor conteúdo temático mas
que acabam atraindo pessoal pelo custo baixo e pouca duração de cursos com
graduação universitária.
O resultado de tudo isto são profissionais sem preparo, sem ética, sem conteúdo
algum e que nada tem a oferecer ao mercado de trabalho gerando assim uma grande
massa de falsos profissionais. Isso na prática representa pessoas trabalhando e
atendendo mal, atuando de forma inapropriada dentro das organizações, gerando
conflitos, gastos, desgaste entre colegas e chefes, desmoralização de determinadas
profissões e por aí vai.
Como podemos melhorar esta situação sem depender de governos e medidas
que parecem que nunca vão vir ? Assumindo o controle da situação. Fazendo uma
auto análise fria de nossos conhecimentos, de nossa atuação no trabalho, do que não
sabemos , do que não conseguimos dominar e que está nos prejudicando no trabalho,
de nosso comportamento dentro da organização, de como somos vistos pelos chefes,
da imagem que estamos demonstrando. É necessário que saibamos nos auto
diagnosticar e depois corrigir nossas falhas, buscar aprimoramento, buscar
conhecimento, buscar ajuda para sermos melhores profissionais, mais competentes e
assim podermos ser reconhecidos.
De nada adianta fecharmos os olhos e pensar que somos os “tais” se sabemos
lá no fundo que estamos falhando, é preciso coragem para enfrentar a si mesmo, para
apontar-se erros e principalmente para buscar a melhoria mas é essa coragem que
também é necessária para nos tornarmos campeões.

MOTIVANDO AS EQUIPES

Eu penso que uma das tarefas mais difíceis dos líderes, gestores e administradores é conseguir motivar
sua equipe de trabalho. Transformar pensamentos rebeldes, antigos, unilaterais em atitudes vencedoras é
coisa muito complicada e muitas vezes pouco valorizada pelas organizações.
O líder motivador deve ser uma alma inquieta.
Alguém que nunca esteja satisfeito, que sempre queira mais e melhor. Alguém que não se abale diante as
resistências.
Para motivar é preciso conhecimento. Conhecer as pessoas, suas necessidades, seus anseios, o que as
desafia, o que as agrada. Simplesmente isso não torna ninguém um motivador, a questão está em que
maneira e de que forma o que se oferece atende às expectativas do(s) motivado(s).
Superar as expectativas dos motivados de forma contínua. Veja se não é tarefa das mais difíceis que
existe?
Você deve estar pensando que nunca vai conseguir, porém as grandes caminhadas se fazem de um passo
de cada vez. Comece conhecendo sua equipe, faça perguntas, preste atenção no dia-a-dia e com certeza você
terá informações valiosas sobre caráter, gênio, particularidades, comprometimento, humor.
Depois, monte um perfil de cada membro, com suas qualidades, pontos fracos, pontos fortes e o que o
faz dar o melhor de si. A partir daqui você vai começar a trabalhar com os incentivos e objetivos a serem
alcançados.
Sempre será um desafio encontrar o equilíbrio entre : eficiência X remuneração e resultados X motivação
mas é justamente neste meio que nós líderes devemos utilizar de nossos truques e armas para manter a
equipe motivada e produtiva.

SUPERANDO OBSTÁCULOS
Quantas vezes nos pegamos em total desânimo com as agruras do dia a dia ou nos achamos as
maiores vítimas que conhecemos ¿ Esse sentimento de desilusão assola a todos nós em
determinados momentos de nossas vidas e de nossas carreiras. Sentir-se desmotivado, pouco
valorizado, sem razão para fazer o que está fazendo...
Se nos deixarmos levar por esses sentimentos, acabamos julgando de forma errada muitas
coisas, inclusive a verdade sobre nós mesmos. Antes de se entregar à tristeza e ao desânimo
procure pensar diferente: As dificuldades sempre existirão, os obstáculos são do tamanho de
nossos sonhos, se sonhamos pequenino os obstáculos são pequeninos, se sonhamos grande, os
obstáculos são enormes. Assim é a vida e não importa quanto tentem puxar nosso tapete ou
quanto nos empurrem para baixo, devemos ser sempre mais fortes. A capacidade de superar as
dificuldades é o que nos torna diferentes e especiais.

 Procure encarar a vida de forma positiva.


 Olhe e analise cada situação de ângulos diferentes.
 Coloque-se no lugar do outro.
 Quando algo ruim acontecer, pense de que forma poderia ser pior e
compreenda que dentro do ruim poderia ser ainda pior.
 Busque forças dentro de si para encarar os problemas.
 Divida com alguém o que está acontecendo.
 Converse com alguém de confiança e busque a solução dos problemas.
 Ouça o que os outros têm a dizer.
 Procure centrar-se em si mesmo para tomar decisões.
 Siga em frente, aconteça o que acontecer.
 Não fique prolongando demais decisões e remoendo coisas passadas.
....reze e peça a Deus serenidade espiritual

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