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Nº 13567
2º Ano de Bioquímica
Licenciatura em Bioquímica
Índice
Página (s)
• Resumo…………………………………………………………………………3
• Pâncreas ……………………………………………………………………….
- Anatomia …………………………….………………………………………….... 5
- Função……………………………...………………………………………………6
- Acção endócrina……………………………………………………………………6
- Insulina……………………………………………………………………………. 6
- Doenças do Pâncreas…………………………………………………….…………8
• Diabetes Mellitus…………………………………………….............................
- Introdução………………………………………………..........................................9
- Metabolismo da Glicose…………………………………………………………..10
- Diabetes Gestacional…………………………………………………………...…16
- Outros Tipos………………………………………………………………………17
- Diagnóstico…………………………………………………………………..........17
- Complicações………………………………………………………………….… 18
- Tratamento………………………………………………………………………..21
- Prevenção…………………………………………………………………………22
- Bibliografia ………………………………………………………………………24
2
Resumo do Tema do Trabalho
3
- Afecta geralmente pessoas com mais de 45 anos de idade, obesas e que não se
exercitam regularmente. Entretanto, o número de jovens diagnosticados com diabetes
tipo II tem aumentado ano a ano;
- Alguns casos de diabetes tipo II podem ser controlados com medicação oral, outros
necessitam de injecções de insulina;
- O tratamento inclui também uma dieta apropriada e exercício físico.
- Constitui 90 a 95% dos casos de diabetes;
- No Diabetes Mellitus Tipo II, ocorrem diversos mecanismos de resistência à acção da
insulina, sendo o principal deles a obesidade, que está presente na maioria dos
pacientes.
4
Pâncreas
Anatomia
5
Função e Acção Endócrina
Insulina
6
Figura 2: Demonstração dos Receptores da Insulina
Acção da Insulina
- Gluconeogénese
- Glicogenólise
- Lipólise
- Cetogénese
- Proteólise
- Absorção de Glucose no Músculo e Tecido Adiposo
- Glicólise
- Síntese de Glicogénio
- Síntese de Proteínas e Lípidos
- Absorção de Iões (K+; PO43-…)
7
Doenças do Pâncreas
- Tumores benignos
- Câncro pancreático, incluindo
- Carcinoma do pâncreas
- Insulinoma
- Carcinoma do pâncreas (câncer pancreático)
- Fibrose cística
- Diabetes (tipo 1)
- Insuficiência pancreática exócrina
- Pancreatite
- Pancreatite aguda
- Pancreatite crônica
- Pancreatite hereditária
- Pseudocisto pancreático
- Entre outras…
8
Diabetes
Introdução
Causas e Tipos
9
Metabolismo da Glicose
10
Diabetes Mellitus Tipo 1
Este tipo de diabetes contribui em 15% para todos os tipos de diabetes. Pode
ocorrer em qualquer idade, mas desenvolve-se preferencialmente antes dos 30 anos de
idade (daí também a designação de Diabetes Infanto-Juvenil). Trata-se de uma doença
auto-imune, na qual as nossas defesas destroem as células β dos ilhéus do Pâncreas,
pelo que se tem pesquisado em anticorpos para as células β do Pâncreas. A destruição
progride que ao fim de alguns meses que os níveis de insulina não são os mais
adequados para controlar os níveis de glicose no plasma. A causa directa desta doença
poderá ser a hereditariedade, mas também ainda não se sabe ao certo. Existem, ainda,
factores ambientais que podem interferir em pessoas geneticamente susceptíveis e
propiciar esta doença, como as infecções víricas.
O tratamento desta doença faz-se recorrendo á injecção da hormona “insulina”,
dada a destruição das células produtoras desta mesma hormona (daí a designação de
Diabetes Insulino Dependente).
Na Diabetes Tipo I não tratada, verifica-se, para além da falta de insulina, um
aumento da secreção de glucagon, embora o indivíduo se encontre num estado de
hiperglicemia. Assim, conjuntamente, estas hormonas (insulina e glucagon) provocam
alterações profundas no metabolismo da glicose, caracterizadas por um estado
catabólico generalizado, traduzindo-se na degradação de reservas e combustíveis.
A falta de insulina inibe a captação de glicose por parte das células, provocando
hiperglicemia. Apesar da hiperglicemia verificada, há secreção de glucagon por parte do
Pâncreas. O aumento de glucagon e a falta de insulina conduzem a uma activação da
gluconeogénese e da gligogenólise hepática. Este facto traduz-se num aumento da
exportação de glicose por parte do fígado, agravando, então, a hiperglicemia. Existe um
aumento de disponibilidade de substratos gluconeogénicos como aminoácidos e
glicerol, provenientes da degradação de proteínas e triglicéridos, respectivamente. O
aumento da disponibilidade de ácidos gordos (provenientes da lipólise) como substrato
energético contribui também para uma menor utilização de glicose e para o seu aumento
na corrente sanguínea. A concentração de Glicose aumenta assim significativamente. A
Diabetes Tipo I que não seja tratada apresenta também alterações profundas no
metabolismo lipídico. A acção de glucagon (aliada à falta de insulina) promove a
lipólise aumentando desta forma a libertação de ácidos gordos livres pelo tecido
adiposo. Esses ácidos gordos são oxidados no fígado, e a acetil-CoA originada por essa
oxidação é desviada para a síntese de corpos cetónicos, uma vez que o oxaloacetato está
a ser utilizado na gluconeogénese.
11
Figura 4: Alterações no Metabolismo da Diabetes Tipo I não tratada
12
Resumindo:
13
Diabetes Mellitus Tipo II
No Tipo II de Diabetes Mellitus a doença desenvolve-se nos adultos (por volta dos
30 anos) e torna-se mais comum com a idade. Estes pacientes são obesos, e sobretudo o
aumento de sedentarismo e a obesidade são os factores de risco, neste tipo de doenças,
para além da hereditariedade.
Não é necessário a administração de insulina para este tipo de doença, e nem põe
em risco, a curto prazo, a vida Humana (mesmo quando não é tratada). Porém, a longo
prazo as complicações são idênticas às observadas na Diabetes Tipo I (quando não é
tratada). A patogénese da Diabetes Tipo II envolve resistência à acção da insulina,
podendo eventualmente, ocorrer falhas na secreção de insulina (mas não
completamente). A resistência à insulina pode ser devida a defeitos na função de
receptores desta hormona, o que leva a uma diminuição considerável na glicose captada
pelas células.
A concentração de glicose no sangue na Diabetes Tipo II varia, de acordo com a
gravidade da doença. A resistência à insulina leva a uma baixa utilização de glicose
pelos tecidos periféricos, levando a uma hiperglicemia.
É de salientar que no caso da Diabetes Tipo II a hiperglicemia que ocorre é menos
grave que a hiperglicemia que ocorre num individuo com Diabetes Tipo I.
Na Diabetes Tipo II, a síntese de glicogénio no fígado não se encontra
comprometida, porque ocorre entrada de glicose para o fígado, independentemente da
insulina (tal como nas células cerebrais) e então não ocorre aumento de secreção de
glucagon (ao contrário da Diabetes Tipo I). O Glucagon activa a glicogenólise e inibe a
glicogénese.
A síntese de triglicéridos no fígado encontra-se activa, o que dá origem à sua
exportação através das VLDL. Depois há uma barreira que se terá de ultrapassar e que
consiste na dificuldade do tecido adiposo em captar triglicéridos quer das VLDL, quer
dos quilomicrons (dada a resistência à insulina), o que se acaba por verificar uma
hipertrigliceridémia.
Na Diabetes Tipo II não ocorre cetoacidose, pois não existe lipólise exagerada
promovida pela glucagon, e consequentemente, a produção de corpos cetónicos.
14
Figura 5: Alterações no Metabolismo na Diabetes Tipo II
15
Tabela que ilustra a comparação entre Diabetes Mellitus Tipo I da Diabetes Mellitus
Tipo II
Diabetes Gestacional
16
Outros Tipos
Diagnóstico
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Complicações
Complicações Agudas
- Cetoacidose diabética
- Coma hiperosmolar não-cetótico
- Hiperglicemia
- Coma diabético
- Amputação
Complicações Crónicas
- Ateroscleose
- Hipertensão ( por aumento de H2O no sangue, além da glicolisação irregular do
colágeno e proteínas das paredes endoteliais o que pode causar tromboses e coágulos
por todo o sistema circulatório);
- Tromboses e coágulos na corrente sanguínea;
- Problemas dermatológicos ( por desnaturação de proteínas endoteliais)
- Pé diabético
- Problemas neurológicos principalmente no pé, como perda de sensibilidade e
propriocepção;
- Dificuldade em coagular o sangue
- Problemas metabólicos generalizados.
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Figuras 6 e 7: Demonstração do Pé Diabético (imagem direita)
Alteração de visão provocada pela Diabetes (imagem esquerda)
19
Complicações da Diabetes a Longo Prazo
Tecido / Órgão afectado O que Acontece Complicações
Formam-se placas ateroscleróticas
e obstruem as artérias grandes ou
A pouca circulação causa
médias do coração, cérebro, pernas
feridas que saram com
e pénis. As paredes dos pequenos
dificuldade e pode produzir
Vasos sanguíneos vasos sanguíneos danificam-se de
insuficiência cardíaca,
tal modo que os vasos não
gangrena nos pés e mãos,
permitem a passagem normal de
impotência e infecções.
oxigénio para os tecidos e também
podem romper-se e perder sangue.
Os pequenos vasos sanguíneos da Visão diminuída e, finalmente,
Olhos
retina ficam lesados. cegueira.
Os vasos sanguíneos do rim
espessam-se, as proteínas perdem- Funcionamento renal
Rim
se pela urina, o sangue não é deficiente; insuficiência renal.
filtrado normalmente.
Os nervos ficam danificados Fraqueza repentina ou gradual
porque a glicose não é de uma perna; sensibilidade
Nervos metabolizada normalmente e reduzida, formigueiro e dor nas
porque o fornecimento de sangue é mãos e nos pés, lesão crónica
inadequado. dos nervos.
Oscilações na pressão arterial,
Lesão nos nervos que controlam a dificuldades na deglutição e
Sistema nervoso autónomo pressão arterial e os processos alterações do funcionamento
digestivos. gastrointestinal, com episódios
de diarreia.
Má circulação do sangue na pele e Chagas, infecções profundas
Pele perda da sensibilidade em (úlceras diabéticas); cura muito
resultado de lesões repetidas. difícil.
Aumento da propensão para as
Deteriora-se o funcionamento dos
Sangue infecções, especialmente do
glóbulos brancos.
tracto urinário e da pele.
Metabolismo anormal da glicose,
Tecido conjuntivo fazendo com que os tecidos se Síndroma do canal cárpico
espessem ou se contraiam.
Formam-se placas ateroscleróticas
e obstruem as artérias grandes ou
A pouca circulação causa
médias do coração, cérebro, pernas
feridas que saram com
e pénis. As paredes dos pequenos
dificuldade e pode produzir
Vasos sanguíneos vasos sanguíneos danificam-se de
insuficiência cardíaca,,
tal modo que os vasos não
gangrena nos pés e mãos,
permitem a passagem normal de
impotência e infecções.
oxigénio para os tecidos e também
podem romper-se e perder sangue.
20
Tratamento
Plano Alimentar:
Actividade Física:
21
prescrever metformina só ou com uma sulfonilureia. Por fim, a acarbose atrasa a
absorção de glicose no intestino.
Os medicamentos hipoglicemiantes orais prescrevem-se às pessoas com diabetes
tipo II, se a dieta e o exercício não conseguirem fazer descer os valores de açúcar no
sangue. Os medicamentos tomam-se uma só vez por dia, de manhã, embora algumas
pessoas precisem de duas ou três doses. Se estes medicamentos não forem capazes de
controlar o açúcar do sangue de forma adequada, pode-se optar por injecções de insulina
sozinha ou em combinação com os medicamentos orais.
Rastreio:
Prevenção
22
Perspectivas Futuras
23
Bibliografia
Para a elaboração deste trabalho, pesquisei informações relativas à Diabetes nas
seguintes fontes:
• Diciopédia 2005
Textos
• Insulina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Insulina
• Pâncreas
http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A2ncreas
• Diabetes
http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D130
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_mellitus
http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/doencas
+cronicas/diabetes.htm
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?127
http://www.emedicinehealth.com/diabetes/article_em.htm
http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/07/31/saude-geriatria/diabetes-
complicacoes/
http://www.healthline.com/channel/diabetes.html?utm_source=diabetes&utm_medium=
google_contextual&utm_campaign=channel&utm_term=diabetes%20mellitus~
http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.enfermagem.ufpr.br/gemsa/sintomas
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24
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• Epidemiologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemiologia
• Glicose
http://pt.wikipedia.org/wiki/Glicose
• Hiperglicemia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperglicemia
http://www.diabetes.org.br/diabetes/hiperg.php
http://www.diabete.com.br/biblio/hiper2.html
http://www.fitmail.com.br/si/site/061307
http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/09/26/saude-geriatria/hiperglicemia-aguda-
no-idoso/
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• Perspectivas Futuras
http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/17496
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Imagens
Figura 1: Pâncreas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Glicemia.svg
http://www.fotosearch.it/comp/LIF/LIF121/anteriore-vista-pancreas-~-3D102007.jpg
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http://static.howstuffworks.comgifdiabetes-glucose-regulation.gif
http://www.msd-brazil.com/images/content/br_content/patients/diab_02.jpg
Figuras 6 e 7: Pé Diabético
http://www.merck.com/mmpe/sec12/ch158/ch158b.html
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