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Instituto Superior Ciências da Saúde – Norte

Trabalho Realizado por: Carlos Bernardo


___________________

Nº 13567

2º Ano de Bioquímica

No Âmbito da Cadeira de: Metodologias Experimentais e Tutoriais III

Licenciatura em Bioquímica
Índice

Página (s)

• Resumo…………………………………………………………………………3

• Pâncreas ……………………………………………………………………….

- Anatomia …………………………….………………………………………….... 5

- Função……………………………...………………………………………………6

- Acção endócrina……………………………………………………………………6

- Insulina……………………………………………………………………………. 6

- Doenças do Pâncreas…………………………………………………….…………8

• Diabetes Mellitus…………………………………………….............................

- Introdução………………………………………………..........................................9

- Causas e Tipos ………………………………………………..................................9

- Metabolismo da Glicose…………………………………………………………..10

- Diabetes Mellitus Tipo 1……………………………………………………...…..11

- Diabetes Mellitus Tipo 2………………………………………………………….14

- Diabetes Gestacional…………………………………………………………...…16

- Outros Tipos………………………………………………………………………17

- Diagnóstico…………………………………………………………………..........17

- Complicações………………………………………………………………….… 18

- Tratamento………………………………………………………………………..21

- Prevenção…………………………………………………………………………22

- Perspectivas Futuras ……………………………………………………………...23

- Bibliografia ………………………………………………………………………24

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Resumo do Tema do Trabalho

O pâncreas é um órgão que se localiza no abdómen e que fazendo parte do sistema


digestivo, desempenha duas funções: como glândula endócrina, produz hormonas
importantes como a insulina e o glucagon, que liberta para a corrente sanguínea, onde
interferem em diferentes processos celulares. Como glândula exócrina, secreta o suco
pancreático que contém enzimas digestivas. Existem diversas doenças associadas ao
mau funcionamento do pâncreas, nomeadamente, tumores benignos, carcinoma do
pâncreas, diabetes (tipo1), a pancreatite, entre outras.
A diabetes é uma síndrome decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da
insulina exercer adequadamente as suas acções. A acção deficiente da insulina provoca
alterações do metabolismo de açúcares (hidratos de carbono), gorduras (lípidos) e
proteínas. Representa um grupo de distúrbios metabólicos que se caracteriza
essencialmente por um excesso de açúcar no sangue (hiperglicemia crónica), provocado
por uma menor utilização de glicose por parte das células.

A diabetes é classificada em dois tipos principais:

• Diabetes Tipo 1 ou Diabetes Insulino-Dependente (IDM):

- É causada pela destruição das células do pâncreas que produzem a insulina;


- É mais frequente entre crianças e jovens;
- O tratamento é feito pela injecção diária de insulina;
- Pode ser hereditária;
- Constitui 5 a 10% dos casos de diabetes.
- A causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células
pancreáticas produtoras de insulina (células beta).
- O diagnóstico da doença envolve a detecção no sangue dos pacientes, de diversos
anticorpos, nomeadamente, o anticorpo anti-ilhota pancreático, o anticorpo contra
enzimas das células beta (anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico – anti GAD,
por exemplo) e anticorpos anti-insulina;
- Os pacientes apresentam perda significativa de peso, na altura do diagnóstico.

• Diabetes Tipo 2 ou Diabetes Não Insulino Dependente (MIDM):

- É uma enfermidade resultante da incapacidade do organismo de produzir


eficientemente insulina ou de utilizá-la eficientemente;

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- Afecta geralmente pessoas com mais de 45 anos de idade, obesas e que não se
exercitam regularmente. Entretanto, o número de jovens diagnosticados com diabetes
tipo II tem aumentado ano a ano;
- Alguns casos de diabetes tipo II podem ser controlados com medicação oral, outros
necessitam de injecções de insulina;
- O tratamento inclui também uma dieta apropriada e exercício físico.
- Constitui 90 a 95% dos casos de diabetes;
- No Diabetes Mellitus Tipo II, ocorrem diversos mecanismos de resistência à acção da
insulina, sendo o principal deles a obesidade, que está presente na maioria dos
pacientes.

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Pâncreas
Anatomia

O Pâncreas é um dos vários órgãos anexos do sistema digestivo. Situa-se na parte


superior esquerda do abdómen, acima da porção transversa do cólon do intestino grosso
e posteriormente ao estômago.
É um órgão de aspecto alongado e achatado, em forma de folha (com 15 a 25 cm),
sendo, frequentemente distinguido em 3 zonas: a cabeça (a porção mais vasta, situada
sobre o lado direito), o corpo (a zona intermédia, local onde atravessa o canal
pancreático principal) e a cauda (zona mais fina situada sobre o lado esquerdo, por onde
se inicia o canal pancreático) (ver figura 1).
O pâncreas é percorrido por dois canais condutores principais: o canal de Wirsung,
que atravessa todo o órgão, recolhendo o suco pancreático, e o canal Pancreático
acessório (canal de Sartorini), situado na zona da cabeça do Pâncreas.

Figura 1: Ilustração 3D do Pâncreas (Imagem retirada da Diciopédia 2005)

A Diabetes é uma doença relacionada com o mau funcionamento deste órgão.

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Função e Acção Endócrina

O suco pancreático é muito importante no processo digestivo, pois contem várias


enzimas que participam na hidrólise de biomoléculas, de modo a promover a sua
absorção intestinal. Temos como exemplos de enzimas digestivas a amilase pancreática,
a tripsina e a lipase pancreática.
O Pâncreas é considerado como uma glândula mista, pois tanto cumpre funções
secretoras exócrinas, produzindo o suco pancreático que será libertado para a região do
duodeno do intestino delgado, como cumpre funções secretoras endócrinas. Neste caso,
existem zonas de aglomerados celulares, as chamadas Ilhotas de Langherans, que
fabricam hormonas que intervêm ao nível do controlo de glicemia (concentração de
glicose no sangue): a insulina e o glucagon.
O Pâncreas desempenha então uma função importante na resolução dos níveis de
glicose sanguínea, nomeadamente através da secreção de insulina, cuja deficiência está
relacionada com o aparecimento de diabetes, tema deste trabalho.

Insulina

A insulina é uma hormona peptídica constituída por uma cadeia α. É libertada


pelas células β das ilhotas de Langherans pancreáticas, por acção de diferentes
estímulos, principalmente pelo aumento dos níveis de glicose sanguínea.
A insulina secretada é transportada no plasma através de globulinas α e β.
A insulina libertada pelo pâncreas exerce a sua acção sobre a célula alvo, após
ligação ao seu receptor. O receptor da insulina é uma proteína transmembranar com
actividade tirosina-cinase, formado por duas subunidades glicoproteicas, α e β. A
ligação de insulina ao seu receptor vai originar uma cascata de respostas intracelulares,
conduzindo, nomeadamente, à translocação de permeases de glucose (GLUT) para a
membrana e à activação de vias anabólicas e inibição de vias catabólicas. (ver figura 2)

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Figura 2: Demonstração dos Receptores da Insulina

Acção da Insulina

Activa os seguintes processos metabólicos:

- Gluconeogénese
- Glicogenólise
- Lipólise
- Cetogénese
- Proteólise
- Absorção de Glucose no Músculo e Tecido Adiposo
- Glicólise
- Síntese de Glicogénio
- Síntese de Proteínas e Lípidos
- Absorção de Iões (K+; PO43-…)

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Doenças do Pâncreas

Dada a importância do pâncreas como um órgão no qual existem enzimas


essenciais ao metabolismo do ser Humano, é de destacar as seguintes doenças (no caso
de existir alguma anomalia deste órgão):

- Tumores benignos
- Câncro pancreático, incluindo
- Carcinoma do pâncreas
- Insulinoma
- Carcinoma do pâncreas (câncer pancreático)
- Fibrose cística
- Diabetes (tipo 1)
- Insuficiência pancreática exócrina
- Pancreatite
- Pancreatite aguda
- Pancreatite crônica
- Pancreatite hereditária
- Pseudocisto pancreático
- Entre outras…

De entre as doenças relacionadas com o mau funcionamento pancreático, encontra-se


então, a Diabetes Tipo 1, um dos tipos de Diabetes existente, tema geral deste trabalho.

8
Diabetes

Introdução

A Diabetes é uma doença provocada pela deficiência de produção e/ou de acção


da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crónicas características.
O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem
graves consequências tanto quando surge rapidamente como quando se instala
lentamente. Representa um grupo de distúrbios metabólicos nos quais existe uma menor
utilização de glicose, induzindo hiperglicemia. Nos dias actuais constitui um problema
de saúde pública pelo número de pessoas que apresentam a doença. (ver informações
sobre Epidemiologia em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemiologia )

Causas e Tipos

A Diabetes é classificada de diferentes formas conforme a causa da incapacidade


de actuação da insulina. Assim a Diabetes Tipo I (também chamada Diabetes Insulino
Dependente ou Diabetes Juvenil) é ocasionada pela destruição da célula beta do
pâncreas, em geral por decorrência de doença auto-imune, levando à deficiência
absoluta de insulina. A Diabetes tipo II (também denominada por Diabetes Não
Dependente da Insulina ou Diabetes dos Adultos) é provocada predominantemente por
um estado de resistência à acção da insulina associado a uma relativa deficiência da sua
secreção.
Os cientistas acreditam que um factor ambiental (possivelmente uma infecção
viral ou um factor nutricional na infância ou na adolescência) provoca a destruição, pelo
sistema imunitário, das células que produzem a insulina no pâncreas. É mais provável
que seja necessária uma predisposição genética para que isto aconteça. Seja como for,
na diabetes tipo I mais de 90 % das células que produzem a insulina no pâncreas
(células beta) são destruídas de uma forma irreversível. A deficiência insulínica
consequente é grave e, para sobreviver, uma pessoa com esta afecção deve injectar-se
regularmente com insulina.
No caso da diabetes tipo II uma possível causa será a hereditariedade.
Outras causas menos comuns da diabetes são os valores anormalmente altos de
corticosteróides, a gravidez (diabetes gestacional) e os medicamentos e substâncias
tóxicas que interferem com a produção ou os efeitos da insulina, aumentando os valores
de açúcar no sangue.
Existem outros tipos de Diabetes, associados a distúrbios genéticos, infecções,
doenças pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas.
Temos o exemplo da Diabetes Gestacional na qual a doença é diagnosticada durante a
gestação, em doente sem aumento prévio da glicose.

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Metabolismo da Glicose

A insulina é conjuntamente com o glucagon, essencial à homeostasia da glicose.


Trata-se de uma pequena proteína (com 51 aminoácidos) constituída por duas cadeias de
aminoácidos unidos por ligações dissulfureto. É produzida nas células β do pâncreas,
em resposta a um aumento da glicemia. Os efeitos da insulina são óbvios após uma
refeição. A insulina baixa o teor de glicose no sangue aumentando o transporte, através
das membranas, de glicose e outros açúcares simples para as células musculares, células
adiposas e glóbulos brancos. Não acelera a entrada de glicose nos tecidos do fígado, rins
e cérebro pois todos eles têm fácil acesso aos baixos níveis de glicose do sangue. A
insulina também inibe a transformação do glicogénio em glicose (glicogenólise) e a
conversão dos aminoácidos e em glicose (gluconeogénese).
Depois da glicose entrar nas células, a insulina desencadeia actividades
enzimáticas que catalizam a oxidação da glicose para produzir ATP, sintetizando
glicogénio a partir da glicose e convertem a glicose em gordura, particularmente no
tecido adiposo. Como regra, forma-se inicialmente o glicogénio e caso exista excesso de
glicose formam-se depósitos de gordura. A insulina também induz, se houver
aminoácidos disponíveis, a síntese de proteínas no tecido muscular.
Quando a actividade das células consome glicose e outros nutrientes, a
concentração destas substâncias no plasma diminui e a secreção de insulina cessa. Os
níveis de açúcar no sangue reflectem um equilíbrio entre as influências humorais e
hormonais (ver figura 3).

Figura 3 Demonstração do Metabolismo da Glicose (imagem retirada de


http://www.scienceinschool.org/repository/images/diabetes_glucose_large.jpg )

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Diabetes Mellitus Tipo 1

Este tipo de diabetes contribui em 15% para todos os tipos de diabetes. Pode
ocorrer em qualquer idade, mas desenvolve-se preferencialmente antes dos 30 anos de
idade (daí também a designação de Diabetes Infanto-Juvenil). Trata-se de uma doença
auto-imune, na qual as nossas defesas destroem as células β dos ilhéus do Pâncreas,
pelo que se tem pesquisado em anticorpos para as células β do Pâncreas. A destruição
progride que ao fim de alguns meses que os níveis de insulina não são os mais
adequados para controlar os níveis de glicose no plasma. A causa directa desta doença
poderá ser a hereditariedade, mas também ainda não se sabe ao certo. Existem, ainda,
factores ambientais que podem interferir em pessoas geneticamente susceptíveis e
propiciar esta doença, como as infecções víricas.
O tratamento desta doença faz-se recorrendo á injecção da hormona “insulina”,
dada a destruição das células produtoras desta mesma hormona (daí a designação de
Diabetes Insulino Dependente).
Na Diabetes Tipo I não tratada, verifica-se, para além da falta de insulina, um
aumento da secreção de glucagon, embora o indivíduo se encontre num estado de
hiperglicemia. Assim, conjuntamente, estas hormonas (insulina e glucagon) provocam
alterações profundas no metabolismo da glicose, caracterizadas por um estado
catabólico generalizado, traduzindo-se na degradação de reservas e combustíveis.
A falta de insulina inibe a captação de glicose por parte das células, provocando
hiperglicemia. Apesar da hiperglicemia verificada, há secreção de glucagon por parte do
Pâncreas. O aumento de glucagon e a falta de insulina conduzem a uma activação da
gluconeogénese e da gligogenólise hepática. Este facto traduz-se num aumento da
exportação de glicose por parte do fígado, agravando, então, a hiperglicemia. Existe um
aumento de disponibilidade de substratos gluconeogénicos como aminoácidos e
glicerol, provenientes da degradação de proteínas e triglicéridos, respectivamente. O
aumento da disponibilidade de ácidos gordos (provenientes da lipólise) como substrato
energético contribui também para uma menor utilização de glicose e para o seu aumento
na corrente sanguínea. A concentração de Glicose aumenta assim significativamente. A
Diabetes Tipo I que não seja tratada apresenta também alterações profundas no
metabolismo lipídico. A acção de glucagon (aliada à falta de insulina) promove a
lipólise aumentando desta forma a libertação de ácidos gordos livres pelo tecido
adiposo. Esses ácidos gordos são oxidados no fígado, e a acetil-CoA originada por essa
oxidação é desviada para a síntese de corpos cetónicos, uma vez que o oxaloacetato está
a ser utilizado na gluconeogénese.

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Figura 4: Alterações no Metabolismo da Diabetes Tipo I não tratada

(imagem retirada da internet em:


http://static.howstuffworks.comgifdiabetes-glucose-regulation.gif )

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Resumindo:

As Principais Alterações Metabólicas ocorridas na Diabetes Tipo I Não Tratada


são as seguintes:

1 - ↓ Captação de Glucose pelos tecidos


2 - ↓ Glicólise
3 - ↑ Gluconeogénese
4 - ↑ Lipólise
5 - ↓ Síntese de Ácidos Gordos e Triglicerídeos
6 - ↑ Oxidação de Ácidos Gordos
7 - ↑ Cetogénese Hepática
8 - ↑ Proteólise
9 - ↑ Níveis Glucose, Ácidos Gordos e Corpos Cetónicos no Sangue
10 – Glicosilação de Proteínas (Ex: Hb)

Já no que diz respeito às alterações metabólicas nos diferentes órgãos, verifica-se o


seguinte:

Principais Alterações Metabólicas Observadas:

Fígado Músculo-Esquelético Tecido Adiposo


↑ Produção Glicose ↑ Proteólise ↑ Lipólise
↑ Glicogenólise ↑ Oxidação do FFA ↓ Lipogénese
↑ Gluconeogénese ↑ Oxidação dos Corpos
Cetónicos
↑ Cetogénese ↓ Síntese Glicogénio
↓ Síntese Glicogénio

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Diabetes Mellitus Tipo II

No Tipo II de Diabetes Mellitus a doença desenvolve-se nos adultos (por volta dos
30 anos) e torna-se mais comum com a idade. Estes pacientes são obesos, e sobretudo o
aumento de sedentarismo e a obesidade são os factores de risco, neste tipo de doenças,
para além da hereditariedade.
Não é necessário a administração de insulina para este tipo de doença, e nem põe
em risco, a curto prazo, a vida Humana (mesmo quando não é tratada). Porém, a longo
prazo as complicações são idênticas às observadas na Diabetes Tipo I (quando não é
tratada). A patogénese da Diabetes Tipo II envolve resistência à acção da insulina,
podendo eventualmente, ocorrer falhas na secreção de insulina (mas não
completamente). A resistência à insulina pode ser devida a defeitos na função de
receptores desta hormona, o que leva a uma diminuição considerável na glicose captada
pelas células.
A concentração de glicose no sangue na Diabetes Tipo II varia, de acordo com a
gravidade da doença. A resistência à insulina leva a uma baixa utilização de glicose
pelos tecidos periféricos, levando a uma hiperglicemia.
É de salientar que no caso da Diabetes Tipo II a hiperglicemia que ocorre é menos
grave que a hiperglicemia que ocorre num individuo com Diabetes Tipo I.
Na Diabetes Tipo II, a síntese de glicogénio no fígado não se encontra
comprometida, porque ocorre entrada de glicose para o fígado, independentemente da
insulina (tal como nas células cerebrais) e então não ocorre aumento de secreção de
glucagon (ao contrário da Diabetes Tipo I). O Glucagon activa a glicogenólise e inibe a
glicogénese.
A síntese de triglicéridos no fígado encontra-se activa, o que dá origem à sua
exportação através das VLDL. Depois há uma barreira que se terá de ultrapassar e que
consiste na dificuldade do tecido adiposo em captar triglicéridos quer das VLDL, quer
dos quilomicrons (dada a resistência à insulina), o que se acaba por verificar uma
hipertrigliceridémia.
Na Diabetes Tipo II não ocorre cetoacidose, pois não existe lipólise exagerada
promovida pela glucagon, e consequentemente, a produção de corpos cetónicos.

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Figura 5: Alterações no Metabolismo na Diabetes Tipo II

(imagem retirada de:


http://www.msdbrazil.com/images/content/br_content/patients/diab_02.jpg )

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Tabela que ilustra a comparação entre Diabetes Mellitus Tipo I da Diabetes Mellitus
Tipo II

Características Diabetes Tipo I Diabetes Tipo II


Idade em que aparece Mais comum antes dos 30 Mais comum depois dos 30
anos anos
Obesidade associada Não Muito Comum
A propensão da Sim Não
cetoacidose exigindo
tratamento de Insulina
para controlo

Níveis de Insulina no Extremamente baixos para Variáveis; Devem ser


Plasma Endógeno se detectar baixos, normais ou altos
dependendo no grau de
resistência da insulina e do
defeito de secreção de
insulina
Anticorpos de células das Sim Não
ilhotas em Diagnóstico
Patologias das Ilhotas de Perda selectiva da maior Menor; Normal
Langherans parte das células aparecimento das Ilhotas: É
comum a deposição de
amilóide
Propenso para Sim Sim
desenvolver complicações
diabéticas (retinopatia,
neuropatia, aterosclerose
cardiovascular…)
A Hiperglicemia Não Sim, inicialmente em
responde a drogas orais muitos pacientes
de Antihiperglicemia

Diabetes Gestacional

A Diabetes Gestacional envolve uma combinação de secreção e resposta da


insulina inadequados, assemelhando-se à Diabetes Tipo II em alguns aspectos.
Desenvolve-se durante a gravidez e pode melhorar ou desaparecer após o nascimento do
bebé. Sendo temporária, a Diabetes Gestacional pode trazer complicações ao
desenvolvimento do feto e/ou da mãe, que normalmente, em cerca de 50% das mulheres
com Diabetes Gestacional, adquirem, mais tarde, Diabetes Tipo II.
A Diabetes Mellitus Gestacional ocorre em cerca de 2 a 5% das gravidezes, e pode
levar a malformações congénitas, do sistema nervoso e de músculos esqueléticos, entre
outros…

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Outros Tipos

A Diabetes, pode ainda surgir secundariamente, associada a diversas situações


patológicas, nomeadamente:

- Defeito genético nas células beta.


- Resistência à insulina determinada geneticamente.
- Doenças no pâncreas.
- Causada por defeitos hormonais.
- Causada por compostos químicos ou fármacos.
- Infecciosas (rubéola congênita, citamegalovírus e outros).
- Formas incomuns de diabetes imuno-mediadas (síndrome do "Homem Rígido",
anticorpos anti-insulina e outros)
- Outras síndromes genéticas algumas vezes associadas com diabetes (síndrome de
Down; síndrome de Klinefelter, síndrome de Turner, síndrome de Wolfram, ataxia de
Friedreich, coréia de Huntington, síndrome de Laurence-Moon-Biedl, distrofia
miotônica, porfiria, síndrome de Prader-Willi e outras)

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser realizado em doentes que apresentam os sintomas e sinais


clássicos da doença, que são:
- sede excessiva;
- aumento do volume e do número de micções (incluindo o hábito de urinar à noite);
- fome excessiva;
- emagrecimento.
Na medida em que grande número de pessoas não chega a apresentar estes
sintomas, durante um longo período de tempo, e já apresentam a doença, recomenda-se
um diagnóstico precoce.
O diagnóstico laboratorial da Diabetes Mellitus é estabelecido pela medicação de
glicemia no soro ou no plasma, depois de um jejum de 8 a 12 horas. Pelo facto de uma
grande percentagem de doentes com DM tipo II descobrir a doença muito tardiamente,
já com graves complicações crónicas, tem-se recomendado o diagnóstico precoce e o
rastreio da doença em várias situações.
No entanto, o diagnóstico da Diabetes pode ser feito mediante testes bioquímicos
(pesquisa de glicose e corpos cetónicos na urina, determinação da concentração de
glicose no sangue, pesquisa de proteínas sanguíneas glicosiladas) em conjunto com a
pesquisa de manifestações clínicas (como já descrito anteriormente).
O teste de tolerância à glicose é um método no qual se avalia os níveis de glicose
no sangue de um indivíduo. Esta metodologia ocorre da seguinte forma: primeiro
recolhe-se uma amostra de sangue de um indivíduo em jejum e avalia-se os níveis de
glicose; seguidamente, é-lhe dado a ingerir uma solução contendo cerca de 75g de
glicose dissolvida em 300mL de H2O; daí em diante, retira-se repetidamente mais
amostras de sangue de hora em hora (até fazer 3 horas), sendo a glicose, então
quantificada nessas amostras.

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Complicações

As complicações causadas pela Diabetes se dão basicamente pelo excesso de


glicose no sangue, que pode levar à glicosilação de proteínas além da retenção de H2O
na corrente sanguínea, e retirada da mesma do espaço intercelular.

A elevada frequência de complicações associadas à doença reduzem


significativamente a esperança de vida de um paciente com diabetes. A diabetes do tipo
II, por afectar o sistema microvascular, é a causa frequente da perda de visão em adultos
(retinopatia diabética). Da mesma forma, pode causar falência renal (nefropatia
diabética) ou amputações (pé diabético). Estas são complicações que ocorrem
frequentemente no mundo industrializado. A complicação microvascular mais frequente
é a neuropatia diabética, uma doença dos nervos sensoriais, que se manifesta, nos pés e
nas mãos, pela perda de sensibilidade a vibrações, temperatura ou dor. Em estados mais
avançados, a neuropatia diabética pode causar dores severas.
Além das complicações microvasculares, a diabetes do tipo 2 pode afectar o sistema
macrovascular, aumentando de duas a cinco vezes o risco de doenças cardiovasculares,
principalmente enfartes do miocárdio (ataque cardíaco) e acidentes vasculares cerebrais.

Complicações Agudas

- Cetoacidose diabética
- Coma hiperosmolar não-cetótico
- Hiperglicemia
- Coma diabético
- Amputação

Complicações Crónicas

- Ateroscleose
- Hipertensão ( por aumento de H2O no sangue, além da glicolisação irregular do
colágeno e proteínas das paredes endoteliais o que pode causar tromboses e coágulos
por todo o sistema circulatório);
- Tromboses e coágulos na corrente sanguínea;
- Problemas dermatológicos ( por desnaturação de proteínas endoteliais)
- Pé diabético
- Problemas neurológicos principalmente no pé, como perda de sensibilidade e
propriocepção;
- Dificuldade em coagular o sangue
- Problemas metabólicos generalizados.

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Figuras 6 e 7: Demonstração do Pé Diabético (imagem direita)
Alteração de visão provocada pela Diabetes (imagem esquerda)

(imagens retiradas de: http://www.merck.com/mmpe/sec12/ch158/ch158b.html )

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Complicações da Diabetes a Longo Prazo
Tecido / Órgão afectado O que Acontece Complicações
Formam-se placas ateroscleróticas
e obstruem as artérias grandes ou
A pouca circulação causa
médias do coração, cérebro, pernas
feridas que saram com
e pénis. As paredes dos pequenos
dificuldade e pode produzir
Vasos sanguíneos vasos sanguíneos danificam-se de
insuficiência cardíaca,
tal modo que os vasos não
gangrena nos pés e mãos,
permitem a passagem normal de
impotência e infecções.
oxigénio para os tecidos e também
podem romper-se e perder sangue.
Os pequenos vasos sanguíneos da Visão diminuída e, finalmente,
Olhos
retina ficam lesados. cegueira.
Os vasos sanguíneos do rim
espessam-se, as proteínas perdem- Funcionamento renal
Rim
se pela urina, o sangue não é deficiente; insuficiência renal.
filtrado normalmente.
Os nervos ficam danificados Fraqueza repentina ou gradual
porque a glicose não é de uma perna; sensibilidade
Nervos metabolizada normalmente e reduzida, formigueiro e dor nas
porque o fornecimento de sangue é mãos e nos pés, lesão crónica
inadequado. dos nervos.
Oscilações na pressão arterial,
Lesão nos nervos que controlam a dificuldades na deglutição e
Sistema nervoso autónomo pressão arterial e os processos alterações do funcionamento
digestivos. gastrointestinal, com episódios
de diarreia.
Má circulação do sangue na pele e Chagas, infecções profundas
Pele perda da sensibilidade em (úlceras diabéticas); cura muito
resultado de lesões repetidas. difícil.
Aumento da propensão para as
Deteriora-se o funcionamento dos
Sangue infecções, especialmente do
glóbulos brancos.
tracto urinário e da pele.
Metabolismo anormal da glicose,
Tecido conjuntivo fazendo com que os tecidos se Síndroma do canal cárpico
espessem ou se contraiam.
Formam-se placas ateroscleróticas
e obstruem as artérias grandes ou
A pouca circulação causa
médias do coração, cérebro, pernas
feridas que saram com
e pénis. As paredes dos pequenos
dificuldade e pode produzir
Vasos sanguíneos vasos sanguíneos danificam-se de
insuficiência cardíaca,,
tal modo que os vasos não
gangrena nos pés e mãos,
permitem a passagem normal de
impotência e infecções.
oxigénio para os tecidos e também
podem romper-se e perder sangue.

20
Tratamento

Os objectivos do tratamento da Diabetes Mellitus são dirigidos para se obter uma


glicemia normal tanto em jejum como no período pós-prandial, e controlar as alterações
metabólicas associadas.
Embora seja difícil manter valores completamente normais, deve-se tentar que
estejam na medida do possível perto da normalidade, para que seja menor a
probabilidade de complicações, quer sejam temporárias, quer a longo prazo.
O principal problema ao tentar controlar rigorosamente os valores de açúcar no
sangue é que se produza uma diminuição não desejada dos mesmos (hipoglicemia).
O tratamento do doente com DM envolve sempre pelo menos 4 aspectos
importantes:
- Plano Alimentar;
- Actividade Física;
- Medicamentos, Hipoglicemiantes Orais;
- Rastreio

Plano Alimentar:

A dieta é muito importante. É o ponto fundamental do tratamento de qualquer tipo


de doente diabético. O objectivo geral é o de auxiliar o indivíduo a fazer mudanças nos
seus hábitos alimentares, permitindo um controle metabólico adequado. Além disso, o
tratamento nutricional deve contribuir para a normalização da glicemia, diminuir os
factores de risco cardiovascular, fornecer as calorias suficientes para a manutenção de
um peso saudável, prevenir as complicações agudas e crónicas e promover a saúde geral
do doente.
Para atingir esses objectivos a dieta deveria ser equilibrada como qualquer dieta de
uma pessoa saudável normal, sendo individualizada de acordo com as particularidades
de cada doente incluindo idade, sexo, situação funcional, actividade física, doenças
associadas e situação socioeconómica e cultural.

Actividade Física:

Todos os doentes devem ser incentivados à prática regular de actividade física,


que pode ser uma caminhada de 30 a 40 minutos ou exercícios equivalentes. A
orientação para o início da actividade física deve incluir uma avaliação médica
adequada no sentido de avaliar a presença de neuropatias ou de alterações cardio-
circulatórias que possam conta-indicar a actividade física ou provocar riscos adicionais
ao doente.

Medicamentos, Hipoglicemiantes Orais:

A administração de medicamentos hipoglicemiantes orais, como as sulfonilureias,


glipizida, gliburida, tolbutamida e clorpropamida, provoca a diminuição dos valores de
açúcar nas pessoas com diabetes tipo II, mas não é eficaz na diabetes tipo I. A redução
dos valores sanguíneos de açúcar estimula o pâncreas a libertar insulina e aumenta a sua
eficiência. Outro tipo de medicamento oral a metformina, não afecta a libertação de
insulina, mas aumenta a resposta do organismo à sua própria insulina. O médico pode

21
prescrever metformina só ou com uma sulfonilureia. Por fim, a acarbose atrasa a
absorção de glicose no intestino.
Os medicamentos hipoglicemiantes orais prescrevem-se às pessoas com diabetes
tipo II, se a dieta e o exercício não conseguirem fazer descer os valores de açúcar no
sangue. Os medicamentos tomam-se uma só vez por dia, de manhã, embora algumas
pessoas precisem de duas ou três doses. Se estes medicamentos não forem capazes de
controlar o açúcar do sangue de forma adequada, pode-se optar por injecções de insulina
sozinha ou em combinação com os medicamentos orais.

A tecnologia do DNA recombinante permitiu um grande avanço no tratamento da


Diabetes Tipo I, pois permitiu a produção em larga escala de insulina. O tratamento por
injecção com insulina pode ajudar a controlar a doença, mas deve, no entanto, ser
orientada para evitar situações de hipoglicemia. Deve ser administrada a quantidade de
insulina no indivíduo de acordo com as suas necessidades diárias, por exemplo nas
situações de actividade física muito intensa, pode fazer descer ainda mais os níveis de
glicose sanguínea.

Rastreio:

O rastreio, a detecção e o tratamento das complicações crónicas da DM deve ser


sempre realizado conforme diversas recomendações. Essa abordagem é indicada após 5
anos do diagnóstico de DM tipo I, no momento de diagnóstico da DM tipo II, e a seguir
anualmente. Esta investigação inclui o exame do fundo do olho com pupila dilatada, a
microalbuminúria de 24 horas ou em amostra, a creatinina sérica e o teste de esforço.
Uma adequada análise do perfil lipídico, a pesquisa da sensibilidade profunda dos pés
deve ser realizada com mofilamento ou diapasão, e um exame completo dos pulsos
periféricos dever ser realizada em cada consulta. Uma vez detectadas as complicações
existem tratamentos específicos.

Prevenção

Não sabendo exactamente como a Diabetes Mellitus Tipo I se desenvolve, não


existem medidas preventivas disponíveis para esta forma de Diabetes.
Os riscos da Diabetes Tipo II podem ser reduzidos com mudanças na dieta e com
aumento da actividade física.

22
Perspectivas Futuras

Actualmente, os ensaios clínicos procuram encontrar novas formas de


administração de insulina (por via oral ou por inalação), assim como também procuram
novos fármacos, mais eficazes e com menores efeitos secundários.
No entanto, dever-se-ia investir também nas medidas preventivas, controlando o
aumento da obesidade e da diabetes, principalmente, nos países desenvolvidos, onde se
pensa que ocorrerão a maior parte dos novos casos.

“Um Novo Caminho”

O Prof. Shimon Efrat e seus colegas da Escola Sackler de Medicina da


Universidade de Tel-Aviv estão tentando desenvolver novas fontes de células beta para
transplantes e novas maneiras de protegê-las dos ataques auto-imunes. Eles já
desenvolveram linhagens de células beta com “imortalidade reversível”, que apresentam
uma proliferação celular regulada sem perda da produção e secreção de insulina.
Linhagens de células beta de ratos mostraram-se capazes de manter níveis normais
de glicose sangüínea por longos intervalos quando transplantadas em ratos diabéticos.
Este trabalho pioneiro, realizado em colaboração com Albert Einstein College of
Medicine de Nova York e o Instituto de Patologia Molecular em Viena, foi descrito
num artigo recentemente publicado na revista Cell Transplantation. Os resultados
obtidos com linhagens de células beta de ratos um dia deverão se estender também a
linhagens de células humanas.

(ver mais informações em : http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/17496)

23
Bibliografia
Para a elaboração deste trabalho, pesquisei informações relativas à Diabetes nas
seguintes fontes:

• Diciopédia 2005

Textos

• Insulina

http://pt.wikipedia.org/wiki/Insulina

• Pâncreas

http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A2ncreas

• Diabetes

http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D130

http://pt.wikipedia.org/wiki/Diabetes_mellitus

http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/doencas
+cronicas/diabetes.htm

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?127

http://www.emedicinehealth.com/diabetes/article_em.htm

http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/07/31/saude-geriatria/diabetes-
complicacoes/

http://www.healthline.com/channel/diabetes.html?utm_source=diabetes&utm_medium=
google_contextual&utm_campaign=channel&utm_term=diabetes%20mellitus~

http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.enfermagem.ufpr.br/gemsa/sintomas
%2520diabetes.JPG&imgrefurl=http://www.enfermagem.ufpr.br/gemsa/diabetes.htm&h
=290&w=470&sz=25&hl=pt-
PT&start=10&um=1&tbnid=ViH5zB0_il45jM:&tbnh=80&tbnw=129&prev=/images%
3Fq%3Ddiabetes%26svnum%3D10%26um%3D1%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN

http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.scienceinschool.org/repository/imag
es/diabetes_glucose_large.jpg&imgrefurl=http://www.scienceinschool.org/2006/issue1/
diabetes/portuguese&h=423&w=460&sz=90&hl=pt-

24
PT&start=17&um=1&tbnid=o_NgSN1fVZpKfM:&tbnh=118&tbnw=128&prev=/imag
es%3Fq%3Ddiabetes%26svnum%3D10%26um%3D1%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN

• Epidemiologia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemiologia

• Glicose

http://pt.wikipedia.org/wiki/Glicose

• Hiperglicemia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperglicemia

http://www.diabetes.org.br/diabetes/hiperg.php

http://www.diabete.com.br/biblio/hiper2.html

http://www.fitmail.com.br/si/site/061307

http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/09/26/saude-geriatria/hiperglicemia-aguda-
no-idoso/

http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://static.howstuffworks.com/gif/diabetes-
glucose-regulation.gif&imgrefurl=http://usapcvp.informe.com/glucagon-
dt202.html&h=457&w=359&sz=29&hl=pt-
PT&start=43&um=1&tbnid=Yq3fJyAYITe9pM:&tbnh=128&tbnw=101&prev=/images
%3Fq%3Dhiperglicemia%26start%3D40%26ndsp%3D20%26svnum%3D10%26um%3
D1%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN

• Perspectivas Futuras

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/17496

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Imagens

Figura 1: Pâncreas

http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Glicemia.svg

http://www.fotosearch.it/comp/LIF/LIF121/anteriore-vista-pancreas-~-3D102007.jpg

Figura 3: Metabolismo da Glicose

http://www.scienceinschool.org/repository/images/diabetes_glucose_large.jpg

Figura 4: Alterações Metabolismo na Diabetes Tipo I

http://static.howstuffworks.comgifdiabetes-glucose-regulation.gif

Figura 5: Alterações Metabolismo na Diabetes Tipo II

http://www.msd-brazil.com/images/content/br_content/patients/diab_02.jpg

Figuras 6 e 7: Pé Diabético

http://www.merck.com/mmpe/sec12/ch158/ch158b.html

26

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