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O APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS: DESCOBRINDO E

CAPACITANDO LÍDERES

Tito 1.5

Os líderes, por melhores que sejam não se eternizam em suas funções. De


todos os líderes do passado, temos apenas as informações das coisas que eles
conseguiram realizar.
Como sabemos que a nossa liderança passará e talvez, terão de nós apenas
uma mera lembrança (A maioria dos líderes são lembrados, quando são, apenas
quando, por alguma necessidade precisam-se recorrer aos velhos livros de atas),
é bom que descubramos e capacitemos novas lideranças.
Talvez o que ficará como história da nossa liderança (se é que isso seja
importante!), será o quanto nos dedicamos para a formação de outros, que darão
continuidade à obra, que nós mesmos não passamos também de continuadores.
Cada líder tem o seu tempo e o seu jeito de liderar: Josué liderou diferente
de Moisés; Eliseu, de Elias; Salomão, de Davi; os discípulos, de Jesus; Timóteo e
Tito, de Paulo. O objetivo aqui não dizer se a diferença foi para melhor ou não,
mas destacar que cada líder executa de acordo com o seu próprio perfil.

I – A PRIMEIRA TAREFA É DESCOBRIR LÍDERES EM POTENCIAL

1. Havendo tarefas a serem trabalhadas, e muitas delas dependem de


liderança, é preciso que as organizações consigam encontrar nelas
mesmas, as pessoas que poderão dirigir outras. Nem sempre será
necessário buscar um gestor ou um líder de fora do grupo. Em Atos 6
podemos observar que a tarefa de assistir aos necessitados de Jerusalém
foi dada a pessoas do próprio grupo.
2. Quando Moisés estava para deixar a sua função de liderança, foi preciso
que fosse eleito alguém que daria continuidade ao seu trabalho. Moisés
tinha ao seu lado Josué, um homem com perfil de liderança. É interessante
1
notar que, mesmo Josué estando a serviço de Moisés, foi o próprio Deus
quem fez a indicação (Nm 27.18-23). Fazer o povo chegar à terra
prometida foi a preocupação de Moisés (vv.16,17).
3. Para que Josué fosse conduzido ao posto de liderança foi necessário que
houvesse nele o perfil, ou requisitos básicos: trânsito entre o povo (v.17);
que fosse guiado pelo Espírito (v.18) e que fosse oficialmente separado
(v.23).
4. Paulo descobriu em Tito potencial de liderança, passando a ele a
responsabilidade de estabelecer presbíteros em cada cidade de Creta (1.5).

II – A SEGUNDA TAREFA É A CAPACITAÇÃO DO LÍDER EM POTENCIAL

1. Quem exerce a liderança deve viver em constante capacitação e ao mesmo


tempo capacitando. Se o líder nasce pronto ou não é uma discussão
secular. Mas o que pode ser a certeza para todos é que o líder deve estar
em constante atualização.
2. Mesmo recebendo a imposição de mãos e tendo sido indicado pelo próprio
Deus, Josué não devia deixar de lado a sua capacitação (Js 1.6-9).
3. A Timóteo, Paulo disse que ele deveria aplicar-se à leitura e não deixasse
de desenvolver o dom que havia nele (1 Tm 4.13,14). Também disse que
ele não deveria que a cadeia de potencialização (2 Tm 2.2). Paulo está
dizendo a Timóteo algo que na estrutura corporativa atual chama de
Liderança-coach: “Executivos e líderes bem sucedidos estão hoje
desenvolvendo suas habilidades de coaching para dar suporte e melhorar
o desempenho e o desenvolvimento de seus colaboradores. Gerentes e
líderes desenvolvem sua competência em coaching quando: Aumentam
sua conscientização sobre o coaching e seus benefícios, e aderem ao
conceito e ao processo. Instruem-se nos conceitos e ferramentas de
coaching. Identificam seu próprio estilo de coaching, seu próprio nível de
habilidade e aprendem a identificar as preferências dos outros para serem
coached; Praticam coaching usando as melhores ferramentas e seus
próprios pontos fortes continuamente, aperfeiçoando e estabelecendo sua
2
competência de coaching por meio do feedback e do coaching constante”
(seleta.com.br).
4. Na carta aos Efésios lemos que os ofícios de liderança (4.11) têm como
objetivo o aperfeiçoamento dos santos (v.12). O aperfeiçoamento não é
sem objetivo. Nesse caso seria para a obra do ministério e para a
edificação do corpo de Cristo. O treinamento deve ser continuado (“Até
que todos cheguemos...” v.13).

CONCLUSÃO

Todo aquele que lidera deveria preocupar-se com o seu sucessor. Na vida
ministerial, os pastores batistas em geral, não se preocupam em fazer o seu
sucessor, pois quem escolhe é a igreja, buscando alguém que já esteja
teologicamente preparado.
A igreja contrata um pastor, não um técnico, um coach; mas fica
subentendido que ele deverá também exercer essa função, por força do seu
próprio ofício (Ef 4.11).
A igreja deve despertar pessoas para a liderança cristã. Na liderança cristã
o perfil é espiritual aliado ao talento natural. Paulo tinha talento natural, mas teve
que ter um encontro com Jesus para ser um líder espiritual. Um bom técnico na
vida secular, pode ser um péssimo líder na condução das coisas da igreja.
Que Deus nos abençoe na tarefa de descobrir e capacitar líderes.
Amém.

PR. Eli Rocha Silva


IBJH 06/09/2009

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