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Curso de Especialização em
Enfermagem Obstétrica
São Paulo
2009
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Monografia apresentada ao
Curso de Especialização em
Enfermagem Obstétrica do
Centros Universitários São
Camilo como requisito
Parcial para obtenção do
Título de especialista.
Orientador: Prof º Geraldo
Carvalho de Motta.
São Paulo
2009
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RESUMO
SUMARIO
RESUMO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................... 05
.....................................................................................................................06
.....................................................................................................................09
1.4 POLIHIDRÂMNIO.............................................................................. 09
......................................................................................................................10
......................................................................................................................11
......................................................................................................................12
......................................................................................................................13
......................................................................................................................14
......................................................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO
Nesse período encontrei um caso de polihidrâmnio, sendo que este foi o único contato
prático dessa complicação obstétrica na minha vida profissional. Fato que foi o suficiente para me
despertar curiosidade, preocupação em oferecer uma melhor assistência durante o pré-natal,
detectando gestações de alto risco precocemente e encaminhando para um atendimento
especifico.
Enfermeiro Obstetra na consulta pré-natal quando realiza avaliação física com todos
os métodos semiológicos possíveis e anamnese, torna possível a identificação dos problemas, e
conseqüentemente análise e síntese dos mesmos, viabilizando a conduta de enfermagem mais
relevante.
O Enfermeiro Obstetra por esse motivo deve estar preparado para identificar o
Polihidrâmnio com suas diversas etiologias, fisiopatologias, e sinais e sintomas e realizar uma
abordagem de Enfermagem através de um exame físico e história clínica detalhado no pré-natal.
Polihidrâmnio atinge 1,7 % das gestações e leva a complicações materno-fetais (SOGESP, 2008).
Esse estudo tem como objetivos:
1.2 METODOLOGIA
Os artigos foram selecionados somente em português e inglês dos últimos dez anos e
de base de dados de full text e os livros utilizados para a pesquisa: NEME Obstetrícia Básica e
Enfermagem em Obstetrícia, lidos cuidadosamente.
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1.4 POLIHIDRÂMNIA
O autor Neme do livro Obstetrícia Básica deixa claro que as malformações fetais
contribuem 90% esta relacionada com desenvolvimento polihidrâmnio.
REZENDE concorda com os autores acima quando se afirma que a principal causa do
polihidrâmnia são as malformações, sendo a mais comum entre as gestantes a anencefalia fetal,
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mas afirma que existem casos de anencefalia sem polihidrâmnia e polihidrâmnia sem a presença
de ancefalia.
Anencefalia é identificada quando não existe cérebro e do crânio ou parte dele. A anencefalia é a
ausência completa ou parcial do cérebro e do crânio. (J.B.AGUIAR, 2003).
Um feto com o sistema nervoso central preservado mantém o sistema disgestório e urinário
desempenhando suas funções adequadamente, que é alimenta-se, evacuar e urina no sistema
amniótico, mantendo o nível normal de liquido amniótico.
A deglutição é a principal via pela qual o fluido deixa a cavidade amniótica, sendo a micção
fetal a maior fonte de LA, desde o início da segunda metade da gestação. Também é consenso
que a manutenção de um volume variável de LA, durante toda a gestação, é importante para o
bem-estar fetal e um adequado indicador de normalidade gestacional (AIRES at al, 2001).
A ausência do sistema nervosa central faz com que o reflexo de deglutição não aconteça,
o feto não degluti o liquido amniótico. A deglutição é a que ação controla a quantidade do liquido
amniótico, e ajuda no desenvolvimento do sistema digestório fetal, coma a ausência desse
mecanismo de controle do liquido amniótico, o ocorre o excesso de liquido amniótico.
AU (cm)
O Ministério da Saúde orienta que quando resultado obtido entre o cruzamento dos
valores obtidos do calculo da idade gestacional e da mensuração da altura uterina se localiza entre
os percentis 10 e 90 indicam normalidade no desenvolvimento evolutivo uterino.
Fonte: Rezende, J.
A figura -2 mostra a evolução uterina esperada de acordo com a semanas de gestação, esse é
outro instrumento muito didático para se utilizar no pré-natal. Sempre tendo em mente segundo
REZENDE, o exame clinico para suspeita de polihidrâmnio é basicamente o controle rigoroso
mensuração uterina, circunferência abdominal e peso. A circunferência abdominal na altura do
umbigo esperada em uma gestante a termo é de 90-92 cm.
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REZENDE salienta sobre outros sinais de polihidrâmnia como a dificuldade em palpar partes
fetais, auscultar os batimentos cardíacos fetal e o som ascitico durante percussão. A palpação
consiste é uma técnica propedêutica muito importante dentro da obstetrícia, pois auxilia o
enfermeiro a levantar suspeitas de anormalidade no desenvolvimento e crescimento fetal. Dever
ser sempre executada durante as consultas de pré-natal com muita delicadeza, sutileza e
educação, estabelecendo o vinculo e confiança do paciente para com o profissional no primeiro
contato e reforçando o vinculo nas consultas posteriores. Para muitas pessoas o toque é algo
muito intimo difícil e requer muita confiança. Podemos facilitar esse processo, tornar essa
situação mais fácil quando nos colocamos lugar do paciente.
FONTE: Rezende, J.
Para a Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina em sua Revista Projeto e
Diretrizes pelo autor Dr Alencar Jr CA na assistência ao pré natal a segunda opção de exame após
o exame ultra-som é o Teste Sérico Tríplice materno, que determina a quantidade de alfa-feto
proteína não conjugado e gonadotrofina coriônica humana, considerados marcadores na
identificação de fetos com falha no desenvolvimento do tudo neural e trissomias , especialmente
a trissomias 21. Esse exame bioquímico tem elevado percentual de detecção em mulheres
menores de 35 anos, entre 15 e 18 semanas. Esse teste quando feito nesse período gestacional e
abaixo de 35 anos diminui cerca de 75% amniocentese e detecta de 91% a 56% dos casos de tubo
neural aberto. Outros exames de detecção de má formação do sistema nervoso são a biopsia de
vilo corial e amniocentese, procedimentos invasivos que colocam em risco a vida fetal.
Segundo a Resolução do Cofen no artigo 195 diz que é uma importante faculdade outorgada
ao Enfermeiro, também indissociável das duas primeiras é a de solicitar exames de rotina e
complementares, visando inclusive, subsidiar o diagnóstico e a eventual prescrição
medicamentosa. É ainda adverte que a não solicitação de exames de rotina e complementares
quando necessários, para a prescrição de medicamentos é agir de forma omissa, negligente e
imprudente, colocando em risco a vida do cliente/paciente.
2. CONCLUSÃO
Devemos atentar sempre para a possibilidade de erro na data da ultima menstruação, confusão
muito comum entre gestantes, pois , quando elas realmente não lembram e dizem uma data que
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Todos os exames não invasivos podem ser solicitados pelo enfermeiro, devemos saber o
porquê estamos pedindo, para que serve, e o que fazer quando o resultado é anormal. Sempre
tendo em mente que a função do enfermeiro é detectar sinais de anormalidade e resolver os
problemas que lhe compete.
Cronograma
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Orçamento
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Referências
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XIMENES NETO, Francisco Rosemiro Guimarães et al. Olhares dos enfermeiros acerca de seu
processo de trabalho na prescrição medicamentosa na Estratégia Saúde da Família. Revista
Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 2, n. 60, p.40-133, 03 fev. 2007. Disponível em:
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AIRES, Celso Engenlberto et al. Modificações do Índice de Liquido Amniótico Estimado pela
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CAMPANA, S.G. ;CHAVEZ, J.A .;HAAS, P. Diagnóstico Laboratorial do Liquido
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23
REZENDE.J.Obstetrícia.10.ed.SãoPaulo:GUANABARAe
KOOGAN,2005.p.58,p189,p190,p191 , p.192e p.193
FILHO, A.M.S, “at al”. Manual Técnico Pré-Natal e Puérperio Atenção Qualificada e
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