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1 - Avaliação de Investimentos;
2 - Reavaliação de Ativos;
6 – Reorganização Societária;
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Vejam a seguir uma pequena amostra de uma aula nossa. Não
se trata de uma aula completa. É apenas um trecho de aula.
Falaremos sobre Reorganização Societária que será visto em nossa
6ª aula. Esperamos que com esse pequeno trecho vocês possam
ter uma boa idéia de como será o nosso curso.
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AULA DEMONSTRATIVA DO CURSO ON-LINE
REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA
1.1. CONCEITO
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Os motivos que levam os empresários a perseguir um processo de
cisão podem ser diversos, dentre os quais a dissidência entre sócios e o
aprimoramento de competitividade. Existe, ainda, a hipótese de os
empresários buscarem a cisão com fins de planejamento tributário.
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por bens, direitos e obrigações, observando-se a mesma proporção
entre os elementos patrimoniais.
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§ 3º. A cisão com versão de parcela de patrimônio em
sociedade já existente obedecerá às disposições sobre
incorporação (art. 227).
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1.5. SUBSTITUIÇÃO E ATRIBUIÇÃO DAS AÇÕES
AÇOS S.A.
Cisão Parcial SYNO S.A. SYNO S.A.
COBRAS SOLTAS S.A.
AÇOS S.A.
Cisão Total SYNO S.A.
COBRAS SOLTAS S.A.
EXEMPLO PRÁTICO
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ATIVO Valor (R$)
Ativo Circulante
Disponibilidades 90.000,00
Contas a Receber 145.000,00
Mercadorias - estoque 70.000,00
305.000,00
Ativo Permanente
Imobilizado 245.000,00
Total do Ativo 550.000,00
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Posição Patrimonial após a Cisão
Empresa Empresa
Cindida Nova
ATIVO
Circulante
Disponibilidades 67.500,00 22.500,00
Contas a Receber 108.750,00 36.250,00
Mercadorias - estoque 52.500,00 17.500,00
228.750,00 76.250,00
Permanente
Imobilizado 183.750,00 61.250,00
Total do Ativo 412.500,00 137.500,00
PASSIVO
Circulante
Empréstimos e Financiamentos 112.500,00 37.500,00
Obrigações sociais e trabalhistas 71.250,00 23.750,00
Fornecedores 30.000,00 10.000,00
213.750,00 71.250,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital 198.750,00 66.250,00
Total do Passivo 412.500,00 137.500,00
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Contabilidade Avançada – ICMS/SP Aula 01 – AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Professores: Francisco Velter & Luiz Roberto Missagia
Aula 01
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
1 – ASPECTOS INICIAIS
Uma administração empresarial eficiente envolve, entre outros aspectos, o adequado
gerenciamento dos recursos financeiros de modo a otimizá-los. Isto se faz necessário pelo fato
de os recursos financeiros representarem, geralmente, o fator de produção mais escasso, e em
conseqüência o mais caro, especialmente em nosso País onde as taxas de juros praticadas tem
sido, historicamente, elevadíssimas.
Diante de tal situação o administrador moderno deve buscar a melhor solução de
rentabilidade para os recursos de sua empresa, alocando-os no objeto social de sua entidade,
aí incluídos os estoques de mercadorias, matérias-primas, vendas a prazo, ativo permanente –
imobilizado e diferido.
Se, porém, a entidade apresentar riqueza própria em excesso ou excesso de
disponibilidades, mesmo que temporários, deverá aplicá-los em investimentos que,
dependendo da natureza e freqüência dessas sobras, podem ser temporários ou permanentes,
pois deixar esses recursos ociosos, sem nada produzir, seria considerado desperdício
inadmissível e indicativo de administração deficiente.
Por estes aspectos apresentados é que as empresas, mesmo que não seja seu objeto
social principal, aplicam os excessos de recursos, temporários ou permanentes, em
investimentos que podem assumir natureza diversa, porém sempre objetivando a melhor
alocação destes e buscando rentabilidade, que é, em última análise, o objetivo principal de
qualquer empreendimento empresarial.
Além destas definições, a Instrução CVM No 387, de 28 de abril de 2003, que estabelece
normas e procedimentos a serem observados nas operações realizadas com valores
mobiliários, em pregão e em sistemas eletrônicos de negociação e de registro em bolsas de
4 – INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS
4.1 - CONCEITO
Em economia de preços crescentes e taxas de juros atrativas, os investimentos em
títulos e valores mobiliários a curto e médio prazo se constituem em boas alternativas para
alocar as disponibilidades que não serão necessárias durante o período de aplicação. As
principais opções no mercado financeiro e no de capitais para aplicação dos excessos de
recursos são:
) Aplicações Temporárias em Ações
) Aplicações Temporárias em Ouro
) Bônus do Tesouro Nacional - BTN
) Certificado de Depósito Bancário (RDB/CDB)
) Commodities
) Depósitos a Prazo Fixo
) Fundo de Aplicação Financeira - FAF
) Fundo de Curto Prazo
) Fundo de Investimentos de Renda Fixa ou Variável
) Letras de Câmbio
) Letras Financeiras do Tesouro - LFT
Desta forma, pode-se conceituar investimento temporário como sendo a alocação de
recursos ou disponibilidades temporárias em aplicações de caráter não permanentes, isto é,
aqueles investimentos que possuem o caráter e a intenção de realização, classificáveis no ativo
circulante ou no ativo realizável a longo prazo.
Para dar maior clareza ao assunto, transcrevemos a seguir a íntegra do art. 183 da Lei
nº 6.404, de 30 de outubro de 1976, que se constitui no diploma legal a respeito de avaliação
de ativos, entre eles os investimentos.
Se, porém, há a intenção de permanência, eles deverão ser classificados no grupo do ativo
permanente em subgrupo investimentos, onde serão separados pela sua forma de avaliação,
isto é, método do custo ou método da equivalência patrimonial. Percebe-se que o ativo
permanente representa o ativo que não possui a característica de realização, pois se possuir
essa característica deverá ser classificado no ativo circulante ou no realizável a longo prazo.
Outro aspecto interessante, a cuja conclusão chegamos pela leitura dos dispositivos
legais sob análise, diz respeito à correta classificação de ações de coligadas. No nosso modo de
entender o assunto, estas devem ser sempre classificadas no ativo permanente –
investimento, pois somente podemos falar em coligadas quando participamos do capital social
da sociedade investida com intenção de permanência. Desta forma, em questões de provas,
quando nos são fornecidos aqueles “balancetes”, se aparecer a conta valores mobiliários, sem
outra designação, estes serão classificados no ativo realizável (circulante ou longo prazo). Por
outro lado, se aparecer a conta ações de coligadas, esta deve ser classificada no ativo
permanente.
Ainda no concernente a avaliação de investimentos, a CVM, por meio da Instrução CVM
nº 235, de 23 de março de 1995, dispôs sobre a divulgação, em nota explicativa, do valor de
mercado dos instrumentos financeiros, reconhecidos ou não nas demonstrações financeiras
das companhias abertas e dá outras providências.
Estabelece aquele ato normativo que as companhias abertas que possuam instrumentos
financeiros, reconhecidos ou não como ativo ou passivo em seu balanço patrimonial, devem
evidenciar, em nota explicativa anexa às suas demonstrações financeiras e às informações
trimestrais- ITR, o valor de mercado desses instrumentos financeiros. Devem constar, ainda,
em nota explicativa, os critérios e as premissas adotados para determinação desse valor de
mercado, bem como as políticas de atuação e controle das operações nos mercados
derivativos e os riscos envolvidos.
Entende-se por instrumento financeiro todo contrato que dá origem a um ativo financeiro
em uma entidade e a um passivo financeiro ou título representativo do patrimônio em outra
entidade, reconhecidos ou não como ativo ou passivo em seu balanço. Assim, são
considerados ativos financeiros as disponibilidades, os direitos contratuais recebíveis em
moeda ou em instrumentos financeiros de outra entidade, os direitos contratuais de troca de
resultados financeiros (swaps) ou instrumentos financeiros, e os títulos representativos de
participação no patrimônio de outra entidade. Por outro lado, são caracterizados como
passivos financeiros as obrigações contratuais de pagamento de determinada importância em
moeda ou em instrumentos financeiros de troca de resultados financeiros ou instrumentos
financeiros.
Para os fins desta avaliação, a CVM considera valor de mercado o valor que se pode
obter com a negociação do instrumento financeiro em um mercado ativo, em que comprador e
vendedor possuam conhecimento do assunto e independência entre si, sem que corresponda a
uma transação compulsória ou decorrente de um processo de liquidação, ou na ausência de
um mercado ativo para um determinado instrumento financeiro o valor que se pode obter com
a negociação de outro instrumento financeiro de natureza, prazo e risco similares, em um
mercado ativo, ou o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros a serem obtidos,
ajustado com base na taxa de juros vigente no mercado, na data do balanço, para
instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco similares.
Não carecem de evidenciação nas notas explicativas os seguintes créditos ou débitos da
entidade: as duplicatas a receber, nas empresas emissoras, e as duplicatas a pagar; os
contratos de seguro, nas empresas seguradas; os contratos de arrendamento mercantil, na
arrendatária; os investimentos em ações que não possuam valor de mercado; e as obrigações
com planos de pensão, aposentadoria, seguro e saúde dos empregados da entidade.
Na negociação de instrumentos financeiros feita por valor acima do valor de mercado e
conjugada com operação de crédito deve ser observado o seguinte:
I - nas companhias abertas vendedoras dos títulos e financiadoras da operação de
crédito, o ganho decorrente da diferença entre o valor de venda e o valor de mercado do título
INICIATIVA: PONTO DOS CONCURSOS 8
Contabilidade Avançada – ICMS/SP Aula 01 – AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Professores: Francisco Velter & Luiz Roberto Missagia
deve ser registrado como redução do ativo representativo de crédito, para apropriação ao
resultado,como receita financeira, na mesma base e período em que forem apropriadas as
receitas de juros relativas a essa operação de crédito;
II - nas companhias abertas compradoras dos títulos, a diferença entre o valor da
aquisição e o valor de mercado do título deve ser registrada em conta redutora do ativo e da
obrigação devendo ser essa conta redutora da obrigação apropriada ao resultado,como
despesa financeira, na mesma base e período em que forem apropriadas as despesas de juros
relativas à operação de crédito.
O ganho na aquisição de um instrumento financeiro cujo valor de mercado seja inferior
ao seu valor de face, mesmo nos casos em que este possa ser utilizado para liquidação de
dívidas, somente será reconhecido à medida em que for efetivamente realizado.
Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término
será fixada no estatuto.
Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração
estatutária o exercício social poderá ter duração diversa.
...
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:
...
Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver
duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo
prazo terá por base o prazo desse ciclo.
No art. 183 da mesma lei encontramos os critérios da avaliação do ativo e no seu
parágrafo 1º, alínea “b”, está definida a expressão valor de mercado para os investimentos.
Art. 183.
...
§1º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor de mercado:
...
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização
mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas
necessárias para a venda, e a margem de lucro;
c) dos investimentos, o valor líquido pelo qual possam ser alienados a
terceiros.
Por seu turno, os ganhos decorrentes dos investimentos temporários, mesmo os não
realizados, em face da aplicação do princípio contábil da competência, serão levados à
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), conforme disposição do §1º do art. 187 da lei
societária.
Art. 187. ...
§1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da
sua realização em moeda; e
Percebe-se que, segundo a lei, também as contas do passivo terão seu valor atualizado
quando conhecidos os riscos ou quando calculáveis os seus valores, como é o caso dos juros,
variações cambiais e monetárias.
5 – INVESTIMENTOS PERMANENTES
Conforme disposição do art. 179 da Lei nº 6.404/1976, as participações permanentes em outras
sociedades e os bens e direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante ou no ativo
realizável a longo prazo, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da
empresa, são classificados no Ativo Permanente no subgrupo INVESTIMENTOS.
Observa-se que os bens e direitos a serem classificados nesse subgrupo não podem ser
classificáveis no ativo circulante ou realizável a longo prazo, ou seja, não devem possuir a característica
de realização e não devem constituir-se em meios à consecução da atividade econômica da empresa,
pois, neste último caso, deverão ser classificados no Ativo Permanente - Imobilizado.
Da inteligência do dispositivo societário em análise, infere-se que estamos diante de dois tipos de
Investimentos classificáveis no subgrupo investimentos: “as participações permanentes em outras
sociedades” e os “direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante ou longo
prazo”.
As participações permanentes em outras sociedades são os investimentos efetuados pala aquisição
de ações ou quotas do capital social de outras empresas, com intenção de permanência. Essas
participações societárias, quando em sociedades controladas ou em sociedades coligadas, cujo
investimento seja relevante e haja o exercício de influência administrativa, têm tratamento legal próprio
definido nos arts. 248 a 250 da lei das sociedades por ações e regulamentado pela Instrução CVM nº
247/96.
Os bens e direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante ou realizável a longo
prazo, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa compreendem os
investimentos que não se constituem em meios necessários à consecução da finalidade da entidade. São
exemplos de investimentos dessa natureza os direitos de propriedade sobre obras de artes, as
antigüidades e os imóveis não de uso, os quais apresentam, geralmente, uma expectativa de realização
em valores que ultrapassam o custo de aquisição. Convém frisar que a expectativa de realização é
apenas para fins de avaliação, pois os bens do ativo permanente não possuem na realização a sua
característica, sendo a principal característica deste grupo a intenção de permanência.
Para satisfazer uma das finalidades da contabilidade, que é a evidenciação de todos os fatos
contábeis, e para possibilitar interpretação e análise exata das demonstrações financeiras, os bens e
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante e realizável a longo prazo, e que não
se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa devem ser agrupadas em
subcontas próprias. Adotando essa prática se obtém a identificação de cada bem ou direito de imediato,
mesmo por ocasião da baixa ou saída destes do Ativo Permanente.
Investimentos Incentivados
EMBRAER
FINAM
FINOR
FISET
5.1 – CONCEITO
Os investimentos permanentes são as aplicações de recursos em participações no capital
social de outras sociedades e em direitos de qualquer natureza não classificáveis no ativo
realizável (circulante e longo prazo) e que não se destinem à manutenção da atividade da
empresa.
O caráter que os distingue dos investimentos temporários ou realizáveis é exatamente a
intenção de permanência que deve estar manifestada. Esta intenção é normalmente
manifestada no momento da aquisição do investimento e materializada pelo simples registro
no grupo do Ativo Permanente no subgrupo Investimento, porém ela pode ser manifestada em
momento posterior com inscrição no mesmo subgrupo.
ATENÇÃO!!!
No método de avaliação de investimentos pelo CUSTO, o aumento do Patrimônio
Líquido na investida, pela geração de lucros ou reservas, mesmo a reserva por
reavaliação de ativos, não deve se traduzir em alteração na participação
societária da investidora. Porém, a redução do PL da investida há de ser
registrada pela sociedade investidora sob a forma de provisão para perdas,
quando esta redução ou perda estiver comprovada como permanente.
EXEMPLO 1:
A Companhia Tambaqui, com boa situação financeira, resolveu aplicar parcela de seus
recursos, de forma permanente, na empresa Tucunaré Ltda., cujo capital social é de R$
20.000,00, representado por 20.000 quotas. A aquisição, à vista, da Cia Tambaqui se limitou a
1.500 quotas ao custo unitário de R$ 1,10, isto é, com ágio de R$ 0,10 por quota e mais uma
taxa de corretagem de R$ 50,00.
Assim, os valores despendidos pela Cia Tambaqui foram:
1.500 quotas x R$ 1,00 = R$ 1.500,00
Ágio de R$ 0,10 por quota = R$ 150,00
Corretagem = R$ 50,00
Total = R$ 1.700,00
Esse fato deverá ser contabilizado pela Cia Tambaqui da seguinte forma:
Investimento na empresa Tucunaré Ltda.
a Caixa/Bancos R$ 1.700,00
Perceba que o valor despendido a título de ágio foi integrado ao valor do investimento,
bem como o foi o valor da corretagem. Na aquisição de investimento pelo método do custo é
assim que se procede!
EXEMPLO 2:
A Cia Salmão adquiriu da Cia Trutas 500 ações, pagando à vista o montante de R$
5.000,00. O capital da Cia Trutas é composto por 6.000 ações, com valor individual de R$
10,00. Desta forma, o lançamento contábil da operação, na Cia Salmão, será:
Investimento na Cia Trutas
a Caixa/Bancos R$ 5.000,00
Observe que não houve ágio/deságio e outros custos de aquisição, logo o valor a ser
registrado como custo de aquisição é apenas o gasto efetivamente realizado na aquisição deste
investimento.
EXEMPLO 3:
A Cia Pica Pau adquiriu da Cia Colibri a quantia de 12.000 ações pelo preço de R$
9.000,00. O capital da Cia Colibri é de R$ 100.000,00, representado por 100.000 ações.
Houve, portanto, um deságio na operação de R$ 3.000,00.
O lançamento contábil na Cia Pica Pau será:
Investimentos na Cia Colibri
a Caixa/Bancos R$ 9.000,00
Importante notar que o valor do deságio foi considerado como diminuição de custo de
aquisição, sendo registrado apenas o valor líquido do investimento adquirido.
Portanto, para investimentos que serão avaliados pelo método do custo, todos os
gastos realizados para sua aquisição o integrarão, não se fazendo o destaque do ágio ou do
deságio quando existirem, isto é, o investimento será registrado pelo valor efetivamente gasto
na sua aquisição, aí incluído o valor da corretagem e do ágio. Já o valor do deságio será
deduzido, registrando-se o investimento pelo valor líquido da transação.
Por pertinente, cabe destacar que, por ocasião da reversão desta provisão, esta reversão
se constituirá em receita não-operacional.
Atenção!
Outro aspecto a analisar é o caso em que a investidora recebe dividendo
quando a aquisição do investimento conta com menos de 06 (seis)
meses.
Entende-se, pela análise da legislação fiscal (art. 380 do RIR/99, transcrito a seguir), que
nessa hipótese a investidora adquiriu, além da participação, o direito ao dividendo, ou seja, o
No art. 188 da lei societária, que trata da elaboração da Demonstração das Origens e
Aplicações de Recursos (DOAR), nos é apresentada a seguinte norma:
Art. 188. A demonstração das origens e aplicações de recursos indicará as
modificações na posição financeira da companhia, discriminando:
I – as origens dos recursos, agrupadas em:
...
c) recursos de terceiros, originários do aumento do passivo exigível a longo
prazo, da redução do ativo realizável a longo prazo e da alienação de
investimentos e direitos do ativo imobilizado;
II – as aplicações de recursos, agrupadas em:
a) dividendos distribuídos;
...
c) aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo
diferido;
Tentamos, com esse exemplo, de forma singela, demonstrar o princípio deste método de
avaliação de investimentos. Contudo, o método da equivalência patrimonial apresenta algumas
particularidades próprias e se configura, no todo, em operações mais complexas do que a acima
apresentada. Nos tópicos seguintes procuraremos explicar suficientemente os aspectos específicos
deste método de avaliação, de modo que você possa resolver, com segurança, quaisquer questões
de provas envolvendo o assunto.
A par dessa introdução modesta, podemos conceituar o método da equivalência
patrimonial como sendo aquele em que os investimentos da sociedade investidora são avaliados
tendo como referência o percentual de participação no capital social da sociedade investida aplicado
sobre o Patrimônio Líquido desta mesma sociedade investida, consignando, com isso, os resultados e
quaisquer variações patrimoniais na sociedade investida a partir do momento de sua geração,
independentemente de o resultado ser positivo ou negativo e de haver ou não distribuição de
dividendos ou lucros.
maioria, defina os rumos de uma sociedade. É o caso em que as ações da sociedade investida estão
pulverizadas no mercado de forma que, nas assembléias deliberativas, parte dos acionistas
detentores de ações ordinárias com direito a voto, não participam das deliberações tomadas pela
maioria presente.
Por oportuno, cabe mencionar que a lei das Sociedades Anônimas, em seu art. 15, § 2º,
preceitua que as ações sem direito a voto não poderão exceder a 50% do total das ações de uma
companhia. Com isto, a lei admite a possibilidade de o Capital Votante estar representado por
apenas 50% do Capital Total.
Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram
a seus titulares, são ordinárias, preferenciais, ou de fruição.
§ 1º As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da
companhia aberta e fechada poderão ser de uma ou mais classes.
§ 2º O número de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrição
no exercício desse direito, não pode ultrapassar 50% (cinqüenta por cento) do
total das ações emitidas. (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001).
Ora, ocorrendo essa hipótese, 25% do Capital Total mais uma ação pode representar a
maioria do Capital Votante, isto é, a detenção, de forma permanente, de 25,01% do Capital Total
pode representar a preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores, desde que a companhia tenha 50% do seu capital representado por ações sem
direito a voto e que o investidor ou investidora com participação de 25,01% possua somente ações
ordinárias, isto é, ações representativas do capital votante.
Atente-se ao fato que o art. 15 da lei societária foi sensivelmente alterada pela Lei nº 10.303,
de 31/10/2001. Antes dessa alteração, o dispositivo apregoava que as ações preferenciais sem
direito a voto não poderiam exceder a 2/3 do total das ações. Com isto se admitia a hipótese de
uma empresa ser constituída sob a forma de S.A. com apenas 1/3 do total de suas ações serem
ordinárias. Ora, para exercer a preponderância nas deliberações é necessário que se detenha a
maioria do capital votante. Este poderia ser obtido com a detenção de apenas 16,7% do total das
ações, desde que todas fossem com direito a voto e a sociedade investida tivesse seu capital
formado conforme os limites máximos admitidos por lei, isto é, 2/3 em ações preferenciais e 1/3 em
ações ordinárias.
No § 3º do art. 243 da lei das sociedades anônimas, observa-se a exigência da interveniência
da CVM, desta feita com relação as informações que devem ser divulgadas ou veiculadas pelas
companhias abertas:
Art. 243. O relatório anual da administração deve relacionar os investimentos da
companhia em sociedades coligadas e controladas e mencionar as modificações
ocorridas durante o exercício.
...
§ 3º A companhia aberta divulgará as informações adicionais, sobre coligadas e
controladas, que forem exigidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Com respeito ao assunto e dentro de sua competência, delegada pela lei, a CVM, por meio da
Instrução 247/96, assim se pronunciou:
Art. 3º - Considera-se controlada, para os fins desta Instrução:
I - Sociedade na qual a investidora, diretamente ou indiretamente, seja
titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente:
a) - preponderância nas deliberações sociais; e
b) - o poder de eleger ou destituir a maioria dos administradores.
II - Filial, agência, sucursal, dependência ou escritório de representação no
exterior, sempre que os respectivos ativos e passivos não estejam incluídos
na contabilidade da investidora, por força de normatização específica; e
III - Sociedade na qual os direitos permanentes de sócio, previstos nas
alíneas "a" e "b" do inciso I deste artigo estejam sob controle comum ou
INICIATIVA: PONTO DOS CONCURSOS 24
Contabilidade Avançada – ICMS/SP Aula 01 – AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
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7.1.2 – COLIGADA
O conceito legal de Sociedade Coligada nos é fornecido pelo § 1º, do art. 243 da lei das
sociedades anônimas que assim dispõe:
Pelo disposto nas alíneas “a” e “b” do parágrafo único do art. 2º da Instrução CVM nº
247/96, constata-se a hipótese da existência de sociedade equiparada à coligada. Além disto,
salienta aquela autarquia, que a equiparação pode ser de forma direta ou indireta. Observa-se
que, embora não conste na lei a figura da coligação indireta, na norma da CVM existe esta
possibilidade com relação à coligação por equiparação.
Nesse conceito de sociedade equiparada à coligada, não nos interessa o percentual de
participação do capital social como um todo. Interessa-nos o percentual de participação no
capital votante representado pelas ações ordinárias.
Portanto, consoante o disposto no art. 15 da lei societária, que limita o percentual
máximo de ações preferenciais em 50% (para as empresas que já estavam constituídas em
31/10/2001 o limite pode continuar 1/3), e supondo que estamos diante de uma empresa que
tenha seu capital social constituído com aquele percentual de ações preferenciais, uma
sociedade que participa com 10% do capital votante dessa outra empresa será considerada
coligada por equiparação. No entanto, sua participação no capital social da sociedade investida
será de apenas 5%.
Outro aspecto a merecer nossa atenção diz respeito à participação indireta, fazendo
surgir, também, a figura da coligada por equiparação. Nesse particular, tomemos o seguinte
exemplo:
A empresa Aspa S/A detém 25% do capital social da empresa Corintos S/A, sem
controlá-la. Salienta-se que as ações possuídas por Aspa S/A são todas do tipo ordinárias, ou
com direito a voto. Corintos S/A é coligada de Aspa S/A. A Empresa Corintos S/A participa do
capital votante da empresa Búfalo S/A com 40%, sem controlá-la. É de salientar que o capital
de Búfalo S/A é composto de ações ordinárias e preferenciais, logo a participação de Corintos
S/A em Búfalo S/A pode representar apenas em 20% do capital total, sendo certo de que a
participação de Corintos S/A no capital total de Búfalo S/A é menor do que 40% . Mesmo
assim, Búfalo S/A é coligada de Corintos S/A. A participação indireta de Aspa S/A no capital
votante de Búfalo S/A é de 10% (25% de 40% ou 0,25 x 0,4 = 0,10, ou seja 10%), logo
Búfalo S/A é coligada de Aspa S/A por equiparação indireta. É interessante notar que a
participação indireta de Aspa S/A no capital total de Búfalo S/A é menor do que 10%, mas
como já o dissemos, não nos interessa a participação no capital total. Interessa-nos, na análise
da equiparação, apenas, a participação direta ou indireta no capital votante.
Esquematicamente, a participação societária total e participação societária no capital
votante se apresenta da seguinte forma:
25% 25%
20% 40%
Atenção!!!
Veja que o valor dos créditos decorrentes de empréstimos ou outros direitos só
entram no cálculo para se estabelecer a relevância, mas o valor contábil do
investimento não contempla essas somas.
Convém destacar que a Lei nº 6.404/76, no § 1° do art. 248, também se manifesta acerca do
assunto, dispondo que devem ser considerados os créditos não operacionais existentes no Ativo
Realizável a Longo Prazo da empresa investidora à empresa investida, no somatório para verificar a
relevância. Excetuam-se desta regra os empréstimos feitos pela investidora, instituição financeira, às
suas coligadas ou controladas em decorrência de serem estes oriundos de sua atividade operacional.
§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos casos deste
artigo, serão computados como parte do custo de aquisição os saldos de créditos
da companhia contra as coligadas e controladas.
É prudente, ainda, que fiquemos atentos ao fato de que o valor contábil, segundo orientação
da CVM deve ser apurado antes de registrar o resultado da respectiva equivalência patrimonial e o
seu reflexo no Patrimônio Líquido da sociedade investidora. Segundo a CVM, a adoção dessa
metodologia traz maior simplicidade na apuração da relevância. Perceba que esta forma de proceder
altera os percentuais do Patrimônio Líquido representados por participações societárias em coligadas
ou coligadas/controladas, conforme estamos diante da análise isolada ou conjunta. Este fato poderá
ser denotado nos exemplos seguintes.
EXEMPLO 1
Consideremos que a investidora Tubarão S.A., cujo Patrimônio Líquido é de R$ 100.000,00 e
que vende habitualmente a prazo, indistintamente a qualquer cliente que comprove capacidade de
pagamento, possua as seguintes participações societárias em suas coligadas:
Empréstimo para
Valor do Duplicatas a
Investida futuro aumento de Duplicatas a pagar
investimento receber
capital
Tambaqui R$ 10.500,00 R$ 1.500,00
Tucunaré R$ 5.000,00 R$ 7.000,00
Truta R$ 4.000,00 R$ 15.000,00
b) No conjunto
Os investimentos efetuados nas sociedades Tambaqui e Tucunaré continuam sendo
relevantes, pois a análise do conjunto dos investimentos não lhes tira aquela condição adquirida
quando analisadas isoladamente.
EXEMPLO 2
A Cia Tucunaré, cujo Patrimônio Líquido é de R$ 80.000,00, possui as seguintes
participações societárias:
- R$ 8.100,00 na coligada Cia Salmão
- R$ 3.500,00 na controlada Cia Truta
Analisando esses investimentos, conclui-se que os dois investimentos da Cia Tucunaré
são relevantes, pois os investimentos em sociedades controladas são sempre relevantes e o
investimento de R$ 8.100,00 na Cia Salmão, isoladamente, é relevante, visto que R$ 8.100,00
é superior a 10% do seu Patrimônio Líquido.
Perceba que o investimento na Cia Truta é inferior a 10% do PL da Cia Tucunaré.
Entretanto, por se tratar de controlada, o investimento na Cia Truta há de ser avaliado pelo
MEP, conforme disposto no art. 248 da Lei nº 6.404/76 e corroborado pelos arts. 1º e 5º da
Instrução CVM nº 247/96. Por isso, quando se trata de controlada não há razão de se
determinar a relevância do investimento, a não ser para verificar se os investimentos em
coligadas são relevantes quando analisados em conjunto com os investimentos em
controladas.
EXEMPLO 3
A Cia Colibri, cujo Patrimônio Líquido é de R$ 30.000.000,00, possui os seguintes participações
societárias:
- R$ 120.000,00 na sociedade Canário Ltda., cujo capital social é R$ 800.000,00;
- R$ 140.000,00 na empresa Papagaio S.A., cujo capital social, constituído exclusivamente de
ações ordinárias, é de R$ 270.000,00;
- R$ 280.000,00 na empresa Periquito Ltda., cujo capital social é de R$ 700.000,00 e formado
exclusivamente por ações ordinárias. Esta sociedade participa no capital votante da
empresa Pavão S.A. com R$ 60.000,00, o que representa 30% do capital votante. O Capital
Social desta empresa é composto por 50% de ações ordinárias e de 50% de ações
preferenciais, cujo montante é de R$ 400.000,00;
- R$ 4.400.000,00 na Cia Sabiá, cujo capital social é de R$ 20.000.000,00; e
- R$ 2.000.000,00 na Cia Urubu, cujo capital social é de R$ 25.000.000,00, constituído
exclusivamente de ações ordinárias.
Analisando esses investimentos da Cia Colibri, constata-se que:
1 – A sociedade Canário Ltda. é sua coligada, visto que participa com 15% do capital social
desta empresa. O investimento, todavia, analisado de forma isolada não é relevante, pois não
alcança 10% do PL da sociedade investidora;
2 – A empresa Papagaio S.A. é sua controlada, visto que detém mais da metade das ações
com direito a voto, o que lhe assegura a preponderância nas deliberações. Logo, este investimento é
relevante já que todos os investimentos em controladas são relevantes;
3 – A empresa Periquito Ltda. é sua coligada, pois o seu investimento representa 40% do
capital social daquela empresa, mas o investimento, por si só, não é relevante;
4 – a empresa Pavão S.A. é sua coligada por equiparação indireta, pois o investimento indireto
da Cia Colibri representa 12% do capital votante daquela empresa (40% de 30%). Perceba que a
participação indireta Cia Colibri no capital total da empresa Pavão S.A. representa apenas 6% e,
mesmo assim, ela é coligada por equiparação;
5 – A Cia Sabiá é sua coligada, pois a sua participação alcança mais de 10% do capital social
daquela empresa (ela representa 22% do capital da investida). Esse investimento é também
relevante, pois representa, de forma isolada, mais do que 10% do PL da Cia Colibri;
6 – A Cia Urubu não é sua coligada, pois o investimento representa menos do que 10% do
capital social daquela empresa.
Assim, por enquanto, pela análise individual dos investimentos, podemos afirmar que dos
investimentos da Cia Colibri, são relevantes o realizado na empresa Papagaio S.A., pelo fato de esta
ser sua controlada e o investimento realizado na Cia Sabiá, pois representa mais do que 10% do seu
PL.
A análise dos investimentos de forma conjunta deve considerar apenas os investimentos
realizados em coligadas e controladas. Portanto, o investimento realizado na Cia Urubu não será
considerado. Também não será considerado, para a apuração do percentual do PL representado por
investimentos em coligadas e controladas, o investimento indireto na empresa Pavão S.A., pois o
valor desse investimento será computado no investimento realizado na empresa Periquito Ltda.
Assim, a Cia Colibri possui o seguinte quadro de investimentos em coligadas e controladas:
- R$ 120.000,00 na coligada Canário Ltda.;
- R$ 140.000,00 na controlada Papagaio S.A.;
- R$ 280.000,00 na coligada Periquito Ltda.; e
- R$ 4.400.000,00 na coligada Cia Sabiá.
O montante dos investimentos em sociedades coligadas e controladas é de R$ 4.940.000,00, o
que representa 16,47% do PL da Cia Colibri (4.940.000 / 30.000.000 X 100), logo todos os
investimentos em coligadas são, também, relevantes pela análise em conjunto.
Atenção!!!
Veja que o valor dos créditos decorrentes de empréstimos ou outros
direitos só entram no cálculo para se estabelecer a relevância, mas o valor
contábil do investimento não contempla essas somas.
É prudente, ainda, que fiquemos atentos ao fato de que o valor contábil, segundo
orientação da CVM deve ser apurado antes de registrar o resultado da respectiva
equivalência patrimonial e o seu reflexo no Patrimônio Líquido da sociedade investidora.
Segundo a CVM, a adoção dessa metodologia traz maior simplicidade na apuração da
relevância. Perceba que esta forma de proceder altera os percentuais do Patrimônio
Líquido representados por participações societárias em coligadas ou coligadas/controladas,
conforme estamos diante da análise isolada ou conjunta. Este fato poderá ser denotado
nos exemplos seguintes.
EXEMPLO 1
Consideremos que a investidora Tubarão S.A., cujo Patrimônio Líquido é de R$
100.000,00 e que vende habitualmente a prazo, indistintamente a qualquer cliente que
comprove capacidade de pagamento, possua as seguintes participações societárias em
suas coligadas:
Empréstimo
Valor do para futuro Duplicatas a Duplicatas a
Investida
investimento aumento de receber pagar
capital
Tambaqui R$ 10.500,00 R$ 1.500,00
Tucunaré R$ 5.000,00 R$ 7.000,00
Truta R$ 4.000,00 R$ 15.000,00
b) No conjunto
Os investimentos efetuados nas sociedades Tambaqui e Tucunaré continuam sendo
relevantes, pois a análise do conjunto dos investimentos não lhes tira aquela condição
adquirida quando analisadas isoladamente.
EXEMPLO 2
A Cia Tucunaré, cujo Patrimônio Líquido é de R$ 80.000,00, possui as seguintes
participações societárias:
- R$ 8.100,00 na coligada Cia Salmão
- R$ 3.500,00 na controlada Cia Truta
Analisando esses investimentos, conclui-se que os dois investimentos da Cia
Tucunaré são relevantes, pois os investimentos em sociedades controladas são
sempre relevantes e o investimento de R$ 8.100,00 na Cia Salmão, isoladamente, é
relevante, visto que R$ 8.100,00 é superior a 10% do seu Patrimônio Líquido.
Perceba que o investimento na Cia Truta é inferior a 10% do PL da Cia Tucunaré.
Entretanto, por se tratar de controlada, o investimento na Cia Truta há de ser
avaliado pelo MEP, conforme disposto no art. 248 da Lei nº 6.404/76 e corroborado
pelos arts. 1º e 5º da Instrução CVM nº 247/96. Por isso, quando se trata de
controlada não há razão de se determinar a relevância do investimento, a não ser
para verificar se os investimentos em coligadas são relevantes quando analisados em
conjunto com os investimentos em controladas.
EXEMPLO 3
A Cia Colibri, cujo Patrimônio Líquido é de R$ 30.000.000,00, possui os seguintes
participações societárias:
- R$ 120.000,00 na sociedade Canário Ltda., cujo capital social é R$ 800.000,00;
- R$ 140.000,00 na empresa Papagaio S.A., cujo capital social, constituído
exclusivamente de ações ordinárias, é de R$ 270.000,00;
- R$ 280.000,00 na empresa Periquito Ltda., cujo capital social é de R$ 700.000,00 e
formado exclusivamente por ações ordinárias. Esta sociedade participa no capital
votante da empresa Pavão S.A. com R$ 60.000,00, o que representa 30% do
capital votante. O Capital Social desta empresa é composto por 50% de ações
ordinárias e de 50% de ações preferenciais, cujo montante é de R$ 400.000,00;
isto necessitam de apenas 10% das ações representativas do capital social. Observa-se,
entretanto, que os acionistas detentores da maioria do capital votante continuam com o
direito de eleger a maioria dos administradores.
Desta forma, entendemos que se um investidor possuir 15% do capital social de
outra empresa, nos termos do art. 141 da lei, ele terá o direito de eleger um representante
do conselho de administração e seu suplente e o conseqüente exercício de influência.
Entretanto, como o art. 248 da lei não foi alterado até a edição deste livro, aquela
regra também está valendo, o que pode gerar sérias discussões se o assunto for cobrado
em provas!
Outra questão que ficou assente diz respeito ao parágrafo 7º, pois nele está grafado
que os acionistas controladores (detentores de mais de 50% das ações com direito a voto)
têm o direito de eleger mais do que 50% dos membros do conselho de administração, o
que é bastante sensato, pois se alguém possui a maioria do capital votante é razoável que
ele possa traçar os destinos do empreendimento.
Vale enfatizar que, pela nova Instrução, apenas os lucros não realizados são
eliminados na apuração do Resultado da Equivalência Patrimonial. Os prejuízos
decorrentes de transações com a investidora, controladas e coligadas, não devem ser
eliminados no cálculo da equivalência patrimonial.
Ressalte-se que, para adoção deste procedimento, o patrimônio líquido da
sociedade investida deverá ser determinado com base nas demonstrações contábeis
levantadas na mesma data das demonstrações contábeis da sociedade investidora.
INICIATIVA: PONTO DOS CONCURSOS 13
Contabilidade Avançada – ICMS/SP Aula 01 – AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Professores: Francisco Velter & Luiz Roberto Missagia
Empresa B Empresa C
Empresa A Controlada de C Controladora de B
venda
com
lucro
venda
com
lucro
Empresa D
EXEMPLO:
Se uma coligada X vender para a investidora Y o total de R$ 20.000,00 em
matérias-primas, durante determinado exercício, e se estas matérias-primas tiveram
um custo de R$ 12.000,00 incluídos os tributos, ela (X) teve uma rentabilidade de
40% sobre o preço de venda.
Atenção!!!
Os prejuízos apurados no decorrer da avaliação pelo MEP (resultado
negativo na Equivalência Patrimonial) são considerados despesas
operacionais, no entanto as demais perdas relativas ao investimento são
consideradas despesas não operacionais.
permanentes até o valor do investimento, tornando o seu valor contábil nulo, terá de
constituir uma provisão no passivo exigível, caso o valor do compromisso ultrapasse o
valor do investimento. Ora, se a sociedade investida apresenta passivo a descoberto e
a investidora assumiu compromisso formal de honrar obrigações de sua afiliada, então
é praticamente certo que o terá de fazer, pois a falência da investida é, praticamente,
inevitável.
Salienta-se que nesta hipótese, o PL da investida se torna negativo após a
participação societária. Outro aspecto a considerar é que a sociedade investida pode
ser uma controlada do tipo subsidiária integral, onde a controladora possui relação
direta com a investida. Nesse caso, a sua falência sem que os compromissos sejam
honrados acarretaria à controladora prejuízos morais e de credibilidade irreversíveis.
Atenção!
Em que pese os ajustes não transitarem por resultado na sociedade
investida, visto que são registrados diretamente em conta de Lucros
ou Prejuízos Acumulados, transitarão por resultado na sociedade
investidora, e serão receita operacional para esta sociedade.
Lançamento na investida:
Lançamento na investidora:
formas de realização mais comuns são pela alienação, baixa por perecimento, depreciação,
amortização e exaustão.
conta investimento e crédito na conta que originou o recurso para tal aumento de
participação societária.
Exemplo:
A Cia. FUNDOSPERDIDOS, que possuía capital de R$ 2.000.000,00, resolveu
aumentar seu Capital Social em R$ 3.000.000,00 com emissão de novas ações
previamente autorizado pela Assembléia Geral. A Controladora TOPA-TUDO S/A, com
participação de 40% no Capital Social (maioria do capital votante) da Cia.
FUNDOSPERDIDOS, exerceu o seu direito plenamente e na exata proporção de sua
participação no Capital Social, isto é, subscreveu 40% das novas ações, cujos
recursos tiveram origem da conta Bancos Conta Movimento. O lançamento contábil
pertinente na sociedade investidora TOPA-TUDO S/A deve ser o seguinte:
Débito: Ativo Permanente – Investimentos
Participação em sociedades controladas
Cia. FUNDOSPERDIDOS R$ 1.200.000,00
Crédito: Bancos conta movimento
BANCO FUNDO FALSO S/A R$ 1.200.000,00
É interessante notar que esse ganho de capital representa uma receita não
operacional, pois foi gerado por alteração do percentual na participação acionária e
não da atividade operacional da sociedade investida, ou seja, não teve origem nos
resultados obtidos pela investida. Desta forma, ele representa um ganho pelo fato de
outras sociedades ou acionistas não terem exercido o seu direito de subscrição e por
isso eles perderam essa quantia, logo houve um ganho de capital, que é sempre não
operacional.
Porém, o mesmo efeito não ocorre com relação à Contribuição Social Sobre o
Lucro, pois esta exclusão não está prevista em lei para essa contribuição. Assim, o
ganho decorrente da variação percentual de investimento deve ser computado na
apuração da CSLL, ao passo que a perda pode ser deduzida da sua base de cálculo.
Acabamos de demonstrar a hipótese de haver ganho pela variação do
percentual de participação no capital social da sociedade investida. Entretanto, pode
ocorrer de haver perda de capital por essa variação. A perda é possível e encontra
justificativa se a sociedade investidora subscrever ações em quantidade menor do
que a participação percentual no capital social da sociedade investida e se esta
possuir outros valores no PL além do Capital Social.
Em ocorrendo este fato, haverá diminuição no percentual de participação o que
acarretará perda de capital, de forma inversa ao exemplo apresentado.
Essa perda será registrada na sociedade investidora mediante lançamento a
crédito de investimento e a débito de conta de resultado não operacional como
perda de capital.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01) (AFTN-1994-2-Esaf) nas sociedades anônimas devem ser avaliados pelo custo de
aquisição menos a provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa
perda estiver comprovada como permanente, os investimentos em: (com adaptações).
a) marcas, patentes e outros bens intangíveis
b) participações permanentes no capital social de outras sociedades, exceto as controladas e
coligadas que tenham seus investimentos avaliados pelo método da equivalência
patrimonial
c) veículos, móveis e utensílios, equipamentos e instalações
d) ativos diferíveis durante a fase anterior ao início das operações
e) estoques dos imóveis destinados à revenda ou utilizados no processo produtivo.
02) (AFTN-96-Esaf) Segundo o texto da Lei Societária, os direitos e títulos de crédito não
classificáveis como Investimentos Permanentes devem ser avaliados pelo:
a) Custo de aquisição ou valor de mercado, dos dois o menor
b) Valor de reposição ou valor de mercado, dos dois o menor
c) Valor de realização ou pelo custo histórico, dos dois o menor
d) Custo de aquisição deduzidas as despesas para realização
e) Valor corrigido de realização ou valor reposição corrigido
07) (AFRF-2001-Esaf) A Cia. Itararé tem uma participação total nas investidas na seguinte
ordem:
a) 67% na Cia. Rondon, 30% na Cia. Caxias e 40% na Cia. Mauá
b) 70% na Cia. Rondon, 70% na Cia. Caxias e 38% na Cia. Mauá
c) 70% na Cia. Rondon, 70% na Cia. Caxias e 20% na Cia. Mauá
d) 87% na Cia. Rondon, 70% na Cia. Caxias e 48% na Cia. Mauá
e) 10% na Cia. Rondon, 70% na Cia. Caxias e 40% na Cia. Mauá
08) (AFRF-2001-Esaf) O percentual de participação indireta da Cia. Itararé nas empresas Mauá e
Rondon é:
a) 18% na Cia. Mauá e 77% na Cia. Rondon
b) 28% na Cia. Mauá e 20% na Cia. Rondon
c) 28% na Cia. Mauá e 7% na Cia. Rondon
d) 8% na Cia. Mauá e 28% na Cia. Rondon
e) 7% na Cia. Mauá e 70% na Cia. Rondon
09) (AFRF-2001-Esaf) De acordo com a Instrução 247/96 da CVM, são consideradas participações
societárias equiparadas às coligadas quando uma sociedade participa da outra
a) com 5% ou mais do capital votante e mais de 20% do Exigível a Longo Prazo sem, entretanto,
ocorrer dependência financeira
b) com 5% do capital votante sem, entretanto, controlá-la, independentemente da participação
total do capital da investida
c) com 10% ou mais do capital total da investida sem, entretanto, controlá-la,
independentemente da participação total no Exigível da investida
d) com 10% ou mais do capital votante exercendo o controle econômico e administrativo,
independentemente da participação total do capital da investida
e) com 10% ou mais do capital votante sem, entretanto, controlá-la, independentemente da
participação total do capital da investida
11) (AFRF-2001-Esaf) O critério da avaliação contábil a ser aplicado aos títulos de crédito, e
a quaisquer valores mobiliários não classificados como Investimentos Permanentes é:
a) Custo ou mercado dos dois o menor
b) Custo histórico como base de valor
c) Custo corrente ou o de reposição
d) Custo de Realização acrescido dos rendimentos
e) Custo original como base de valor
CIA A
20% 30%
60%
20%
CIA. E OUTROS
25% 55%
CIA. I
21) (AFRF-2002-2-Esaf) Se a participação societária da Cia. Ita na Cia. Itacolomi for de 20%
do capital total, a participação dessa empresa na Cia. Itajubá é:
a) considerada indireta no valor de 45%.
b) nula porque a Cia. Itajubá não é ligada à Cia. lta.
c) considerada direta no valor de 20%.
d) evidenciada em notas explicativas.
e) nula por não haver relação direta entre elas.
23) (AFRF-2003) São atributos necessários para identificar a existência dos ativos
Permanente Investimento
a) constituírem direitos de qualquer natureza, essência ou forma destinados à continuidade da
empresa.
b) representarem direitos de qualquer natureza, essência ou forma destinados ao
desenvolvimento da atividade principal da empresa.
c) não possuírem a característica de realização e não se destinarem à manutenção da
atividade da empresa.
d) serem destinados ao desenvolvimento da atividade principal da empresa e à capacidade de
transformação em moeda.
e) somente representarem direitos não destinados à utilização no desenvolvimento da
atividade principal da empresa.
24) (AFTN-96-Esaf) Quando a Participação Societária for relevante, o efeito gerado por prejuízos
apurados na investida deve ser registrado pela empresa controladora da seguinte forma:
a) Lucros / Prejuízos Acumulados
a Participações Societárias
b) Participações Societárias
a Lucros / Prejuízos Acumulados
c) Lucros / Prejuízos Acumulados
a Participação nos Resultados de Coligadas e Controladas
d) Participação nos Resultados de Coligadas e Controladas
a Lucros / Prejuízos Acumulados
e) Participação nos Resultados de Coligadas e Controladas
a Participações Societárias
25) (AFTN-96-Esaf) Nas participações Societárias relevantes, os dividendos pagos pelas investidas
são tratados como:
a) Receitas não operacionais
b) Resultados de exercícios futuros
c) Receitas operacionais do período
d) Redução do valor dos investimentos
e) Resultado positivo de equivalência
Outras informações:
I- para apuração dos resultados de 1994, das empresas, falta apenas a avaliação dos
Investimentos Permanentes.
II - a Cia PARÁ detinha 60% do capital da Cia. SERGIPE e constituía-se na única participação
societária da empresa .
III - a inflação no período foi ZERO
IV - até o exercício contábil de 1993 os investimentos não eram avaliados pela equivalência
patrimonial Com base nas informações anteriores, identifique a resposta correta para as
questões de números 03 a 05.
c) $.12.200
d) $.22.200
e) $.18.200
30) (AFTN-98-Esaf) A Cia. Continental é uma empresa de capital aberto com investimentos em 4
outras empresas, sendo o valor contábil de seus investimentos, em 31.12.19x7, o seguinte:
Na Cia. A R$ 50.000 - representa 8% do capital da empresa "A";
Na Cia. B R$ 100.000 - representa 15% do capital da empresa "B";
Na Cia. C R$ 150.000 - representa 25% do capital da empresa "C";
Na Cia. D R$ 500.000 - representa 40% do capital da empresa "D".
O Patrimônio Líquido da Cia. Continental na mesma data é R$ 5.000.000.
As Participações Societárias que deverão ser avaliadas pelo método da equivalência patrimonial
são as das Cias:
a) C, D
b) B, C, D
c) A, B, C
d) A, C, D
e) A, B, C, D
32) (ESAF/98-Esaf) A empresa Dona S/A possui capital social formado por 2 milhões de ações.
Nós, a empresa Sócia S/A, possuímos 30% desse capital e avaliamos o nosso investimento pelo
método da Equivalência Patrimonial.
No fim do exercício social a empresa Dona S/A, tendo apurado lucro líquido de R$ 300.000,00,
resolveu contabilizar a distribuição de dividendos calculados em 40% deste lucro. O nosso
Contador, ao ser comunicado deste fato, promoveu o seguinte lançamento no Diário da empresa
Sócia S/A, para registrar o dividendo a ela distribuído:
a) Equivalência Patrimonial
a Investimentos Permanentes
a Ações da Empresa Dona S/A
Pelo valor que nos cabe como acionista R$ 90.000,00
b) Dividendos a Receber
a Receitas de Dividendos
Pelo valor que nos cabe como acionista R$ 36.000,00
c) Investimentos Permanentes / Ações da Empresa Dona S/A
a Receita da Equivalência Patrimonial
Pelo valor que nos cabe como acionista R$ 90.000,00
d) Dividendos a Receber
a Receitas de Dividendos
35) (AFRF-2001-Esaf) De acordo com a Instrução CVM 247/96, para determinação do cálculo do
valor do Investimento e o respectivo cálculo da equivalência patrimonial não são excluídos
a) os prejuízos decorrentes de transações com a investidora, coligadas e controladas
b) os resultados obtidos em transações realizadas com controladas indiretas e coligadas
equiparadas
c) todos os resultados apurados em venda de imobilizados e transferência de realizáveis ocorrida
entre controladas, coligadas e a investidora
d) os lucros apurados em operações de venda de Imobilizados das empresas coligadas efetivas
para a investidora
e) quaisquer resultados obtidos em transações efetuadas entre investidora, coligadas e
controladas
36) (AFRF-2001-Esaf) De acordo com a Instrução 247/96 da CVM, são consideradas participações
societárias equiparadas às coligadas quando uma sociedade participa da outra
a) com 5% ou mais do capital votante e mais de 20% do Exigível a Longo Prazo sem, entretanto,
ocorrer dependência financeira
b) com 5% do capital votante sem, entretanto, controlá-la, independentemente da participação
total do capital da investida
c) com 10% ou mais do capital total da investida sem, entretanto, controlá-la,
independentemente da participação total no Exigível da investida
d) com 10% ou mais do capital votante exercendo o controle econômico e administrativo,
independentemente da participação total do capital da investida
e) com 10% ou mais do capital votante sem, entretanto, controlá-la, independentemente da
participação total do capital da investida
38) (AFRF-2001-Esaf) De acordo com a Lei das S/A. no 6.404/76, Art. 247, considera-se relevante
o investimento:
a) Em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é igual a 5% do valor do
patrimônio líquido da companhia investidora.
b) No conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor corrente é igual ou superior a
20% do valor do patrimônio líquido da companhia investidora.
c) Em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é igual ou superior a 10% do
valor do patrimônio líquido da companhia investidora.
d) No conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor de mercado é igual ou superior
a 25% do valor do patrimônio líquido da companhia investidora.
e) Em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor de realização é igual ou superior a 15%
do valor do patrimônio líquido da companhia investidora.
c) o valor inscrito em investimento permanente em cada uma das empresas coligadas for igual
ou inferior a 5% do Patrimônio Líquido da investidora.
d) o custo de aquisição do investimento nas coligadas for igual ou inferior a 5% do patrimônio
líquido da investidora e igual a 8% do Patrimônio Líquido da investida.
e) o valor pago na aquisição do investimento em coligadas for igual ou inferior a 5% do
patrimônio líquido da investidora e igual a 8% do Patrimônio Líquido da investida.
d) R$ 530.000
e) R$ 500.000
47) (AFRF-2003) Se a empresa utilizar o critério linear para apropriação dos rendimentos
gerados por esta operação, é correto afirmar que:
a) o valor proporcional ao Imposto de Renda Retido na Fonte deve ser computado em conta
corretiva do ativo.
b) em 31.12.20x1 a empresa deverá ter registrado como resultado do exercício, em conta de
Receitas Financeiras, 2/5 dos rendimentos contratados.
c) os rendimentos contratados somente serão apropriados ao resultado da empresa na ocasião
do vencimento da aplicação.
d) a empresa deverá registrar como Resultado de Exercícios Futuros o valor total dos
rendimentos contratados na ocasião da contratação e efetivação da operação.
e) a Demonstração do Resultado do Exercício encerrado em 31.12.20x1 dessa empresa deverá
ser afetado por receitas financeiras correspondentes a 19,01% dos rendimentos.
48) (AFRF-2003) Em 31.12.20x1 o valor de mercado dos títulos que lastreiam essa aplicação
temporária era de R$ 532.000 e as despesas de negociação e corretagem R$ 2.000. Em
casos como este o procedimento contábil a ser efetivado seria:
a) computar o rendimento efetivo de R$ 27.000, já deduzido do Imposto de Renda retido na
fonte, registrando o valor apurado em conta do ativo.
b) debitar em conta de ativo o ajuste de R$ 32.000 correspondente ao valor de mercado dos
títulos a crédito de conta de receita financeira.
c) evidenciar em notas explicativas o ganho efetivo de R$ 30.000 em função do custo de
oportunidade da empresa em relação a essa aplicação.
d) efetuar o provisionamento de R$ 6.000 para atender o ajuste ao valor de mercado, forma
de avaliação aplicada a este tipo de ativo.
e) registrar o ganho de R$ 4.000 resultantes da comparação entre o valor pago na data do
balanço e o valor contábil da aplicação.
49) (AFRF-2003) Com base nas informações acima, indique o valor mínimo que a Cia. Boreal
deveria pagar para tornar-se a controladora da empresa transportadora.
a) R$ 4.500.000
b) R$ 3.000.010
c) R$ 3.000.000
d) R$ 2.250.010
e) R$ 1.500.000
51) (AFRF-2003) Indique a opção que não corresponde a procedimentos exigidos pela
Instrução CVM 247/96 para a determinação da base de cálculo da equivalência patrimonial.
a) O resultado positivo incluído no lucro apurado de companhia investidora que corresponda à
inclusão no custo de aquisição de ativos imobilizados no balanço patrimonial da controlada.
b) O resultado positivo incluído no lucro apurado de companhia controlada que corresponda à
inclusão no custo de aquisição de estoques de matérias-primas no balanço patrimonial da
investidora.
c) O lucro não realizado incluído no lucro apurado de companhia controlada que corresponda à
inclusão no custo de aquisição de bens não de uso no balanço patrimonial de outra empresa
coligada.
d) O resultado positivo incluído no lucro apurado de companhia controlada que corresponda à
inclusão no custo de aquisição de ativos imobilizados no balanço patrimonial da investidora.
e) O resultado positivo incluído no lucro apurado de companhia controlada que corresponda à
inclusão no custo de aquisição de ativos imobilizados no balanço patrimonial de outra
controlada.
52) (AFRF-2003) Entre as afirmativas a seguir, indicar aquela que faz parte dos
procedimentos efetuados pela investidora para a determinação do valor da equivalência
patrimonial.
a) Reconhecer os efeitos decorrentes de classe de ações com direito preferencial ou não de
dividendo fixo, dividendo cumulativo e com diferenciação na participação de lucros.
b) Reconhecer os efeitos decorrentes de classe de ações com direito preferencial de dividendo
fixo, dividendo cumulativo e com diferenciação na participação de lucros.
c) Eliminar os efeitos decorrentes da diversidade de critérios contábeis, excetuando, quando se
referir a investimento no exterior.
d) Verificar os efeitos decorrentes de eventos não relevantes ocorridos no caso das
demonstrações
contábeis de mesma data e efeitos postecipados.
e) Admitir a exclusão do montante correspondente às participações recíprocas quando estas
apresentarem caráter eventual e irrelevância.
54) (AFTN-96-Esaf) A figura contábil do ágio pode ocorrer por origens e circunstâncias diversas,
entre elas a expectativa:
a) De rentabilidade futura da Participação Societária adquirida
b) Das despesas futuras da Participação Societária adquirida
c) De o valor do Imobilizado Líquido da empresa investida tender para zero
d) De prejuízos futuros da Participação Societária adquirida
e) De o Patrimônio Líquido da empresa investida ser negativo
56) (AFTN-96-Esaf) Quando uma empresa controlada faz reavaliação de seus bens, a empresa
investidora deve registrar:
a) O fato apenas juridicamente e evidenciá-lo nas Notas Explicativas na ocasião da publicação do seu
balanço
b) Contabilmente a parcela correspondente ao percentual de participação como contrapartida de
receita realizada no período
c) Contabilmente a parcela correspondente ao percentual de participação como contrapartida de
receita de exercícios futuros
d) Contabilmente a parcela correspondente ao percentual de participação como contrapartida de
reserva de reavaliação
e) Contabilmente a parcela correspondente ao percentual de participação de redução do valor do
investimento
57) (TCU-1998-CESPE) De acordo com a Instrução CVM n.º 247, de 27 de março de 1996, que
dispõe, entre outras coisas, a respeito da avaliação de investimentos em sociedades coligadas e
controladas, julgue os itens abaixo.
1. O valor contábil do investimento relevante e influente em coligada ou controlada abrange o custo
de aquisição mais a equivalência patrimonial e o ágio não-amortizado, deduzidos o deságio não-
amortizado e a provisão para perdas.
2. O investimento em controlada deve ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial.
3. É considerada exemplo de evidência de influência na administração da coligada a significativa
dependência tecnológica e/ou econômico-financeira.
4. O investimento em sociedade coligada ou controlada, cuja venda por parte da investidora, em
futuro próximo, tenha efetiva e clara evidência de realização, deixará de ser avaliado pelo método
da equivalência patrimonial, imediatamente após a decisão de venda.
5. O investimento em coligada que, por redução do valor contábil do investimento, deixar de ser
relevante, deixará de ser avaliado pela equivalência patrimonial, mesmo que a redução não seja
considerada de caráter permanente.
58) (AFTN-98-Esaf) O valor do ágio pago por Alfa, por ocasião da aquisição das ações da Cia.
Beta, foi de
a) R$ 100.000,00
b) R$ 30.000,00
c) R$ 90.000,00
d) R$ 80.000,00
e) R$ 60.000,00
61) (AFTN-98-Esaf) O valor nominal unitário das ações adquiridas da Cia. Beta foi de
a) R$ 8,00
b) R$ 9,00
c) R$ 2,00
d) R$ 6,00
e) R$ 3,00
62) (AFTN-98-Esaf) O valor do ágio amortizado, ao final do exercício de 19x8, pela Cia. Alfa foi de
a) R$ 10.000,00
b) R$ 90.000,00
c) R$ 70.000,00
d) R$ 30.000,00
e) R$ 60.000,00
constituída uma provisão para perdas em Investimentos. Sobre esse assunto a Instrução CVM
247/96, em seu artigo 12 inciso II, estabelece como perdas potenciais
a) responsabilidade formal ou operacional para cobertura de passivo a descoberto e tendência de
perecimento de investimento
b) tendência de perecimento do investimento e elevado risco de paralisação de operações de
coligadas e controladas
c) eventos que resultarem em perdas não provisionadas pelas coligadas ou controladas em suas
demonstrações contábeis
d) elevado risco de paralisação de operações de coligadas e controladas e responsabilidade formal
ou operacional para cobertura de passivo a descoberto
e) perdas decorrentes de sinistros já ocorridos e ainda não registradas contabilmente pela
controlada ou coligada
c) 7 anos
d) 8 anos
e) 10 anos
73) (AFRF-2002-2-Esaf) O valor nominal unitário das ações da Cia. Itaipu é R$2,00; em
março de 2002 a empresa aumenta o seu capital ordinário em 60.000 ações ordinárias para
subscrição apenas no mercado primário. A Cia. Itararé subscreve e integraliza nessa
operação o valor de R$60.000,00; esse fato contábil gera:
a) um fato contábil misto aumentativo na contabilidade da investida.
b) um percentual de participação maior da investidora na investida.
74) (AFRF-2002-2-Esaf) Cia. Itamaracá tem como atividade o transporte de cargas e foi
constituída apenas para prestar esse tipo de serviço às empresas do grupo. Nesse caso a
divulgação desse fato em notas explicativas:
a) não é necessária se as empresas do grupo estiverem obrigadas a consolidar suas
demonstrações.
b) é obrigatória por ferir possíveis interesses de acionistas minoritários e afetar a tributação do
Imposto de Renda.
c) é facultativa desde que esta decisão não afete o fato gerador para o cálculo do ICMS e do
Imposto sobre a Renda.
d) não é necessária por eventualmente vir a gerar transferências não remuneradas entre as
partes relacionadas.
e) é indispensável por se tratar de operação entre partes relacionadas e afetar a tributação.
75) (AFRF-2002-2-Esaf) Por decisão das diretorias das empresas do grupo ficou estabelecido
como período de exercício contábil para todas as empresas o ano civil. Na verificação da
ocorrência de uma venda de um bem imobilizado, com lucro, da Cia. Itacolomi para a Cia.
Itararé e, ao final do período contábil de ambas, a compradora ainda mantinha em seu
patrimônio esse bem. O resultado apurado nessa operação é classificado contabilmente
como:
a) resultado de investimento.
b) ganho de capital.
c) resultado não-realizado.
d) perda de capital.
e) lucro das operações.
77) (AFRF-2003) A Cia. ABC adquire 2% do total de ações da Cia. Lavandisca. Na ocasião da
operação, o preço acordado envolvia o valor das ações e dividendos adquiridos, relativos a
saldos, de Reservas e Lucros Acumulados, pré-existentes e ainda não distribuídos.
No momento em que ocorrer o efetivo pagamento dos dividendos referentes a esses itens, o
tratamento contábil dado a esse evento deverá ser:
a) creditar o valor correspondente a esse dividendo em conta de receita não operacional em
contrapartida do registro do ingresso do recurso no caixa.
GABARITOS
01 – B 02 – A 03 – E 04 – C 05 – E
06 – E 07 – D 08 – C 09 – E 10 – C
11 – A 12 – E 13 – D 14 – B 15 – D
16 – B 17 – D 18 – C 19 – B 20 – E
21 – D 22 - A 23 - C 24 – E 25 – D
26 – B 27 – A 28 - E 29 –C 30 – A
31 – C 32 – E 33 - C 34 – C 35 – A
36 – E 37 – D 38 - C 39 – E 40 – E
41 – C 42 – A 43 – B 44 – B 45 – D
46 – E 47 – B 48 – D 49 – D 50 – E
51 – A 52 – B 53 - D 54 – A 55 – A
56 – D 57 – C,C,C,E,E 58 – A 59 – E 60 – C
61 – D 62 – A 63 – A 64 – D 65 – B
66 – D 67 – B 68 – A 69 – E 70 – D
71 – C 72 – D 73 – D 74 – A 75 - C
76- E E C C E 77 - C 78 - A 79 - B 80 - C
07) (AFRF-2001-Esaf) A Cia. Itararé tem uma participação total nas investidas na seguinte ordem:
a) 67% na Cia. Rondon, 30% na Cia. Caxias e 40% na Cia. Mauá
b) 70% na Cia. Rondon, 70% na Cia. Caxias e 38% na Cia. Mauá
c) 70% na Cia. Rondon, 70% na Cia. Caxias e 20% na Cia. Mauá
d) 87% na Cia. Rondon, 70% na Cia. Caxias e 48% na Cia. Mauá
e) 10% na Cia. Rondon, 70% na Cia. Caxias e 40% na Cia. Mauá
Resolução:
Para facilitar a visualização da participação acionária, é conveniente passar as informações do
quadro para um gráfico, em que representaremos a participação de uma empresa em outro
traçando setas no sentido da participação:
ITARARÉ
20% 80%
MAUÁ RANDON
70%
40% 10%
CAXIAS
Percebe-se que a ITARARÉ possui participação direta de 20% na Mauá, de 80% na Randon e
de 70% na Caxias. Entretanto, a Caxias possui investimento de 40% na Mauá e de 10% na
Randon, o que constitui investimento indireto na ITARARÉ naquelas duas empresas.
Desta forma, o investimento da Itararé na Randon é de 80% mais 10% de 70%, ou seja, mais
7%. Isto totaliza 87%. É de notar que 10% = 10/100 e 70% = 70/100.
A participação na Caxias é apenas a direta de 70%.
A participação na Mauá é de 20% de forma direta e mais 28% de forma indireta (40% de
70%), totalizando 48%.
Assim, a resposta correta é a letra “d”.
08) (AFRF-2001-Esaf) O percentual de participação indireta da Cia. Itararé nas empresas Mauá e Rondon é:
a) 18% na Cia. Mauá e 77% na Cia. Rondon
b) 28% na Cia. Mauá e 20% na Cia. Rondon
c) 28% na Cia. Mauá e 7% na Cia. Rondon
d) 8% na Cia. Mauá e 28% na Cia. Rondon
e) 7% na Cia. Mauá e 70% na Cia. Rondon
Resolução:
Conforme resolução da questão anterior, a resposta correta é a letra “c”.
20% 30%
60%
20%
CIA. E OUTROS
25% 55%
CIA. I
Resolução:
a) A CIA G é subsidiária integral da CIA B, pois a CIA B possui 100% do capital de G, logo é
controlada direta.
b) A participação de A em C é de 60%, donde pode-se concluir que C é controlada de ª Porém,
a participação de A em I é apenas indireta, cujo valor pode ser assim apurado: olhando de
frente para a figura, pela direita temos a participação de: 30% de 30% de 20%, ou seja:
0,3 x 0,3 x 0,2 = 0,018 x 100 = 1,8%.
Agora pelo centro, a participação é de 60% de 70% de 20%, ou seja, 0,6 x 0,7 x 0,2 =
0,084 x 100 = 8,4%.
Ainda pela esquerda, com participação de 20% de 10% de 25%, ou seja, 0,2 x 0,1 x 0,25 =
0,005 x 100 = 0,5%.
16) (AFRF-2002-Esaf) Sendo o percentual de participação da Cia. A na Cia B relativo ao capital total, pode-se
afirmar que
a) a Cia. B é equiparada a controlada de “A”.
b) a Cia. B é coligada de “A”.
c) a participação de “A” em “B” é relevante.
d) a Cia. A é controladora de “B”.
e) é irrelevante se “B” for dependente da tecnologia de “A”.
Resolução:
O investimento de A em B é de 20%. Não sabemos a composição acionária de B, logo a participação pode
ser em ações sem direito a voto. Entretanto, uma coisa é certa: A Cia B é coligada de A. Conforme vimos
em nossas aulas, a relevância se mede em relação ao PL da investidora. Como não dispomos desses
dados, fiquemos com a resposta da letra “b”.
17) (AFRF-2002-Esaf) Sendo o percentual de participação da Cia. A na Cia. B relativo ao capital total, pode-se
afirmar que
a) a Cia. I é equiparada a controlada de “D”.
b) a Cia. B participa indiretamente de “I” com 7%.
c) a participação de “A” em “B” é relevante em “I”.
d) a Cia. A participa indiretamente de “I” com 10,7%.
e) a Cia. H participa indiretamente de “I” com 10,7%.
Resolução:
Se voltarmos à questão 15) veremos que a Cia A participa indiretamente em I com 10,7%. Resposta
correta letra “d”.
Resolução:
Novamente, para facilitar a visualização, devemos fazer o gráfico da relação de investimentos:
ITARARÉ
30% 45%
ITACOLOMI
A participação indireta da Itararé na Itaipu ocorre por meio da Itacolomi. Então, 30% de 80% resulta em
24%.
A resposta correta é a letra “b”.
Resolução:
Como a Itararé possui 80% das ações da Itacolimi, a ITA poderá ter, no máximo, 20% do capital dessa
empresa. Resposta correta letra “e”.
Resolução:
A participação societária direta e indireta em controladas e coligadas deve ser evidenciada em notas
explicativas, salvo se a empresa elaborar demonstrações consolidadas.
Resposta correta letra “d”.
Inicialmente devemos observar que a questão se refere a uma prova realizada em 1996. De lá até a
presente data ocorreram algumas alterações na Lei e a CVM entrou em campo editando normas sobre o
assunto.
O registro do resultado da equivalência patrimonial é lançado diretamente no ativo permanente
investimento em contrapartida de conta de resultado. Caso o resultado da equivalência seja positivo, o
investimento será debitado e creditado o resultado. Quando a sociedade investida (controlada ou coligada
avaliada pela equivalência) apurar prejuízo, o resultado da equivalência será negativo. Neste caso, o
investimento será creditado e será debitada conta de resultado.
Desta forma, o lançamento correto é o da letra “e”.
26) (AFTN-96-Esaf) Aplicando o método da equivalência patrimonial, o valor correto dos Investimentos Permanentes na Cia
PARÁ seria:
a) $ 30.000
b) $ 20.400
c) $ 9.600
d) $ 22.000
e) $ 1.800
Resolução:
O valor do investimento será apurado pela aplicação de 60% sobre o Patrimônio Líquido da Cia SERGIPE.
O PL da Cia Sergipe, considerando que no período teve prejuízo de R$ 3.000,00 (42.000 – 45.000), será
de:
Capital social R$ 50.000,00
+ Reservas R$ 1.000,00
(-) P. Acumulados R$ 17.000,00
Patrimônio Líquido R$ 34.000,00
Aplicando o percentual de participação (60%), teremos que o investimento da empresa PARÁ na Sergipe
vale R$ 20.400,00.
Resposta correta letra “b”.
27) (AFTN-96-Esaf) O resultado apurado na aplicação da equivalência patrimonial deveria ser lançado pela Cia. PARÁ como:
a) Lucros/ Prejuízos Acumulados - Ajustes de Exercícios Anteriores 7.800
Outras Despesas Operacionais - Lucros e Prejuízos de Participações em outras Companhias 1.800
a Investimentos 9.600
b) Provisão para Perdas com Investimentos Permanentes 9.600
a receitas não Operacionais - Ganhos c/ Investimentos 7.800
a Investimentos 1.800
c) Lucros / Prejuízos Acumulados - Ajustes de Exercícios Anteriores 1.800
28) (AFTN-96-Esaf) Considerando o valor apurado na equivalência patrimonial, o Resultado do Exercício de 19x4 da Cia.
PARÁ é:
a) $.24.200
b) $.10.400
c) $.12.200
d) $.22.200
e) $.18.200
Resolução:
Confrontando as receitas e despesas do exercício, temos:
Receitas operacionais R$ 80.000,00
(-) Desp. Operacionais R$ 60.000,00
(-) Resultado da EP R$ 1.800,00
= Resultado do Exercício R$ 18.200,00
Resposta correta letra “e”.
32) (ESAF/98-Esaf) A empresa Dona S/A possui capital social formado por 2 milhões de ações.
Nós, a empresa Sócia S/A, possuímos 30% desse capital e avaliamos o nosso investimento pelo método da Equivalência
Patrimonial.
No fim do exercício social a empresa Dona S/A, tendo apurado lucro líquido de R$ 300.000,00, resolveu contabilizar a
distribuição de dividendos calculados em 40% deste lucro. O nosso Contador, ao ser comunicado deste fato, promoveu o
seguinte lançamento no Diário da empresa Sócia S/A, para registrar o dividendo a ela distribuído:
a) Equivalência Patrimonial
a Investimentos Permanentes
a Ações da Empresa Dona S/A
Pelo valor que nos cabe como acionista R$ 90.000,00
b) Dividendos a Receber
a Receitas de Dividendos
Pelo valor que nos cabe como acionista R$ 36.000,00
c) Investimentos Permanentes / Ações da Empresa Dona S/A
a Receita da Equivalência Patrimonial
Pelo valor que nos cabe como acionista R$ 90.000,00
d) Dividendos a Receber
a Receitas de Dividendos
Pelo valor que nos cabe como acionista R$ 90.000,00
e) Dividendos a Receber
a Investimentos Permanentes
a Ações da Empresa Dona S/A
Pelo valor que nos cabe como acionista R$ 36.000,00
Resolução:
Essa questão poderá ter pego alguns de surpresa. Mas, se ordenarmos as coisas como devem ser,
certamente, nunca mais cairão em ciladas como esta.
No enunciado fala a respeito do registro do dividendo. Ora, para registrar o dividendo o contador da
nossa empresa já sabia do lucro de R$ 300.000,00 e já havia registrado o resultado da equivalência
patrimonial no valor de R$ 90.000,00, aumentando o investimento em contrapartida de resultado.
No recebimento do dividendo ou na sua declaração pela sociedade investida o lançamento deve ser a
débito de AC (dividendos a receber ou caixa/bancos) e a crédito de investimento.
Como o lucro foi de R$ 300.000,00 e o dividendo proposto foi de 40% do lucro, houve a proposta de
dividendos a pagar no valor de R$ 120.000,00. A nossa empresa possui direito a receber 30% desse
valor, ou seja, R$ 36.000,00.
Assim, o lançamento correto é o da letra “e”.
42) (AFRF-2002-Esaf) A empresa Juruá S/A, controladora do Grupo Solimões, evidencia, em um determinado
período, os valores de 140 milhões como Participações Societárias e 250 milhões como total de Patrimônio Líquido.
No mesmo período, essa empresa possui 5% do capital preferencial da Cia. Rio Negro, que é de 90.000.
Com base nas informações anteriores, identifique o procedimento contábil correto a ser aplicado nessas
circunstâncias.
a) os dividendos, quando pagos pela investida, devem ser registrados como receita.
b) as alterações ocorridas no Patrimônio Líquido da investida são simultaneamente reconhecidas na investidora.
c) a empresa investida é reconhecida como equiparada à empresa Coligada no processo de Consolidação.
d) na distribuição dos lucros da investida, os dividendos provisionados representam ingressos de Disponibilidades.
e) na avaliação dessa participação societária, aplica-se a equivalência patrimonial.
RESOLUÇÃO:
Percebam que o investimento da empresa Juruá S/A na Cia. Rio Negro não é relevante e tão pouco a Cia.
Rio Negro é sua coligada, logo o investimento deve ser avaliado pelo Método do Custo de Aquisição. Por
esta forma de avaliação de investimentos os dividendos, quando recebidos, devem ser lançados
diretamente como receita operacional.
Resposta correta letra “A”.
46) (AFRF-2003) I. A Cia. Boa Vista, companhia atuante no mercado imobiliário, em 20.10.20x1 faz uma aplicação
financeira em Títulos e Valores Mobiliários de R$ 500.000, resgatável em 180 dias pelo valor de R$ 590.000,
com Imposto de Renda Retido na Fonte de 10%;
II. O imposto retido é compensável com o Imposto de Renda devido sobre o lucro apurado no período fiscal;
III. O período contábil da empresa, estabelecido em seu estatuto, abrange o intervalo de tempo entre 01.01 a
31.12 de cada ano.
Em 31.12.20x1 o valor de mercado dos títulos que lastreiam essa aplicação temporária era de R$ 532.000 e as
despesas de negociação e corretagem R$ 2.000. Em casos como este o procedimento contábil a ser efetivado
seria:
a) computar o rendimento efetivo de R$ 27.000, já deduzido do Imposto de Renda retido na fonte, registrando o valor
apurado em conta do ativo.
b) debitar em conta de ativo o ajuste de R$ 32.000 correspondente ao valor de mercado dos títulos a crédito de conta
de receita financeira.
c) evidenciar em notas explicativas o ganho efetivo de R$ 30.000 em função do custo de oportunidade da empresa em
relação a essa aplicação.
d) efetuar o provisionamento de R$ 6.000 para atender o ajuste ao valor de mercado, forma de avaliação aplicada a
este tipo de ativo.
e) registrar o ganho de R$ 4.000 resultantes da comparação entre o valor pago na data do balanço e o valor contábil
da aplicação.
RESOLUÇÃO:
Percebam que, de 20/10/x1 até 31/12/x1 são 72 dias. Como o rendimento previsto para 180 dias é de
R$ 90.000,00, então o rendimento diário será de R$ 500,00 (R$ 90.000,00 / 180 dias). Assim, para o
período de 72 dias teremos de considerar o rendimento de R$ 36.000,00 (72 d x R$ 500,00 / d). Desta
forma, no final de X1 o investimento deverá ser avaliado por R$ 536.000,00. No entanto, o valor de
mercado é de apenas 532.000,00 e o valor de realização de R$ 530.000,00, visto que a empresa teria de
pagar corretagem de 2.000,00 para alienar esse investimento. Como o investimento foi avaliado por R$
536.000,00 e o valor de realização, leia-se valor de mercado, é de apenas 530.000,00, deve-se constituir
uma provisão de 6.000,00!
Resposta correta letra “D”.
51) (AFRF-2003) Indique a opção que não corresponde a procedimentos exigidos pela Instrução CVM 247/96 para a
determinação da base de cálculo da equivalência patrimonial.
a) O resultado positivo incluído no lucro apurado de companhia investidora que corresponda à inclusão no custo de
aquisição de ativos imobilizados no balanço patrimonial da controlada.
b) O resultado positivo incluído no lucro apurado de companhia controlada que corresponda à inclusão no custo de
aquisição de estoques de matérias-primas no balanço patrimonial da investidora.
c) O lucro não realizado incluído no lucro apurado de companhia controlada que corresponda à inclusão no custo de
aquisição de bens não de uso no balanço patrimonial de outra empresa coligada.
d) O resultado positivo incluído no lucro apurado de companhia controlada que corresponda à inclusão no custo de
aquisição de ativos imobilizados no balanço patrimonial da investidora.
e) O resultado positivo incluído no lucro apurado de companhia controlada que corresponda à inclusão no custo de
aquisição de ativos imobilizados no balanço patrimonial de outra controlada.
Resolução:
A base de cálculo da equivalência patrimonial está definida no art. 9º da Instrução CVM nº 247:
Art. 9º - O valor do investimento, pelo método da equivalência patrimonial, será obtido
mediante o seguinte cálculo:
I - Aplicando-se a percentagem de participação no capital social sobre o valor do patrimônio
líquido da coligada e da controlada; e
II - Subtraindo-se, do montante referido no inciso I, os lucros não realizados, conforme
definido no § 1º deste artigo, líquidos dos efeitos fiscais.
§ 1º - Para os efeitos do inciso II deste artigo, serão considerados lucros não realizados
aqueles decorrentes de negócios com a investidora ou com outras coligadas e controladas,
quando:
a) - o lucro estiver incluído no resultado de uma coligada e controlada e correspondido por
inclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza no balanço patrimonial da
investidora; ou
b) - o lucro estiver incluído no resultado de uma coligada e controlada e correspondido por
inclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza no balanço patrimonial de
outras coligadas e controladas.
§ 2º - Os prejuízos decorrentes de transações com a investidora, coligadas e controladas não
devem ser eliminados no cálculo da equivalência patrimonial.
§ 3º - Os lucros e os prejuízos, assim como as receitas e as despesas decorrentes de
negócios que tenham gerado, simultânea e integralmente, efeitos opostos nas contas
de resultado das coligadas e controladas, não serão excluídos para fins de cálculo do
valor do investimento.
Desta forma, na alternativa “c” há uma inversão das companhias, pois o lucro a que se refere a CVM é o
das controladas e coligadas e não da controladora que estiver no ativo de suas filiadas.
Alternativa correta letra “c”.
52) (AFRF-2003) Entre as afirmativas a seguir, indicar aquela que faz parte dos procedimentos efetuados pela
investidora para a determinação do valor da equivalência patrimonial.
a) Reconhecer os efeitos decorrentes de classe de ações com direito preferencial ou não de dividendo fixo, dividendo
cumulativo e com diferenciação na participação de lucros.
b) Reconhecer os efeitos decorrentes de classe de ações com direito preferencial de dividendo fixo, dividendo
cumulativo e com diferenciação na participação de lucros.
c) Eliminar os efeitos decorrentes da diversidade de critérios contábeis, excetuando, quando se referir a investimento
no exterior.
d) Verificar os efeitos decorrentes de eventos não relevantes ocorridos no caso das demonstrações contábeis de
mesma data e efeitos postecipados.
e) Admitir a exclusão do montante correspondente às participações recíprocas quando estas apresentarem caráter
eventual e irrelevância.
Resolução:
A presença de classes de ações com direito preferencial de dividendo fixo, dividendo cumulativo e com
diferenciação na participação de lucros altera o valor do Patrimônio Líquido da sociedade investida. Desta
forma, a existência desse fato deve ser observado pela investidora na determinação da equivalência
patrimonial.
Resposta correta letra “b”.
Com base nas informações anteriores, identifique o procedimento contábil correto a ser aplicado nessas
circunstâncias.
a) os dividendos, quando pagos pela investida, devem ser registrados como receita.
b) as alterações ocorridas no Patrimônio Líquido da investida são simultaneamente reconhecidas na investidora.
c) a empresa investida é reconhecida como equiparada à empresa Coligada no processo de Consolidação.
d) na distribuição dos lucros da investida, os dividendos provisionados representam ingressos de Disponibilidades.
e) na avaliação dessa participação societária, aplica-se a equivalência patrimonial.
RESOLUÇÃO:
Percebam que o investimento da empresa Juruá S/A na Cia. Rio Negro não é relevante e tão pouco a Cia.
Rio Negro é sua coligada, logo o investimento deve ser avaliado pelo Método do Custo de Aquisição. Por
esta forma de avaliação de investimentos os dividendos, quando recebidos, devem ser lançados
diretamente como receita operacional.
Resposta correta letra “A”.
Percebe-se que a alternativa “D” representa transcrição literal da alínea “a” do dispositivo, sendo a
resposta correta.
A Cia. Itamaracá tem como atividade o transporte de cargas e foi constituída apenas para prestar esse tipo de
serviço às empresas do grupo. Nesse caso a divulgação desse fato em notas explicativas:
a) não é necessária se as empresas do grupo estiverem obrigadas a consolidar suas demonstrações.
b) é obrigatória por ferir possíveis interesses de acionistas minoritários e afetar a tributação do Imposto de Renda.
c) é facultativa desde que esta decisão não afete o fato gerador para o cálculo do ICMS e do Imposto sobre a Renda.
d) não é necessária por eventualmente vir a gerar transferências não remuneradas entre as partes relacionadas.
e) é indispensável por se tratar de operação entre partes relacionadas e afetar a tributação.
RESOLUÇÃO:
Inicialmente cabe destacar que esta questão consta do rol de exercícios por engano, pois trata da
consolidação das demonstrações, cujo tema é estritamente de contabilidade avançada. Entretanto,
vamos a resolução já que a questão aí está.
Pelas normas da CVM, quando uma empresa presta exclusivamente serviços a outra ou outras, mas
determinadas, empresas entre ela é considerada parte relacionada ou dependente das empresas para as
quais ela presta serviços e tal fato deve ser mencionado em notas explicativas ou revelado de alguma
forma ao público em geral. Um grupo de sociedades, em certos casos, quando forem companhias
abertas, deve divulgar demonstrações consolidadas. Quando elaborarem as demonstrações consolidadas
e as publicarem, o fato de serem interligadas fica evidenciado, logo, nesta hipótese, o fato não carece
estar em nota explicativa.
Resposta correta letra “A”.
78) (AFRF-2003) A Cia. Jovial, controlada da Cia. Época, em um determinado exercício reconhece como ajustes de
exercícios os efeitos relevantes decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil. Neste caso, a controladora
que avalia seu investimento pelo método de equivalência patrimonial, deverá:
a) registrar o efeito correspondente à sua participação em seu resultado como item operacional.
b) proceder à realização de assembléia extraordinária e dar conhecimento aos acionistas minoritários do fato ocorrido
na controlada.
c) apenas efetuar a evidenciação do fato em notas explicativas e constar em ata de assembléia extraordinária.
d) lançar também como Ajustes de Exercícios Anteriores o valor proporcional à sua participação societária.
e) apenas fazer a evidenciação do fato em notas explicativas, tendo em vista que o fato não afeta o seu resultado.
Resolução:
O art. 16 da Instrução CVM 247 prevê que:
Art. 16 - A diferença verificada, ao final de cada período, no valor do investimento
avaliado pelo método da equivalência patrimonial, deverá ser apropriada pela
investidora como:
I - Receita ou despesa operacional, quando corresponder:
a) - a aumento ou diminuição do patrimônio líquido da coligada e controlada, em
decorrência da apuração de lucro líquido ou prejuízo no período ou que corresponder
a ganhos ou perdas efetivos em decorrência da existência de reservas de capital ou
de ajustes de exercícios anteriores; e
b) - a variação cambial de investimento em coligada e controlada no exterior.
Desta forma, o ajuste de exercícios anteriores efetuados em coligadas e controladas, que naquelas
sociedades são lançados diretamente em conta de lucros ou prejuízos acumulados, devem ser
reconhecidos como resultado da equivalência patrimonial, como receita operacional.
Resposta correta letra “a”.
Aula 02
Hoje apresentamos outro assunto presente no programa do concurso para Fiscal ICMS-
SP. Trata-se da reavaliação de ativos. O tema é relativamente fácil e para a sua compreensão
é necessário ater-se aos aspectos legais que envolvem a espécie.
REAVALIAÇÃO DE ATIVOS
1 - INTRODUÇÃO
Em observância ao princípio contábil do Registro Pelo Valor Original, o qual preceitua que
os elementos patrimoniais devem ser registrados, contabilmente, pelos valores efetivamente
ocorridos nas transações com terceiros e que esses valores permanecerão inalterados
enquanto os bens, direitos e obrigações fizerem parte do patrimônio da entidade, podem
ocorrer, ao longo do tempo, algumas distorções de valores dos bens assim registrados.
Essas distorções se devem, basicamente, a três fatores: 1) em virtude de determinados
bens serem passíveis de valorização ao longo do tempo; 2) em função de a variação do poder
aquisitivo da moeda não resultar devidamente corrigido pelos índices oficiais de inflação,
principalmente a partir de 1º de janeiro de 1996 quando foi extinta a correção monetária pela
Lei nº 9.249/95; 3) ou em função de os critérios utilizados nos processos de depreciação,
amortização e exaustão não refletirem a real depreciação ou desgaste ou perda de valor
desses bens, visto serem, geralmente, baseados em estimativas ou critérios aceitos e
adotados em função da legislação fiscal e não em função de um real desgaste ou perda de
valor dos bens.
Para dar a devida dimensão ao presente tema, buscou-se na legislação fiscal a taxa de
depreciação de veículos admitida pelo Imposto de Renda que é de 20% ao ano, o que causa a
depreciação total dos bens dessa espécie em apenas 5 anos, se não for utilizado o critério com
valor residual.
Ora, sabemos que um veículo com apenas 5 anos de uso possui, na maioria das vezes,
valor de mercado em torno de 50% do valor de um veículo novo, mas na contabilidade da
empresa que utilizou aquela taxa de depreciação o valor contábil é nulo ou apresentado
apenas com o valor residual se esse tenha sido o critério adotado.
Fatos dessa natureza podem trazer transtornos como:
) Os interessados na informação contábil não possuem a exata dimensão do patrimônio
da entidade;
) Os investidores podem afugentar-se por falta de garantias;
) As operações de partilha, cisão, fusão e incorporação podem gerar intrigas e
desconfianças se deixarmos para fazer sua avaliação somente para estas finalidades.
O legislador, por meio da Lei n ° 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações), atento à
possibilidade da ocorrência dessas hipóteses, estabeleceu em seu art. 182, § 3°, uma exceção
ao princípio contábil do Registro pelo Valor Original, pois admite que determinados ativos,
integrantes do Ativo Permanente, sejam avaliados a valores de mercado. A mesma lei ainda
faz referência a reavaliação de ativos nos arts. 178, § 2º e 187, § 2º. A lei societária, com
relação ao assunto, foi regulamentada pelas Deliberações CVM nºs 183/95 e 206/96. Os
dispositivos da lei societária foram concebidos nos seguintes termos:
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e
a análise da situação financeira da companhia.
...
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Art. 8º. A avaliação dos bens será feita por três peritos ou por empresa
especializada, nomeados em assembléia geral dos subscritores, convocada
pela imprensa e presidida por um dos fundadores, instalando-se em primeira
convocação com a presença de subscritores que representem metade, pelo
menos, do capital social, e em segunda convocação com qualquer número.
§ 1º. Os peritos ou a empresa avaliadora deverão apresentar laudo
fundamentado, com a indicação dos critérios de avaliação e dos elementos de
comparação adotados e instruído com os documentos relativos aos bens
avaliados, e estarão presentes à assembléia que conhecer do laudo, a fim de
prestarem as informações que lhes forem solicitadas.
...
§ 6º. Os avaliadores e o subscritor responderão perante a companhia, os
acionistas e terceiros, pelos danos que lhes causarem por culpa ou dolo na
avaliação dos bens, sem prejuízo da responsabilidade penal em que tenham
incorrido. No caso de bens em condomínio, a responsabilidade dos
subscritores é solidária.
Portanto, a avaliação dos bens, que serão submetidos ao processo de reavaliação, deve
ser realizada por empresa especializada ou por três peritos. É certo que a empresa e os
peritos tenham que ter especialização e grau de conhecimento sobre os bens que irão avaliar.
A lei não faz referência quanto à independência do avaliador, entretanto é prudente que ele
seja independente, pois somente dessa forma dará credibilidade e imparcialidade ao laudo de
avaliação.
Outro aspecto a ser considerado é que a lei não discrimina a que bens se pode aplicar o
processo de reavaliação de ativos. A CVM, por seu turno, por meio da Deliberação nº 183, de
19/06/1995, limitou a reavaliação aos bens tangíveis do Ativo Permanente Imobilizado e
desde que não houvesse previsão de sua descontinuidade. Ressalte-se que os bens do Ativo
Imobilizado são os que geralmente sofrem as maiores distorções de valores em relação aos
valores de mercado, visto que estes são os bens com maior tempo de permanência na
entidade.
A peça fundamental que dá embasamento à reavaliação é o laudo de avaliação, deve,
portanto, fazer parte de arquivo contábil e fiscal da empresa que procedeu reavaliação, pois
faz prova do lançamento da reavaliação e porque nele estão contidas as razões que levaram ao
valor de mercado e que precisam ser comprovadas.
Vimos, desta forma, que a legislação brasileira, tanto a comercial quanto a fiscal, permite
que as empresas avaliem seus ativos a valores de mercado, consistindo esse processo numa
afronta ao princípio contábil do Registro pelo Valor Original, porém fundamentado num
princípio maior que é o da evidenciação da real posição patrimonial dos bens reavaliados. É de
ressaltar que em alguns países o processo de reavaliação de ativos não é aceito em função de
afrontar o princípio do registro pelo valor original ou também chamado de custo histórico.
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Valor de Mercado: é o valor de reposição do bem numa operação normal entre partes,
considerando-se o preço à vista do bem no estado em que se encontra.
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Valor Contábil ou Valor Líquido Contábil: é o valor pelo qual um bem está registrado
na contabilidade, deduzido de depreciação, amortização ou exaustão acumulada. Ressalte-se
que o valor do bem pode estar corrigido monetariamente ou até mesmo estar reavaliado.
Valor Recuperável: é o valor que a entidade espera recuperar pelo uso do bem em
suas operações, inclusive o valor residual na baixa.
3 – FINALIDADES DA REAVALIAÇÃO
Os motivos que sustentam a vontade de uma empresa em reavaliar seu Ativo são
muitos, dentre os quais podemos mencionar os seguintes como sendo os principais:
• Melhor apresentação da posição patrimonial da empresa, o que possibilita a obtenção de
empréstimos junto a instituições financeiras com oferecimento de bens em garantia;
• Pela reavaliação as empresas intentam, por vezes, reduzir a distribuição de dividendos,
pois possibilita que os bens reavaliados tenham o seu valor depreciado sendo a
contrapartida uma despesa, o que pode diminuir o lucro líquido do exercício se a realização
da reserva tiver como contrapartida a conta Lucros Acumulados;
• Possibilita uma apresentação mais realista do patrimônio o que pode propiciar melhor
gerenciamento de custos;
• Evitar fraudes e elisão fiscal por ocasião da alienação desses bens;
• Como a reavaliação é aplicada somente sobre bens integrantes do Ativo Permanente, os
índices de rotatividade de estoques, considerado em relação ao ativo total, apresentam-se
com performance melhor, visto que se o ativo total for maior, em termos relativos os
estoques são menores.
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Não podemos perder de vista que a regra geral da avaliação de ativos é o custo corrigido
monetariamente, insculpida no art. 183 da Lei nº 6.404/76, consagrado princípio fundamental
de contabilidade. A reavaliação, já o dissemos, não é obrigatória e se constitui num critério
alternativo que, quando utilizada, deve observar parâmetros e critérios técnicos aceitos pela
legislação comercial e fiscal.
A correção monetária, quando em vigor, tinha seus índices ditados pela legislação fiscal a
revelia dos princípios fundamentais de contabilidade e da legislação societária, pois aquela
determinava que a correção monetária refletisse a perda no poder aquisitivo da moeda. Os
índices oficiais, ditados segundo as normas da legislação fiscal e do Conselho Monetário
Nacional, nem sempre refletiam a real perda da moeda, visto que utilizava, indistintamente
para todos os segmentos de empresas, parâmetros médios. As empresas poderiam utilizar
parâmetros mais reais para fins contábeis, desde que ajustassem os valores na apuração do
Lucro Real, no entanto, utilizavam os índices oficiais devido a comodidade e por respaldo legal.
Essa prática causou, em muitas empresas, diferenças entre o valor contábil dos bens e
seu valor de mercado, impulsionando-as a perseguir o procedimento da reavaliação desses
bens para eliminar essas discrepâncias de valores.
Convém frisar que o espírito da reavaliação era, originalmente, ajustar o valor dos bens
devido às flutuações no seu valor de mercado. A adoção desse procedimento para suprir uma
correção monetária deficiente foi introduzida em virtude dessa discrepância entre os índices
oficiais de inflação e a real inflação sofrida por cada segmente de empresas.
A legislação fiscal, atenta a essas discrepâncias, adotou medidas especiais, tais como
correções monetárias especiais ou complementares, visando eliminar ou reduzir essas
diferenças.
Quanto aos efeitos fiscais da reavaliação, a legislação do imposto de renda determinava
que a reavaliação deveria compor a base de cálculo do Imposto de Renda e da CSSL quando
não estivesse pautada em laudo, nos termos do art. 8º da Lei nº 6.404/76. Também incidiam
os mesmos tributos quando a reavaliação não era de bens do ativo permanente ou se fosse
utilizada para aumento de capital. Essa norma prevaleceu até 31/12/1999.
A partir de 01/01/2000, por força da Lei nº 9.959, de 27 de janeiro de 2000, precedida
pela MP nº 1.924/99, o procedimento de apuração do Lucro Real já não abarca aqueles
valores, tendo em vista o disposto no art. 4º dessa norma, senão vejamos:
Art. 4º A contrapartida da reavaliação de quaisquer bens da pessoa jurídica
somente poderá ser computada em conta de resultado ou na determinação
do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido
quando ocorrer a efetiva realização do bem reavaliado. (Grifou-se).
A propósito, as formas de realização do bem reavaliado são as seguintes: alienação, sob
qualquer forma; depreciação, amortização ou exaustão; e baixa por perecimento.
Outro aspecto que deve ser observado é que o dispositivo legal se refere a reavaliação de
quaisquer bens. Desta forma, para a legislação fiscal, não há a obrigatoriedade de a
reavaliação ser efetuada somente com relação aos bens tangíveis do ativo permanente
imobilizado.
As empresas nem sempre utilizam a reavaliação com o objetivo para o qual ela foi
instituída. Utilizam-na para as mais diversas finalidades, tais como, entre outras: a) para
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5.2.1 - PERIODICIDADE
Como o objetivo da reavaliação é apresentar o bem com valor mais realista, uma
empresa que realiza e contabiliza a reavaliação passa a usar este procedimento como critério
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de avaliação desses bens. Diz a legislação comercial e contábil que os critérios de avaliação
devem ser uniformes no tempo e, caso seja adotado outro critério, os seus reflexos devem ser
mencionados em notas explicativas. Em observância aos preceitos da legislação, este deverá
ser o critério para avaliação do seu imobilizado dali para frente. Portanto, com a adoção do
critério da reavaliação do imobilizado a empresa deixa de utilizar o critério do valor de custo
corrigido. Ressalte-se que as reavaliações devem ser periódicas para que o valor contábil dos
bens esteja, sempre, o mais próximo possível do valor de mercado.
Assim, para manter o valor do imobilizado o mais próximo possível do valor de mercado,
devemos reavaliar o imobilizado, de preferência, nos seguintes intervalos de tempo:
a) anual, para as contas que representam bens cujos valores de mercado possuem
oscilações expressivas em curto período;
b) a cada quatro anos, para os bens que apresentam pouca oscilação no seu valor de
mercado, inclusive os bens adquiridos após a última reavaliação;
c) desde que observados o conceito e prazos acima, a entidade pode utilizar um "sistema
rotativo", realizando, periodicamente, reavaliações parciais, por rodízio, com cronogramas
definidos, que cubram a totalidade dos ativos a reavaliar a cada período.
5.2.2 - ABRANGÊNCIA
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julgue ser o mais apropriado para essa atividade, isto é, em área bem arborizada, longe de
ruídos e de fácil acesso. Enfim, tudo o que pode atrair o estudante (cliente) para aquela
universidade e, em função disso, ela passa a ser efetivamente procurada o que valoriza,
inclusive, o seu imobilizado. Em decorrência da valorização do seu imobilizado, houve a
necessidade de passarem pelo processo reavaliação na medida da valorização dos bens em
termos de mercado. Entretanto, após alguns anos de funcionamento, o poder público resolve
construir, nas suas adjacências, um aeroporto comercial com enorme grande fluxo de
aeronaves. Com isso, praticamente todas as vantagens que a empresa do ramo da educação
oferecia foram suplantadas por ruídos de aviões decolando e pousando. O trânsito tornou-se
congestionado e o ambiente poluído. A procura pela universidade caiu vertiginosamente e, em
conseqüência, os bens do ativo permanente – imobilizado, desta empresa, certamente tiveram
desvalorização significativa e não poderão ou não deverão permanecer com valor
superavaliado, pois tal fato se constitui afronta ao Princípio da Prudência, visto que não
poderão ser realizados pelos valores que constam nos registros contábeis.
Desta forma, os peritos ou a empresa encarregada de elaborar o laudo de avaliação
poderão apurar um valor de mercado inferior ao valor contábil pelo qual o bem está registrado
no patrimônio da entidade. Em ocorrendo fato dessa natureza, é entendimento que devemos
reconhecer, nos registros contábeis, esse decréscimo dos bens decorrente da nova avaliação,
desde que haja reserva de reavaliação, até o limite desta.
Assim, quando a avaliação dos bens, em conjunto, for inferior ao valor de mercado,
devemos adotar os seguintes procedimentos:
a) se estamos diante de uma primeira reavaliação ou se não houver saldo na reserva de
reavaliação, o efeito negativo não deve ser reconhecido. Mesmo nesse caso, a empresa deverá
verificar se o valor contábil dos ativos, considerados em conjunto, é recuperável através de
suas operações futuras.
O valor de recuperação de um imobilizado é a quantia que a empresa espera poder
depreciar, amortizar ou exaurir pelo uso futuro em suas atividades, somado ao valor residual
na baixa por alienação ou perecimento. De regra, todos os itens constantes no balanço
patrimonial são recuperáveis. Entretanto, já vimos acima, existe a possibilidade de o valor de
recuperação ser inferior ao valor contábil. Se essa redução for permanente, o valor de
mercado deve ser reduzido ao valor de recuperação, mediante reversão de uma reavaliação
em contrapartida de um débito na conta de reserva de reavaliação.
Reserva de reavaliação
a Reavaliação de Ativo
Se, em algum período seguinte, houver aumento no valor de recuperação desses bens,
devemos reverter a baixa anterior, isto é, devemos reverter a reversão. Parece redundância,
mas é exatamente o que deve ser feito. Isto se faz mediante lançamento contábil que se
assemelha ao da contabilização da reavaliação.
Reavaliação de Ativos
a Reserva de Reavaliação
O que deve diferenciar esse registro do de reavaliação é o histórico do lançamento.
Ressalte-se, mais uma vez, que todos esses fatos hão de ser registrados, minuciosamente, em
notas explicativas.
É oportuno frisar, ainda, que a verificação há de levar em conta os bens do imobilizado
que formam um conjunto ou projeto e os demais ativos correspondentes, em especial o ativo
diferido. Para apurar o valor de recuperação devemos ter em mente o fluxo futuro de caixa
descontado a valor presente. Neste particular, devem-se considerar as atividades da
entidade em conjunto.
Assim, por exemplo, se uma locadora de veículos possuir um veículo, cujo valor contábil
seja de R$ 12.000,00 e efetuar a sua reavaliação para R$ 20.000,00, apresentará reserva de
reavaliação no valor de R$ 8.000,00. Se, em ato contínuo, alugar esse veículo a uma terceira
empresa pelo prazo de 6 meses com valor de R$ 600,00 por mês, estabelecendo no contrato
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opção de venda no final desse período por R$ 15.000,00, então o fluxo futuro de caixa
descontado a valor presente será de R$ 18.600,00 (6 x R$ 600 + R$ 15.000,00). Isto é, o
valor do fluxo futuro de caixa descontado a valor presente representa o valor líquido de
realização. Como nesse exemplo o valor de realização é inferior ao valor contábil reavaliado
(R$ 20.000,00), deveria ser reconhecida uma baixa da reserva de reavaliação no valor de R$
1.400,00.
b) quando houver saldo na reserva de reavaliação o efeito negativo deve ser
contabilizado da seguinte forma:
b.1) a diferença de valor reduzirá o imobilizado em contrapartida a reserva de
reavaliação. Importante destacar que a redução deve ser feita em conta de reserva de
reavaliação correspondente aos mesmos bens e originada de reavaliações anteriores.
Reserva de Reavaliação
a Ativo Imobilizado Tangível
b.2) ocorrendo a hipótese de a reserva de reavaliação ser insuficiente para absorver a
redução de valor do ativo, significa que o valor de mercado ou reavaliado é inferior ao valor do
custo original corrigido líquido das depreciações. Neste caso, se a perda for considerada como
permanente, devemos constituir uma provisão para perdas pela diferença. Essa perda se
constitui em despesa não-operacional e irá compor o resultado do período em que a
reavaliação negativa ocorrer.
Conforme estabelecido no art. 8º da Lei nº 6.404/76, a avaliação deve ser feita por três
peritos ou por empresa especializada. Em atenção àquele dispositivo, destaca-se que os
peritos ou a empresa avaliadora, em caso de sociedade por ações, devem ser nomeados em
Assembléia Geral Extraordinária que deverá ser convocada, especificamente, para esse
fim.
A Lei nº 6.404/76, inicialmente, foi concebida para demandar as necessidades das
sociedades anônimas, em termos de legislação. Porém, com o tempo, ela passou a ser
aplicada, também, às demais sociedades, as ditas sociedades de pessoas, das quais a mais
largamente utilizada é Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada. O procedimento de
reavaliação de ativos, assim como a maioria dos dispositivos da lei societária, foi estendida a
essas sociedades de pessoas e, quando forem avaliar os seus ativos, deverão adotar
procedimento semelhante ao das sociedades por ações.
Embora a lei não faça qualquer menção sobre a especialização dos peritos ou da empresa
avaliadora, entende-se que estes devem possuir qualificação técnica e conhecimento sobre os
bens que irão avaliar, visto que a perícia é um exame ou vistoria de caráter técnico e
especializado. A par dessa especialização que se requer dos avaliadores, se busca, também,
que eles sejam independentes em relação à empresa ou a seus acionistas ou sócios para que
possam produzir laudos imparciais e incontestáveis quanto a esse aspecto.
O conteúdo do laudo de avaliação deve estar fundamentado, fazendo constar nele os
critérios de avaliação adotados e os elementos de comparação que foram utilizados para a
tomada da decisão, no concernente ao valor dos bens avaliados e o seu tempo de vida útil
remanescente.
Na elaboração do laudo de avaliação, os avaliadores devem ter em mente o Princípio
Contábil da Continuidade, isto é, devem verificar se os ativos sob avaliação poderão ser
recuperados pelo uso nas atividades operacionais da entidade, pois o valor informado no laudo
se constitui no novo valor do bem e seus efeitos serão refletidos nas demonstrações contábeis
das empresas que avaliarem seus ativos.
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EXEMPLO
A empresa Pombos S.A., cujo objeto social é a comercialização de mensagens
extraterreneas, possui registrado em seu Ativo Permanente – Imobilizado, o veículo
intergaláctico, com o qual desenvolve suas atividades. O referido veículo possui valor contábil
de R$ 250.000,00, assim demonstrado:
Custo de aquisição corrigido monetariamente R$ 550.000,00
(-) Depreciação acumulada R$ (300.000,00)
= Valor contábil R$ 250.000,00
A administração da empresa está ciente de que o veículo se encontra subavaliado,
possuindo valor de mercado superior ao valor contabilizado. Quando uma entidade possui um
ativo subavaliado, ela terá também o Patrimônio Líquido subavaliado. Para reverter essa
situação, a administração da empresa deve contratar três peritos ou uma empresa
especializada, com aprovação em assembléia geral extraordinária, a fim de obter um laudo
que ateste o valor de mercado do imóvel e o tempo estimado de vida útil que lhe resta.
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Razonetes:
c) Contabilização da reavaliação:
Veículos
a Reserva de Reavaliação R$ 600.000,00
Razonetes:
Veículos Reserva de Reavaliação
250.000,00 600.000,00 (2)
(2) 600.000,00
850.000,00
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5.6.3.1 - CONSTITUIÇÃO
Já vimos que o lançamento contábil da reavaliação será efetuado por meio de débito na
conta correspondente do ativo reavaliado em contrapartida de crédito na conta de reserva de
reavaliação.
D – Ativo Imobilizado
C – Reserva de Reavaliação
O provisionamento do Imposto de Renda e da CSSL, o que constitui o diferimento desses
tributos, deverá ser realizado mediante débito na conta de Reserva de Reavaliação em
contrapartida de crédito em conta de Passivo Exigível a Longo Prazo, da seguinte forma:
D – Reserva de Reavaliação
C – Provisão de IR (PELP)
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Veículos
a Reserva de Reavaliação R$ 250.000,00
Despesas de Depreciação
a Depreciação Acumulada R$ 30.000,00
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Reserva de Reavaliação
a Receitas não operacionais R$ 25.000,00
Se a empresa resolver vender o veículo, não sendo esta de imediato, deverá baixá-lo
ao Ativo Circulante ou Ativo Realizável a Longo Prazo, isto não significa que a reserva tenha
sido realizada. Se, porém, o bem perecer ou for efetivamente alienado, a empresa deverá
baixá-lo por perecimento ou alienação. Neste caso a realização da Reserva de Reavaliação será
total. Considerando que haja alienação após o período em que foi efetuada a primeira
depreciação, pelo valor de R$ 280.000,00, teremos os seguintes registros:
1 - Pela venda a vista do veículo:
Caixa
a Receitas não operacionais R$ 280,000,00
2 - Pela baixa do veículo vendido :
Despesa não operacional
a Veículos R$ 300.000,00
3 - Pela baixa da depreciação acumulada do Veículo vendido:
Depreciação Acumulada Veículos
a Receita não operacional R$ 30.000,00
4 - Pela realização total da Reserva de Reavaliação no Resultado do Exercício:
(R$ 250.000,00 - R$ 25.000,00 = R$ 225.000,00).
Reserva de Reavaliação
a Receita não operacional R$ 225.000,00
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Por fim, com base no entendimento da CVM, cabe ressaltar que a reserva de reavaliação
não pode ser utilizada para aumento de capital ou amortização de prejuízo enquanto não
realizada, esse, entretanto, não é o entendimento da legislação fiscal.
6.1 - Introdução
Já vimos que a reavaliação de ativos nas sociedades investidas, avaliadas pelo MEP, traz
reflexo no valor do investimento. É prudente que esse reflexo seja contabilizado na mesma
data nas duas sociedades. O registro do acréscimo do investimento deve ter como
contrapartida uma reserva de reavaliação no patrimônio líquido, em conta própria que
identifique tratar-se de reavaliação de controlada ou coligada.
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Quando o investimento avaliado pelo MEP que gerou a reserva de reavaliação for
descontinuado, isto é, não puder ser recuperado, devemos efetuar o estorno da reserva de
reavaliação contra a respectiva conta de investimento. Neste caso, teremos uma redução de
ativo e por conseguinte uma despesa. Essa despesa, todavia, será dedutível na base de cálculo
do Imposto de Renda e a CSSL.
Sabemos que o capital subscrito pode ser integralizado com a entrega de bens. A Lei nº
6.404/76 determina que os bens usados para integralização de capital sejam avaliados por
três peritos ou por empresa especializada nomeados em assembléia dos subscritores. A
empresa subscritora pode, porém, atribuir-lhes valor inferior ao do constante no laudo
apresentado pelos peritos ou empresa especializada, mas jamais a integralização do capital
poderá ser por valor superior ao constante no laudo.
Ressalta-se que a avaliação dos bens para integralização de capital subscrito faz parte do
processo negocial, não representa, na essência, uma reavaliação espontânea nos moldes antes
visto.
7.1 - CONTABILIZAÇÃO
Na empresa que recebeu os bens para integralização de capital, estes devem ser
registrados e classificados pela sua natureza e o valor atribuído pela assembléia ou no contrato
social, isto é, a sociedade receptora dos bens na realização de capital deve registrá-los pelo
valor do capital por eles integralizado.
O valor assim registrado representa o custo original dos bens para essa empresa
receptora, não importando se no laudo consta valor superior. O que não pode ocorrer, em
hipótese alguma, é que os bens sejam registrados por valor superior ao do constante no laudo
de avaliação.
Bens do Ativo
a Capital Social (valor do capital integralizado)
A empresa investidora ou integralizadora de capital com bens deverá registrar como
custo de investimento (ações subscritas integralizadas) o valor pelo qual esses bens foram
registrados na sociedade investida.
Não raro, o valor dos bens dados na integralização de capital será diferente do registrado
contabilmente. Neste caso e se o investimento não tiver de ser avaliado pelo Método da
Equivalência Patrimonial, a sociedade investidora reconhecerá resultado não operacional ao dar
baixa dos bens contra o valor de custo das ações ou quotas recebidas, quando isso representar
resultado realizado.
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Quando o investimento tiver de ser avaliado pelo MEP e a integralização de capital se der
com imobilizado tangível, o acréscimo, livre de tributos, deve ser registrado em conta de
Reserva de Reavaliação no Patrimônio Líquido, caso esse acréscimo patrimonial não estiver
realizado.
A legislação fiscal permite, todavia, que tal ganho tenha sua tributação postergada, se o
referido ganho for contabilizado como Reserva de Reavaliação no Patrimônio Líquido. O
assunto é tratado pelo art. 439 do RIR/99:
Art. 439. A contrapartida do aumento do valor de bens do ativo
incorporados ao patrimônio de outra pessoa jurídica, na subscrição em bens
de capital social, ou de valores mobiliários emitidos por companhia, não será
computada na determinação do lucro real enquanto mantida em conta de
reserva de reavaliação (Decreto-lei nº 1.598, de 1977, art. 36).
Parágrafo único. O valor da reserva deverá ser computado na determinação
do lucro real (Decreto-lei nº 1.598, de 1977, art. 36, parágrafo único, e
Decreto-lei nº 1.730, de 1979, arts. 1º, inciso VII, e 8º):
I - na alienação ou liquidação da participação societária ou dos valores
mobiliários, pelo montante realizado;
II - quando a reserva for utilizada para aumento do capital social, pela
importância capitalizada;
III - em cada período de apuração, em montante igual à parte dos lucros,
dividendos, juros ou participações recebidos pelo contribuinte, que
corresponder à participação ou aos valores mobiliários adquiridos com o
aumento do valor dos bens do ativo; ou
IV - proporcionalmente ao valor realizado, no período de apuração em que a
pessoa jurídica que houver recebido os bens reavaliados realizar o valor dos
bens, na forma do inciso II do art. 435, ou com eles integralizar capital de
outra pessoa jurídica.
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10 - NOTAS EXPLICATIVAS
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Presidente
REAVALIAÇÃO DE ATIVOS
INTRODUÇÃO
Significado e Reflexos da Reavaliação
1. A contabilidade tem um conjunto de princípios para avaliação de ativos que varia
conforme a sua natureza, mas baseia-se, principalmente, no custo original dos referidos
ativos. No Brasil, os itens integrantes do Ativo Permanente têm, compulsoriamente, seu custo
original corrigido monetariamente, visando refletir a perda do poder aquisitivo da moeda ao
longo do tempo, conforme determinado pela legislação.
2. Paralelamente a essa atualização compulsória do valor dos ativos pela correção
monetária, a legislação permite que as empresas procedam a uma avaliação de ativos por seus
valores de mercado, com base em laudos técnicos. Denomina-se Reavaliação o resultado
derivado da diferença entre o valor líquido contábil dos bens (custo corrigido monetariamente
líquido das depreciações acumuladas) e o valor de mercado, sendo este um procedimento
optativo.
3. A Reavaliação significa a adoção do valor de mercado para os bens reavaliados,
abandonando-se para estes o princípio de custo original corrigido monetariamente. Objetiva,
conceitualmente, que o balanço reflita os ativos a valores mais próximos aos de reposição.
4. Permite, ainda, que os valores dos bens do imobilizado reavaliados sejam
apropriados, através da depreciação, aos custos ou despesas pelos novos valores, apurando
resultados operacionais mais consentâneos com o conceito de reposição dos ativos.
A Reavaliação Frente aos Princípios Contábeis
5. Em vários países a avaliação de ativos pelos valores de mercado não é considerada
aceitável como um princípio contábil, por contrariar o conceito de custo como base de valor.
Sua permissão no Brasil se deu através da legislação societária, complementada pela
legislação fiscal. Sua utilização, todavia, deve ser praticada dentro de critérios técnicos,
apurada por parâmetros pautados pela realidade, e devidamente informada nas
demonstrações contábeis e notas explicativas quanto a seus valores e reflexos.
6. Assim, a avaliação de ativos pelo custo corrigido monetariamente é o critério
preferencial consagrado pelos princípios fundamentais de contabilidade, sendo a reavaliação
um critério alternativo, que, se adotada dentro dos parâmetros e critérios técnicos definidos
neste Pronunciamento, constitui-se em prática contábil aceitável. Em ambos os casos, deve-se
observar o valor de recuperação, sempre que menor, conforme comentado no item 44. Essa
posição se coaduna com as normas internacionais de contabilidade do "IASC- International
Accounting Standards Committee".
A Legislação Fiscal e a Heterogeneidade na Aplicação
7. Apesar de os princípios fundamentais de contabilidade e a legislação societária
determinarem uma correção monetária que reflita a perda no poder aquisitivo da moeda, na
prática, todavia, a correção monetária oficial tem sido registrada pelas empresas, por força da
legislação fiscal, com base na variação de índices oficiais, cuja evolução, ao longo do tempo,
nem sempre acompanhou efetiva perda do poder aquisitivo da moeda. Esse fato gerou
significativa diferença entre o valor líquido contábil dos bens (custo corrigido menos
depreciações acumuladas)e seu valor de mercado, o que levou muitas empresas a adotarem a
reavaliação como forma alternativa de eliminar tal distorção, apesar de, originalmente, a
reavaliação visar a flutuações no valor de mercado dos bens e não suprir uma correção
monetária menor que a inflação. Ao longo do tempo foram adotadas medidas especiais pela
legislação fiscal, tais como correção monetária especiais ou complementares, visando eliminar
ou reduzir tais diferenças.
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20. Os laudos de avaliação poderão indicar que, para bens de uma conta ou natureza, é
possível haver itens que, comparados com os dos registros contábeis, resultem em diferenças
positivas ou negativas. É entendimento que, nesse caso, se deverá proceder aos acréscimos e
decréscimos correspondentes.
21. Na hipótese de os laudos de avaliação indicarem que, no conjunto, o total apurado é
inferior ao valor líquido contábil dos bens correspondentes, devem ser observados os seguintes
procedimentos:
a) quando de uma primeira reavaliação ou quando não houver saldo na reserva não cabe
o reconhecimento do efeito negativo. Todavia, a empresa deverá verificar se o valor líquido
contábil dos ativos, considerados em conjunto, é recuperável através de suas operações
futuras, conforme estabelecido no item 44;
b) quando houver saldo na reserva de reavaliação o efeito negativo deve ser reconhecido
nos termos do item 39.
Procedimentos para Reavaliação e Laudo de Avaliação
A Nomeação dos Peritos ou Empresa Especializada
22. A Lei nº 6.404/76 estabelece a avaliação por três peritos ou por empresa
especializada, nomeados em Assembléia Geral Extraordinária, convocada com essa finalidade
no caso de sociedades por ações. Nas demais entidades, procedimento semelhante deve ser
adotado.
23. A legislação não faz referência quanto à especialização dos peritos, já que a perícia é
um exame ou vistoria de caráter técnico e especializado. Decorre, portanto, que os peritos ou
empresa avaliadora a serem nomeados com essa finalidade devem possuir especialização na
matéria pertinente ao objeto da avaliação.
24. Também não é feita, pela legislação, qualquer menção quanto à independência dos
peritos ou empresa avaliadora em relação à empresa ou a seus acionistas ou sócios. É,
todavia, fundamental que os conceitos de independência profissional sejam observados na
nomeação dos peritos.
Critérios de Avaliação
25. A Lei nº 6.404/76 define que os peritos ou empresa especializada apresentarão
laudo fundamentado, com a indicação dos critérios de avaliação e dos elementos de
comparação adotados. Como é de conhecimento geral, as avaliações podem ser feitas dentro
de técnicas, critérios e valores diversos para os mesmos bens, em função de objetivos
diferentes que se pretendam.
26. O laudo de avaliação aqui referido deve estar voltado ao objetivo da reavaliação e,
portanto, passa a expressar uma nova base de avaliação de ativos que se reflete na
contabilidade e demonstrações contábeis das empresas. Nesse sentido, deve preservar os
demais princípios de contabilidade, especialmente o da continuidade, ou seja, deverá levar em
conta o pressuposto da empresa em marcha e considerar a efetiva possibilidade de
recuperação dos ativos em avaliação mediante seu uso nas operações.
27. Por esse princípio, por exemplo, os bens do imobilizado destinam-se a ser utilizados
na geração de produtos ou serviços, dentro do objeto social da empresa, e não a ser liquidados
ou vendidos. A avaliação de tais ativos, dentro desse princípio, deve ser baseada em valor de
entrada, o que implica que o valor de custo somente pode ser substituído, mediante
reavaliação, pelo valor de reposição no estado em que se encontra.
28. Em suma, objetiva-se avaliar os ativos em função de seu valor de utilidade ou valor
de uso nas condições em que se encontram, voltados à continuidade operacional da empresa.
É aplicável, assim, como valor de entrada, o custo corrente de reposição, computado seu
desgaste físico e técnico e considerado seu valor de utilidade operacional para a empresa.
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29. Não se enquadra, portanto, dentro desse conceito, eventual valor futuro potencial
dos ativo se nem seu valor de saída (valor de venda ou liquidação),já que a reavaliação não se
destina a tal finalidade.
30. São esses alguns parâmetros que devem ser seguidos pelos peritos ou empresa
especializada, na seleção e aplicação dos critérios de avaliação de ativos, que tenham a
finalidade da reavaliação prevista na Lei nº 6.404/76.
Identificação dos Itens a Serem Reavaliados e de sua Reavaliação
31. É requisito, dentro dos procedimentos de reavaliação, que os bens objeto da nova
avaliação sejam individualmente identificados quanto à sua descrição e contabilização (conta
ou subconta que especifiquem o custo corrigido e depreciações acumuladas correspondentes).
O novo valor de avaliação de cada bem deverá ser comparado com o valor líquido contábil
correspondente, sendo importante que se proceda à comparação na mesma data-base, ou
seja, tais bens deverão ter registradas as correções monetárias e depreciações, amortizações
ou exaustões correspondentes até a mesma data-base da avaliação dos peritos. Não se deve
confundir, dessa forma, valor de reavaliação com ausência de correção monetária,
depreciações ou baixas.
Defasagem entre as datas do Laudo de Avaliação e de sua Aprovação e
Contabilização
32. Sempre que houver defasagem entre a data-base do laudo de avaliação e a data da
Assembléia Geral Extraordinária ou da Reunião dos Quotistas que o aprova, deverá ser
efetuada a atualização monetária dos valores do laudo de avaliação, pelo mesmo índice de
correção do balanço e, quando aplicável, das depreciações correspondentes. Portanto, é
imprescindível que o laudo faça menção à data-base da avaliação de cada bem, que difere da
data de emissão do laudo, normalmente posterior.
Vida Útil Remanescente
33. Quando se tratar de bem sujeito a desgaste físico, é indispensável que o laudo
indique sua vida útil econômica remanescente, visando a definição das futuras taxas de
depreciação.
Impostos Incidentes sobre a Reserva de Reavaliação
34. A reavaliação positiva representa acréscimo de patrimônio líquido que será tributado
futuramente pela realização dos ativos. Considerando-se esse ônus existente sobre a
reavaliação, no momento de seu registro deve-se reconhecer a carga tributária (imposto de
renda e contribuição social) devida sobre a futura realização dos ativos que a geraram. O
lançamento contábil deve ser efetuado a débito de conta retificadora da reserva de
reavaliação(que pode ser através de conta retificadora para controle fiscal) e a crédito de
provisão para imposto de renda no Exigível a Longo Prazo. Esta provisão será transferida para
o Passivo Circulante à medida que os ativos forem sendo realizados. Os valores dos impostos e
contribuições registrados no passivo devem ser atualizados monetariamente, em consonância
com o disposto no item 38. As eventuais oscilações nas alíquotas dos impostos e contribuições
devem ser reconhecidas, se aplicável, em contrapartida à correspondente conta retificadora da
reserva de reavaliação.
35. Essa provisão para impostos incidentes sobre a Reserva de Reavaliação não deverá
ser constituída para ativos que não se realizarão por depreciação, amortização ou exaustão e
para os quais não haja qualquer perspectiva de realização por alienação ou baixa, como é o
caso de terrenos . Nessa hipótese, o ônus fiscal somente será reconhecido contabilmente no
futuro quando, por mudança de circunstâncias, ocorrer a alienação ou baixa.
Forma de Contabilização
Constituição
36. O resultado de reavaliação, ou seja, a diferença entre o valor da nova avaliação e o
valor líquido contábil do bem, corrigido monetariamente e depreciado até a data da avaliação,
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deverá ser incorporado ao ativo reavaliado correspondente e terá como contrapartida conta
denominada reserva de reavaliação, no Patrimônio Líquido, com o conseqüente
reconhecimento dos impostos incidentes sobre a reserva de reavaliação, conforme comentado
no item 34. Esta contrapartida, todavia, deverá ser creditada como receita não operacional, na
hipótese de que a entidade tenha registrado anteriormente como despesa, até o limite desta,
atualizada monetariamente, uma perda decorrente de reavaliação negativa relacionada como
mesmo bem, conforme o item 39.
37. A empresa deverá ter controle analítico que identifique o valor da reavaliação, bem a
bem, para determinação de sua realização futura via depreciação e baixa.
38. A reavaliação do bem e a reserva de reavaliação, como partes integrantes do ativo
permanente e do patrimônio líquido da empresa, serão corrigidas monetariamente a partir da
data-base de sua contabilização, observando-se o disposto no item 32.
39. Na hipótese de reavaliação negativa, comentada no item 21, a contabilização deve
obedecer ao seguinte:
a) o valor reduzirá o imobilizado em contrapartida a: (a.1) reserva de reavaliação,
correspondente aos mesmos bens e originada de reavaliações anteriores, e (a.2) a provisão
para imposto de renda diferido, que será reduzida proporcionalmente à redução da reserva.
b) quando a reserva e respectiva provisão para imposto de renda forem insuficientes
para a contabilização de redução do ativo, representará que o valor de mercado é inferior ao
valor do custo original corrigido líquido das depreciações, e, portanto, esta insuficiência será
lançada como despesa não-operacional no resultado do período em que a reavaliação ocorrer,
mediante constituição de provisão para perdas. Esta provisão somente será reconhecidas e a
perda for considerada irrecuperável.
Depreciação, Amortização ou Exaustão e Correção Monetária dos Bens
Reavaliados
40. Após a reavaliação, a depreciação, amortização ou exaustão desses bens deve ser
calculada e contabilizada sobre esse novo valor total (como custo do produto ou despesa do
exercício, conforme o caso), considerando a vida útil econômica remanescente indicada no
laudo.
Realização da Reserva de Reavaliação
41. A reserva de reavaliação é considerada realizada na proporção em que se realizarem
os bens reavaliados, devendo ser transferida para lucros ou prejuízos acumulados. A reserva
de reavaliação não pode ser utilizada para aumento de capital ou amortização de prejuízo
enquanto não realizada.
42. Devem ser considerados como realizados os valores de reavaliação na medida da
ocorrência dos seguintes fatos:
a) depreciação, amortização ou exaustão do valor da reavaliação dos bens computada
como custo ou despesa operacional no período;
b) baixa dos bens reavaliados em virtude de alienação ou perecimento.
43. A simples transferência dos bens objeto da reavaliação do Ativo Permanente para o
Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo não representa realização da reserva.
Recuperação do Valor Líquido Contábil
44. Em princípio todos os ativos constantes do balanço de uma empresa devem ser
recuperáveis. Valor de recuperação no caso do imobilizado é o montante que a empresa
espera recuperar pelo uso futuro de um ativo nas suas operações, incluindo seu valor residual
na baixa. Dessa forma, o imobilizado (um item ou grupo de itens)deve ser periodicamente
acompanhado com o objetivo de verificar se o valor de recuperação está inferior ao valor
líquido contábil, quer esteja avaliado pelo custo corrigido ou pelo mercado (reavaliação).
Quando isto ocorrer, o valor líquido contábil deve ser reduzido ao valor de recuperação.
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Todavia, esta redução somente deve ocorrer se for considerada não temporária. O montante
desta redução deve reverter uma reavaliação anterior, sendo debitado à reserva. Um eventual
aumento subseqüente no valor de recuperação desses ativos deve reverter baixas anteriores.
Essa verificação deve levar em conta o grupo de itens do imobilizado que formam um conjunto
ou projeto e os demais ativos correspondentes, particularmente o ativo diferido.
Preferencialmente, o valor de recuperação deve estar baseado no fluxo futuro de caixa
descontado a valor presente, considerando as operações da companhia como um todo.
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diferente do valor líquido contábil pelo qual tais bens estavam registrados nos seus ativos, a
empresa reconhecerá lucro ou prejuízo ao dar baixa dos bens em integralização contra o valor
de custo das ações ou quotas recebidas, quando isso representar resultado realizado.
60. A legislação fiscal permite, todavia, que tal ganho tenha sua tributação postergada,
se o referido ganho for contabilizado como reserva de reavaliação no Patrimônio Líquido.
61. No caso de integralização com imobilizado tangível em capital de controlada ou
coligada avaliada pelo método de equivalência patrimonial, se esse acréscimo patrimonial
representar resultado não realizado, tal valor deve ser registrado como reserva de reavaliação,
líquida do diferimento dos impostos e contribuições incidentes.
Realização da Reserva de Reavaliação
62. A realização dessa reserva de reavaliação ocorre com os seguintes fatos:
a) a alienação da participação societária;
b) a realização dos ativos pela investida que recebeu os bens proporcionalmente à:
(b.1) alienação dos bens, sob qualquer forma;
(b.2) depreciação, amortização ou exaustão;
(b.3) baixa por perecimento.
Contabilização da Realização da Reavaliação
63. A parcela da reserva de reavaliação realizada deverá ser transferida para a conta
lucros ou prejuízos acumulados no Patrimônio Líquido.
NOTAS EXPLICATIVAS
67. Em notas explicativas deverão ser divulgadas as informações sobre a reavaliação
efetuada pela empresa, destacando:
a) as bases da reavaliação e os avaliadores (este item somente no ano da reavaliação);
b) o histórico e a data de reavaliação;
c) o sumário das contas objeto da reavaliação e respectivos valores;
d) o efeito no resultado do exercício, oriundo das depreciações, amortizações ou
exaustões sobre a reavaliação, e baixas posteriores;
e) o tratamento quanto a dividendos e participações;
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O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por meio da Resolução CFC 1.004/2004, que
aprovou a NBC T 19.6 – Reavaliação de Ativos, manifestou-se da seguinte forma, cujos
ditames são de observância obrigatório a partir de 01/01/2005:
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19.6.9.1. O registro contábil da reavaliação somente pode ser efetuado no mesmo exercício
em que o laudo da avaliação foi elaborado e aprovado pela assembléia dos acionistas, reunião
ou assembléia dos quotistas, ou o equivalente para as demais entidades.
19.6.9.2. Se a defasagem entre a data-base do laudo de avaliação e a de sua aprovação pela
entidade provocar distorções relevantes, a contabilização da reavaliação deve ser efetuada
com base em valores constantes do laudo de avaliação atualizados, mantendo as premissas
nele utilizadas.
19.6.10. CONTABILIZAÇÃO DA REAVALIAÇÃO
19.6.10.1. A diferença positiva entre o valor da reavaliação e o valor líquido contábil do bem
deve ser incorporada ao ativo reavaliado correspondente, e deve ter como contrapartida conta
de reserva da reavaliação, líquida dos tributos incidentes sobre a reavaliação, no patrimônio
líquido.
19.6.10.2. A contrapartida de que trata o item anterior pode ser creditada como receita não
operacional quando a entidade tiver registrado como despesa, até o limite desta, uma perda
decorrente de reavaliação negativa, relacionada com o mesmo bem.
19.6.10.3. A entidade deve manter controle individualizado que identifique o valor da
reavaliação de cada bem e dos tributos incidentes sobre a reavaliação, para determinação de
sua realização por depreciação, amortização, exaustão ou baixa.
19.6.10.4. Na hipótese de reavaliação negativa, apurada em função de o valor dos laudos de
avaliação ser inferior ao valor líquido contábil, o registro contábil deve ser efetuado da
seguinte forma:
a) o imobilizado deve ser reduzido em contrapartida à reserva de reavaliação, correspondente
aos mesmos bens e originada de reavaliações anteriores, e os tributos registrados no passivo
sobre a reavaliação devem ser reduzidos proporcionalmente à redução da reserva de
reavaliação;
b) quando o saldo da reserva de reavaliação for insuficiente para o registro de redução do
ativo, esta insuficiência deve ser registrada como despesa não operacional, no resultado do
exercício em que a reavaliação ocorrer, mediante constituição de provisão para perdas. Esta
provisão somente deve ser reconhecida se a perda for considerada irrecuperável; e
c) a letra "b" deste item aplica-se, também, na primeira reavaliação, quando o valor da
reavaliação for inferior ao valor líquido contábil.
19.6.11. TRIBUTOS SOBRE A REAVALIAÇÃO
19.6.11.1. A reserva da reavaliação positiva deve ser registrada líquida dos tributos, em conta
destacada no patrimônio líquido.
19.6.11.2. A parcela correspondente aos tributos incidentes sobre a reavaliação deve ser
registrada no passivo exigível a longo prazo, sendo transferida para o passivo circulante, à
medida que os ativos forem sendo realizados. As eventuais oscilações nas alíquotas dos
tributos devem ser reconhecidas em contrapartida da reserva de reavaliação.
19.6.11.3. O passivo dos tributos incidentes sobre a reserva de reavaliação não deve ser
constituído para ativos que não se realizam por depreciação, amortização ou exaustão, como é
o caso de terrenos, e para os quais não haja qualquer perspectiva de realização por alienação.
19.6.12. DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO OU EXAUSTÃO
19.6.12.1. Após a reavaliação, a depreciação, a amortização ou a exaustão dos bens
reavaliados devem ser calculadas e registradas sobre o novo valor, considerando a vida útil
econômica remanescente, indicada no laudo de avaliação.
19.6.13. REALIZAÇÃO DA RESERVA DE REAVALIAÇÃO
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EXERCÍCIOS
01) (AFTN-96-Esaf) Entre os efeitos gerados pela prática de reavaliação dos Ativos está o de
permitir melhor apresentação dos:
a) Índices de rotatividade, de lucratividade e de rentabilidade
b) Valores do patrimônio e dos índices de rotatividade
c) Índices de solidez financeira e dos índices de rentabilidade
d) Valores do ativo, dos índices de rotatividade e lucratividade
e) Valores monetários, dos índices de rotatividade e rentabilidade
06) (AFTN-96-Esaf) Em 31/12/1991 a Cia ABC tinha registrado em seu Ativo Imobilizado um
Equipamento no valor de $.5.000.000 e uma Depreciação Acumulada de $.2.800.000 . Se
na mesma data o bem foi reavaliado em $.6.200.000, o valor inscrito na Reserva de
Reavaliação foi de:
a) $.1.200.000
b) $.4.000.000
c) $.6.200.000
d) $.2.800.000
e) $.9.000.000
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09) (AFRF 2002-Esaf) Em 1998 a Cia. Ágata procedeu à reavaliação de um item de seu
imobilizado. Em dezembro de 2001, por ocasião do encerramento do balanço, decide pela
descontinuidade e não reposição do bem em questão.
O procedimento contábil aplicável a esse caso é
a) fazer um lançamento de crédito na conta Lucros/Prejuízos Acumulados e debitar a conta de
Reserva de Reavaliação.
b) estornar parcialmente o valor correspondente a Reserva de Reavalição como ajuste de
exercícios anteriores.
c) lançar a crédito em imobilizado e debitar a conta de Lucros/Prejuízos Acumulados por
mudança de critério contábil.
d) proceder o estorno das parcelas referentes à reavaliação e às respectivas provisões
anteriormente efetuadas.
e) efetuar um débito em Reservas de Reavaliação e, como contrapartida, um crédito na conta
Ganhos/Perdas com Imobilizados.
10) (AFRF 2002-Esaf) Quando uma empresa controlada faz a reavaliação de seus ativos
imobilizados, e a investidora avalia sua participação por equivalência patrimonial, o
procedimento contábil da companhia controladora será
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12) (AFRF 2002-2-Esaf) A Cia. Tupinambá efetuou a reavaliação em 1998 de sua unidade
fabril. No ano de 2000, em razão de grande alteração de tecnologia, decide descontinuar e
não repor aquela unidade. Em face à verificação da empresa da existência de saldos
contábeis relativos à contabilização anteriormente feita, o procedimento contábil indicado
é:
a) a baixa do saldo líquido da reserva de reavaliação para a conta de perda com
descontinuidade de empreendimentos.
b) a realização do saldo líquido da reserva de reavaliação em contrapartida de uma conta de
reversão.
c) o estorno da parcela da reavaliação existente relativa à respectiva reserva e provisões para
impostos e contribuição.
d) a baixa de todos os valores contabilizados anteriores relativos a esse procedimento em
contrapartida da conta ajustes de exercícios anteriores.
e) a baixa do saldo líquido da reserva de reavaliação para a conta de ganhos e perdas com
imobilizados.
e) $2.025.000
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21) (AFTN-1991-Esaf) Assinale a opção que contém uma “Reserva” que independe da
apuração do resultado para sua constituição.
a) Reserva Legal
b) Reserva da Correção Monetária do Capital
c) Reserva Estatuária
d) Reserva de Reavaliação
e) Reserva de Contingência
26) (TFC-1996-Esaf) De acordo com a Lei n.º 6.404/76, consideram-se lucro a realizar, para
efeito de constituição de reserva específica, todos os eventos abaixo relacionados, exceto:
a) o saldo credor da conta de correção monetária
b) o aumento do valor do investimento em coligadas
c) o produto da reavaliação de bens do ativo permanente
d) o lucro em vendas a prazo realizável após o término do exercício seguinte
e) o aumento do valor do investimento em controladas
31) A contabilidade tem um conjunto de princípios para avaliação de ativos que varia
conforme a sua natureza, mas baseia-se, principalmente, no custo original dos referidos
ativos. No Brasil, os itens integrantes do Ativo Permanente tinham, compulsoriamente, seu
custo original corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, visando refletir a
perda do poder aquisitivo da moeda ao longo do tempo, conforme determinado pela
legislação comercial e fiscal. A correção monetária assim efetuada refletia o valor de
mercado ou de reposição, pois os índices adotados representavam os valores médios da
perda do poder aquisitivo e, por isso, eram representativos.
32) Denomina-se Reavaliação o resultado derivado da diferença entre o valor líquido contábil
dos bens (custo corrigido monetariamente líquido das depreciações acumuladas) e o valor
de mercado, sendo este um procedimento optativo.
34) A reavaliação permite que os valores dos bens tangíveis do imobilizado reavaliados sejam
apropriados, por meio da depreciação, aos custos ou despesas pelos novos valores,
apurando resultados operacionais mais consentâneos com o conceito de reposição dos
ativos.
35) Na quase totalidade dos países a avaliação de ativos pelos valores de mercado é
procedimento obrigatório, visto refletir o valor de reposição dos bens. No Brasil,
entretanto, sua aplicação, sua utilização deve ser praticada dentro de rigorosos critérios
técnicos, apurada por parâmetros pautados pela realidade, e devidamente informada nas
demonstrações contábeis e notas explicativas quanto a seus valores e reflexos e sujeita a
prévia autorização da CVM.
37) A legislação fiscal determina que a reavaliação seja tributada quando for utilizada para
aumento de capital ou quando da realização da reserva de reavaliação. Essa tributação,
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em qualquer caso, é definitiva sendo aplicável a alíquota de 15%, podendo ser excluídos
os valores na apuração do lucro real.
39) Valor de Mercado é o valor pelo qual a empresa pode alienar o bem, considerando-se uma
negociação normal entre partes independentes e isentas de outros interesses. Esse valor
deve considerar o preço à vista.
40) Valor Líquido Contábil é o montante pelo qual um bem está registrado na contabilidade e
refletido no balanço patrimonial, seja pelo valor de custo corrigido, seja pelo valor de
mercado (reavaliado), líquido da correspondente depreciação, amortização ou exaustão
acumulada
41) Valor Recuperável é o montante que a empresa espera recuperar pela venda, no futuro,
de um ativo, calculado a fluxo de caixa futuro levado a valor presente.
42) As situações previstas nas legislações societária e fiscal que tratam de reavaliação são:
reavaliação voluntária de ativos próprios; reavaliação de ativos por controladas e
coligadas; reavaliação na subscrição de capital em outra empresa com conferência de
bens; reavaliação nas fusões, incorporações e cisões.
43) Conforme a Lei nº 6.404/76, a reavaliação pode ser feita para os "elementos do ativo". A
legislação fiscal, mais restritiva, refere-se somente a itens do ativo permanente. A CVM,
por seu turno e dentro da delegação recebida para regulamentar o assunto, assevera que a
reavaliação seja restrita a bens tangíveis do ativo imobilizado, desde que não esteja
prevista sua descontinuidade operacional.
44) Uma vez que a empresa opte por realizar e contabilizar a reavaliação, o critério para
avaliação do seu imobilizado deixa de ser o valor de custo corrigido e, portanto, as
reavaliações serão periódicas, com uma regularidade tal que o valor líquido contábil não
apresente diferenças significativas em relação ao valor de mercado na data de cada
balanço.
45) Ao decidir-se reavaliar um ativo, este procedimento deve ser utilizada para todo o
imobilizado tangível, com vistas a impedir que determinados itens figurem por um critério e
outros por base diferente de avaliação. No entanto, por não se coadunar com o conceito de
valor de reposição, não devem ser reavaliados os itens que estão em vias de serem
descontinuados e os que não deverão ser repostos, não se admitindo, em hipótese alguma,
que a reavaliação seja parcial.
46) No caso de ativos reavaliados, componentes de uma linha de atividade que estiver sendo
descontinuada, deve-se voltar ao conceito de custo corrigido, estornando-se, para tanto, a
parcela da reavaliação embutida no ativo e as respectivas reserva de reavaliação e
provisão para impostos e contribuições.
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48) A Lei nº 6.404/76 estabelece a avaliação por três peritos ou por empresa especializada,
nomeados em Assembléia Geral Extraordinária, convocada com essa finalidade no caso de
sociedades por ações. Este procedimento, entretanto, não é aplicável às demais entidades.
49) Quando se tratar de bem sujeito a desgaste físico, é dispensável que o laudo indique sua
vida útil econômica remanescente, pois a legislação do imposto de renda determina a vida
útil que deve ser adotada para depreciação dos bens.
50) A reavaliação positiva representa acréscimo de patrimônio líquido que será tributado
futuramente pela realização dos ativos. Considerando-se esse ônus existente sobre a
reavaliação, no momento de seu registro deve-se reconhecer a carga tributária (imposto de
renda e contribuição social) devida sobre a futura realização dos ativos que a geraram. O
lançamento contábil deve ser efetuado a débito de conta retificadora da reserva de
reavaliação (que pode ser através de conta retificadora para controle fiscal) e a crédito de
provisão para imposto de renda no Exigível a Longo Prazo. Esta provisão será transferida
para o Passivo Circulante à medida que os ativos forem sendo realizados. Essa provisão
para impostos incidentes sobre a Reserva de Reavaliação não deverá ser constituída para
ativos que não se realizarão por depreciação, amortização ou exaustão e para os quais não
haja qualquer perspectiva de realização por alienação ou baixa, como é o caso de terrenos
. Nessa hipótese, o ônus fiscal somente será reconhecido contabilmente no futuro quando,
por mudança de circunstâncias, ocorrer a alienação ou baixa.
52) A empresa deverá ter controle analítico que identifique o valor da reavaliação, bem a bem,
para determinação de sua realização futura via depreciação e baixa.
56) O valor da reserva de reavaliação, decorrente da avaliação de bens a que procedeu uma
sociedade controlada ou coligada, deverá ser deduzido do saldo do ágio que houver sido
pago na aquisição do investimento, correspondente somente à mais-valia dos bens do ativo
imobilizado que foram reavaliados e que deram origem àquele ágio. Na hipótese de
reavaliação negativa, deve-se baixar os saldos de deságios originados dos mesmos bens.
57) A empresa que tiver integralizado o capital com bens deverá registrar como custo de
investimento (ações subscritas integralizadas) o mesmo valor, ou seja, o valor negociado e
convencionado em assembléia ou contrato social. Tendo em vista que tal valor poderá ser
diferente do valor líquido contábil pelo qual tais bens estavam registrados nos seus ativos,
a empresa reconhecerá lucro ou prejuízo ao dar baixa dos bens em integralização contra o
valor de custo das ações ou quotas recebidas, quando isso representar resultado realizado.
A legislação fiscal permite, todavia, que tal ganho tenha sua tributação postergada, se o
referido ganho for contabilizado como reserva de reavaliação no Patrimônio Líquido.
58) Nas fusões, incorporações ou cisões de empresas podem surgir também as reservas de
reavaliação. Esse fato ocorre nesses casos, já que são efetuadas assembléias onde os
valores de ativos, passivos e conseqüente Patrimônio Líquido são definidos entre os
acionistas das partes envolvidas, como resultados da negociação entre estes, baseados em
laudos de avaliação. Nos casos de cisão, a reserva de reavaliação deve ser atribuída às
empresas resultantes, com base nos respectivos ativos.
60) Caso a empresa decida evidenciar aspectos relacionados a reavaliação, embora não seja
obrigada, a CVM sugere que informe: as bases da reavaliação e os avaliadores; o histórico
e a data de reavaliação; o sumário das contas objeto da reavaliação e respectivos valores;
o efeito no resultado do exercício, oriundo das depreciações, amortizações ou exaustões
sobre a reavaliação, e baixas posteriores; e o tratamento quanto a dividendos e
participações.
GABARITO
01 – B 02 – A 03 – C 04 – E 05 – D
06 – B 07 – A 08 – B 09 – D 10 – C
11 – A 12 – C 13 – A 14 – B 15 – E
16 – C 17 – C 18 – E 19 – E 20 – D
21 – D 22 – A 23 – B 24 – B 25 – E
26 – C 27 – E 28 – C 29 – D 30 – E
31 – E 32 – C 33 – C 34 – C 35 – E
36 – C 37 – E 38 – E 39 – E 40 – C
41 – E 42 – C 43 – C 44 – C 45 – E
46 – C 47 – C 48 – E 49 – E 50 – C
51 – C 52 – C 53 – C 54 – E 55 – C
56 – C 57 – C 58 – C 59 – E 60 – E
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Questões da FCC
1. (CVM/FCC-2003) O recebimento, pela investidora, de dividendos pagos por empresa coligada cujo investimento
é avaliado pela equivalência patrimonial deve ser contabilizado como
(A) receita operacional.
(B) receita não operacional.
(C) reserva de capital.
(D)) redução da própria conta de investimento.
(E) resultado de exercícios futuros.
03/10/03 - 09:05
2. (CVM/FCC-2003) A incorrência de prejuízo num exercício, cuja possibilidade de compensação com lucros
futuros é considerada praticamente certa pela Administração da entidade, é fundamento, segundo a Deliberação CVM
nº 273/1988, para o registro de um
(A) passivo a descoberto.
(B) passivo fiscal diferido.
(C) resultado de exercício futuro.
(D) resultado pendente.
(E)) ativo fiscal diferido.
3. (CVM/FCC-2003) Duas sociedades são consideradas coligadas quando uma participa do capital da outra com
pelo menos
(A) 10% (dez por cento) das ações com direito a voto.
(B) 15% (quinze por cento) das ações com direito a voto.
(C)) 10% (dez por cento) do total das ações.
(D) 20% (vinte por cento) do total das ações.
(E) 20% (vinte por cento) das ações com direito a voto.
4. (CVM/FCC-2003) A Cia. Estrela da Manhã adquiriu um equipamento por R$ 150.000,00, com vida útil estimada
de dez anos e sem previsão de valor residual. Decorridos 60 (sessenta) meses da compra, em laudo encomendado pela
Diretoria a empresa especializada, o valor de mercado do bem foi avaliado em R$ 125.000,00 e sua vida útil restante
em 8 (oito) anos. Se a assembléia geral aprovar o laudo, a companhia poderá constituir uma reserva de reavaliação, em
R$, de
(A) 25.000,00
(B) 35.000,00
(C) 40.000,00
(D)) 50.000,00
(E) 75.000,00
5. (CVM/FCC-2003) No exercício de 20X1, a controlada Cia. Gama vendeu um lote de mercadorias para sua
controladora Cia. Delta por R$ 400.000,00, obtendo um lucro de 20% sobre o valor da operação. No final do exercício,
remanesciam 30% do referido lote nos estoques da controladora. O valor dos lucros não realizados na transação entre
as companhias, a serem excluídos no processo de consolidação das demonstrações financeiras, sabendo-se que a Cia.
Delta detém 60% das ações da Cia. Gama, em R$, é de
(A) 14.400,00
(B)) 24.000,00
(C) 36.000,00
(D) 48.000,00
(E) 80.000,00
6. (CVM/FCC-2003) São considerados lucros a realizar, para fins de constituição da respectiva reserva:
(A) o ágio recebido na emissão de ações e as receitas de reversão de provisões.
(B) as receitas de dividendos e a amortização de deságio na aquisição de investimentos.
(C)) o resultado positivo da equivalência patrimonial e o lucro em operações cuja realização financeira ocorra após o
término do exercício social seguinte.
(D) as receitas de aluguéis de imóveis que não sejam de uso da companhia e as subvenções para investimento.
(E) as receitas recebidas antecipadamente e o prêmio recebido na emissão de debêntures.
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8. (CVM/FCC-2003) A Cia. Ursa Maior adquiriu 25% das ações da Cia. Ursa Menor por R$ 400
000,00, tendo pago ágio sobre o valor patrimonial das mesmas equivalente a 10% do valor
total da transação. O fundamento econômico do pagamento do ágio foi que alguns dos ativos
da investida estavam registrados por um valor contábil inferior ao seu valor corrente no
mercado. Alguns meses depois, a coligada efetuou a reavaliação desses ativos, constituindo a
respectiva reserva pelo valor total de R$ 200 000,00, e, em conseqüência, aumentando seu
patrimônio líquido em igual montante. O lançamento adequado para o registro desse fato
contábil na investidora será:
(A)) Investimentos 50 000,00
a Diversos
a Ágio na aquisição de Investimentos 40 000,00
a Reserva de Reavaliação – Ativos de Coligadas 10 000,00
(B) Investimentos
a Reserva de Reavaliação – Ativos de Coligadas 40 000,00
(C) Investimentos
a Ágio na aquisição de Investimentos 50 000,00
(D) Investimentos 50 000,00
a Diversos
a Ágio na aquisição de Investimentos 40 000,00
a Resultado Negativo na Equivalência Patrimonial 10 000,00
(E) Diversos
a Reserva de Reavaliação –
Ativos de Coligadas 50 000,00
Investimentos 10 000,00
Ágio na aquisição de Investimentos 40 000,00
9. (CVM/FCC-2003) O valor contábil de um imóvel de uso da Cia. Monte Azul estava assim
registrado em sua escrituração:
Custo de aquisição R$ 200 000,00
(-) Depreciação Acumulada (R$ 120 000,00)
(=) Valor contábil R$ 80 000,00
A diretoria da companhia encomendou um laudo de avaliação a uma empresa especializada, a
qual constatou que o valor de mercado do imóvel correspondia a R$ 150 000,00, com vida útil
restante estimada em 20 anos. O laudo foi aprovado pela assembléia geral da companhia e
constituída a respectiva reserva de reavaliação. No final do exercício, a companhia alcançou
uma despesa de depreciação correspondente a 2% do valor reavaliado do imóvel. Em
conseqüência, ela deverá considerar a reserva de reavaliação realizada parcialmente no valor,
em R$, de
(A)) 1 400,00
(B) 1 600,00
(C) 2 000,00
(D) 2 500,00
(E) 3 000,00
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A Cia Lance Alto, em 31.12.20x1, possuía em seus ativos uma máquina industrial cujo custo histórico era de R$ 10
milhões e a respectiva depreciação acumulada correspondia a 80% desse valor. Em 02.01.20x2, ao registrar a
reavaliação desse item, adiciona à conta de Máquinas e Equipamentos o valor de R$15 milhões, de acordo com o laudo
de avaliação, o qual também indica como vida útil remanescente do bem em questão 5 anos.
11. (CVM/FCC-2003) Em 31.12.20x2, para registrar a reavaliação desse ativo, a empresa deve utilizar o
procedimento contábil de
(A) creditar a conta Reserva de Capital.
(B)) debitar a conta do Imobilizado.
(C) creditar a conta Depreciação Acumulada.
(D) debitar a conta de Reserva de Reavaliação.
(E) creditar a conta Reserva de Lucros a Realizar.
12. (CVM/FCC-2003) A distribuição de dividendos efetuada por companhia controlada ocasiona na controladora
(A) o registro de uma conta corretiva do item Investimentos.
(B) um aumento do resultado de equivalência patrimonial.
(C) um acréscimo na participação societária.
(D) uma receita operacional de ganhos com investimentos.
(E)) uma diminuição no item de investimentos permanentes.
13. (TCE SERGIPE-FCC) As participações permanentes em outras sociedades podem ser avaliadas através
(A)) do Custo e da Equivalência Patrimonial.
(B) do Custo e da Avaliação Pericial.
(C) da Avaliação histórica e da Equivalência Patrimonial.
(D) da Avaliação Contratual e do Custo.
(E) do Permanente e da Equivalência Patrimonial.
GABARITO
1–D 2-E 3–C 4–D 5–B
6–C 7–C 8–A 9–A 10 – C
11 – B 12 – E 13 - A
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Aula 03
REORGANIZAÇÃO DE SOCIEDADES
Caros alunos, o tema desta aula consta expressamente no edital. Ele envolve vários
conceitos que precisam ser esclarecidos para que vocês não tenham dificuldades na hora da
prova. Desta forma, não há outro jeito senão o de encarar a realidade e enfrentar o problema
de frente.
1. INTRODUÇÃO
2. FORMAS DE CONCENTRAÇÃO
A Lei das sociedades anônimas, no art. 223, prevê três formas de concentração societária
com tratamento jurídico próprio: A Incorporação, Fusão e Cisão:
Art. 223. A incorporação, fusão ou cisão podem ser operadas entre sociedades
de tipos iguais ou diferentes e deverão ser deliberadas na forma prevista para
a alteração dos respectivos estatutos ou contratos sociais.
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Assim, se determinado estatuto estabelece que poderá ser alterado somente com a
aprovação unânime dos integrantes do quadro social é dessa forma que o processo de
reorganização deve ser conduzido.
3. TRANSFORMAÇÃO
Após constituída uma sociedade sob determinado tipo societário, pode ela mudar de tipo,
passando, por exemplo, de LTDA para Sociedade Anônima e vice-versa. Não se trata de
concentração de sociedades, visto que muda apenas a sua forma jurídica.
É interessante a regra contida no parágrafo único do art. 220, pois ele estabelece que os
preceitos a obedecer na transformação são os que regem a constituição e o registro do tipo
societário a ser adotado pela sociedade. Vale dizer, se a sociedade passar de Sociedade por
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Quotas de Responsabilidade Limitada para Sociedade Anônima, todo procedimento deverá ser
o estabelecido na Lei nº 6.404/76, além das Instruções pertinentes ao assunto emitidas pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM), se a sociedade resultante for uma sociedade de capital
aberto.
A primeira vista, a operação parece ser muito simples. Entretanto, a lei impõe alguns
freios à sua efetivação, pois estabelece que deve haver o consentimento de todos os sócios
ou acionistas. Ressalva, contudo, a aprovação de forma linear pelos sócios ou acionistas
quando haja expressa disposição nos atos constitutivos no sentido de possibilitar a
transformação, isto é, o estatuto ou o contrato social da sociedade podem prever que a
empresa será passível de transformação, estabelecendo inclusive o forme de sua
operacionalização. Porém, não presente no contrato social ou estatuto previsão de
transformação, é assegurado ao sócio ou acionista dissidente o direito de retirar-se da
sociedade com o devido reembolso das ações ou quotas a que faça jus, se o estabelecido na lei
não for observado.
Se a lei assegurou garantias aos sócios ou acionistas, com mais razão o fez em relação
aos credores quando estipula, no art. 222, que a transformação jamais prejudicará o direito
dos credores, devendo o tipo resultante oferecer as mesmas garantias do tipo anterior à
satisfação integral dos créditos anteriores à transformação. Assim, se uma sociedade que
antes da transformação conferia responsabilidade ilimitada aos sócios e se esta sociedade
adotou, por transformação, tipo societário que restrinja a responsabilidade dos sócios ou
acionistas, estes continuarão a responder pelas obrigações assumidas pela sociedade, antes da
transformação, de forma ilimitada em caso de dissolução ou insolvência da sociedade de tipo
diferente decorrente da transformação.
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4.1. PROTOCOLO
Segundo a Lei das Sociedades por Ações, as condições de incorporação, fusão ou cisão
constarão de protocolo firmado pelos órgãos da administração ou dos sócios das empresas
interessadas no processo.
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A Lei n° 6.404/76, no seu artigo 226, exige laudo pericial, para avaliação dos ativos das
sociedades envolvidas no processo de reorganização. A sociedade que tiver patrimônio
absorvido por outra deverá levantar balanço específico para esse fim, no qual os bens e
direitos serão avaliados pelo valor contábil ou de mercado, nos termos do art. 8º da lei, na
mesma data e com os mesmos critérios de avaliação para todas as empresas envolvidas no
processo.
4.2. JUSTIFICAÇÃO
Os aspectos que constarão da justificativa estão previstos nos incisos I a IV, do art. 225
da Lei nº 6.404/76:
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Pelo que dispõe no art. 226, a seguir transcrito, denota-se que a participação em
processo de reorganização de sociedades, quando há passivo a descoberto, é vedada.
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Pode o estatuto estabelecer quorum maior quando não tiver ações negociadas em bolsa ou no
mercado de balcão.
Reembolso
Art. 45. O reembolso é a operação pela qual, nos casos previstos em lei, a
companhia paga aos acionistas dissidentes de deliberação da assembléia-
geral o valor de suas ações.
§ 1º O estatuto pode estabelecer normas para a determinação do valor de
reembolso, que, entretanto, somente poderá ser inferior ao valor de
patrimônio líquido constante do último balanço aprovado pela assembléia-
geral, observado o disposto no § 2º, se estipulado com base no valor
econômico da companhia, a ser apurado em avaliação (§§ 3º e 4º).
§ 2º Se a deliberação da assembléia-geral ocorrer mais de 60 (sessenta) dias
depois da data do último balanço aprovado, será facultado ao acionista
dissidente pedir, juntamente com o reembolso, levantamento de balanço
especial em data que atenda àquele prazo.
Nesse caso, a companhia pagará imediatamente 80% (oitenta por cento) do
valor de reembolso calculado com base no último balanço e, levantado o
balanço especial, pagará o saldo no prazo de 120 (cento e vinte), dias a
contar da data da deliberação da assembléia-geral.
§ 3º Se o estatuto determinar a avaliação da ação para efeito de reembolso, o
valor será o determinado por três peritos ou empresa especializada, mediante
laudo que satisfaça os requisitos do § 1º do art. 8º e com a responsabilidade
prevista no § 6º do mesmo artigo.
§ 4º Os peritos ou empresa especializada serão indicados em lista sêxtupla ou
tríplice, respectivamente, pelo Conselho de Administração ou, se não houver,
pela diretoria, e escolhidos pela Assembléia-geral em deliberação tomada por
maioria absoluta de votos, não se computando os votos em branco, cabendo
a cada ação, independentemente de sua espécie ou classe, o direito a um
voto.
§ 5º O valor de reembolso poderá ser pago à conta de lucros ou reservas,
exceto a legal, e nesse caso as ações reembolsadas ficarão em tesouraria.
§ 6º Se, no prazo de cento e vinte dias, a contar da publicação da ata da
assembléia, não forem substituídos os acionistas cujas ações tenham sido
reembolsadas à conta do capital social, este considerar-se-á reduzido no
montante correspondente, cumprindo aos órgãos da administração convocar a
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O credor anterior a operação de incorporação e fusão, e por ela prejudicado, tem direito
de pleitear a anulação judicial da operação. O prazo fatal para o exercício deste direito se
extingue 60 dias depois de publicados os atos da definitividade da operação. Para evitar esse
percalço, a companhia poderá consignar em pagamento a importância que prejudicará a
anulação ou poderá oferecer garantia à execução o que suspenderá a anulação do ato.
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Entretanto, o ato de cisão parcial pode amenizar essa obrigação dos sucessores,
estabelecendo que estas respondam somente pelas obrigações que lhes forem transferidas,
afastando a solidariedade com as demais sociedades envolvidas no processo. Nesse caso,
porém, os credores anteriores à cisão podem se opor à ressalva, desde que o façam dentro de
90 dias da publicação dos atos de cisão, mediante notificação às sociedades participantes do
processo.
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5. O PROCESSO DE INCORPORAÇÃO
5.1. CONCEITO
Até o momento vimos o processo de reorganização de forma genérica e nos aspectos que
são comuns entre suas modalidades. Doravante veremos cada uma das formas de
reorganização de modo mais minucioso, começando pela incorporação.
Incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra
que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, vale dizer, na incorporação, a empresa
sucedida extingue-se, totalmente, dando lugar a outra (sucessora) que lhes sucede em todos
os direitos e obrigações.
Art. 227. A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são
absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações.
§ 1º. A assembléia geral da companhia incorporadora, se aprovar o protocolo
da operação, deverá autorizar o aumento de capital a ser subscrito e realizado
pela incorporada mediante versão do seu patrimônio líquido, e nomear os
peritos que o avaliarão.
§ 2º. A sociedade que houver de ser incorporada, se aprovar o protocolo da
operação, autorizará seus administradores a praticarem os atos necessários à
incorporação, inclusive a subscrição do aumento de capital da incorporadora.
§ 3º. Aprovados pela assembléia geral da incorporadora o laudo de avaliação
e a incorporação, extingue-se a incorporada, competindo à primeira promover
o arquivamento e a publicação dos atos da incorporação.
5.2. ASPECTOS CONTÁBEIS E LEGAIS PRATICADOS NO BRASIL
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Assim, por exemplo, se a empresa Aquários S.A. absorver o patrimônio das sociedades
Birita Ltda. e Cansaço S.A., as duas últimas deixarão de existir, sendo a sociedade Aquários
S.A. a única a responder, dentro da normalidade, pelos direitos e obrigações.
Birita Ltda.
Cansaço S.A.
Os ativos e passivos das sociedades incorporadas (Birita Ltda. e Cansaço S.A.) são
transferidos para o patrimônio da incorporadora Aquários S.A.
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D C
Conta de incorporação 33.600,00
a AC 8.000,00
a RLP 11.200,00
a AP 14.400,00
PC 6.400,00
PELP 4.800,00
a Conta de Incorporação 11.200,00
Com o lançamento acima foi encerrado o ativo e o passivo da empresa Biribá Ltda. A
conta “Conta de Incorporação” é transitória e possui o objetivo específico de receber as
contrapartidas dos ativos e passivos da sociedade incorporada e será “zerada” pela descarga
desses valores nas respectivas contas na sociedade incorporadora.
D C
Patrimônio Líquido 22.400,00
a Conta de Incorporação 22.400,00
Assim, a sociedade Biribá Ltda não possui mais contas de ativo e de passivo. Possui
apenas as contas transitórias de incorporação, que serão “zeradas” tendo como contrapartida
as contas de ativo, passivo e patrimônio líquido da empresa Anônimos S.A., a sociedade
incorporadora, cujos lançamentos apresentaremos a seguir.
D C
AC 8.000
RLP 11.200
AP 14.400
a Conta de incorporação 33.600
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A PC 6.400
a PELP 4.800
D C
Conta de Incorporação 22.400
a Capital Social 22.400
ATIVO PASSIVO
AC 36.800 PC 19.200
ARLP 51.200 PELP 12.800
AP 73.600 PL 129.600
TOTAL 161.600 TOTAL 161.600
Desta forma, considerando que o ativo permanente imobilizado seja composto por
equipamentos, a empresa Anônimos S.A. terá a seguinte estrutura no ativo permanente:
Ativo Permanente
Investimentos
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Ágio R$ 6.400,00
Imobilizado
Equipamentos R$ 30.400,00
D C
Conta de incorporação 33.600
a AC 8.000
a RLP 11.200
a AP 14.400
PC 6.400
PELP 4.800
a Conta de Incorporação 11.200
D C
Patrimônio Líquido 22.400
a Conta de Incorporação 22.400
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necessária apenas para extinguir a empresa Biribá Ltda. e terá na sociedade incorporadora a
função de eliminar o investimento realizado na sociedade investida.
D C
AC 8.000
RLP 11.200
AP 14.400
a Conta de incorporação 33.600
D C
Conta de Incorporação 22.400
a Investimento – valor da EP 22.400
Entretanto, o processo de incorporação não está concluído, pois resta destinar o ágio
pago na aquisição do investimento. Lembrando que o ágio possui fundamento econômico na
subavaliação dos bens do ativo permanente imobilizado da extinta empresa Biribá Ltda.
Ressalte-se que o ágio pôde ser incorporado aos bens do imobilizado pelo fato de a
fundamentação econômica haver sido a diferença de valor de ativo. Se assim não fosse, o ágio
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deveria ser baixado como perda no exato momento da aquisição do investimento pela empresa
Anônimos S/A.
ATIVO PASSIVO
AC 36.800 PC 19.200
ARLP 51.200 PELP 12.800
AP – IMOBILIZADO 51.200 PL 107.200
TOTAL 139.200 TOTAL 139.200
Para finalizar o presente tópico cabe uma observação com relação ao ágio, visto que se o
mesmo tivesse sido amortizado entre a aquisição do investimento e a incorporação, o valor do
Patrimônio Líquido teria diminuído em R$ 6.400, pois a amortização do ágio representa
despesa para a investidora, reduzindo o PL.
Desta forma, para que haja uma justa relação de substituição das ações dos acionistas, é
necessário que os patrimônios envolvidos sejam adequada e criteriosamente avaliados,
decorrendo deste procedimento a correta atribuição de ações aos acionistas da empresa
incorporada pela versão do Patrimônio Líquido à empresa incorporadora e o conseqüente
aumento do Capital Social desta última.
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Com o objetivo de assegurar uma justa relação de substituição das ações dos acionistas,
recomenda-se que pelo menos os seguintes procedimentos sejam observados:
5 – O preço de emissão das novas ações representativas do novo capital social tomará
por base o valor patrimonial apurado a valores de mercado ou valor contábil, conforme o
critério adotado na versão do patrimônio para a sociedade resultante;
6 - É vedada a adoção, nas relações de substituição das ações dos acionistas não
controladores, da cotação de bolsa das ações das companhias envolvidas, salvo se essas ações
integrarem índices gerais representativos de carteira de ações admitidos à negociação em
bolsas de futuros.
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O valor nominal das ações, nas duas empresa, é de R$ 1,00. Portanto, os acionistas da
Cia. ABASLARGAS possuem 600.000 ações e os acionistas da Cia. BONSNEGÓCIOS possuem
500.000 ações, em face do capital social das empresas ser, respectivamente, de R$
600.000,00 e R$ 500.000,00.
Os dois balanços foram examinados pelos auditores independentes com fins específicos à
incorporação, conforme determina a lei societária e emitiram parecer sem ressalva, donde
podemos concluir que as demonstrações satisfazem as normas brasileiras de contabilidade
(NBC), os princípios de contabilidade e as leis societárias e fiscais, isto é, as demonstrações
foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
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Para o cálculo da justa relação de substituição das ações serão tomados os dois
patrimônios líquidos avaliados a valores de mercado. O processo consiste na soma dos dois
patrimônios líquidos e estabelecer o percentual com que cada empresa participa do Patrimônio
Líquido resultante.
R$ %
Patrimônio Liquido Ajustado de Cia. ABASLARGAS 1.225.000,00 67,06
Patrimônio Liquido Ajustado de Cia. BONSNEGÓCIOS 601.677,00 32,94
Patrimônio Líquido Total 1.826.677,00 100
Desta forma, os antigos acionistas da Cia. BONSNEGÓCIOS farão jus a 32,94% das ações
e os antigos acionistas da Cia. ABASLARGAS farão jus a receber 67,06% das ações. Ressalte-
se que o objetivo da avaliação dos dois patrimônios é exatamente o de estabelecer a
participação de cada grupo de acionistas no novo capital social, não sendo necessário que se
adote o valor avaliado na formação do novo patrimônio, porém, repete-se, a relação calculada
há de permanecer na distribuição das ações.
Assim, surgem diversas possibilidades de formação do Capital Social no processo de
reavaliação, dentre as quais destacamos:
1 – Todo Patrimônio Líquido contábil das duas empresas, antes da avaliação, formará o
Capital Social resultante;
2 - Todo Patrimônio Líquido das duas empresas, após a avaliação, formará o Capital
Social resultante;
3 - Todo Patrimônio Líquido contábil da Cia. BONSNEGÓCIOS, antes da avaliação, será
agregado ao Capital Social que já havia na Cia. ABASLARGAS, não havendo versão dos outros
elementos do patrimônio líquido da Cia. ABASLARGAS ao capital social;
4 - Todo Patrimônio Líquido da Cia. BONSNEGÓCIOS, após a avaliação, será agregado ao
Capital Social resultante, sendo que os outros elementos do patrimônio líquido da Cia.
ABASLARGAS não serão incorporados ao capital social;
5 – As contas do Patrimônio Líquido resultante podem representar a soma de linha por
linha, isto é, somam-se os valores de Capital Social, de Reservas de Capital, de Reservas de
Reavaliação, de Reservas de Lucros e de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Seguindo no nosso exemplo, vamos supor que o critério adotado, constante no protocolo
e aprovado por ambas as assembléias, seja o da soma de linha por linha, considerando-se os
valores após a avaliação. Assim, o Capital Social resultante, após a versão dos valores da Cia.
BONSNEGÓCIOS para a Cia. ABASLARGAS será de R$ 1.100.000,00.
O valor nominal das novas ações poderá ter por base o valor patrimonial a valores de
mercado ou outro valor qualquer. O que importa é que seja guardada a relação percentual
acima calculada para a conferência das novas ações. Para simplificar, considerando que o
Capital Social será de R$ 1.100.000,00, consideramos que o valor nominal de cada ação seja
de R$ 1,00. Desta forma, os antigos acionistas da Cia. ABASLARGAS receberão 737.660 ações
(67,06%) e os antigos acionistas da Cia. BONSNEGÓCIOS receberão 362.340 ações (32,94%).
Como resultado da aplicação desse critério, de forma resumida, teremos a seguinte
estrutura de Patrimônio Líquido:
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envio de cópia dos documentos de que trata o presente item à CVM e às bolsas de valores ou
entidades do mercado de balcão organizado nas quais os valores mobiliários de emissão da
companhia estejam admitidos à negociação.
Nas informações assim prestadas, os valores sujeitos à determinação deverão ser
indicados por estimativa.
O protocolo, a justificação, bem como os pareceres jurídicos, contábeis, financeiros,
laudos, avaliações, demonstrações financeiras, estudos, e quaisquer outras informações ou
documentos que tenham sido postos à disposição do controlador ou por ele utilizados no
planejamento, avaliação, promoção e execução de operações de incorporação, fusão ou cisão
envolvendo companhia aberta, deverão ser obrigatoriamente disponibilizados a todos os
acionistas desde a data de publicação das condições da operação, conforme os itens de 1 a 17
acima.
As companhias abertas que divulgarem, no exterior, informações, demonstrações
financeiras ou quaisquer outros documentos adicionais, ou que, por qualquer motivo, tiverem
conteúdo diverso em relação aos requeridos pela legislação societária e pelas demais normas
expedidas pela CVM, acerca das operações aqui tratadas, deverão, simultaneamente, divulgá-
los no país e disponibilizá-los aos acionistas, mediante aviso publicado nos jornais utilizados
habitualmente pela companhia, e comunicá-los à CVM e às bolsas e entidades do mercado de
balcão organizado nas quais os valores mobiliários de emissão da companhia estejam
admitidos à negociação.
Os laudos definitivos deverão ser disponibilizados aos acionistas assim que finalizados,
mediante aviso publicado nos jornais utilizados habitualmente pela companhia, até a data de
publicação do anúncio de convocação da assembléia geral que irá deliberar sobre os mesmos.
As empresas e os profissionais que tenham emitido opiniões, certificações, pareceres,
laudos, avaliações, estudos ou prestado quaisquer outros serviços, relativamente às operações
de incorporação, fusão ou cisão envolvendo companhia aberta, sem prejuízo de outras
disposições legais ou regulamentares aplicáveis, deverão:
1 - esclarecer, em destaque, no corpo das respectivas opiniões, certificações, pareceres,
laudos, avaliações, estudos ou quaisquer outros documentos de sua autoria, se tem interesse,
direto ou indireto, na companhia ou na operação, bem como qualquer outra circunstância
relevante que possa caracterizar conflito de interesses; e
2 - informar, no termos do item anterior, se o controlador ou os administradores da
companhia direcionaram, limitaram, dificultaram ou praticaram quaisquer atos que tenham ou
possam ter comprometido o acesso, a utilização ou o conhecimento de informações, bens,
documentos ou metodologias de trabalho relevantes para a qualidade das respectivas
conclusões.
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representativa de resultado de exercício futuro, pois neste caso não há a menor possibilidade
de devolução e não se está diante de uma receita, pois o valor carece de realização em função
do princípio da competência.
O registro do ágio quando o fundamento econômico tiver sido a diferença entre o valor
de mercado dos bens e o seu valor contábil terá como contrapartida reserva especial de ágio
na incorporação, constante do patrimônio líquido.
Bens – Ativo Permanente
a Reserva Especial de ágio - PL
Quando o fundamento econômico do ágio ou do deságio tiver sido a aquisição do direito
de exploração, concessão ou permissão delegadas pelo Poder Público ou quando a
fundamentação econômica tiver sido a expectativa de resultado futuro, a companhia deve
observar o seguinte tratamento:
a) constituir provisão, na incorporada, no mínimo, no montante da diferença entre o
valor do ágio e do benefício fiscal decorrente da sua amortização, que será apresentada como
redução da conta em que o ágio foi registrado;
b) registrar o valor líquido (ágio menos provisão) em contrapartida da conta de reserva
especial de ágio;
c) reverter a provisão referida na letra “a” acima para o resultado do período,
proporcionalmente à amortização do ágio; e
d) apresentar, para fins de divulgação das demonstrações contábeis, o valor líquido
referido na letra “a” no ativo circulante e/ou realizável a longo prazo, conforme a expectativa
da sua realização.
A reserva especial de ágio somente poderá ser incorporada ao capital social, na medida
da amortização do ágio que lhe deu origem, em proveito de todos os acionistas. Entretanto, o
protocolo de incorporação de controladora por companhia aberta controlada poderá prever
que, nos casos em que a companhia vier a auferir benefício fiscal, em decorrência da
amortização do ágio decorrente da expectativa de rentabilidade futura, a parcela da reserva
especial de ágio na incorporação correspondente a tal benefício poderá ser objeto de
capitalização em proveito do acionista controlador. Na ocorrência desta hipótese, observado o
disposto no art. 170 da Lei no 6.404/76, será sempre assegurado aos demais acionistas o
direito de preferência e, se for o caso, as importâncias por eles pagas serão entregues ao
controlador. A capitalização desta parcela da reserva especial referida, correspondente ao
benefício fiscal, somente poderá ser realizada ao término de cada exercício social e na medida
em que esse benefício represente uma efetiva diminuição dos tributos pagos pela companhia.
Após a incorporação, o ágio ou o deságio continuará sendo amortizado e será
considerado realizado na medida desta amortização, conforme previsto na Instrução CVM nº
247/96.
A companhia deverá efetuar e divulgar, ao término de cada exercício social, análise sobre
a recuperação do valor do ágio, ainda que decorrente de expectativa de resultados futuros ou
da aquisição do direito de exploração, concessão ou permissão delegadas pelo Poder Público, a
fim de que sejam registradas as perdas de valor do capital aplicado quando evidenciado que
não haverá resultados suficientes para recuperação desse valor ou que sejam revisados e
ajustados os critérios utilizados para a determinação da sua vida útil econômica e para o
cálculo e prazo da sua amortização.
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No cálculo das relações de substituição das ações dos acionistas não controladores, que
se extinguirão, estabelecidas no protocolo da operação, deve ser reconhecida a existência de
espécies e classes de ações com direitos diferenciados, sendo vedado favorecer, direta ou
indiretamente, uma outra espécie ou classe de ações.
É vedada a adoção, nas relações de substituição das ações dos acionistas não
controladores e, por extensão, das ações dos acionistas controladores, da cotação de bolsa das
ações das companhias envolvidas, salvo se essas ações integrarem índices gerais
representativos de carteira de ações admitidos à negociação em bolsas de futuros. Percebe-se
que o critério há de ser único, isto é, se é vedado a adoção da cotação de bolsa para os
acionistas não controladores, este é também o critério para os acionistas controladores.
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aberta controlada, e nas operações de fusão entre controladora e controlada, para efeito da
comparação prevista no art. 264 da Lei no 6.404/76; e
6 - a omissão, a inconsistência ou o retardamento injustificado na divulgação de
informações ou de documentos que tenham sido postos à disposição do controlador ou por ele
utilizados no planejamento, avaliação, promoção e execução de operações de incorporação,
fusão ou cisão envolvendo companhia aberta.
Considera-se infração grave a prática de atos com exercício abusivo do poder de
controle. Estão sujeitos às penalidades previstas em lei, conforme o caso, a companhia aberta,
os membros dos conselhos de administração e fiscal, e da diretoria, os integrantes de seus
órgãos técnicos ou consultivos, bem como quaisquer outras pessoas naturais ou jurídicas que
tenham concorrido para a infração.
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Cia. ANDAS
+
Cia. COMES Cia. VIVOS
+
BEBES Ltda.
Com este processo, a Cia. ANDAS, a Cia. COMES e a empresa BEBES Ltda. perdem sua
personalidade jurídica, pois deixam de existir. Da fusão de seus patrimônios surge a Cia.
VIVOS que sucederá as anteriores, no que diz respeito a todos os direitos e obrigações.
Quanto ao aspecto contábil, o processo de fusão se opera de forma muito semelhante ao
processo de incorporação, isto é, a Cia. ANDAS, a Cia. COMES e a empresa BEBES Ltda.
transferem seus bens, direitos e obrigações para a Cia. VIVOS criada especialmente para esse
fim.
Em termos práticos, os aspectos contábeis envolvidos nos processos de fusão são
bastante simples. Devemos adotar os procedimentos necessários para satisfazer as condições
estabelecidas no protocolo, pois é este o documento que dá suporte ao processo.
O primeiro aspecto a analisar é que com a fusão é criada uma nova empresa ou
companhia. Assim, como toda empresa que começa suas atividades, o marco inicial é a
formação do capital inicial. No caso de fusão, os acionistas ou sócios não necessitam
subscrever e integralizar capital social, pois este vem das sociedades que se extinguem.
Outro fato que merece ser mencionado no concernente ao processo de fusão diz respeito
a possibilidade de os patrimônios serem unidos tomando por base os valores contábeis das
participantes ou a valores de mercado.
Inicialmente veremos um exemplo de fusão considerando os valores contábeis dos
patrimônios.
Imaginemos que os sócios ou acionistas das empresas Laranja S/A e Limão Ltda.
resolveram fundir seus patrimônios para criar a sociedade Cítricos S/A, que será a sociedade
nova e será criada para esse fim. As empresas que se extinguirão possuem, de forma
resumida, a seguinte estrutura patrimonial nos balanços levantados para essa finalidade e o
conseqüente patrimônio da sociedade Cítricos S/A:
Empresa Empresa Empresa
Laranja S/A Limão Ltda. Cítricos S/A
Ativos 1.135.742,00 847.521,00 1.983.263,00
Passivos 783.694,00 538.451,00 1.322.145,00
Patrimônio Líquido 352.048,00 309.070,00 661.118,00
Para satisfazer os aspectos contábeis é necessário que se criem contas transitórias de
fusão nas duas empresas que se extinguirão e na empresa nova. O procedimento é análogo ao
utilizado no processo de incorporação.
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Por fim, cabe salientar que se houver participação societária entre as empresas
envolvidas no processo, devemos eliminá-lo em contrapartida do Patrimônio Líquido
correspondente a esse investimento.
Desta forma, consta no Patrimônio Líquido apenas o valor do Capital Social com o devido
aumento pela absorção desses outros valores do PL.
Para encerrar as empresas que tiveram seus patrimônios fundidos e para a constituição
da nova empresa, são necessários os seguintes lançamentos contábeis:
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PC 154.150,00
PELP 59.384,00
Para registrar a constituição da nova empresa, que foi precedida da subscrição do Capital
Social, são necessários os seguintes lançamentos:
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7.1. CONCEITO
A definição legal do processo de cisão provém do caput do art. 229 da Lei nº 6.404, de
30 de outubro de 1976, que assim dispõe:
Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do
seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já
existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o
seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.
Depreende-se desse dispositivo legal, em seu aspecto conceitual, que a cisão difere do
processo de incorporação e do processo de fusão, visto que na cisão poderá haver vários
sucessores ou apenas um único. Outra importante diferença diz respeito a extinção da
sociedade cindida, que não necessita ser, necessariamente, consumada. Desta forma, além de
haver a possibilidade de resultar apenas um sucessor, quando a cisão será parcial, poderão
haver vários sucessores, quando a cisão poderá ser parcial ou total se houver a extinção da
sociedade cindida.
§ 1º. Sem prejuízo do disposto no art. 233, a sociedade que absorver parcela
do patrimônio da companhia cindida sucede a esta nos direitos e obrigações
relacionados no ato da cisão; no caso de cisão com extinção, as sociedades
que absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida sucederão a
esta, na proporção dos patrimônios líquidos transferidos, nos direitos e
obrigações não relacionados.
Art. 233. Na cisão com extinção da companhia cindida, as sociedades que
absorverem parcelas do seu patrimônio responderão solidariamente pelas
obrigações da companhia extinta. A companhia cindida que subsistir e as que
absorverem parcelas do seu patrimônio responderão solidariamente pelas
obrigações da primeira anteriores à cisão.
Parágrafo único. O ato de cisão parcial poderá estipular que as sociedades que
absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida serão responsáveis
apenas pelas obrigações que lhes forem transferidas, sem solidariedade entre
si ou com a companhia cindida, mas, nesse caso, qualquer credor anterior
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Aspecto interessante ocorre quando há extinção da sociedade cindida, pois neste caso as
sociedades que absorveram o patrimônio responderão de forma solidária pelas obrigações da
companhia cindida, isto é, se uma delas não honrar as obrigações herdadas da companhia
cindida, as demais terão de fazê-lo, mas somente na proporção do patrimônio recebido. Se,
porém, a companhia cindida não se extinguir as sucessoras são obrigadas solidárias para com
ela pelas obrigações que esta tinha antes da cisão, isto quer dizer que, se a companhia cindida
não puder honrar os compromissos assumidos antes da cisão e que, no processo de cisão,
ficaram sob sua responsabilidade, as sociedades resultantes ou as que receberam parcelas do
patrimônio terão que assumir estes compromissos na proporção dos patrimônios recebidos.
No entanto, essa solidariedade poderá ser excluída em caso de cisão parcial desde que
esta intenção conste no protocolo e seja aprovada pela assembléia geral que deliberar sobre a
cisão. Além deste aspecto não poderá haver oposição dos credores anteriores a cisão.
Entretanto, a oposição dos credores será individual, isto é, se algum credor não se opor ao
afastamento da solidariedade em relação aos seus créditos, mediante notificação desta
oposição à sociedade no prazo de 90 dias a contar da efetivação da cisão, ele não poderá
invocar a solidariedade, prevalecendo, para ele, a estipulação ou a deliberação da assembléia.
A lei trata da cisão parcial, além dos aspectos já analisados, nos parágrafos 2º e 3º do
art. 229, ao dispor que:
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Conforme vimos, a cisão pode ser total ou parcial. Na cisão total a empresa cindida
desaparece, enquanto que na cisão parcial a empresa cindida remanesce, porém com
patrimônio menor, pois repassa parcela do seu patrimônio às empresas sucessoras. Assim,
supondo que a empresa SYNO S.A. passe pelo processo de cisão, sendo criadas duas empresas
novas para absorverem parcelas do seu patrimônio, poderemos ter as seguintes situações:
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AÇOS S.A.
Cisão Parcial SYNO S.A. SYNO S.A.
COBRAS SOLTAS S.A.
AÇOS S.A.
Cisão Total SYNO S.A.
COBRAS SOLTAS S.A.
EXEMPLO PRÁTICO
Vejamos o exemplo de uma cisão parcial com criação de uma nova empresa.
Por ocasião da decisão dos acionistas, pela operação de cisão, a empresa possuía o
seguinte patrimônio:
Tomando por base este balanço, que teoricamente apresenta valores de mercado, os
acionistas decidiram que a nova empresa receberia parcelas proporcionais do ativo e do
passivo. Desta forma, após a cisão, cada empresa permanece com uma parcela dos bens,
direitos e obrigações proporcional ao percentual que lhe foi atribuído pelo processo de cisão.
Isto nos faz imaginar que existe uma contabilidade segregada para tais ativos e passivos e,
como conseqüência, dos resultados e do patrimônio líquido.
É recomendável que todas as reservas e outras contas que integram o patrimônio líquido
sejam capitalizadas antes de efetuar o processo de cisão. Este processo objetiva a conversão
da parcela do patrimônio líquido da sociedade cindida em capital social na sociedade
resultante, afinal a sociedade resultante é uma sociedade nova e como tal deverá possuir em
seu patrimônio líquido somente o capital social.
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Porém, se não houver essa capitalização das contas do Patrimônio Líquido, elas serão
transferidas na proporção da cisão.
Caso interessante diz respeito a reserva de reavaliação, pois ela constará no patrimônio
da empresa que receber os bens reavaliados como tal, isto é, teremos no patrimônio líquido da
sociedade que receberá os bens a conta de reserva de reavaliação.
Observe que neste caso os valores do patrimônio líquido foram capitalizados antes do
processo de cisão e que o percentual transferido para a empresa nova foi de 25% do valor dos
bens, direitos obrigações e, como conseqüência, o mesmo percentual do patrimônio líquido.
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a) ágio e deságio, quando o fundamento econômico tiver sido a diferença entre o valor
de mercado dos bens e o seu valor contábil, devem ser contabilizados nas contas
representativas dos bens que lhe deram origem. No caso de ágio, a contrapartida será uma
reserva especial de ágio no patrimônio líquido;
Atenção!
Perceba que a contabilização, no processo de incorporação, se
diferencia em razão de a incorporadora ser a controlada ou a
controladora. No caso de controladora ser incorporada pela sua
controlada, o deságio vai para Resultados de Exercícios Futuros!
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3º) Para baixar os elementos patrimoniais, a sociedade sucedida encerra todas as contas
de ativo, passivo e patrimônio líquido em contrapartida de uma conta denominada de contas
de incorporação, contas de fusão ou contas de cisão;
Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários
definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela
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Com relação ao pagamento do imposto devido, o art. 861 do RIR/99 estabelece que: O
pagamento do imposto correspondente a período de apuração encerrado em virtude de
incorporação, fusão ou cisão e de extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação
deverá ser efetuado até o último dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do evento.
Ressalta, ainda que neste caso não poderá ser aplicada a forma de pagamento em até três
parcelas, isto é, o prazo é fatal e o pagamento deve ser efetuado em uma única vez, ou seja,
em cota única.
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Art. 514. A pessoa jurídica sucessora por incorporação, fusão ou cisão não
poderá compensar prejuízos fiscais da sucedida (Decreto-Lei nº 2.341, de 29
de junho de 1987, art. 33).
Parágrafo único. No caso de cisão parcial, a pessoa jurídica cindida poderá
compensar os seus próprios prejuízos, proporcionalmente à parcela
remanescente do patrimônio líquido (Decreto-Lei nº 2.341, de 29 de junho de
1987, art. 33, parágrafo único).
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9. FORMAS DE EXTINÇÃO
As sociedades são constituídas para exercer o objeto social inscrito nos seus atos
constitutivos, enquanto que a dissolução é o marco final do exercício dessa destinação.
Consoante as disposições da Lei das S.A., a dissolução poderá ser operada de forma
amigável, judicial ou por ato do Poder Executivo. Será amigável quando os sócios ou acionistas
acordam, pacificamente, o encerramento da sociedade, quer por disposição estatutária ou
contratual, quer por meio de um distrato firmado entre os interessados. Já a dissolução judicial
depende de prévia provocação do poder judiciário por parte dos interessados e se opera por
meio de sentença definitiva, com base na comprovação dos motivos alegados.
Assim, estamos diante de um processo que se inicia com a dissolução, que pode ser
voluntária ou compulsória (judicial ou por ato de Autoridade Administrativa), seguido da
liquidação, que consiste na realização do ativo e na satisfação do passivo com distribuição de
eventuais sobras, culminando com a extinção da sociedade que consiste no desaparecimento
da personalidade jurídica, pela prática dos atos necessários para tal junto aos órgãos de
registros competentes.
9.1. DISSOLUÇÃO
Portanto, entende-se por dissolução da sociedade o ato pelo qual se tem como extinta ou
terminada a existência legal da sociedade civil ou comercial. Pode decorrer de vários motivos,
isto é, da vontade unânime dos sócios ou por imposição da própria lei.
a) Formas de Dissolução
I) De Pleno Direito:
quando provado que não pode preencher o seu fim em ação proposta por acionistas que
representem 5% ou mais do capital social;
b) Efeitos
9.2. LIQUIDAÇÃO
O liquidante poderá ser destituído, a qualquer tempo, pelo órgão que o tiver nomeado.
b) Liquidação Judicial
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arquivar e publicar a ata da assembléia geral, ou certidão de sentença, que tiver liberado
ou decidido a liquidação;
fazer levantar, de imediato, em prazo não superior ao fixado pela assembléia geral, ou
pelo juiz, o balanço patrimonial da companhia;
exigir dos acionistas, quando o ativo não bastar para a solução do passivo, a
integralização de suas ações;
convocar a assembléia geral, nos casos previstos em lei ou quando julgar necessário;
Sem expressa autorização da assembléia geral o liquidante não poderá gravar bens e
contrair empréstimos, salvo quando o indispensável ao pagamento de obrigações inadiáveis,
nem prosseguir, ainda que para facilitar a liquidação, na atividade social.
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O liquidante convocará a assembléia geral a cada 6 (seis) meses, para prestar-lhe contas
dos atos e operações praticados no semestre e apresentar-lhe o relatório e o balanço do
estado de liquidação; a assembléia geral pode fixar, para essas prestações de contas, períodos
menores ou maiores que, em qualquer caso, não serão inferiores a 3 (três) nem superiores a
12 (doze) meses.
A satisfação do Passivo:
Se o ativo for superior ao passivo, o liquidante poderá, sob sua responsabilidade pessoal,
pagar integralmente as dívidas vencidas.
A assembléia geral pode deliberar que antes de ultimada a liquidação, e depois de pagos
todos os credores, se façam rateios entre os acionistas, à proporção que se forem apurando os
haveres sociais.
É facultado à assembléia geral aprovar, pelo voto de acionistas que representem 90%
(noventa por cento), no mínimo, das ações, depois de pagos ou garantidos os credores,
condições especiais para a partilha do ativo remanescente, com a atribuição de bens aos
sócios, pelo valor contábil ou outro por ela fixado.
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Da prestação de Contas:
Da responsabilidade na Liquidação:
Encerrada a liquidação, o credor não satisfeito só terá o direito de exigir dos acionistas,
individualmente, o pagamento de seu crédito, até o limite da soma, por eles recebida, e de
propor contra o liquidante, se for o caso, ação de perdas e danos. O acionista executado terá
direito de haver dos demais a parcela que lhes couber no crédito pago.
9.3. EXTINÇÃO
A extinção é o ato final do processo e consiste, basicamente, em dar baixa dos atos
constitutivos e dos registros nos órgãos competentes em nível federal, estadual e municipal.
Neste último caso, não há devolução do patrimônio aos sócios, uma vez que este passa a
fazer parte de uma outra empresa que sucede a extinta em seus direitos e obrigações. Os
sócios recebem da sucessora as ações que lhe couberem em função da incorporação, fusão ou
cisão.
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10.CONSÓRCIO
Por fim, não há que se comparar o consócio com grupo de sociedades, que geralmente
possui amplo espectro de atuação, visto que o consórcio é constituído para a execução de fim
específico e determinado, encontrando-se sublinhado, como principal matriz legal, na lei das
SA.
A lei das SA trata do consórcio nos arts. 278 e 279. Conforme aquele dispositivo legal,
infere-se que o consórcio possui caráter mercantil e objetiva somar recursos operacionais e/ou
financeiros, surgindo, assim, o consórcio operacional e o consórcio instrumental, conforme
sejam os objetivos a consecução de um fim específico ou a execução de determinados
serviços, obras e concessões.
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12.NORMATIZAÇÃO DA CVM
DO ÂMBITO E FINALIDADE
Art. 1o São regulados pelas disposições da presente Instrução, relativamente
às operações de incorporação, fusão e cisão envolvendo companhia aberta:
I - a divulgação de informações;
II - o aproveitamento econômico e o tratamento contábil do ágio e do
deságio;
III - a relação de substituição das ações dos acionistas não controladores;
IV - a obrigatoriedade de auditoria independente das demonstrações
financeiras;
V - o conteúdo do relatório da administração;
VI - hipóteses de exercício abusivo do poder de controle; e
VII - o fluxo de dividendos dos acionistas não controladores.
§1o O disposto nesta Instrução aplica-se, independentemente da respectiva
forma societária, às sociedades comerciais que façam parte das operações de
que trata o caput deste artigo.
§2o Para os efeitos desta Instrução, equiparam-se às companhias abertas as
sociedades beneficiárias de recursos oriundos de incentivos fiscais registradas
na CVM, e as demais sociedades cujas ações sejam admitidas à negociação
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AUDITORIA INDEPENDENTE
Art. 12. As demonstrações financeiras que servirem de base para operações
de incorporação, fusão e cisão envolvendo companhia aberta deverão ser
auditadas por auditor independente registrado na CVM.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, ainda, aos casos de
incorporação de ações previstos no art. 252 da Lei no 6.404/76.
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224, 225, 226, 227, 228, 229, 230, 231 e 264, da Lei no 6.404/76, assim
como a violação das obrigações e o descumprimento dos prazos previstos
nesta Instrução, e a prática de atos com exercício abusivo do poder de
controle.
Parágrafo único. Estão sujeitos às penalidades previstas em lei, conforme o
caso, a companhia aberta, os membros dos conselhos de administração e
fiscal, e da diretoria, os integrantes de seus órgãos técnicos ou consultivos,
bem como quaisquer outras pessoas naturais ou jurídicas que tenham
concorrido para a infração.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 18. Aplica-se às operações já concretizadas o disposto nos arts. 6o,
incisos I a III e §3o, 8o, 14 e 16 desta Instrução, sem prejuízo da apuração de
eventual prática de exercício abusivo do poder de controle.
Art. 19. O estatuído nos arts. 2o, 3o, caput, 5o, 6o, §§ 1o e 2o, 7o, 9o, 10 e 11
desta Instrução não será aplicável às operações precedidas, nos últimos
sessenta dias, de oferta pública voluntária de compra de ações, diretamente
relacionada com a operação a ser realizada.
Art. 20. Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação no Diário
Oficial da União.
FRANCISCO DA COSTA E SILVA
Presidente
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01) (AFTN-1996-Esaf) A operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por
outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações, é chamada de
a) Fusão
b) Consórcio
c) Incorporação
d) Cisão
e) Monopólio
03) (AFRF-2001-Esaf) De acordo com a Lei 6.404/76 - Lei das S/A., incorporação é
operação pela qual
a) se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova que lhes sucederá em todos
os direitos e obrigações.
b) uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e
obrigações.
c) a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades,
constituídas para esse fim, ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver
versão de todo o seu patrimônio, e dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.
d) se unem duas ou mais sociedades sem formar uma sociedade nova.
e) a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, sem
extinguir a sociedade cindida.
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d) dando destaque entre outros itens aos benefícios esperados de natureza patrimonial,
empresarial, legal e financeira e demais efeitos positivos da operação bem como os
eventuais fatores de risco envolvidos
e) dando destaque apenas aos itens de natureza patrimonial, financeira e legal, no prazo de 30
dias após a realização da assembléia geral e publicando 90 dias após a assembléia
17) (AFTN-1998-Esaf) Indique, nas opções abaixo, aquela que não guarda relação quanto à
dissolução de uma companhia.
a) quando provado que não pode preencher o seu fim, em ação proposta por acionistas que
representem 1% do capital social
b) quando anulada a sua constituição, em ação proposta por qualquer acionista
c) em caso de falência, na forma prevista na respectiva lei
d) pelo término do prazo de duração estabelecido para suas atividades
e) nos casos previstos no estatuto
20) (AFRF-2002-Esaf) A operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar
uma nova é denominada
a) fusão
b) incorporação
c) cisão
d) consórcio
e) sucursal
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30) (AFRF-2002-Esaf) De acordo com a Lei 6.404/76 - Lei das S/A., incorporação é
operação pela qual
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31) (AFRF-2003) É fator condicional para a efetivação das condições aprovadas, de operação
de fusão se os peritos nomeados determinarem que o valor dos patrimônios líquidos vertidos
para a formação do novo capital social seja:
a) inferior a 20% do capital preferencial das empresas envolvidas.
b) pelo menos, igual ao montante do capital a realizar.
c) no máximo 50% do capital ordinário anterior de cada uma das empresas.
d) inferior ao total do capital preferencial anterior de cada uma das empresas.
e) totalmente integralizado e superior a 50% do capital ordinário.
32) (AFRF-2003) A Cia. Alternativa emitiu debêntures 1998, que ainda estavam em
circulação em 2000, ano em que essa empresa passa por um processo de cisão. Com
relação à integridade dos direitos dos debenturistas, pode-se afirmar que:
a) os sócios dissidentes do processo de cisão responderão pelo prazo de 5 anos pelo valor de
resgate das debêntures.
b) a responsabilidade pelo resgate das debêntures somente poderá ser repassada aos
acionistas ordinários que permanecerem nas novas sociedades.
c) os sócios dissidentes do processo de cisão responderão pelo prazo de 10 anos pelo valor de
resgate das debêntures.
d) tanto a sociedade cindida quanto aquelas que absorveram parcelas de seu patrimônio
respondem solidariamente pelo resgate das debêntures.
e) apenas as novas sociedades surgidas do processo de cisão serão responsáveis pelo resgate
das debêntures na proporção registrada em seus passivos.
33) (AFRF-2003) Em casos de liquidação de sociedades não é dado poder ao liquidante, sem
a expressa autorização de assembléia, de:
a) alienar bens móveis e imóveis da empresa em liquidação.
b) receber e dar quitação em recebíveis da empresa em liquidação.
c) convocar assembléia geral a cada 6 meses para prestar contas das operações praticadas.
d) representar a companhia e praticar todos os atos necessários à liquidação.
e) prosseguir na atividade social, ainda que, para facilitar o processo de liquidação, sem a
expressa autorização da assembléia geral.
36) (Petrobras-CESPE-2004) Fusão é uma operação pela qual se unem duas ou mais
sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e
obrigações. Cisão refere-se à transferência total do patrimônio da companhia para uma ou
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GABARITO
01 – C 02 – C 03 – B 04 – C E E E C 05 – D
06 – E 07 – B 08 – B 09 – C C E E E 10 – C C E C E
11 – C E E E E 12 – C C E E C 13 – E 14 – D 15 – A
16 – B 17 – A 18 – C 19 – C 20 – A
21 – B 22 – A 23 – B 24 – D 25 – A
26 – C 27 – E 28 – A 29 – E 30 – D
31 - B 32 - D 33 - E 34 – E 35 – C
36 – E 37 – C 38 – C
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Aula 04
1. INTRODUÇÃO
A Lei nº 6.404, de 30 de outubro de 1976 (Lei 6.404/76) estabelece, no art. 176, que as
demonstrações contábeis obrigatórias são: balanço patrimonial; demonstração dos lucros ou
prejuízos acumulados; demonstração do resultado do exercício; e demonstração das origens e
aplicações de recursos. No § 4º do mesmo dispositivo nos é informado que as demonstrações
serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou
demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados do exercício.
Percebe-se que a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) não é obrigatória, mas
encontra amparo no § 4º do art. 176 da Lei 6.404/76, quando ela estabelece que as
demonstrações são complementadas por outros quadros ou demonstrações contábeis
necessários para o esclarecimento da situação patrimonial. De fato, a DFC complementa e
esclarece a situação patrimonial no concernente ao aspecto financeiro do patrimônio, servindo
de apoio ao processo decisório na gestão empresarial.
Em que pese não haver disposição expressa na lei societária sobre a DFC, a nova lei de
falências, Lei no 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, no art. 105, inciso I, alínea “d”, dispõe
que:
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futuras e fluxos de caixa e que não estão incluídos nos equivalentes de caixa.
Exemplos são os desembolsos para aquisição de ativo imobilizado, intangível
e outros ativos de longo prazo, recebimentos pela venda de ativo imobilizado,
aquisição ou venda de ações ou instrumentos de dívida de outras entidades.
Atividades de financiamento: são atividades que resultam em mudanças no
tamanho e na composição do patrimônio líquido e empréstimos a pagar da
entidade, que representam exigências impostas a futuros fluxos de caixa
pelos fornecedores de capital à entidade. Exemplos são o numerário
proveniente da emissão de ações ou instrumentos de capital, pagamento a
investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade, numerário
proveniente da emissão de debêntures, tomada de empréstimo a curto e
longo prazo, amortização de empréstimos e, pagamento de arrendamento
(lease).
Métodos para apresentação
A entidade pode usar o método direto ou indireto para reportar o fluxo de
caixa das atividades operacionais, sendo encorajado o método direto. No
método direto as principais classes de recebimentos e desembolsos são
divulgados e, no método indireto, o fluxo de caixa líquido das atividades
operacionais é determinado ajustando-se o resultado (lucro ou prejuízo): (i)
pelos efeitos das transações que não afetam o caixa, como depreciação,
diferimentos e provisões, lucros ou prejuízos cambiais não realizados, lucros
não distribuídos de investidas e interesses minoritários, (ii) variações
ocorridas no período nos estoques e nas contas a receber e a pagar e, (iii)
todos os outros itens de receita e despesa relativos a fluxos de caixa de
atividades de investimento e financiamento, (iii) todos os outros itens de
receita e despesa relativos a fluxos de caixa de atividades de investimento e
financiamento.
Aspectos de classificação e divulgação
a) A entidade deve destacar as principais classes de recebimento e
pagamentos decorrentes das atividades de investimento e financiamento pelo
valor bruto;
b) Os fluxos de caixa de transações em moeda estrangeira devem ser
registrados na moeda em que estão expressas as demonstrações contábeis da
entidade, convertendo-se o montante em moeda estrangeira à taxa cambial
na data do fluxo de caixa;
c) Quando um contrato é contabilizado como proteção (hedge) de uma
posição identificável, os fluxos de caixa do contrato são classificados do
mesmo modo como os fluxos de caixa da posição que está sendo protegida.
d) os fluxos de caixa referentes a itens extraordinários devem ser
classificados como resultantes de atividades operacionais, de investimento ou
de financiamento, conforme o caso, e separadamente divulgados;
e) os fluxos de caixa referentes aos juros, dividendos e impostos de renda
devem ser divulgados separadamente e de maneira uniforme no grupo em
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2. CONCEITO
Embora o nome dado ao demonstrativo seja Fluxo dos Caixas ou Fluxo de Caixa, a sua
demonstração se prende a informar, basicamente, de onde vem e para onde vão os recursos
aplicados em disponibilidades, representados pelo dinheiro em caixa, depositado em banco e
as aplicações financeiras de liquidez imediata, isto é, envolve o conceito de equivalente de
caixa.
Surge, assim, o conceito de equivalentes de caixa que são aquelas aplicações financeiras
de curtíssimo prazo de liquidez imediata.
Desta forma, pelo fluxo de caixa realizado, é possível evidenciar que determinada
entidade, mesmo apresentando resultados positivos, não possui liquidez para saldar seus
compromissos assumidos em curto ou em médio prazo, visto que a DFC apresenta as
alterações sofridas no disponível da sociedade. De forma diversa, a DOAR evidencia alterações
no Capital Circulante Líquido que, geralmente, não representa liquidez, pois traz no seu bojo
todo ativo circulante, incluindo contas como duplicatas a receber, estoques, despesas
antecipadas etc.
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maior, ao passo que sob a ótica do controle da execução orçamentária o fluxo de caixa
realizado ganha relevo.
Por meio do fluxo de caixa projetado o administrador pode planejar os seus pagamentos
e terá em suas mãos a programação financeira de determinado período. O planejamento pode
envolver as entradas e saídas de recursos financeiros a curtos e médios prazos.
Assim, podemos dizer que a DOAR evidencia as origens e as aplicações de recursos que
alteram o Capital Circulante Líquido ao passo que a DFC evidencia as origens e aplicações de
recursos que alteram o disponível.
Ressalta-se que na DFC são demonstradas tanto as origens quanto as aplicações dos
recursos financeiros que transitaram pelo disponível de determinada entidade.
Sempre é bom lembrar que por disponível se entende: Caixa + Bancos + Aplicações
Financeiras de liquidez imediata ou Investimentos de liquidez imediata.
3. DEFINIÇÕES IMPORTANTES
entretanto, geralmente, estão presentes naquele demonstrativo. Nestas atividades devem ser
evidenciadas também outras receitas que não se amoldem aos conceitos de atividades de
investimento e financiamento. Elas podem ser exemplificadas pelo recebimento em dinheiro
decorrente da venda de bens e serviços, pagamento aos fornecedores por compra de
materiais, pagamentos aos funcionários, pagamentos a seguradores por prêmios e impostos
etc.
Dessa forma, apenas as transações que afetam o fluxo de caixa devem ser apresentadas
na demonstração dos fluxos de caixa.
financiamentos. Também, deverá ser apresentada uma conciliação entre o resultado e o fluxo
de caixa líquido gerado pelas atividades operacionais visando fornecer informações sobre os
efeitos líquidos das transações operacionais e de outros eventos que afetam o resultado.
A par dos demais princípios contábeis, a DFC fica adstrita ao regime de caixa, não lhe
sendo aplicável o princípio da competência e os demais princípios fundamentais de
contabilidade.
Na preparação da demonstração dos fluxos de caixa, poderá ser utilizado o método direto
ou indireto.
O método direto caracteriza-se por apresentar os componentes dos fluxos por seus
valores brutos, ao menos para os itens mais significativos dos recebimentos e dos
pagamentos.
Tanto pelo método direto quanto pelo método indireto deve-se fazer a conciliação do
resultado do exercício com o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais. Todos os
ajustes de conciliação entre o resultado e o caixa gerado pelas atividades operacionais devem
ser claramente identificados como itens de conciliação.
EXEMPLOS
9 ativo permanente.
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9 Integralização de capital;
9 Colocação de títulos a longo prazo (debêntures e equivalentes);
9 Obtenção de empréstimos externos (curto e longo prazos).
6. FORMAS DE ELABORAÇÃO
Essa forma de elaboração e apresentação do fluxo de caixa, proposta por aquele órgão
americano, aumenta a capacidade informativa desta ferramenta gerencial e foi referendada, de
certa forma, pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON, por meio do
Pronunciamento nº 20, de 30/04/1999, publicado no D.O.U. em 30/04 e pela CVM, por meio
OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SNC/SEP Nº 01/2005, de 25 de fevereiro de 2005.
Analisando a DFC, considerando este grupo, é possível perceber qual é a atividade que
mais contribui para a formação do caixa operacional, bem como é possível perceber qual é a
atividade operacional que mais absorve recursos financeiros.
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É de ressaltar que nas atividades operacionais está incluído o aumento de REF, por
representar efetivo ingresso de recursos no disponível (decorrente de vendas ou prestações de
serviços futuros), embora seja classificada em conta que não representa circulante.
A semelhança da apresentação deste método com a DOAR nos autoriza a dizer que todos
os valores movimentados num dado período, com exceção do disponível, ou são origens ou
são aplicações de recursos financeiros, com exceção das variações patrimoniais que
representam ingresso ou saída de disponível.
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Por outro lado, as reduções de Ativo Circulante e o aumento do passivo circulante, que
não seja em disponibilidades, representam origens de recursos financeiros ou disponibilidades.
Até o momento, analisamos uma forma mais prática de demonstrar ou apurar o valor das
disponibilidades. Entretanto, este demonstrativo possui uma forma própria, técnica, de ser
apresentado. A estrutura mais técnica da Demonstração do Fluxo de Caixa, por este método,
considerando as atividades segmentadas em seus três grupos, se apresenta da seguinte
forma:
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Assim, a DFC elaborada pelo método indireto se assemelha, em sua estrutura, à DOAR,
assumindo os mesmos predicados da demonstração exigida pela lei societária, ou seja, é
complexa e de difícil entendimento. A DFC elaborada pelo método direto, por sua vez, é mais
objetiva e de mais fácil entendimento e interpretação sendo, por isso, estimulada a sua
elaboração.
Pelo método direto da DFC, no fluxo das atividades operacionais, são apresentados os
ingressos e as saídas no disponível em lugar do resultado do exercício ajustado que é utilizado
na demonstração pelo método indireto. Isso possibilita uma visão mais clara das
movimentações de recursos financeiros, pois apresenta, em único demonstrativo, as operações
que influenciaram as disponibilidades, facilitando a análise aos usuários, principalmente aos
que não possuem grandes conhecimentos em contabilidade.
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Assim, a estrutura de apresentação da DFC pelo método direto, por grupo de atividades,
segue, basicamente, o seguinte roteiro:
Verifica-se que a demonstração do fluxo de caixa pelo método direto torna a avaliação da
solvência e da liquidez da empresa mais fáceis, pois evidencia toda a movimentação dos
recursos financeiros decorrentes das operações, demonstrando as origens dos recursos de
disponibilidades e suas respectivas aplicações.
Pelo exposto, podemos concluir que o fluxo de caixa representa uma poderosa e
imprescindível ferramenta de gestão à disposição do administrador, não só pelo aspecto
financeiro, mas, também, sob o aspecto decisório. Neste contexto, o fluxo de caixa projetado
serve de planejamento e acompanhamento dos ingressos e saídas dos recursos financeiros, ao
passo que o fluxo de caixa realizado serve, para o administrador, como meio de controle e
para o usuário externo serve para análise de tendência e do comportamento dos ingressos e
saídas de recursos do disponível.
7. EXERCÍCIO DESENVOLVIDO
SOLUÇÃO:
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2 – A provisão para o IR e CSLL, que foram deduzidas para obter o resultado líquido do
exercício, não foi paga. Desta forma, ela foi adicionada ao lucro, visto não ter havido
desembolso;
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3 – O custo do Ativo Permanente alienado (Imobilizado), deve ser excluído das atividades
das operações porque serão analisados nas atividades de investimentos, se representarem
efetivos desembolsos;
4 – Os juros pagos sobre empréstimo para imobilizado foram excluídos das atividades
operacionais porque devem fazer parte das atividades de financiamentos;
5 – As compras a prazo e diminuição do estoque são valores que fazem parte do CMV e
não representam saídas de disponibilidades. O valor apresentado foi encontrado segundo o
seguinte cálculo: CMV – Compras à vista;
6 – As vendas a prazo não representam ingressos, por isso foram excluídas do resultado;
Desta forma este grupo das atividades de investimentos contribuiu na formação do caixa
líquido com o valor de R$ 15.330,00;
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Constata-se que os valores finais são idênticos aos encontrados na demonstração pelo
método indireto e que a efetiva diferença existente entre esta forma de demonstração com a
forma indireta reside nas informações contidas no fluxo das atividades das operações.
No método direto, no fluxo das atividades das operações, são apresentadas todas as
contas que interferiram na formação das disponibilidades, ao passo que pelo método indireto
não se possui esta informação, visto que se parte do Resultado do Exercício ou período
considerado.
Para satisfazer o quesito 2 podemos utilizar dois caminhos diferentes. Um deles, quando
dispomos de todos os valores, é adotar o método direto fazendo constar nele os recebimentos
líquidos dos clientes no período considerado. O outro modo de obtermos o fluxo de caixa
decorrente das vendas de mercadorias e serviços é partir do saldo anterior de clientes ou
duplicatas a receber.
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ATIVO
Duplicatas a receber – clientes 123.650,00 364.860,00
( - ) Provisão para devedores duvidosos (7.240,00) (6.540,00)
( - ) Duplicatas descontadas ----------- (12.000,00)
PASSIVO
Resultado de Exercícios Futuros ----------- 18.000,00
Percebe-se que o valor referente a PDD do início do período foi excluído para apurar o
saldo final de clientes, isto se deve ao fato de não haver menção de reversão dessa provisão,
presumindo-se, assim, que ela foi utilizada, ou seja, a previsão ou estimativa inicial de que
certa quantia dos clientes não seria recebida foi confirmada.
Desta forma, o valor do Fluxo de caixa gerado pelos clientes pode ser representado do
seguinte modo:
1 – Soma dos valores que poderiam ter sido recebidos de clientes como as vendas totais,
o saldo da conta clientes no início do período, o aumento de REF e os valores referentes a
duplicatas descontadas no período.
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Atenção!
Nas provas de concursos dispomos, geralmente, apenas dos
elementos para apurar os valores recebidos de clientes por
este método, ou seja, dispomos dos balanços de dois
períodos mais as receitas de vendas do período considerado.
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da
companhia e as mutações ocorridas no exercício:
I - balanço patrimonial;
II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III - demonstração do resultado do exercício; e
IV - demonstração das origens e aplicações de recursos.
...
Para o fisco não há exigência desse demonstrativo. No entanto, ele pode ser útil na
análise de solicitação de parcelamentos de débitos bem como meio de verificação para
comprovar se as receitas foram efetivamente registradas. Outro aspecto que pode gerar algum
interesse para o fisco é o concernente a avaliação da CPMF. Noutro aspecto que ele pode ser
extremamente útil é na análise de viabilidade financeira da empresa, principalmente na
habilitação para operar no comércio exterior.
9. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
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SOLUÇÃO:
A solução deste exercício é relativamente simples, basta conhecermos a fórmula de
apuração do custo das mercadorias vendidas, senão vejamos:
Para o exercício social de 2001 devemos considerar como estoque inicial o valor do estoque
final do exercício social anterior, como de resto para todas as contas patrimoniais. Neste caso
temos que o estoque inicial (Ei) foi de R$ 65.000,00. O estoque final (Ef) é fornecido no
próprio balanço encerrado em 2001, cujo valor é de R$ 70.000,00. Além destes valores, foi
fornecido o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), no valor de R$ 18.000.000,00.
Assim, partindo do conceito de CMV = Ei + Co – Ef, onde Co representam as compras
líquidas do período, teremos que Co é a única variável que deve ser encontrada. Logo,
substituindo na fórmula os valores já conhecidos, temos:
18.000.000,00 = 65.000,00 + Co – 70.000,00
Co = 18.000.000,00 – 65.000,00 + 70.000,00
Co = R$ 18.005.000,00
Desta forma, a opção correta é a representada pela alternativa “a”.
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SOLUÇÃO:
Perceba que foi solicitado o ingresso proveniente das vendas, logo a análise há de ser feita
em relação ao aumento de disponibilidades geradas pelas vendas, que não precisam ser,
necessariamente, as vendas do período considerado!
1999:
Somente por esse fato poderíamos dizer que houve o ingresso de R$ 5.000.000,00. Mas,
não podemos nos esquecer que dos clientes devedores de 1998 não foram recebidos R$
3.000,00 referentes a PDD.
É de se anotar, ainda, que a soma das vendas no período com valores a receber de
clientes do período anterior representa o valor passível de recebimento, considerando-se para
tanto que as vendas tivessem sido realizadas à vista e que os clientes pagariam,
integralmente, seus compromissos, ou seja, haveria a necessidade de reverter a PDD
constituída no período anterior. Porém, como não houve reversão da PDD do período anterior e
as vendas não foram todas à vista, os seus saldos devem ser deduzidos dos valores passíveis
de recebimento, cujo resultado representa o efetivo ingresso de recursos decorrentes de
vendas.
2000:
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2001:
Agora já podemos ir diretamente ao demonstrativo, pois as explicações relativas aos
exercícios sociais anteriores são também aplicadas aqui, com a ressalva de que neste exercício
houve uma reversão de provisão no valor de R$ 4.000,00, cujo valor deverá ser subtraído de
PDD do período anterior.
Vendas no período = R$ 32.000.000,00
(+) Clientes (1999) = R$ 22.000.000,00
(-) Clientes (2000) = R$ 26.000.000,00
(-) PDD (1999) = R$ 12.000,00
(+) Reversão PDD = R$ 4.000,00
Total recebido = R$ 27.992.000,00
Assim, a resposta correta está contemplada na alternativa de letra “e”.
SOLUÇÃO:
Conforme o saldo apresentado em despesas, para o ano de 2000, tem-se que o seu total
foi de R$ 4.500.000,00. Nos é fornecida a informação que 10% delas foram provisionados, isto
quer dizer que os valores provisionados ainda não foram pagos, logo não houve desembolso
ou diminuição das disponibilidades no valor de R$ 450.000,00.
Outra informação que merece ser analisada diz respeito a contas a pagar, visto que elas
não representam um provisionamento de despesas, mas sim o seu reconhecimento ou a sua
apropriação. Percebe-se que nesta rubrica houve um aumento de R$ 130.000,00 do ano de
1999 para o ano de 2000, logo devemos deduzir também este valor do total de despesas para
apurar o efetivo desencaixe pelo pagamento de despesas.
Assim, teremos o seguinte demonstrativo do desembolso por pagamento de despesas:
Despesas do período R$ 4.500.000,00
(-) Despesas provisionadas R$ 450.000,00
(-) Despesas a pagar R$ 130.000,00
Total desembolsado por despesas R$ 3.920.000,00
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SOLUÇÃO:
Para o exercício social de 2000 devemos considerar como estoque inicial o valor do estoque
final do exercício social anterior. Assim. o estoque inicial (Ei) foi de R$ 30.000,00. O estoque
final (Ef) é fornecido no próprio balanço encerrado em 2000, cujo valor é de R$ 65.000,00.
Além destes valores, foi fornecido o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), no valor de R$
14.500.000,00.
Portanto, partindo do conceito de CMV = Ei + Co – Ef, onde Co representam as compras
líquidas do período, teremos que Co é a única variável que deve ser encontrada. Logo,
substituindo na fórmula os valores já conhecidos, temos:
14.500.00,00 = 30.000,00 + Co – 65.000,00
Co = 14.500.000,00 – 30.000,00 + 65.000,00
Co = R$ 14.535.000,00
Uma vez conhecido o valor total de compras, resta-nos verificar os pagamentos efetuados
aos fornecedores e, para tanto, devemos analisar a conta Fornecedores.
Na análise desta conta, devemos entender o seguinte: se houve aumento no seu saldo de
um período anterior para o de análise, então nem todas as compras do período foram pagas;
se houve diminuição no seu saldo, então no período, além do pagamento de todas as compras
foram pagas compras do período anterior, ou então, foram pagas contas do período anterior
em valor maior do que as não pagas do período atual.
05) (AFRF-2002-Esaf) Das operações listadas a seguir, indique aquela que não tem como
conseqüência alteração nas disponibilidades.
a) diminuições de financiamentos por amortizações
b) novos investimentos de longo prazo
c) aumento de imobilizados por reavaliações
d) créditos concedidos a coligadas e controladas
e) operações com debêntures conversíveis em ações
SOLUÇÃO:
A forma usual de amortizar financiamentos é pelo pagamento, logo o fato da alternativa “a”
gera alteração de disponibilidades, diminuindo-as.
SOLUÇÃO:
Note que no texto, quando definimos o fluxo de caixa pelo método direto, falamos que pelo
método direto da DFC, no fluxo das atividades operacionais, são apresentados os ingressos e
as saídas no disponível em lugar do resultado do exercício ajustado que é utilizado na
demonstração do método indireto. Isto responde a questão, pois pelo método indireto de
apresentação da DFC partimos, efetivamente, do resultado do exercício e o ajustamos por
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SOLUÇÃO:
Conforme definimos no texto, no item 3, as atividades de investimentos
compreendem as transações com os ativos financeiros, as aquisições ou vendas de
participações em outras entidades e de ativos utilizados na produção de bens ou prestação de
serviços ligados ao objeto social da Entidade. As atividades de investimentos não
compreendem a aquisição de ativos com o objetivo de revenda.
Das demonstrações contábeis da Cia. Azulão foram extraídas as contas abaixo com os
seus respectivos saldos:
Período
Contas
2000 2001
Fornecedores 23.000 32.000
CMV 800.000 1.300.000
Compras 750.000 1.200.000
Vendas 2.500.000 6.500.000
Despesas Antecipadas 15.000 240.000
Despesas Totais do Período 1.200.000 4.000.000
Depreciação do Período 320.000 540.000
Tomando como base os dados fornecidos, responda às questões de nº 08 a 10.
08) (AFRF-2002-2-Esaf) O valor pago pelas compras no ano de 2001 foi:
a) 1.300.000
b) 1.200.000
c) 1.191.000
d) 1.101.000
e) 1.091.000
SOLUÇÃO:
O valor total das compras no período foi de R$ 1.200.000,00. Porém, o valor que poderia
ter sido pago no período pelas compras é aquele valor das compras realizadas durante o
período atual mais o saldo das compras do período anterior que não foram pagas,
representadas pela conta Fornecedores. Na mesma linha de raciocínio, devemos excluir, do
valor total que poderia ser pago no período, o valor de compras realizadas a prazo. Então, em
forma de demonstrativo, teremos o seguinte valor pago pelas compras em 2001:
Compras do período = R$ 1.200.000,00
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09) (AFRF-2002-2/Esaf) Se o valor do estoque final for 90.000, o estoque inicial será:
a) 190.000
b) 180.000
c) 120.000
d) 100.000
e) 90.000
SOLUÇÃO:
A solução deste exercício é semelhante a do exercício 01, ou seja, devemos aplicar os
conceitos envolvendo o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV).
O CMV, matematicamente, é obtido pela aplicação da seguinte fórmula: CMV = Ei + Co –
Ef.
Ora, das quatro variáveis envolvidas na fórmula possuímos três, ou seja, nos foi fornecido
o valor do CMV, Co e o Ef.
Desta forma, basta substituir os valores das variáveis na fórmula e apurar o valor do Ei:
1.300.000,00 = Ei + 1.200.000,00 – 90.000,00
Ei = 1.300.000,00 + 90.000,00 – 1.200.000,00
Ei = R$ 190.000,00
Desta forma, a opção correta é a representada pela alternativa “a”.
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SOLUÇÃO:
O ativo circulante do período solicitado é obtido diretamente no Balanço de 19x9
Contas 19x9
Disponibilidades 4.000
Estoques 4.000
Clientes 42.000
Prov. p/Devedores Duvidosos (300)
Duplicatas Descontadas (6.200)
Total 43.500,00
SOLUÇÃO:
O parágrafo segundo do art. 178 da Lei nº 6.404/76, dispõe que:
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Desta forma, segundo a lei, o passivo compreende o PC, PELP, REF e o PL. Logo, para
resolvermos o nosso exercício devemos considerar essa disposição legal.
Contas 19x8 19x9
Empréstimos de L. Prazo 10.000 16.000
Capital Social 30.000 40.000
Reservas de Lucros 500 1.000
Lucros Prejuízos Acumulados 3.000 2.000
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15) SERPRO/2001-ESAF - Com base unicamente nos dados fornecidos pode-se identificar
que:
a) foi efetuado um pagamento de dividendos na ordem de 3.500
b) a Liquidez Imediata apresenta uma acentuada queda em 19x9
c) ocorreram perdas com clientes na ordem de 300 em 19x8
d) houve um aumento de capital com aporte de recursos dos sócios
e) as atividades de investimento geraram um aumento nas disponibilidades
SOLUÇÃO:
Conforme se depreende da análise dos Balanços de 19x8 e 19x9, havia dividendos a pagar no
final de 19x8 no valor de 1.000,00 e no final de 19x9 no valor de 3.500. Como no exercício de 19x9
foi destinado o valor de 3.500,00 a título de dividendos, é de se concluir que o dividendo total
distribuído foi de, no mínimo, 4.500,00. Logo a alternativa “a” está errada.
O índice de liquidez imediata representa o quociente entre as disponibilidades e o passivo
circulante. Assim, o índice, em 19x8, era de 2.000,00/17.000,00 = 0,1176 ou 1/8,5. No exercício
de 19x9 o mesmo índice apresenta o valor de 4.000,00/26.000,00 = 0,1538 ou 1/6,5. Ora, 1/6,5 é
maior do que 1/8,5, logo o índice cresceu e a alternativa “b” está errada.
A PDD constituída em 19x8 foi de 250,00. Não foi informado que houve reversão de parte ou de
toda essa provisão e tampouco que houve alguma baixa da conta clientes por perdas, logo a perda
com devedores duvidosos no exercício social de 19x8 foi de apenas 250,00. Assim, a alternativa “c”
está errada.
No exercício social de 19x9 houve um aumento do capital social na ordem de 10.000,00.
Analisando a origem desse aumento, constata-se que 1.000,00 vieram de lucros acumulados e os
outros 9.000,00 vieram de recursos externos, isto é, dos sócios. Logo a alternativa “d” está correta.
As atividades de investimento compreendem os seguintes valores:
Alienação de imobilizado
(+) Alienação de investimentos
(+) Resgate de investimentos temporários
(-) Integralização de capital em sociedade investida
(-) Aquisição de imobilizado
(-) Aquisição de investimentos
(-) Aplicação no Diferido
Se apurarmos os valores, percebe-se que os investimentos absorveram recursos de
disponibilidades, pois não houve alienação de Ativo Permanente. Houve, isto sim, aquisição
de Permanente. Logo a alternativa “e” está errada.
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d) 280.200
e) 280.000
SOLUÇÃO:
SOLUÇÃO:
As despesas pagas, em 19x9, podem ser apuradas basicamente pela DRE, devendo-se ter
o cuidado de excluir os valores que não representam saídas de disponibilidades como
depreciação e devedores duvidosos. Outro aspecto que merece atenção é o aumento em
contas a pagar de R$ 2.000,00.
Assim, teremos o seguinte demonstrativo de despesas pagas em 19x9:
Despesas administrativas 70.000
Despesas financeiras 8.700
Despesas de vendas 31.500
(-) Aumento de c/ a pagar (2.000)
Total = 108.200
Desta forma, a resposta correta é a letra “c”.
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10.EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Com base unicamente nos dados fornecidos, responder às questões de números 01 a 07.
01) (AFRF-2003) O valor dos ingressos de caixa gerado pelas vendas no período examinado
foi:
a) 159.500
b) 150.000
c) 141.200
d) 139.500
e) 139.200
02) (AFRF-2003) Examinando os dados, verifica-se que a empresa pagou aos fornecedores o
valor de:
a) 89.500
b) 86.500
c) 85.000
d) 82.000
e) 75.500
03) (AFRF-2003) Com base nos dados identificados, pode-se afirmar que a saída de caixa
para o pagamento de despesas foi:
a) 52.700
b) 50.700
c) 44.700
d) 45.500
e) 43.700
05) (AFRF-2003) Com os dados fornecidos e aplicando o método indireto para elaborar o
fluxo de caixa, pode-se afirmar que a contribuição do resultado ajustado para a formação
das disponibilidades é:
a) 21.300
b) 12.000
c) 17.500
d) 20.500
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e) 6.000
06) (AFRF-2003) O valor dos itens de Investimentos que contribuíram para a variação das
disponibilidades é:
a) (5.500)
b) (5.000)
c) (500)
d) 5.000
e) 5.500
11) (INSS-CESPE-2003) O fluxo de caixa pode ser demonstrado pelos métodos direto ou
indireto. Enquanto o primeiro, partindo da receita de vendas, reconstrói a demonstração de
resultado de exercício de cima a baixo quanto ao fluxo de caixa, a fim de determinar o
caixa líquido gerado pelas atividades operacionais, o segundo método, também conhecido
como método da reconciliação, parte do lucro líquido e, por meio de remoção de quaisquer
itens que não afetem o fluxo de caixa, ajusta-se para o regime de caixa. O método indireto
é considerado mais vantajoso do que o método direto por que evidencia as eventuais
diferenças entre o lucro líquido e o dinheiro líquido gerado nas atividades operacionais.
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16) A Lei nº 10.303/01, ao alterar a Lei nº 6.404/76, tornou obrigatória a DFC para as
companhias abertas que tenham suas ações negociadas no mercado secundário, cuja
divulgação deve ser auditada por auditor independente registrado na CVM.
18) O fluxo de caixa projetado ganha ênfase quando o objetivo da empresa é o planejamento
a curto e médio prazos.
19) O fluxo de caixa realizado, quando elaborado por diversos períodos sucessivos, além da
função do controle orçamentário, permite análise de tendência, sendo, portanto,
ferramenta importante para a elaboração do fluxo de caixa projetado.
20) O moderno administrador de empresas pode planejar seus pagamentos e terá em suas
mãos a programação financeira a longo prazo se elaborar o fluxo de caixa projetado. No
entanto, a programação financeira a curto prazo somente será obtida se elaborar o fluxo de
caixa realizado.
21) A DFC evidencia as origens e aplicações de recursos que alteram o disponível ao passo
que a DOAR evidencia as origens e aplicações de recursos que alteram o capital circulante
líquido.
22) O fluxo de caixa pode ser apresentado pelo método direto ou indireto. Em ambos os
métodos de apresentação ou elaboração, recomenda-se a segmentação por atividades por
haver melhor compreensão do seu conteúdo.
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25) Entre as atividades de financiamentos temos a captação de recursos junto aos acionistas
ou cotistas e seu retorno em forma de lucros ou dividendos, a captação de empréstimos
ou outros recursos, sua amortização e remuneração, bem como o recebimento de doações
ou subvenções.
26) Quando, pela sua natureza, pagamentos e recebimentos pareçam ser classificáveis tanto
nas atividades operacionais, nas atividades de investimentos ou nas atividades de
financiamentos, deve-se levar em conta a atividade preponderante da Entidade para a
correta classificação da atividade no fluxo de caixa.
29) A conciliação entre o resultado e o fluxo de caixa líquido gerado pelas atividades
operacionais visa fornecer informações sobre os efeitos líquidos das transações
operacionais e de outros eventos que afetam o resultado.
30) As informações contidas numa demonstração dos fluxos de caixa, quando elaborada
criteriosamente, substituem com vantagens as demais demonstrações contábeis,
dispensando-se, neste caso, a sua elaboração e divulgação.
31) A par de a DFC não ser de elaboração obrigatória, a doutrina ainda não está pacífica sobre
qual é o método mais vantajoso, havendo aqueles que apontam o método direto como o
mais recomendado e outros vêem vantagens no método indireto.
33) Na elaboração da DFC pelo método indireto parte-se do resultado do exercício que deve
ser ajustado mediante adição das despesas que não representaram saídas de caixa e
diminuído das receitas que não geraram ingressos de recursos em disponibilidades.
34) O aumento de contas a pagar como: Salários, Aluguéis, Telefone, etc., ficam excluídos do
resultado ajustado, devendo ser considerados apenas os resultados de exercícios futuros e
as depreciações no lucro ajustado.
35) Na DFC, pelo método direto, tem-se como vantagem a possibilidade de visualizar o item
de maior contribuição para a formação do caixa líquido.
37) Além dos valores recebidos de clientes, incluem-se nas atividades operacionais os
recebimentos de dividendos e lucros de subsidiárias.
38) Numa empresa que possui como objeto social a incorporação imobiliária, a venda de
imóveis a prazo será lançada na DFC como atividade operacional.
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40) O caixa gerado pelas vendas em dado período deve considerar a diminuição do saldo da
conta clientes do período anterior e o aumento do saldo da conta clientes do período atual,
bem como o valor da PDD constituída no final do período atual.
41) O fluxo de caixa gerado pelo aumento de resultados de exercícios futuros somente deve
ser reconhecido como disponibilidade com a ocorrência do fato gerador da receita, pois do
contrário estaremos desrespeitando o princípio da competência.
44) Em certas circunstâncias ou de modo genérico, poder-se-ia dizer que os ajustes que se
fazem necessários ao resultado do exercício, para obter o lucro ajustado, consistem em
considerar os aumentos do ativo circulante como aplicações de recursos e os aumentos do
passivo circulante como sendo origens de recursos.
45) A demonstração do fluxo de caixa pelo método indireto se assemelha em quase todos os
aspectos à elaboração da DOAR, sendo que a diferença consiste em considerar, também,
as variações ocorridas no capital circulante líquido.
01 – C 02 – A 03 – E 04 – B 05 – D
06 – B 07 – D 08 – A 09 – C 10 - E
11 - C 12 - E 13 – E 14 – E 15 - C
16 – E 17 – C 18 – C 19 – C 20 – E
21 – C 22 – C 23 – C 24 – C 25 – C
26 – C 27 – E 28 – C 29 – C 30 – E
31 – C 32 – C 33 –C 34 – E 35 – C
36 – C 37 – C 38 – E 39 – C 40 – E
41 – E 42 – C 43 – C 44 – C 45 - C
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Aula 05
Art. 117. O acionista controlador responde pelos danos causados por atos praticados
com abuso de poder.
§ 1º São modalidades de exercício abusivo de poder:
a) orientar a companhia para fim estranho ao objeto social ou lesivo ao interesse
nacional, ou levá-la a favorecer outra sociedade, brasileira ou estrangeira, em
prejuízo da participação dos acionistas minoritários nos lucros ou no acervo da
companhia, ou da economia nacional;
b) promover a liquidação de companhia próspera, ou a transformação,
incorporação, fusão ou cisão da companhia, com o fim de obter, para si ou para
outrem, vantagem indevida, em prejuízo dos demais acionistas, dos que trabalham
na empresa ou dos investidores em valores mobiliários emitidos pela companhia;
c) promover alteração estatutária, emissão de valores mobiliários ou adoção de
políticas ou decisões que não tenham por fim o interesse da companhia e visem a
causar prejuízo a acionistas minoritários, aos que trabalham na empresa ou aos
investidores em valores mobiliários emitidos pela companhia;
d) eleger administrador ou fiscal que sabe inapto, moral ou tecnicamente;
e) induzir, ou tentar induzir, administrador ou fiscal a praticar ato ilegal, ou,
descumprindo seus deveres definidos nesta Lei e no estatuto, promover, contra o
interesse da companhia, sua ratificação pela assembléia-geral;
f) contratar com a companhia, diretamente ou através de outrem, ou de sociedade
na qual tenha interesse, em condições de favorecimento ou não eqüitativas;
g) aprovar ou fazer aprovar contas irregulares de administradores, por
favorecimento pessoal, ou deixar de apurar denúncia que saiba ou devesse saber
procedente, ou que justifique fundada suspeita de irregularidade.
h) subscrever ações, para os fins do disposto no art. 170, com a realização em bens
estranhos ao objeto social da companhia. (Alínea incluída pela Lei nº 9.457, de
5.5.1997)
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Para permitir uma adequada interpretação das demonstrações financeiras por parte de
seus usuários e de quem com base nelas vá tomar decisões de caráter econômico-financeiro, é
necessário que as transações entre partes relacionadas sejam divulgadas de modo a fornecer
ao leitor, e principalmente aos acionistas minoritários ou não controlador, elementos
informativos suficientes para compreender a magnitude, as características e os efeitos deste
tipo de transações sobre a situação financeira e sobre os resultados da companhia.
As nações, principalmente em função da internacionalização da economia – a chamada
globalização, estão desenvolvendo, de forma acelerada, o mercado de capitais. Neste processo
a informação das transações é de vital importância que requer celeridade, cabendo à
Contabilidade fornecê-las.
Considerando que os administradores sejam os detentores das informações ou que
tenham acesso a elas dentro da empresa, os principais interessados na divulgação das
informações geradas pela Contabilidade para tomada de decisões, no concernente a
investimentos, são:
a) Acionistas Minoritários;
b) Analista de Investimentos;
c) Investidores no Mercado de Capitais.
Assim, para enfatizar, pode-se dizer que a evidenciação das operações entre partes
relacionadas é fundamental para atender, principalmente, o acionista minoritário e o
usuário externo. Os analistas de investimentos e os investidores no mercado de capitais são
considerados usuários externos, ao passo que os acionistas minoritários, mesmo sendo parte
da empresa, geralmente não têm acesso às informações necessárias a sua análise.
A administração da maioria das empresas possui como característica dificultar o acesso
às suas informações internas, especialmente com relação às transações entre partes
relacionadas. Desta forma, as empresas passaram a ser compelidas, coercitivamente, a
publicar essas informações. Porém, a divulgação inadequada dessas informações por parte das
empresas pode afetar as decisões dos interessados na informação contábil, levando-os a não
realizar determinadas transações ou as realizando em condições adversas.
Neste contexto, o papel da Contabilidade é servir de meio adequado para a divulgação
de todos os aspectos relevantes, possibilitando que os acionistas minoritários, clientes,
credores e demais usuários externos, tenham acesso a essas informações e obtenham a
correta situação patrimonial, financeira e econômica da empresa na qual investiram ou estão
propensos a investir ou transacionar.
Para que possamos entender adequadamente as transações entre partes relacionadas,
é necessário que saibamos, antes, quais são os principais tipos de sociedades relacionadas.
Constata-se na legislação pátria que os principais tipos de empresas relacionadas são:
Sociedades Controladas;
Holding;
Consórcio de Sociedades;
Grupos de Sociedades; e
Sociedades Controladas em Conjunto – Joint Ventures.
Sociedade controlada é aquela que possui a maioria do seu capital votante nas mãos
de uma única pessoa, seja ele física ou jurídica ou um grupo de pessoas, que exercem sobre
ela influência administrativa relevante e preponderante.
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Holding são as sociedades que possuem como principal ou único objetivo participar no
capital social de outras sociedades, administrando-as, sendo que as empresas controladas
(administradas) mantêm uma certa autonomia. É objetivo de uma holding controlar outras
empresas, formulando estratégias de ação, oferecendo assessoria jurídica e financeira, sem
contudo exercer o controle operacional.
Encontramos a previsão legal da existência das holdings no art. 2º, § 3º, da Lei nº
6.404/76, que dispõe: “A companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades;
ainda que não prevista no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto
social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais.”.
As holdings podem ser puras, mistas ou familiares. São chamadas de holdings puras
aquelas que são criadas com o objetivo especifico de participar de outras sociedades, cuja
receita esperada é decorrente do recebimento de lucros e dividendos. Mistas são as holdings
que além de possuírem objetivos diversos, possuem o objetivo social de participar no capital
social de outras sociedades. Chama-se de holding familiar ou patrimonial àquele
empreendimento criado para afastar da direção dos negócios os acionistas e herdeiros
inexperientes.
O consórcio de sociedades está previsto na Lei nº 6.404/76, nos arts. 278 e 279.
Segundo esses dispositivos, o consórcio de sociedades é desprovido de personalidade jurídica,
operando, normalmente, em nome de cada uma das empresas que compõem o consórcio.
O grupo de sociedades é outra figura regulado pela Lei nº 6.404/76, por meio do
arts. 265 a 277, cujo estudo detalhado será feito no capítulo relativo a consolidação das
demonstrações contábeis.
Uma Joint Venture se caracteriza pelo compartilhamento do controle societário por
diversas empresas ou investidores, estabelecendo as regras de relacionamento entre elas, sem
interferir na estrutura societária, restringindo-se aos aspectos operacionais. Os principais
objetivos visados na constituição de uma Joint Venture são a troca ou transferência de
tecnologia, experiências e a realização de operações de forma conjunta. Assim, numa Joint
Venture não há participação societária. Apenas há um relacionamento operacional por certo
prazo, pelo qual as empresas menos desenvolvidas recebem apoio de outra mais desenvolvida.
Entretanto, as empresas necessitam conviver com a ingerência operacional de terceiros.
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Entre outras transações com partes relacionadas que devem ser divulgadas, as a seguir
listadas são de divulgação obrigatória quando constatada sua ocorrência por parte das
empresas relacionadas:
4 - CRITÉRIOS DE DIVULGAÇÃO
Os saldos existentes à data do balanço e as transações ocorridas que mereçam
divulgação devem ser destacados nas demonstrações financeiras como segue.
• Saldos e transações inseridos no contexto operacional habitual das empresas devem
ser classificados em conjunto com os saldos e transações da mesma natureza.
• Saldos e transações não inseridos no contexto operacional devem ser classificados
em itens separados.
A divulgação de tais operações pode ser feita no corpo das demonstrações financeiras
ou em notas explicativas. Em qualquer caso, deve-se fornecer detalhes suficientes para
identificação das partes relacionadas e de quaisquer efeitos relevantes ou não estritamente
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A lei das sociedades por ações traz diversos dispositivos que regem as relações
empresariais, referindo-se às obrigações dos administradores e controladores.
A CVM, dentro de sua competência normativa, aprovou através da Deliberação nº
26/86 o Pronunciamento do IBRACON denominado “Transações entre Partes Relacionadas”.
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), por meio da RESOLUÇÃO CFC Nº 973/03,
que aprova a Norma Brasileira de Contabilidade - NBC T 17 – Partes Relacionadas, também se
pronunciou sobre o assunto.
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OPINIÃO DO IBRACON
Critérios de divulgação
8. Os saldos existentes à data do balanço e as transações ocorridas que mereçam divulgação
devem ser destacados nas demonstrações financeiras como segue:
· Saldos e transações não inseridos no contexto operacional normal devem ser
classificados em itens separados.
9. A referida divulgação pode ser feita no corpo das demonstrações financeiras ou em notas
explicativas, qual seja o mais prático, respeitada a condição de fornecer detalhes
suficientes para identificação das partes relacionadas e de quaisquer condições essenciais
ou não estritamente comutativas inerentes às transações em pauta. Deve ser indicado, em
todos os casos, se as transações foram feitas a valores e prazos usuais no mercado ou de
negociações anteriores que representam condições comutativas.
10. No caso de transações com fornecedores, clientes ou financiadores com os quais a
empresa mantém uma relação de dependência econômica, financeira ou tecnológica, os
saldos ou os montantes das operações efetuadas durante o exercício deverão ser
divulgados como uma explicação sucinta da natureza do relacionamento ou da
dependência. Esta divulgação poderá ser incluída na nota explicativa referente às
operações ou saldos normais do mesmo tipo (por exemplo: clientes, financiamentos etc.)
ou em nota específica.
11. Por fim, deve-se ressaltar que o conceito de apresentação adequada das demonstrações
financeiras pressupõe um fator importante no processo de tomada de decisão quanto à
divulgação ou não das transações com partes relacionadas, que é a relevância dos
mesmos. Deve-se medir convenientemente a relevância de quaisquer discrepâncias ou
variações em relação às práticas aceitas decorrentes daquelas transações, antes de se
decidir pela sua divulgação.
12. Nas demonstrações financeiras consolidadas que incluam as partes relacionadas, como
regra geral não será necessária a divulgação da maioria dos saldos e transações com
partes relacionadas, já que eles são eliminados no processo de consolidação. Entretanto,
tanto as transações com a pessoa física dos administradores e/ou controladores, como as
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operações que revelam dependência econômica e/ou financeira, não são eliminadas no
referido processo; porquanto, esses montantes devem ser revistos, desta vez em relação
com a significância dos saldos consolidados.
Aplicação deste pronunciamento
13. Este procedimento deverá ser aplicado em demonstrações financeiras com exercícios
sociais encerrados a partir de 1º de junho de 1986; entretanto, sua aplicação imediata é
encorajada.
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abster-se de agir, em virtude da influência significativa de outra. Uma controlada pode ser
instruída por sua controladora para não se envolver em atividades de pesquisa e
desenvolvimento. Os efeitos dessas situações não são divulgados dada a dificuldade de uma
mensuração objetiva.
O reconhecimento contábil de uma transferência de recursos é normalmente baseado no
preço acordado entre as partes. Entre partes não-relacionadas o preço não induz a
favorecimentos. As partes relacionadas podem ter um grau de flexibilidade no estabelecimento
de preços, o qual não está presente nas transações entre partes não-relacionadas.
Utiliza-se de uma variedade de métodos para estabelecer o preço nas transações entre
partes relacionadas. Os comentários a seguir têm por objetivo demonstrar que, de uma
maneira geral, as transações foram praticadas em condições normais de mercado.
Uma maneira de estabelecer o preço em uma transação entre partes relacionadas pode ser
o método do preço não-controlado comparável, o qual fixa o preço com base em mercadorias
comparáveis, vendidas em mercado economicamente comparável a um comprador não-
relacionado com o vendedor. Quando as mercadorias ou serviços fornecidos numa transação
entre partes relacionadas e as respectivas condições são semelhantes às transações comerciais
entre partes independentes, muitas vezes, esse método é utilizado.
Quando mercadorias são transferidas entre partes relacionadas para venda subseqüente a
terceiros, o método de preço de revenda é geralmente utilizado. Por esse método, o preço de
revenda é reduzido por uma margem que representa uma importância que servirá para o
revendedor recuperar seus custos e obter um retorno comparável com empresas semelhantes.
Outro método é o custo acrescido de uma margem, o qual objetiva acrescentar uma
margem apropriada ao custo do fornecedor. Poderão surgir dificuldades para determinar tanto
os elementos atribuíveis ao custo como à margem. Entre os parâmetros que podem ajudar na
fixação do preço final está o retorno comparável com indústrias semelhantes.
Às vezes, os preços adotados para transações entre partes relacionadas não são
estabelecidos de acordo com os métodos descritos anteriormente. Qualquer que seja o método
adotado, transações entre partes relacionadas devem ser divulgadas nas demonstrações
contábeis ou em outras informações contábeis, mencionando as condições em que foram
praticadas e os respectivos valores.
Em certos casos, devido a características específicas dos produtos e do tipo de indústria,
podem ser fabricados produtos para atender às necessidades de partes relacionadas, não
tendo outro mercado consumidor. Nesse caso, a operação deverá ser divulgada em notas
explicativas às demonstrações contábeis, bem como às condições utilizadas na transação.
DIVULGAÇÃO
Maior ou menor destaque na divulgação das transações deve ser dado, considerando os
seguintes fatos:
a) se a transação foi efetuada em condições semelhantes às que seriam aplicadas entre
partes não-relacionadas (quanto a preços, prazos, encargos, qualidade, etc.) que
contratassem com base em sua livre vontade e em seu melhor interesse; e
b) se as transações por si ou por seus efeitos afetam ou possam vir a afetar, de forma
significativa, a situação patrimonial e financeira e/ou os resultados e sua
correspondente demonstração, das empresas intervenientes na operação.
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Por fim, deve-se ressaltar que o conceito de apresentação adequada das demonstrações
contábeis pressupõe um fator importante no processo de tomada de decisão quanto à
divulgação ou não das transações com partes relacionadas, que é a relevância destas. Deve-se
medir convenientemente a relevância de quaisquer discrepâncias ou variações em relação às
práticas aceitas decorrentes daquelas transações, antes de se decidir pela sua divulgação.
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Nas demonstrações contábeis consolidadas que incluam as partes relacionadas, como regra
geral, não será necessária a divulgação da maioria dos saldos e transações com essas partes
relacionadas, uma vez que estes são eliminados no processo de consolidação.
A fim de que o usuário das demonstrações contábeis possa formar uma idéia dos efeitos do
relacionamento entre partes relacionadas nas demonstrações contábeis consolidadas, é
apropriado divulgar o relacionamento quando o fator controle está presente, ainda que não
tenha havido transações entre as partes.
a) uma indicação do volume das transações, seja por meio de valores, ou por meio da
proporção em relação ao volume total das transações da entidade;
É de ressaltar que a norma expedida pelo CFC está de acordo com o pronunciamento
proferido pelo International Accounting Standart Committee – IASC (Comissão de Normas
Internacionais de Contabilidade), do qual o Brasil é membro. Assim, convém estudar
atentamente esta Resolução, pois nas provas, principalmente as elaboradas pela Esaf, o
assunto é cobrado com esse enfoque.
6 – MATRIZ E FILIAL
A lei nº 6.404/76, tratando sobre o registro do comércio, no art. 97, § 3º, assevera que
a criação de sucursais, filiais ou agências deverá ser arquivada no registro do comércio.
Art. 97. Cumpre ao registro do comércio examinar se as prescrições legais
foram observadas na constituição da companhia, bem como se no estatuto
existem cláusulas contrárias à lei, à ordem pública e aos bons costumes.
...
§ 3º A criação de sucursais, filiais ou agências, observado o disposto no
estatuto, será arquivada no registro do comércio.
Desta forma, a existência de filiais deve estar formalizada no registro do comércio para
que possa surtir os seus devidos efeitos legais.
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Coligada: Empresa que participa com 10% ou mais do capital social de outra sem
controlá-la.
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b) Registro na filial:
D- Bancos conta Movimento (AC)
C - C/C Disponibilidades – Matriz (AC) R$ 50.000,00
4. Débito relativo a despesas operacionais rateadas pela matriz á filial como, por
exemplo, Imposto de Renda e CSSL, no valor de R$ 1.300,00:
a) Registro na matriz:
D – C/C Rateio Despesas (IR e CSSL) – Filial SUCUPIRA (AC)
C – Rateio de Despesas – Filial SUCUPIRA (Resultado) R$ 1.300,00
b) Registro na filial:
D – Despesas Operacionais (IR e CSSL) (Resultado)
C – C/C Rateio Despesas – Matriz (PC) R$ 1.300,00
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EXERCÍCIOS
02) (AFTN-1996Esaf) A Cia PARÁ constitui uma filial em 02.01.93 fornecendo à mesma $
40.000.000 em moeda corrente como capital inicial. O lançamento a ser feito na
contabilidade da filial seria :
a) Caixa
a Capital Social $ 40.000.000
b) Matriz - Conta Corrente
a Capital Social $ 40.000.000
c) Caixa
a Matriz- Conta Corrente $ 40.000.000
d) Filial- Conta Corrente
a Capital Social $ 40.000.000
e) Caixa
a Filial- Conta Corrente $ 40.000.000
03) (AFTN-1998-Esaf) Identifique, nas opções abaixo, aquela na qual não se caracteriza o
conceito de partes relacionadas.
a) Empresas possuídas por diretores ou acionistas minoritários, nas quais os acionistas não
tenham voto majoritário.
b) Pessoas que possuem, direta ou indiretamente, algum interesse no poder de voto da
empresa que emite as Demonstrações Financeiras.
c) Pessoas-chave da administração, inclusive diretores e executivos de companhias e membros
mais próximos de suas famílias.
d) Empresas que, direta ou indiretamente, através de uma ou mais empresas intermediárias,
controlam a empresa que apresenta suas Demonstrações Financeiras.
e) Empresas com administradores comuns ou que possam influenciar e/ou beneficiar-se de
determinadas decisões nas referidas empresas, tomadas em conjunto ou individualmente.
04) – (AFTN-1998-Esaf) Dos itens abaixo indique aquele que não representa exemplo de
transações entre partes relacionadas.
a) Contrato de prestação de serviços entre coligadas com preço estipulado através de cotações
no mercado.
b) Recebimento ou pagamento pela locação ou comodato de bens imóveis ou móveis de
qualquer natureza entre coligadas e controladas.
c) Direitos de preferência de uma empresa na subscrição de ações de outra que não seja
coligada ou controlada, que não tenha sócios em comum com a companhia, quando for
realizada a preço normal de mercado.
d) Transações com clientes, fornecedores ou financiadores, dos quais a empresa seja
dependente do ponto de vista econômico, tecnológico ou financeiro.
e) Empréstimo de Longo Prazo concedido ao controlador à taxa de mercado.
06) (AFRF-2001-Esaf) Todas as opções abaixo descritas são transações entre partes
relacionadas, exceto:
a) compras ou vendas de produtos/serviços, realizadas pela controladora, que constituem o
objeto social da empresa controlada
b) avais, fianças e hipotecas, depósitos e outras garantias concedidas a empresas de acionistas
controladores
c) direitos de preferência à subscrição de valores mobiliários de empresas coligadas em
condições favorecidas
d) quaisquer transferências não remuneradas efetuadas com empresas pertencentes ao mesmo
grupo econômico
e) alienação ou transferência de direitos de propriedade industrial realizada sem qualquer tipo
de benefício ou dependência
07) (AFRF-2001-Esaf A transferência de recursos de caixa feita pela matriz para suas filiais
gera o seguinte lançamento contábil, em cada uma das filiais.
a) Conta Corrente Matriz
a Capital
b) Conta Corrente Matriz
a Caixa
c) Caixa
a Conta Corrente Filial
d) Caixa
a Conta Corrente Matriz
e) Capital
a Caixa
09) (AFRF-2001-Esaf) Qual das afirmações abaixo não é considerada como elemento que
deve ser revelado, nas demonstrações contábeis, quando da divulgação das transações
entre partes relacionadas.
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10) (AFRF-2002-Esaf) Uma operação realizada entre empresas que envolva a transferência
de direitos de propriedade industrial de uma sociedade para a outra é caracterizada como
um(a):
a) participação recíproca.
b) consórcio de empresas.
c) parte relacionada.
d) oligopólio.
e) livre concorrência.
14) Consoante o disposto no art. 117 da Lei nº 6.404/76, o acionista controlador responde
pelos danos causados por atos praticados com abuso de poder. Considera-se abuso de
poder, entre outros, orientar a companhia para fim estranho ao objeto social ou lesivo ao
interesse nacional, ou levá-la a favorecer outra sociedade, brasileira ou estrangeira, em
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15) Somente constitui abuso de poder o ato praticado diretamente pelos administradores
quando visa o favorecimento pessoal ou condições não eqüitativas.
16) Uma das principais finalidades da evidenciação das operações entre partes relacionadas é
informar ao usuário externo a real situação da Entidade. Incluem-se entre estes usuários
os acionistas minoritários, os analistas de investimentos e os investidores no mercado de
capitais.
18) Holding são as sociedades que possuem como único objetivo participar no capital social de
outras sociedades, não podendo ter outros objetivos sob pena de se tornar numa joint
venture.
19) Partes relacionadas são aquelas entidades físicas ou jurídicas, com as quais uma
companhia tenha possibilidade de contratar em condições que não sejam as de
comutatividade e independência que caracterizem as transações com terceiros alheios à
companhia.
20) As empresas com administradores comuns ou que possam influenciar e/ou se beneficiar
de determinadas decisões nas referidas empresas, tomadas em conjunto ou
individualmente, bem como de uma empresa com seus acionistas, quotistas e
administradores e com membros da família, até o terceiro grau, constituem
relacionamentos econômicos que merecem destaque na evidenciação de partes
relacionadas.
21) Para o reconhecimento de partes relacionadas é indiferente que a transação tenha sido
efetuada em condições semelhantes às que seriam aplicadas entre partes não relacionadas
no concernente a preços, prazos, encargos, qualidade, etc.
23) Entre as transações com partes relacionadas que devem ser divulgadas esta a prestação
de serviços administrativos e/ou qualquer forma de utilização da estrutura física ou de
pessoal de uma empresa pela outra ou outras, com ou sem contraprestação.
24) Não constituem transações com partes relacionadas a manutenção de benefícios para
funcionários de coligadas e controladas se estes benefícios forem estendidos aos
funcionários da própria Entidade investidora.
25) As transações com partes relacionadas podem ser divulgadas no corpo das demonstrações
financeiras ou em notas explicativas de modo que se possa identificar as partes
relacionadas e os efeitos relevantes ocorridos em tais transações.
26) Nas demonstrações financeiras consolidadas que incluam as partes relacionadas, como
regra geral não será necessária a divulgação dos saldos e transações com partes
relacionadas que foram eliminadas no processo de consolidação.
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27) As transações com a pessoa física dos administradores e/ou controladores, como as
operações que revelam dependência econômica e/ou financeira, não são eliminadas no
referido processo de consolidação. Neste caso, deve-se verificar a relevância dos
montantes destas transações para evidenciá-las ou não como transações entre partes
relacionadas.
28) É facultado ao administrador intervir em qualquer operação social, mesmo que tenha
interesse conflitante com o da companhia, desde que a deliberação seja referendada pelos
demais administradores e consignada em ata de reunião do conselho de administração ou
da diretoria, não se aplicando, neste caso, o princípio da eqüitatividade.
29) As notas explicativas dos investimentos relevantes devem conter informações precisas
sobre as sociedades coligadas e controladas e suas relações com a companhia, indicando,
entre outros aspectos, o montante das receitas e despesas em operações entre a
companhia e as sociedades coligadas e controladas.
30) A identificação e a divulgação das partes relacionadas e das transações com tais partes é
de responsabilidade de contabilista registrado no CFC. Para tanto, o contabilista deve
implantar um sistema contábil adequado para identificar as transações com partes
relacionadas mediante utilização de registros contábeis ou extra-contábeis apropriados.
31) Segundo o CFC, não se consideram partes relacionadas duas entidades simplesmente
porque têm um diretor em comum.
32) Conforme o CFC, deve-se entender por membros mais próximos da família o cônjuge e os
parentes em linha reta, ou colateral ou transversal, até o segundo grau, e os parentes por
afinidade até o terceiro grau.
33) As definições de partes relacionadas e transações com partes relacionadas são no sentido
de que partes são consideradas relacionadas se uma delas puder controlar a outra ou se
exercer influência significativa sobre as decisões financeiras e operacionais tomadas por
essa outra.
35) Somente as transações anormais com partes relacionadas ocorridas até o encerramento
do exercício ou período devem ser divulgadas, sendo que as transações anormais com
partes relacionadas após o encerramento do exercício ou período devem ser divulgadas no
período seguinte.
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39) Quanto aos aspectos fiscais, especificamente com relação ao Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas – CNPJ, as filiais devem ser identificadas com indicação própria após a
barra transversal e antes dos dígitos verificadores.
40) A apuração do ICMS e IPI deve ser efetuada, separadamente, por estabelecimento, isto é,
a apuração desses tributos é descentralizada.
41) Nas transações efetuadas entre matriz e filial não há incidência de ICMS e de IPI, visto
que o fato gerador de ambos é a saída de mercadorias e produtos e, neste caso, eles
permanecem na Entidade.
42) A legislação do Imposto de Renda determina que a base de cálculo seja apurada de forma
centralizada, pela matriz. Porém, não há vedação de a empresa manter contabilidade
descentralizada, contanto que haja a centralização, na matriz, para apurar o imposto de
renda.
43) O livro de Registro de Inventário, tanto na matriz quanto na filial, não necessita ser
registrado quando a empresa adota o sistema de inventário permanente.
44) O lucro interno, obtido nas transferências de mercadorias e quaisquer bens, deverá ser
eliminado no momento da apuração do resultado de cada período.
45) A filial é designada, de forma genérica, de agência ou sucursal. No entanto, quando estas
extensões estiverem localizadas no exterior e, por força da legislação estrangeira,
adotarem personalidade jurídica própria, surge a figura jurídica da subsidiária.
CAPÍTULO - 5
01 – B 02 – C 03 – A 04 – C 05 – B
06 – E 07 – D 08 – C 09 – B 10 – C
11 – E 12 – B 13 – A 14 – C 15 – E
16 – C 17 – E 18 – E 19 – C 20 – C
21 – E 22 – C 23 – C 24 – E 25 – C
26 – C 27 – C 28 – E 29 – C 30 – E
31 – C 32 – E 33 – C 34 – E 35 – E
36 – C 37 – C 38 – E 39 – C 40 – C
41 – E 42 – C 43 – E 44 – C 45 – C
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Um país tem sua riqueza geral avaliada por uma variável econômica obtida por meio da soma
dos valores agregados por seus agentes econômicos, ou seja, pela soma das riquezas geradas por
estes. É o Produto Interno Bruto (PIB) do País.
Mas como obter o valor agregado por uma empresa? A Demonstração do Resultado do Exercício
(DRE) informa apenas a parcela da riqueza gerada pela sociedade que fica na empresa ou que será
distribuída aos sócios. É o lucro e sua distribuição. Assim, as informações geradas pela DRE
interessam basicamente aos sócios e acionistas da empresa.
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) apresenta o conjunto de riquezas geradas, ou seja,
de valores adicionados, por uma determinada empresa (entidade) às mercadorias e insumos
adquiridos durante um certo período, assim como também evidencia de que forma esta riqueza
gerada foi distribuída pelos fatores de produção (capital e trabalho). Essa riqueza gerada pela
empresa, medida no conceito de valor adicionado, é calculada a partir da diferença entre o valor de
sua produção e o dos bens produzidos por terceiros utilizados no processo produtivo da entidade.
Trata-se de uma demonstração de grande interesse para o governo.
A DVA pode integrar o Balanço Patrimonial. Dois aspectos são abrangidos pela DVA: o social e
o econômico. O primeiro, quando se avalia o desempenho social, por meio da distribuição da
riqueza gerada entre Governo, empregados, sócios e financiadores da empresa; o segundo, quando
se compara o valor das saídas com o valor das entradas, apurando-se a eficiência da empresa.
Por esse motivo, alguns países exigem que as empresas que desejam se instalar em seus
territórios apresentem a Demonstração do Valor Adicionado. Ela fornece uma visão abrangente
sobre a real capacidade de uma sociedade produzir riqueza, ou seja, de agregar valor ao seu
patrimônio, e ainda sobre a forma como esta sociedade distribui a riqueza gerada entre os fatores de
produção.
A variável que determina esta quantidade é o valor agregado ou valor adicionado. O total dos
valores adicionados por todos os agentes econômicos de um país é conhecido na economia como
Produto Interno Bruto (PIB). Vimos que a Demonstração do Resultado do Exercício não cumpre
este papel, pois que informa apenas a parcela da riqueza que permanecerá na empresa ou será
distribuída aos acionistas (lucro). Assim:
Valor Adicionado = Vendas Brutas (1) – Insumos adquiridos
de terceiros (2)
A distribuição (destinação da riqueza gerada) deste valor (valor adicionado) se dá por meio dos
seguintes itens:
1) Mão-de-obra (exceto encargos)
2) Encargos sociais
3) Impostos e contribuições (em todas as esferas de governo)
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A soma dos valores adicionados (agregados) apurada na DVA deve coincidir com o total
dos valores distribuídos.
A DVA contempla o valor bruto adicionado, o valor líquido adicionado e o valor adicionado à
disposição da entidade. Os resultados obtidos com investimentos avaliados pela equivalência
patrimonial (EQP) ou pelo custo não representam geração de valor adicionado. Sendo assim, devem
ser considerados como transferência de riqueza criada pela sociedade investida.
O mesmo vale para as receitas financeiras, que também não são consideradas riquezas geradas
pela empresa, mas sim como resultado de aplicação de capital em terceiros. Por esse motivo, devem
ser somadas ao valor adicionado constituindo o valor adicionado à disposição da entidade.
A DVA atualmente não é demonstração financeira obrigatória, nos termos da Lei das S.A. (Lei
6.404/76). Porém, sua divulgação voluntária é incentivada pela Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), por meio do Ofício-circular CVM/SNC/SEP no 01/05, o qual será utilizado como base por
nós nesse trabalho.
O modelo sugerido pela CVM permite que o valor adicionado fique relacionado com os
princípios contábeis utilizados nas demais demonstrações financeiras. Dessa forma, pode-se
conciliar a DVA com a DRE.
Nesse modelo, parte-se das receitas brutas, subtraindo-se o valor dos bens adquiridos de terceiros
que foi incorporado ao produto final alienado ou serviço prestado, para que se conheça o valor
efetivamente gerado pela companhia. A depreciação dos ativos, por sua vez, deve ser subtraída do
valor adicionado bruto para se calcular o valor adicionado líquido.
Vejamos a estrutura da DVA sugerida pelo documento:
Estrutura da DVA
Ano X0 Ano X1
DESCRIÇÃO
1-RECEITAS
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4 – RETENÇÕES
As informações são extraídas da contabilidade e, portanto, deverão ter como base o princípio
contábil do regime de competência de exercícios.
1 – RECEITAS (soma dos itens 1.1 a 1.3)
1.1 – Vendas de mercadorias, produtos e serviços
Inclui os valores do ICMS e IPI (também PIS e Cofins) incidentes sobre essas receitas, ou seja,
corresponde à receita bruta ou faturamento bruto.
1.2 – Provisão para devedores duvidosos – Reversão/(Constituição)
Inclui os valores relativos à constituição/baixa de provisão para devedores duvidosos.
1.3 – Não operacionais
Inclui valores considerados fora das atividades principais da empresa, tais como: ganhos ou
perdas na baixa de imobilizados, ganhos ou perdas na baixa de investimentos etc.
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Reparem que o valor do item 8 (distribuição do valor adicionado) deve ser igual ao somatório
dos valores gerados, ou seja, igual ao item 7 (valor adicionado total a distribuir).
Dentre os itens da distribuição do valor adicionado podemos destacar:
- Remuneração do trabalho (salário)
- Remuneração do Governo (encargos salariais, outros impostos e contribuições)
- Remuneração do capital de terceiros (juros, aluguéis)
- Remuneração do capital próprio (dividendos e lucros retidos)
- Outros
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EXEMPLO: Com base nas informações abaixo, elabore a Demonstração do Valor Adicionado
(DVA) da empresa XPTO Ltda:
Demonstração do Resultado do Exercício
Vendas Brutas 650.000
(-) Impostos sobre Vendas 120.000
(-) Devoluções e Descontos 25.000 (145.000)
(=) Vendas Líquidas 505.000
(-) CMV (250.000)
(=) Lucro Operacional Bruto 255.000
(-) Despesas Operacionais
. Vendas 35.000
. Administrativas 80.000
. Financeiras
Despesas Financeiras 15.000
Receitas Financeiras (22.000) (108.000)
(=) Lucro Operacional Líquido 147.000
(+) Resultado Não Operacional
Venda de Bens do Imobilizado 82.000
(-) Custo da Venda do Imobilizado (50.000) 32.000
(=) Resultado antes CSSL 179.000
(-) Provisão para CSSL (18.000)
(=) Resultado antes IR 161.000
(-) Provisão para IR (45.000)
(=) Resultado após IR 116.000
(-) Participações
. Debenturistas 5.000
. Empregados 7.000 (12.000)
(=) Lucro Líquido do Exercício 104.000
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Resolução:
Ano X1
DESCRIÇÃO
1-RECEITAS
4 – RETENÇÕES
Depreciação (1.000)
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Salários 55.000
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Presidente do Conselho
ANEXO
Ata CFC nº 867/05
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distribuição.
3.7.2.2. A demonstração referida no item anterior, quando divulgada, deve ser efetuada
como informação complementar às Demonstrações Contábeis, não se confundindo com
as notas explicativas.
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c) demais custos dos produtos, mercadorias e serviços vendidos, exceto gastos com
pessoal próprio e depreciações, amortizações e exaustões;
3.7.2.6. Nos valores constantes dos itens "a", "b" e "c" acima, devem ser considerados
todos os tributos incluídos na aquisição, recuperáveis ou não.
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tributos.
c) agentes financiadores - devem ser consideradas, neste componente, as despesas
financeiras relativas a quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos com
instituições financeiras, entidades do grupo ou outras e os aluguéis (incluindo os
custos e despesas com leasing) pagos ou creditados a terceiros, exceto para
entidades financeiras que devem classificá-las conforme descrito no item 3.7.2.5;
f) participação dos minoritários nos "Lucros retidos" - deve ser incluído neste
componente, aplicável às Demonstrações Contábeis Consolidadas, o valor da
participação minoritária apurada no resultado do exercício, antes do resultado
consolidado.
3.7.3.1. Além das informações contidas nos itens 3.7.2.4 a 3.7.2.9, a entidade deve
acrescentar ou detalhar outras linhas na Demonstração do Valor Adicionado quando o
montante e a natureza de um item ou o somatório de itens similares forem de tal
magnitude que a apresentação em separado ajuda na apresentação mais adequada
da Demonstração do Valor Adicionado.
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Exercícios
Gabarito
1-V 6-F
2–F 7-V
3–F
4–V
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5-F
Considerando os saldos das contas abaixo, extraídos do balancete da empresa ABC Ltda.,
antes da elaboração do Balanço Patrimonial, encontre os seguintes valores:
a) Valor adicionado recebido em transferência
b) Valor adicionado líquido produzido pela entidade
c) Lucro líquido do exercício
d) Lucro antes do imposto de renda
e) Valor adicionado bruto
f) Valor adicionado total a distribuir
Contas Valores (R$)
Caixa 200.000
Adiantamentos a empregados 25.000
Provisão para IR 50.000
Vendas de Mercadorias 500.000
Bancos 30.000
Despesa com provisão para IR 50.000
Empréstimos a terceiros 10.000
Aluguéis passivos 33.000
Despesa com participação de empregados 12.000
Receitas de juros 24.000
Ganho de capital 15.000
Gastos com propaganda 8.000
Despesas com IPTU 17.000
Impostos sobre vendas 65.000
Despesas com depreciação 26.000
Custo das mercadorias vendidas 155.000
Despesa com INSS e FGTS 17.000
Fornecedores 44.000
Salários 63.000
Clientes 72.000
Despesa com PDD 9.000
Duplicatas a pagar 95.000
Receitas antecipadas 81.000
Duplicatas descontadas 30.000
Despesas de seguros a vencer 14.000
Capital social 200.000
Provisão para devedores duvidosos 35.000
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Seguros 22.000
Móveis e utensílios 100.000
Despesas com reorganização da empresa 57.000
Imóveis 494.000
Mercadorias 45.000
Depreciação acumulada 26.000
OBS: Do resultado do exercício, serão distribuídos R$ 30.000,00 aos acionistas como dividendos.
Resolução:
Resolução:
DESCRIÇÃO
1-RECEITAS
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4 – RETENÇÕES
Salários 63.000
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É isso, pessoal.
Até a próxima.
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Aula 06
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A Lei das sociedades anônimas, por meio dos arts. 249 e 275, dispõe sobre a
necessidade da elaboração de demonstrações contábeis consolidadas por parte das
companhias abertas que deverá seguir as normas emanadas pelo art. 250 da
mesma lei.
Nesses dispositivos, a lei prevê que a companhia aberta que tiver mais de 30%
do valor do seu patrimônio líquido representado por investimentos em sociedades
controladas e o grupo de sociedades deverão elaborar e divulgar, juntamente com
suas demonstrações financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do art. 250.
Dispõem, ainda, aqueles dispositivos que a CVM poderá expedir normas sobre as
sociedades cujas demonstrações devam ser abrangidas na consolidação bem como
incluir na consolidação sociedades que não sejam controladas, desde que sejam
dependentes financeira ou administrativamente da companhia. A CVM poderá
autorizar, em casos especiais, a exclusão de uma ou mais sociedades controladas.
No caso de grupo de sociedades, a sociedade de comando estará sempre
obrigada a elaboração de demonstrações consolidadas, independentemente de ser
sociedade anônima ou outro tipo societário.
Desta forma, no contexto da vida empresarial contemporânea, no qual as
empresas estão formando grupos econômicos constituídos por diversos segmentos
industriais, comerciais, financeiros e de prestação de serviços, há a necessidade de as
empresas de comando ou controladoras evidenciarem de forma clara e transparente
todas as transações efetuadas e principalmente as realizadas com relação a outras
empresas do mesmo grupo econômico. Assim, com fundamento no princípio da
entidade, surge a necessidade da consolidação das demonstrações contábeis.
Antes de adentrarmos nos conceitos mais técnicos e para que possamos
entendê-los adequadamente, poder-se-ia dizer que consolidação das demonstrações
financeiras se constitui no trabalho de eliminar toda e qualquer transação realizada
entre os componentes do grupo empresarial para que o grupo possa apresentar um
demonstrativo único. É como se fosse uma família em que o filho realizasse uma
venda ao seu pai e obtivesse lucro nessa venda. Esse lucro deve ser eliminado do
patrimônio da família, pois a família, como unidade econômica (entidade autônoma),
não ganhou, ainda, absolutamente nada.
A consolidação de balanços, como é mais conhecida, é um demonstrativo que
ganha importância cada vez maior em face da crescente busca de capital por parte
das empresas junto ao mercado de ações.
As demonstrações financeiras não consolidadas das empresas pertencentes a um
grupo empresarial perdem muitas informações, não sendo, muitas vezes, adequadas
na análise da tomada de decisões por parte dos acionistas minoritários e público em
geral que são a razão principal da consolidação.
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Art. 249. A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento)
do valor do seu patrimônio líquido representado por investimentos em
sociedades controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente com
suas demonstrações financeiras, demonstrações consolidadas nos
termos do art. 250.
Parágrafo único. A Comissão de Valores Mobiliários poderá expedir
normas sobre as sociedades cujas demonstrações devam ser
abrangidas na consolidação, e:
a) determinar a inclusão de sociedades que, embora não controladas,
sejam financeira ou administrativamente dependentes da companhia;
b) autorizar, em casos especiais, a exclusão de uma ou mais
sociedades controladas.
Normas sobre Consolidação
Art. 250. Das demonstrações financeiras consolidadas serão
excluídas:
I - as participações de uma sociedade em outra;
II - os saldos de quaisquer contas entre as sociedades;
III - as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos
acumulados e do custo de estoques ou do ativo permanente que
corresponderem a resultados, ainda não realizados, de negócios entre
as sociedades.
§ 1º A participação dos acionistas não controladores no patrimônio
líquido e no lucro do exercício será destacada, respectivamente, no
balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício.
(Redação dada pela Lei nº 9.457, de 5.5.1997)
§ 2º A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada,
que não for absorvida na consolidação, deverá ser mantida no ativo
permanente, com dedução da provisão adequada para perdas já
comprovadas, e será objeto de nota explicativa.
§ 3º O valor da participação que exceder do custo de aquisição
constituirá parcela destacada dos resultados de exercícios futuros até
que fique comprovada a existência de ganho efetivo.
§ 4º Para fins deste artigo, as sociedades controladas, cujo exercício
social termine mais de 60 (sessenta) dias antes da data do
encerramento do exercício da companhia, elaborarão, com observância
das normas desta Lei, demonstrações financeiras extraordinárias em
data compreendida nesse prazo.
...
Art. 274. Os administradores do grupo e os investidos em cargos de
mais de uma sociedade poderão ter a sua remuneração rateada entre
as diversas sociedades, e a gratificação dos administradores, se
houver, poderá ser fixada, dentro dos limites do § 1º do artigo 152
com base nos resultados apurados nas demonstrações financeiras
consolidadas do grupo.
...
Art. 275. O grupo de sociedades publicará, além das demonstrações
financeiras referentes a cada uma das companhias que o compõem,
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Percebe-se que a lei deu amplos poderes à CVM para regulamentar e inclusive
inserir outras companhias ou casos no rol das empresas que devem consolidar suas
demonstrações contábeis.
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Recentemente, por meio da Instrução nº 408, a CVM incluiu mais uma exigência
a ser observada, tanto na Consolidação quanto na avaliação de investimentos pelo
MEP.
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5 – CONCEITOS BÁSICOS
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6 – PROCEDIMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO
O CFC disciplinou os procedimentos de consolidação preconizando a adoção das
seguinte regras:
A consolidação é o processo de agregar saldos de contas e/ou de grupos de
contas de mesma natureza, de eliminar saldos de transações e de participações entre
entidades que formam a unidade de natureza econômico-contábil e de segregar as
participações de não-controladores, quando for o caso.
A controladora deve consolidar as demonstrações contábeis de entidade
controlada a partir da data em que assume seu controle, individual ou em conjunto.
Os ajustes e as eliminações decorrentes do processo de consolidação devem ser
realizados em documentos auxiliares, não originando nenhum tipo de lançamento na
escrituração das entidades que formam a unidade de natureza econômico-contábil.
Quando o controle for exercido de forma conjunta, os saldos das contas devem
ser agregados às demonstrações contábeis consolidadas de cada controladora, na
proporção da participação destas no capital social da controlada.
No caso de uma das entidades controladoras passar a exercer direta ou
indiretamente o controle da entidade sob controle conjunto, a controladora final deve
passar a consolidar integralmente os elementos do patrimônio da controlada.
As entidades que formam a unidade de natureza econômico-contábil devem
segregar, em contas específicas, as transações realizadas entre si.
As demonstrações contábeis das entidades controladas, para fins de
consolidação, devem ser levantadas na mesma data ou até no máximo 60 (sessenta)
dias antes da data das demonstrações contábeis da controladora.
Quando demonstrações contábeis com datas diferentes são consolidadas, devem
ser efetuados ajustes que reflitam os efeitos de eventos relevantes nas entidades, que
ocorrerem entre aquelas datas e a data-base das demonstrações contábeis da
unidade de natureza econômico-contábil.
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valor contábil, deve ser apresentado como adição ou retificação da conta utilizada pela
entidade controlada para registro do ativo especificado.
O ágio ou deságio decorrente de expectativa de resultado futuro, representado
pela diferença entre o valor pago na aquisição do investimento e o valor de mercado
dos ativos da controlada, deve ser apresentado:
a) em conta destacada no ativo permanente, em caso de ágio; e
b) em conta específica de resultados de exercícios futuros, em caso de deságio.
O valor correspondente à provisão para perdas constituída na entidade
controladora deve ser deduzido do saldo da conta da entidade controlada que tenha
dado origem à constituição da provisão, ou apresentado como passivo exigível,
quando representar expectativa de conversão em exigibilidade.
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Imaginemos que a empresa Morab S/A tenha efetuado vendas a prazo a sua
controlada Barom S/A no valor de R$ 23.400,00. A eliminação será efetuada mediante
o seguinte lançamento:
Débito Crédito
Fornecedores (empresa Barom S/A) 3.000,00
a Duplicatas a Receber (empresa Morab S/A) 3.000,00
6.2.1.2 - INVESTIMENTOS
Os investimentos na participação do capital de outras sociedades participantes
do grupo econômico não representam, para o grupo, recursos externos, logo devem
ser eliminados contra contas do patrimônio líquido da sociedade investida.
Sabemos que os investimentos relevantes são contabilizados pelo MEP, com
isso haverá na sociedade investidora um valor proporcional ao valor do patrimônio
líquido das sociedades investidas, por força da aplicação do MEP.
Como as demonstrações financeiras da investidora que serão usadas na
consolidação terão os seus investimentos contabilizados pelo método da equivalência
patrimonial, a sua eliminação será feita contra as contas do patrimônio líquido da
sociedade investida.
A apuração dos valores a eliminar deve ser feita mediante um cálculo de
proporcionalidade tomando por base o percentual de participação no capital social da
sociedade investida, aplicado sobre cada uma das contas do patrimônio líquido, pois
os valores a serem eliminados serão em cada uma das contas do PL.
Desta forma, considerando um investimento de R$ 14.600,00, teremos o
seguinte lançamento de eliminação dos investimentos:
Débito Crédito
Diversos
a Investimentos da Controladora
Capital Social das Controladas 8.800,00
Reservas de Capital das Controladas 2.600,00
Reservas de Lucros das Controladas 1.400,00
Lucros Acumulados das Controladas 2.100,00 14.600,00
na formação do Capital Social da empresa Beta que será sua subsidiária integral, ou
seja, o PL de Beta será de R$ 5.000,00. Se somarmos os dois patrimônios, sem
considerar nenhuma outra atividade, teremos como resultado um PL de R$ 15.000,00.
Agora, se eliminarmos o valor do investimento (R$ 5.000,00), o grupo
apresentará no Balanço consolidado o valor de R$ 10.000,00 no PL, que é
efetivamente o que o grupo possui, visto que não foi agregado nenhum outro valor.
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o valor dos dividendos recebidos devem ser eliminados na consolidação para não
figurarem duplamente como resultado do grupo econômico. Entretanto, este não é um
fato corriqueiro, pois a maioria dos investimentos que participam do processo de
conciliação devem ser avaliados pelo MEP.
A eliminação de lucros ou prejuízos em transações inter companhias pela venda
de ativos é bastante comum e deve ser estudada adequadamente. Neste particular
pode haver lucros nos estoques adquiridos de sociedade do grupo ou de bens do ativo
permanente.
Nas transações ao preço de custo não há lucro e o fato será eliminado pela
eliminação da venda e do custo. Entretanto, este é um caso raro, mesmo nas
transações inter-companhias, pois geralmente as transações são realizadas a valores
de mercado, donde pode resultar que a empresa adquirente já tenha vendido o bem,
realizando o lucro ou, então, as mercadorias estão no estoque ou no ativo da empresa
adquirente.
Quando a adquirente tenha vendido o estoque ou os bens, não há mais lucro a
ser eliminado, sendo necessário, apenas, eliminar as operações de venda e custo
original entre as companhias.
Porém, se os bens permanecerem em estoque, mesmo que parcialmente, na
data da consolidação haverá lucros não realizados que devem ser eliminados.
Outro aspecto que merece nossa atenção diz respeito ao ágio ou deságio. Neste
particular, cabe ressaltar que somente as empresas avaliadas pelo MEP registram, de
forma segregada, o ágio ou deságio.
Os valores do ágio e do deságio figurarão no balanço consolidado como ativo,
tal qual constam do balanço da sociedade investidora, quando decorrentes de
diferença de valor econômico de ativo da sociedade investida e em consta específica
do ativo permanente ou em REF quando o fundamento econômico tenha sido a
perspectiva de resultados futuros.
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Considerando, por hipótese, que 49% das 500.000 ações não pertencem à
Controladora (que está fazendo a consolidação), logo devemos aplicar essa mesma
percentagem sobre as demais contas do patrimônio líquido, pois esse valor pertence
ou é de direito dos acionistas minoritários ou não controladores. Teremos, então, a
seguinte situação:
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Exemplo:
Na venda de estoques, com lucro, da controlada à sua controladora, com
incidência de Imposto de Renda, e se esses estoques não forem vendidos pelo
adquirente (parcial ou totalmente), a parcela do lucro não realizado deve ser
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Como a empresa Piau S/A faz sua escrituração de forma regular, ela debitou e
creditou os valores do IPI e do ICMS nas contas próprias. A controladora Asteca S/A
pode não ter vendido todo esse estoque adquirido de sua controlada, o que acarreta
os seguintes efeitos, considerando que não houve a venda da metade do estoque:
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Débito Crédito
Faturamento Bruto 28.000,00
a IPI 3.000,00
a ICMS 4.500,00
a CPV 14.000,00
a Estoques (lucros não realizados) 6.500,00
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EXERCÍCIOS
A empresa LM era subsidiária integral da Cia ABC, que também possuía 60% do capital da
Cia XY. Em 31.12.19x1 os balanços patrimoniais da Cia ABC e de suas controladas eram os
seguintes :
A empresa LM era subsidiária integral da Cia. ABC, que também possuía 60 % do
capital da Cia. XY. Em 31/12/19X1 os balanços patrimoniais da Cia. ABC e de suas
controladas eram os seguintes:
Controladora Controlada Controlada
ABC LM XY
ATIVO CIRCULANTE
Disponibilidades 1.000 15.000 22.000
Valores a receber 25.000 5.000 34.000
Estoques 45.000 - 20.000
ATIVO PERMANENTE
INVESTIMENTOS
Participações Societárias Cia. LM 20.000 - -
Participações societárias Cia. XY 60.000 - -
IMOBILIZADO LÍQUIDO 100.000 10.000 54.000
TOTAL DO ATIVO 251.000 30.000 130.000
PASSIVO CIRCULANTE
Valores a pagar 16.000 - 5.000
PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Empréstimos Bancários 35.000 10.000 25.000
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social 200.000 20.000 100.000
TOTAL PASSIVO + PL 250.000 30.000 130.000
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Outras informações:
* o saldo das conta Valores a Pagar da Cia. XY correspondia a operações de repasses
financeiros realizadas com a controladora.
* em 31.12.19x1 a Cia. LM tinha a receber $.2.000 de sua controladora .
Com base nas informações anteriores, identifique as respostas das questões 03 a 08 .
09) (AFTN-96-Esaf) Em 10/10/19x2, a Cia. Amazonas vende à vista para a sua subsidiária
integral, Cia Solimões , um imobilizado pelo valor de $ 15.000.000, obtendo um lucro na
operação de $ 3.500.000. Em 31/12/19x2, por ocasião da Consolidação das
Demonstrações Contábeis, o procedimento de eliminação do lucro não realizado
intercompanhias seria :
a) Terrenos
a Lucros Não-Realizados Intercompanhias $ 3.500.000
b) Resultado Operacional
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a Terrenos $ 3.500.000
c) Lucro na Alienação de Imobilizados
a Terrenos $ 3.500.000
d) Terrenos
a Lucros na Alienação de Imobilizados $ 3.500.000
e) Terrenos
a Ajustes de Lucros Não-Realizados Intercompanhias $ 3.500.000
12) (AFTN-98-Esaf) O imposto de renda oriundo de lucro ainda não realizado, referente a
operações efetuadas entre as empresas em consolidação, deverá ser
a) lançado contra estoques, quando proveniente de transações de mercadorias
b) considerado e pago quando for o caso
c) eliminado para posterior tributação
d) lançado contra impostos a compensar no Passivo Circulante
e) lançado contra impostos a compensar no Exigível a Longo Prazo
15) (AFRF-2001-Esaf) De acordo com a Instrução CVM 247/96, poderão ser excluídas da
obrigatoriedade de Consolidação de Demonstrações Financeiras:
a) todas as companhias abertas que tiverem mais de 30% do seu patrimônio líquido
representado por investimentos em controladas
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21) (AFRF-2001-Esaf) Após a consolidação dos Balanços, o valor dos Lucros Acumulados é:
a) 80.000
b) 40.000
c) 50.000
d) 30.000
e) 140.000
22) (AFRF-2001-Esaf) Após a consolidação dos Balanços, o valor total das Exigibilidades é:
a) 95.000
b) 265.000
c) 255.000
d) 170.000
e) 295.000
23) (AFRF-2001-Esaf) - Após a consolidação dos Balanços, o valor total das Contas a
Receber é
a) 120.000
b) 140.000
c) 260.000
d) 80.000
e) 20.000
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c) Passivo
d) Receitas
e) Reservas
29) (AFRF-2003) A empresa Chuí S.A. possui investimentos na empresa Oiapoque S.A.,
tendo, de acordo com as determinações da Lei das Sociedades por Ações, a
obrigatoriedade de efetuar a consolidação. No ano de 2002 a empresa Chuí adquiriu da
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Com base no que dispõe a Lei das Sociedades Anônimas (Lei nº 6.404/1976) e os atos
normativos da CVM, a propósito da consolidação de demonstrações financeiras e outros
aspectos relativos às demonstrações contábeis, marque (C) para CERTO e (E) para
ERRADO nas questões nºs 31 a 100.
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GABARITOS
CAPÍTULO - 6
01 – A 02 – E 03 – E 04 – A 05 – B
06 – C 07 – D 08 – A 09 – C 10 – E
11 – A 12 – C 13 – C 14 – C 15 – B
16 – A 17 – E 18 – B 19 – B 20 – A
21 – D 22 – B 23 – A 24 – C 25 – B
26 – D 27 – E 28 – A 29 - E 30 - C
31 – E 32 – C 33 – C 34 – E 35 – C
36 – E 37 – C 38 – E 39 – C 40 – E
41 – C 42 – C 43 – C 44 – C 45 – E
46 – C 47 – A 48 – E
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Aula 07
1. Introdução e obrigatoriedade
Assim, percebe-se que, apesar de não ser demonstração obrigatória pela Lei
das S.A., a DMPL, se publicada pela empresa, dispensa a elaboração e publicação da
demonstração de lucros ou prejuízos acumulados.
Esse mandamento legal faz bastante sentido, pois a DLPA é um
demonstrativo que apresenta todas as operações que provocaram
efeitos na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados (LPA), tais como:
a) resultado do exercício;
b) transferência do lucro para reservas;
c) distribuição de dividendos;
d) reversão de reservas;
e) aumento do capital.
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2. Estrutura da DMPL
a) Acréscimos:
2. integralização de capital
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6. reavaliação de ativos
8. outros
b) Reduções:
5. outros
Por outro lado, algumas operações não afetam o total do patrimônio líquido, tais
como:
e) outros
Na DMPL cada uma das contas do patrimônio líquido será uma coluna da tabela. À
direita, haverá uma coluna chamada de Total, contendo a soma dos saldos ou das
movimentações de todas as contas individualmente.
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No modelo resumido, os valores das reservas de lucros e de capital são apresentados consolidados.
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31.12.X2 31.12.X3
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
Capital Social
Subscrito 54.000 59.800
(a Realizar) (6.000) (6.000)
Realizado 48.000 53.800
Reservas de Capital
Ágio na emissão de ações 2.700 5.700
Prêmio na colocação de debêntures 3.500 3.500
6.200 9.200
Reservas de Lucros
Reserva Legal 4.400 7.400
Reserva Estatutária 2.000 5.500
Reserva Orçamentária 1.000 2.300
Reserva de Contingências 5.200 7.800
Reserva de Lucros a Realizar 3.100 3.100
15.700 26.100
3. Exigência da CVM
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As reservas de reavaliação deverão ser apresentadas em duas colunas, que contemplem as contrapartidas de reavaliação de
ativos próprios e as de ativos de coligadas e controladas (IN/CVM 183/95).
Deverá, ainda, ser divulgado o dividendo por ação, por espécie e classe, devendo ser destacadas as vantagens conferidas a
cada uma e as ações em tesouraria. Estas últimas, por sua vez, podem ser englobadas entre as reservas que lhes
originaram recursos ou serem apresentadas separadamente.
Por fim, apresentaremos o modelo de DMPL sugerido pela Instrução CVM no 59/86.
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Contabilidade Avançada – ICMS/SP Aula 07 – DMPL
Professores: Francisco Velter & Luiz Roberto Missagia
Reservas de Lucros
Legal Estatutári Lucros a Contingênci Retenção
a Realizar a para
Expansão
SALDOS EM .../.../... 2.000 1.000 5.200 4.400 3.100
Reversão para Lucros Acumulados
Destinação de parte do Lucro Líquido
Retificação de erros de exercícios anteriores
AUMENTO DE CAPITAL
Com lucros e reservas (1.000)
Por subscrição realizada
REVERSÕES DE RESERVAS
De Contingência (5.200)
De Lucros a Realizar
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
PROPOSTA DE DESTINAÇÃO DO LUCRO
Transferências para reservas
Reserva Legal 3.000
Reserva Estatutária 3.500
Reserva Orçamentária 2.300
Reserva de Contingências 7.800
Reserva de Lucros a Realizar
Juros sobre o capital próprio a pagar ----- ----- ----- ----- -----
Dividendos a distribuir ----- ----- ----- ----- -----
SALDOS EM 31.12.X3 5.500 2.300 7.800 7.400 3.100
5. A Cia. Gama adquiriu, pagando à vista, 60% das ações da Cia. Omega por R$ 450
000,00, cujo patrimônio líquido era R$ 700 000,00 no momento da negociaçao. A
conta bilização correta do fato na investidora, se o investimento for avaliado pelo
patrimônio líquido, é:
(A) Diversos
a Caixa 450.000,00
Investimentos Permanentes 420 000,00
Ágio na aquisição de investimentos 30 000,00
(B) Caixa 450.000,00
a Diversos
a Investimentos Permanentes 400.000,00
a Deságio na aquisição de investi mentos 50.000,00
(C) Investimentos Permanentes
a Caixa 450.000,00
(D) Diversos 450.000,00
a Investimentos Permanentes
Caixa 420 000,00
Ágio na aquisição de investimentos 30 000,00
(E) Investimentos Permanentes
a Deságio na aquisição de investimentos 450.000,00
7. A Companhia Cruzeiro do Sul adquiriu 60% das ações com direito a voto da Cia.
Estrela da Manha, as quais representam 20% do capital total da investida. A inves-
tidora não pagou ágio nessa aquisição, considerada relevante. Posteriormente, a
controlada efetua uma reavaliação em seu Ativo Imobilizado no valor de R$ 100
000,00 O lançamento desse fato contábil na investidora, de acordo com as normas
legais e fiscais, é:
(A) Reserva de Reavaliação de Coligadas e Controladas
a Resultado Positivo na Equivalência Patrimonial 60.000,00
(B) Investimentos Avaliados pela Equivavalência Patrimonial
a Reserva de Reavaliação de Coligadas e Controladas 20.000,00
(C) Imobilizado
a Reserva de Reavaliação 60.000,00
9. Para fins de consolidação do Balanço Patrimonial, deve ser excluído dos estoques
da Cia. A, a título de lucros não realizados, o valor de (em R$)
(A) 2000,00
(B) 15000,00
(C) 20 000,00
(D) 60000,00
(E) 100000,00
12. A Cia. Alpha incorporou a Cia. Beta, da qual detinha 30% das ações. Os balanços
patrimoniais dab dudb eumpanhias estão reproduzidos abaixo.
Ativo Alpha Beta
Disponível 170 000,00 50000,00
Clientes 220 000,00 80 000,00
Estoques 240000,00 70000,00
Investimentos Beta 45 000,00 -
Imobilizado 325 000,00 100 000,00
1 000 000,00 300 000,00
Passivo + PL Alpha Beta
Fornecedores 260 000,00 90 000,00
Contas a Pagar 140 000,00 60 000,00
Capital 400 000,00 100 000,00
Reservas 200 000,00 50 000,00
1 000 000,00 300 000,00
15. O Banco BFG tem registrado no seu Ativo a participação permanente em 90% das
ações da empresa Controlada S/A. No final de 2005, a Controlada S/A anunciou a
distribuição de dividendos aos seus acionistas no inicio do ano seguinte, devendo
esse anúncio gerar o seguinte lançamento no Banco:
(A) Débito: Dividendos e Bonificações em Dinheiro a Receber.
Crédito: Rendas de Ajuste em Investimento em Coligadas e Controladas.
(B) Débito: Investimentos — Participação em Coligadas e Controladas.
Crédito: Dividendos e Bonificações em Dinheiro a Receber.
(C) Débito: Dividendos e Bonificações em Dinheiro a Receber.
Crédito: Investimento Participação em Coligadas e Controladas.
(D) Débito: Investimentos Participação em Coligadas e Controladas.
Crédito: Rendas de Ajuste em Investimento em Coligadas e Controladas.
(E) Débito e Crédito: não devem ser registrados pelo Banco, tendo em vista que este
efetua a atualização do investimento pelo Método de Equivalência Patrimonial.
GABARITO
Aula 08
Hoje estamos concluindo o nosso curso e apresentamos as mais recentes alterações na
legislação introduzidas pela CVM. Ressaltamos que as demais normas, quer da CVm ou do
CFC, já foram apresentadas no transcorrer das aulas, na maioria das vezes de forma explícita
e em outras situações de forma implícita.
Desta forma, apresentamos as Deliberações 488 e 489, cujos assuntos podem ser
cobrados na prova do ICMS-SP, visto que elas alteraram alguns entendimentos que vinham
sendo adotados até então.
Por fim, agradecemos a presença de todos e esperamos ter contribuido na preparação de
vocês a esse concurso.
deliberou:
II. que esta Deliberação entra em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial da
União.
Original assinado por
MARCELO FERNANDEZ TRINDADE
PRESIDENTE
CONTEÚDO Itens
Objetivo 1
Alcance 2-6
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Definições 11 - 12
Considerações Gerais
Regime de Competência 25 – 26
Uniformidade de Apresentação 27 – 28
Materialidade e Agregação 29 – 31
Compensação 32 – 35
Informações Comparativas 36 – 41
Estrutura e Conteúdo
Introdução 42 – 43
Freqüência na Apresentação 49
Balanço Patrimonial
Estrutura 82 – 86
Principais Premissas 93
Outras Divulgações 94 – 95
96
Entrada em Vigor
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5. Esta NPC utiliza terminologia que é adequada para uma entidade com fins lucrativos.
Outras entidades, como as sem fins lucrativos ou as do setor público, poderão aplicar
esta NPC, porém pode tornar-se necessário alterar a terminologia usada para
determinadas rubricas nas demonstrações contábeis e para as próprias demonstrações
contábeis. Tais entidades podem também apresentar componentes adicionais às
demonstrações contábeis.
a. ativos;
b. passivos;
c. patrimônio líquido;
a. balanço patrimonial;
b. demonstração do resultado;
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11. Os termos abaixo são usados nesta NPC com os seguintes significados:
12. A análise quanto ao efeito de omissões ou erros nas decisões econômicas de usuários
das demonstrações contábeis exige conhecimento das características de cada usuário.
Consoante a Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade, emitida pelo IBRACON -
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, presume-se que o usuário tenha um
razoável conhecimento da linha de negócios e atividades da entidade, conhecimento
contábil e seja diligente na leitura e análise da informação.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Apresentação Adequada e Atendimento às Práticas Contábeis Adotadas no Brasil
13. As demonstrações contábeis devem apresentar adequadamente a posição patrimonial e
financeira, o resultado das operações e o fluxo de caixa (ou origens e aplicações de
recursos) de uma entidade, isto é, deve representar adequadamente os efeitos de
transações e outros eventos, observando as definições e os critérios para registro de
ativos, passivos, receitas e despesas de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil, terminologia que se configura em uma generalização das diretrizes contábeis
emanadas da legislação societária brasileira, adotada por todo o tipo de entidade no
Brasil, considerando os aspectos contábeis que são específicos para os diferentes
segmentos do mercado, conforme disciplinado pelos órgãos reguladores (Banco Central
do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados, etc.)
que representem um progresso àqueles princípios da legislação societária. Isto é,
consideram-se abrangidas no contexto das práticas contábeis adotadas no Brasil, as
práticas amparadas na legislação societária e aquelas reconhecidas pelos órgãos
reguladores como avanço na convergência com as normas contábeis no âmbito
internacional. A aplicação apropriada dessas normas, incluindo a divulgação de
informações requeridas, resulta, em praticamente todas as circunstâncias, em
demonstrações contábeis que atingem uma apresentação adequada.
14. As entidades cujas demonstrações contábeis são elaboradas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil devem divulgar tal fato de forma clara nas notas
explicativas. Caso não as atendam integralmente, as notas explicativas devem divulgar
o fato com clareza.
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17. Com o objetivo de preservar a essência sobre a forma, em casos extremamente raros,
em que a Administração concluir que a adoção de uma determinada disposição prevista
em uma NPC resultar em informações distorcidas, a ponto de conflitarem com os
objetivos das demonstrações contábeis estabelecidos na Estrutura Conceitual Básica da
Contabilidade (ver item 22 a seguir), a entidade poderá deixar de aplicar essa
disposição, procedendo conforme previsto no item 18, se assim for requerido, ou se a
entidade não estiver impedida por uma determinação legal específica.
18. Se a entidade deixar de aplicar uma disposição prevista em uma NPC, conforme
mencionado no item 17, deverá divulgar o seguinte:
20. O item 19 é aplicável, por exemplo, quando uma entidade deixa de cumprir uma
exigência contida em norma relativa à valorização de ativos ou passivos e aquele desvio
afeta os mesmos ativos ou passivos reconhecidos no período corrente.
21. Nos casos, também considerados extremamente raros, em que a Administração concluir
que a adoção de alguma disposição prevista nas NPCs possa resultar em informações
distorcidas a ponto de conflitarem com os objetivos das demonstrações contábeis, mas
que, por exigência do órgão regulador, ela não puder aplicar o procedimento contábil
considerado mais adequado às circunstâncias, a entidade deverá, dentro do possível,
minimizar os efeitos dessa obrigatoriedade imposta pelo órgão regulador, divulgando o
seguinte:
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22. Para os fins dos itens 17 a 21, haverá conflito com os objetivos das demonstrações
contábeis quando a informação não representar de forma adequada a essência da
transação ou do evento, e isso poderia afetar decisões tomadas por usuários das
demonstrações contábeis. Também, considera-se que um item ou transação conflita
com os objetivos de uma demonstração contábil quando o mesmo não representar
fielmente a correspondente transação, ou o evento ou a condição que pretende
representar, ou ainda que poderia ser esperado que representasse. Ao avaliar se a
aplicação de uma NPC resulta em informação de tal forma distorcida que estaria em
desacordo com os objetivos das demonstrações contábeis, devem ser considerados os
seguintes aspectos:
a. por que os objetivos das demonstrações contábeis não foram atingidos naquela
circunstância;
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Uniformidade de Apresentação
27. As bases de apresentação e classificação de itens nas demonstrações contábeis devem
ser mantidas de um período para outro, a menos que:
33. É importante que tanto ativos e passivos como receitas e despesas, quando
significativos, sejam apresentados separadamente. A compensação, tanto na
demonstração do resultado quanto no balanço patrimonial, exceto quando o ajuste
refletir a essência da transação ou do evento, pode prejudicar os usuários quanto ao
entendimento das transações e à avaliação dos fluxos financeiros futuros da entidade. A
apresentação no balanço patrimonial de ativo líquido de provisões para desvalorização,
como, por exemplo, provisão para obsolescência de estoques e provisão para créditos
de liquidação duvidosa, não é considerada compensação, devendo haver, quando
material, a segregação em nota explicativa.
34. O termo "receita" é definido em outra NPC, que requer que ela seja mensurada pelo
valor recebido ou a receber, líquido de quaisquer descontos e abatimentos de volume
concedidos por uma entidade. Uma entidade realiza, no curso de suas atividades
regulares, outras transações que não geram receita propriamente dita, mas que são
necessárias às suas operações. Os resultados dessas transações são demonstrados pelo
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a. a natureza da reclassificação;
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41. A NPC Práticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros
esclarece como devem ser efetuados os ajustes às informações comparativas quando
houver mudança de prática contábil ou correção de erro.
ESTRUTURA E CONTEÚDO
Introdução
42. Esta NPC requer certas divulgações nas próprias demonstrações contábeis e, em notas
explicativas, e estabelece padrões de apresentação que uma entidade pode adotar.
43. Esta NPC usa o termo "divulgação" em um sentido amplo, compreendendo itens
apresentados na própria demonstração contábil, bem como nas notas explicativas às
demonstrações contábeis. Certas divulgações são, também, exigidas por outras
normas. A menos que esta ou outra NPC especifique o contrário, essas divulgações são
feitas tanto nas próprias demonstrações contábeis quanto nas notas explicativas.
Identificação das Demonstrações Contábeis
44. As demonstrações contábeis devem ser claramente identificadas e distinguidas de
outras informações no mesmo documento publicado.
45. Esta NPC aplica-se somente às demonstrações contábeis e não a outras informações
apresentadas em um relatório anual da Administração ou em outro documento.
Portanto, é importante que os usuários possam distinguir as informações que são
preparadas, usando-se as práticas contábeis, de outras informações que lhes possam
ser úteis, mas que não são objeto dos correspondentes normativos.
47. As informações contidas no item 46 acima normalmente são apresentadas com o título
e a indicação das correspondentes colunas, em cada página das demonstrações
contábeis, de acordo com a formatação definida pela Administração. Por exemplo, a
divulgação das demonstrações contábeis de forma eletrônica poderá requerer formato
diferente da apresentação na mídia escrita, com a finalidade de assegurar adequado
entendimento.
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unidades da moeda adotada. Isso é aceitável contanto que informações relevantes não
sejam omitidas.
Freqüência na Apresentação
49. As demonstrações contábeis devem ser apresentadas pelo menos uma vez ao ano.
Todavia, por exigência de órgãos reguladores, pode ser requerida a apresentação para
períodos menores. Quando, em circunstâncias excepcionais, a data do exercício social
de uma entidade mudar e as demonstrações contábeis forem apresentadas por um
período mais longo ou mais curto que um ano, deve-se divulgar, além do período
abrangido pelas demonstrações contábeis, as seguintes informações:
51. Quando uma entidade fornece mercadorias ou serviços dentro de um ciclo operacional
claramente identificável, a classificação separada de ativos e passivos circulantes e não
circulantes no próprio balanço oferece informações úteis, distinguindo-se o ativo
líquido, que está continuamente circulando como capital de giro, daqueles usados nas
operações de longo prazo da entidade.
52. Para outras entidades, como instituições financeiras, a apresentação dos ativos e
passivos em ordem de liquidez proporciona informações mais importantes e confiáveis
do que a classificação circulante/não circulante, uma vez que essas entidades não têm
um ciclo operacional claramente identificado.
53. Informações sobre prazos de realização de ativos e liquidação de passivos são úteis
para a avaliação da liquidez de uma entidade. Divulgação e apresentação de
instrumentos financeiros incluem a divulgação dos períodos de vencimento de ativos e
passivos financeiros. Ativos financeiros incluem duplicatas e outras contas a receber, ao
passo que passivos financeiros incluem contas a pagar a fornecedores e outras.
Informações sobre o período esperado de recuperação ou liquidação de ativos ou
passivos não monetários são, também, muito úteis, independentemente da sua
classificação como ativo ou passivo circulante ou não circulante. Por exemplo, se uma
parcela dos estoques tem sua realização prevista para um prazo superior a um ano da
data do balanço, ou da duração do ciclo operacional da entidade, essa parcela deve ser
classificada como ativo não circulante.
Ativo Circulante e Não Circulante
54. Um ativo deve ser classificado como circulante quando:
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55. O grupo de "não circulante" deverá ser desdobrado em ativo realizável a longo prazo,
investimentos, ativo imobilizado, ativo intangível e ativo diferido.
56. O ciclo operacional de uma entidade é definido como o período entre a aquisição de
materiais utilizados na produção e sua realização na forma de dinheiro ou equivalente a
dinheiro. Ativos circulantes são ativos (como estoques e contas a receber de clientes)
que são vendidos, consumidos e realizados dentro do ciclo operacional da entidade,
desde que sejam realizados no prazo de 12 meses; quando não houver expectativa de
serem realizados dentro do período de 12 meses da data do balanço, devem ser
classificados como não circulantes. Títulos negociáveis em bolsas devem ser
classificados como circulante, se houver expectativa de serem realizados dentro do
período de 12 meses da data do balanço; caso contrário, deverão ser classificados
como ativo não circulante.
c. a entidade não tem nenhum direito de postergar sua liquidação por período que
exceda os 12 meses da data do balanço.
As demais obrigações devem ser classificadas como passivo não circulante.
58. As parcelas de empréstimos de longo prazo, vencíveis dentro do período de 12 meses
da data do balanço, devem ser classificadas como passivo circulante.
59. A entidade deve classificar dívidas de longo prazo como passivo circulante, quando, por
disposições contratuais ou renegociação, estiver obrigada a liquidá-la dentro de 12
meses da data do balanço, mesmo se:
60. De acordo com os termos do respectivo contrato, algumas obrigações que vencem
dentro do prazo de 12 meses da data do balanço poderão ser refinanciadas ou "roladas"
à opção da entidade e, portanto, devem ser consideradas financiamento de longo prazo
e classificadas como não circulantes, desde que não haja intenção de liquidá-las dentro
do período de 12 meses da data do balanço. Entretanto, em situações nas quais o
refinanciamento não é feito à escolha da entidade (como seria o caso se não houvesse
acordo para refinanciar), a possibilidade de refinanciamento não pode ser considerada e
a obrigação é classificada como passivo circulante.
61. Alguns contratos de empréstimo incorporam cláusulas que têm o efeito de tornar a
dívida, mesmo de longo prazo, pagável à vista, se certas condições, normalmente
relacionadas à posição financeira do devedor, forem descumpridas. Observado esse
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62. Dessa forma, o passivo é classificado como não circulante se, na data do balanço, o
credor tiver concordado em proporcionar um período adicional dentro do qual a
entidade possa tomar providências para eliminar a causa do descumprimento de
cláusula contratual de empréstimo a longo prazo, e durante o período concedido o
credor não puder exigir a liquidação imediata.
d. estoques;
e. pagamentos antecipados;
f. créditos diversos;
g. impostos diferidos;
i. ativo imobilizado;
j. ativo intangível; e
k. ativo diferido.
No Passivo (segregando o passivo circulante dos demais passivos):
l. financiamentos;
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66. Impostos diferidos, tanto ativos como passivos, devem ser sempre classificados como
não circulantes, exceto aqueles cuja realização é provável que ocorra nos próximos 12
meses subseqüentes à data do balanço.
67. As rubricas relacionadas no item 64 são amplas por natureza e não necessitam ser
limitadas a itens que se enquadram no alcance de outras NPCs. Adicionalmente:
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69. A utilização de diferentes bases de avaliação para diferentes classes de ativos indica
que sua natureza ou função difere e, portanto, que eles devem ser apresentados em
rubricas separadas. Por exemplo, diferentes tipos de bens do ativo imobilizado podem
ser apresentados com base no custo original ou reavaliados de acordo com a NPC –
Ativo Imobilizado.
Informações a Serem Divulgadas nas Demonstrações Contábeis ou em Nota
Explicativa
Geral
70. O detalhe proporcionado nas subclassificações, quer no próprio balanço quer nas notas
explicativas, depende das exigências das normas contábeis, da dimensão, natureza e
função dos valores envolvidos. Os fatores estabelecidos no item 68 são também usados
para decidir a base da subclassificação. As divulgações, que variarão para cada item,
devem ser feitas, normalmente, para os seguintes assuntos:
i. instrumentos financeiros.
Ativo Circulante
71. Os seguintes elementos devem ser divulgados separadamente:
c. contas a receber:
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d. estoques:
- mercadorias;
- matérias-primas;
- produtos em elaboração;
- produtos acabados, e
- impostos diferidos.
b. investimentos:
- investimentos em controladas;
d. ativo imobilizado:
- terrenos e edifícios;
- instalação e equipamentos;
e. intangível
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c. contas a pagar:
- fornecedores;
- partes relacionadas;
- outros tributos;
- dividendos;
a. empréstimos garantidos;
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- reservas de reavaliação;
c. receita líquida;
c. cada item de receita e despesa, ganho ou perda que, conforme exigido pelas
práticas contábeis adotadas no Brasil, seja reconhecido diretamente no
patrimônio líquido, assim como o total desses itens;
80. Mudanças no patrimônio líquido de uma entidade entre duas datas de balanço refletem
o aumento ou a diminuição em seu ativo líquido ou acervo durante o período, de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil para mensuração e divulgação das
demonstrações contábeis. Com exceção das mudanças resultantes de transações com
acionistas, como contribuições de capital e dividendos e da reavaliação de bens
permanentes tangíveis, a mudança global no patrimônio líquido representa,
geralmente, resultados totais gerados pelas atividades das entidades durante o período.
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (ou dos Fluxos de Caixa)
81. As práticas contábeis atualmente adotadas no Brasil exigem a apresentação da
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, como parte do conjunto de
demonstrações contábeis de uma entidade. Em algumas circunstâncias, essa
demonstração é complementada pela Demonstração dos Fluxos de Caixa e divulgações
relacionadas. Estas últimas são úteis para fornecer aos usuários das demonstrações
contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar recursos financeiros
ou caixa e os equivalentes de caixa, bem como as necessidades de a entidade utilizar
esses recursos.
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis
Estrutura
82. As notas explicativas às demonstrações contábeis de uma entidade devem:
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85. As notas explicativas são normalmente apresentadas na seguinte ordem, que ajuda os
usuários no entendimento das demonstrações contábeis e na comparação com as de
outras entidades:
a. contexto operacional;
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88. Além das práticas contábeis específicas utilizadas nas demonstrações contábeis, é
importante para os usuários ter conhecimento das bases de avaliação usadas (custo
histórico, custo corrigido, valor de realização, valor justo ou de mercado ou valor de
recuperação), porque elas formam a base sobre a qual as demonstrações contábeis
estão preparadas. Quando mais de uma base de avaliação é usada nas demonstrações
contábeis, como, por exemplo, quando determinados ativos imobilizados são
reavaliados, é necessário fornecer uma indicação das categorias de ativo ou passivo às
quais cada base de mensuração se aplica.
89. Ao decidir se uma prática contábil deve ser divulgada, a administração deve considerar
se a divulgação ajudaria os usuários a entender a maneira pela qual as transações e os
eventos são demonstrados nos relatórios contábeis apresentados. As práticas contábeis
de uma entidade incluem, porém não estão restritas, ao seguinte:
h. contratos de construção;
j. arrendamentos mercantis;
k. estoques;
m. provisões;
s. subvenções do governo.
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90. Cada entidade deve considerar a natureza de suas operações e as práticas contábeis
que o usuário esperaria que fossem divulgadas para esse tipo de entidade. Por
exemplo, todas as entidades com fins lucrativos deveriam divulgar a prática contábil
para reconhecimento de tributos sobre a renda, incluindo tributos diferidos e ativos
fiscais. Quando uma entidade tem operações significativas no exterior ou transações
em moedas estrangeiras, deve haver divulgação de práticas contábeis relacionadas ao
reconhecimento de ganhos e perdas de conversão cambial e às operações de cobertura
desses ganhos e perdas. Quando houver aquisição, fusão ou incorporação de entidades,
as notas explicativas devem divulgar esse evento, repercussões contábeis e as práticas
contábeis adotadas na apuração de ágio.
91. Uma prática contábil pode ser importante mesmo que os valores mostrados para o
período atual e o anterior não sejam significativos.
92. A entidade deve divulgar, no resumo das práticas contábeis ou em outra nota
explicativa, os critérios e julgamentos adotados na seleção de práticas contábeis mais
específicas e importantes.
Principais Premissas
93. A entidade deve divulgar nas notas explicativas informações sobre as principais
premissas adotadas em relação a eventos futuros e outras informações que envolvam
incertezas, e, por conseqüência, riscos de ajustes materiais nos saldos de ativos e
passivos no período seguinte. Exemplos de premissas importantes são taxas de juros
futuros, vida útil de ativos, mudanças futuras em preços que possam afetar a
recuperação de ativos etc. As notas devem indicar os seguintes detalhes em relação aos
ativos e passivos:
95. A entidade deve divulgar o seguinte, se não for incluído em algum outro lugar nas
informações publicadas com as demonstrações contábeis:
a. a forma legal da entidade, seu domicílio, localização da sede social (ou principal
lugar da entidade, se for diferente da sede);
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deliberou:
II. que esta Deliberação entra em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial da
União.
Original assinado por
MARCELO FERNANDEZ TRINDADE
PRESIDENTE
CONTEÚDO Itens
OBJETIVO 1-2
ALCANCE 3-5
DEFINIÇÕES 6-8
RECONHECIMENTO 9 - 27
Provisões 10
Obrigação presente 11
Evento passado 12 - 17
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Contingências passivas 22 - 24
Contingências ativas 25 - 27
MENSURAÇÃO 28 - 40
Melhor estimativa 28 - 33
Riscos e incertezas 34 - 36
Valor presente 37 - 38
Eventos futuros 39
REEMBOLSOS 41 - 43
Contratos onerosos 49 - 52
Compensação 53
Reestruturação 54 - 67
DIVULGAÇÃO 68 - 76
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS 77 - 78
ENTRADA EM VIGOR 79
ANEXOS
I. Sumário do tratamento a ser dado envolvendo contingências ativas e contingências
passivas
OBJETIVO
1. O objetivo desta Norma e Procedimento de Contabilidade - NPC é definir critérios de
reconhecimento e bases de mensuração aplicáveis a provisões, contingências passivas
e contingências ativas, bem como definir regras para que sejam divulgadas informações
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d. abrangidas por outra norma emitida pelo Ibracon ou órgão regulador, tais como
aquelas relacionadas com contratos de construção, imposto de renda e
contribuição social e benefícios a empregados
4. Outras normas especificam se dispêndios devem ser tratados como ativos ou despesas.
Essas questões não são abordadas nesta NPC. Dessa forma, esta norma não determina
a contrapartida de uma provisão, como, por exemplo, um ativo ou uma despesa.
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vi. Uma obrigação legal é aquela que deriva de um contrato (por meio de termos
explícitos ou implícitos), de uma lei ou de outro instrumento fundamentado em
lei.
vii. Uma obrigação não formalizada é aquela que surge quando uma entidade,
mediante práticas do passado, políticas divulgadas ou declarações feitas, cria
uma expectativa válida por parte de terceiros e, por conta disso, assume um
compromisso.
b. uma obrigação presente que surge de eventos passados, mas que não é
reconhecida porque:
x. O fato gerador, no contexto desta norma, é um evento passado que cria uma
obrigação presente, legal ou não formalizada, para uma entidade.
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a. uma entidade tem uma obrigação legal ou não formalizada presente como
conseqüência de um evento passado;
a. quando for provável que uma obrigação presente exista na data do balanço, a
entidade reconhece uma provisão (se os critérios de reconhecimento descritos
no item 10 forem atendidos); e
b. quando não for provável que uma obrigação presente exista na data do balanço,
a entidade divulga uma contingência passiva, a menos que seja remota a
possibilidade de saída de recursos (item 70).
Evento passado
12. Um evento passado que origina uma obrigação presente é chamado de fato gerador.
Para que um fato gerador seja considerado ocorrido, é necessário que a administração
da entidade conclua não haver alternativa realística que não liquidar a obrigação criada
por ele. Essa ocorrência se verifica somente:
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14. Somente são reconhecidas como provisões aquelas obrigações que surgem de eventos
passados e existem independentemente de atos futuros de uma entidade (como a
conduta futura do seu negócio). Exemplos dessas obrigações são multas ou custos com
limpeza e reparos em virtude de danos ambientais, que resultariam em saída de
recursos para sua liquidação, independentemente de atos futuros da entidade. Da
mesma forma, uma entidade reconhece uma provisão para os custos de
descontinuidade de uma instalação industrial na medida em que ela é obrigada a
retificar eventual dano já causado.
15. Uma obrigação sempre envolve outra parte interessada a quem se deve a obrigação.
No entanto, não é necessário saber a identidade da parte interessada a quem se deve
essa obrigação. Em virtude de uma obrigação sempre envolver um compromisso com
outra parte, uma decisão do conselho de administração ou da diretoria não originará
uma obrigação não formalizada na data do balanço, a menos que a decisão tenha sido
comunicada antes dessa data, para terceiros afetados por ela, de maneira
suficientemente específica para criar nestes uma expectativa válida de que a entidade
cumprirá com suas responsabilidades.
16. Um evento que não gera imediatamente uma obrigação pode gerá-la em uma data
posterior, em razão de mudanças na lei ou porque um ato (por exemplo, uma
declaração pública na qual a entidade compromete-se a fazer algo) da entidade dá
origem a uma obrigação não formalizada.
17. Quando os detalhes de uma nova legislação proposta ainda tiverem de ser finalizados,
uma obrigação surgirá somente quando for praticamente certo que a legislação será
promulgada conforme a minuta divulgada. Normalmente, será impossível estar
praticamente certo da promulgação de uma legislação até que ela seja promulgada.
Saída provável de recursos
18. Para que um passivo seja reconhecido, não deve haver somente uma obrigação
presente, mas também deve ser provável que haja um desembolso de recursos para
liquidar aquela obrigação. Quando não for provável, ou seja, for apenas possível que
uma obrigação presente exista, a entidade divulga uma contingência passiva, a menos
que seja remota a possibilidade de uma saída de recursos (item 70).
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23. Quando uma entidade for conjunta e solidariamente responsável por uma obrigação, a
parte da obrigação que se espera que as outras partes liquidem é tratada como uma
contingência passiva. A entidade reconhece uma provisão para a parte da obrigação
para a qual é provável uma saída de recursos, exceto em circunstâncias extremamente
raras, em que nenhuma estimativa suficientemente confiável possa ser feita.
26. Uma contingência ativa é divulgada, conforme o item 73, quando for provável uma
entrada de recursos.
27. Assim como as contingências passivas, as contingências ativas devem ser reavaliadas
periodicamente para determinar se a avaliação inicial continua válida. Se for
praticamente certa que uma entrada de recursos ocorrerá por conta de um ativo,
entrada esta anteriormente não classificada como praticamente certa, o ativo e o
correspondente ganho são reconhecidos nas demonstrações contábeis do período em
que ocorrer a mudança de estimativa. Caso se torne provável uma entrada de recursos,
a entidade divulga em nota a contingência ativa (item 73).
MENSURAÇÃO
Melhor estimativa
28. O montante reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do desembolso
exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço.
31. Incertezas sobre o montante a ser reconhecido como provisão são tratadas de diversas
formas, de acordo com as circunstâncias. Quando a provisão que está sendo
mensurada envolve uma ampla quantidade de itens, deve-se estimar a provisão
ponderando-se todos os possíveis desfechos em relação à possibilidade de sua
ocorrência. Isto é necessário a possibilidade de perda para o conjunto, pois pode-se
deparar com uma avaliação individual para os itens (apenas possível, por exemplo)
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diferente da avaliação do grupo como um todo ( que poderia ser provável para alguns
dos itens.)
Essa situação pode ser verificada, por exemplo, em uma entidade que produza
determinada linha de eletrodomésticos em que, para cada eletrodoméstico analisado
individualmente, a possibilidade de que ocorra um defeito é possível; entretanto, a
possibilidade de que um defeito venha a ocorrer, para algum dos eletrodomésticos
produzidos, dessa vez analisando a linha como um todo, é provável. Nesse caso, a
provisão não será de 100% dos valores envolvidos: deverá ponderar a perda média
esperada para os itens, ou ainda o percentual de perda esperado do universo. Por
exemplo, experiências passadas de uma entidade e suas expectativas futuras indicam
que, no ano seguinte à venda de um produto, 80% dos bens não apresentam defeito,
15% apresentam defeitos menores e 5% têm defeitos maiores. Uma entidade avalia a
probabilidade de uma saída para as obrigações de garantias como um todo. Supondo
que a entidade estima que se a totalidade dos produtos vendidos tivesse que sofrer
pequenos reparos, isto custaria um total de R$ 2 milhões e no caso de grandes reparos
custaria R$ 6 milhões, a provisão para garantia seria determinada como segue: (80% x
0) + (15% x R$ 2 milhões) + (5% x R$ 6 milhões), totalizando R$ 600 mil.
32. Quando se está mensurando uma única obrigação, o desfecho mais provável pode ser a
melhor estimativa. Entretanto, mesmo nesse caso, as demais possibilidades de
desfecho devem ser analisadas, se indicarem valores diferentes da melhor estimativa, e
o passivo deverá ser ajustado, para refletir um valor maior ou menor. Por exemplo, se
uma entidade tiver de reparar um defeito grave em uma fábrica que ela tenha
construído para um cliente, o resultado individual mais provável poderá ser para que o
reparo seja bem-sucedido na primeira tentativa a determinado custo, mas uma
provisão para um montante maior será feita se houver uma chance significativa de que
outras tentativas sejam necessárias. Em caso de expectativas aproximadamente iguais,
deve prevalecer a de valor maior.
36. A divulgação das incertezas que cercam o valor do desembolso é feita de acordo com o
item 69 (b).
Valor Presente
37. Observado o descrito no item 78, quando o efeito do valor do dinheiro no tempo é
relevante, o montante de uma provisão deve ser o valor presente dos desembolsos que
se espera que sejam exigidos para liquidar a obrigação, exceto quando outra norma do
Ibracon ou de órgão regulador determinar que uma provisão específica seja mantida
pelo seu valor nominal.
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38. A taxa de desconto deve ser uma taxa aplicada antes de impostos que reflita as atuais
avaliações do mercado quanto ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos
para o passivo.
Eventos futuros
39. Eventos futuros que podem afetar o montante exigido para liquidar uma obrigação
devem ser refletidos no valor da provisão, quando houver evidência objetiva suficiente
de que eles ocorrerão. Por exemplo, o efeito conhecido de uma possível nova legislação
deve ser levado em consideração na mensuração de uma obrigação existente quando
há evidência objetiva suficiente de que é praticamente certo que a legislação seja
promulgada. Entretanto, normalmente, não existirá evidência suficiente até que a nova
legislação seja promulgada.
Baixas Esperadas de Ativos
40. Os ganhos esperados na baixa de ativos não devem ser levados em consideração na
mensuração de uma provisão, mesmo se a baixa esperada estiver intimamente ligada
ao evento que dá origem à provisão.
REEMBOLSOS
41. Quando se espera que algum ou todos os dispêndios exigidos para liqüidar uma
provisão sejam reembolsados por outra parte, o reembolso deve ser reconhecido
somente quando for praticamente certo que ele será recebido se a entidade liquidar a
obrigação. O reembolso deve ser tratado como um ativo separado. O montante
reconhecido para o reembolso não deve ultrapassar o montante da provisão.
43. Algumas vezes, uma entidade pode exigir de terceiros o pagamento ou ressarcimento
de todos ou de uma porção dos desembolsos exigidos para liquidar uma provisão (por
exemplo, por meio de contratos de seguro, cláusulas de indenização ou garantias dos
fornecedores). Nos casos em que a entidade permaneça sendo a responsável por todo o
valor em questão e tiver que liquidar o valor total se o terceiro por alguma razão não
pagar, uma provisão é reconhecida pelo valor total do passivo, e um ativo é
reconhecido pelo valor do reembolso esperado, desde que seu recebimento seja
praticamente certo, no caso de a entidade liquidar o passivo.
Nos termos do item 23, uma obrigação pela qual uma entidade esteja conjunta e
solidariamente responsável é considerada uma contingência passiva. Deixará de ser
assim considerada no momento em que se passe a esperar que a entidade venha a
participar da liquidação da obrigação.
MUDANÇAS NAS PROVISÕES
44. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para refletir a
melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que uma saída de recursos
será requerida para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida em
contrapartida da linha do balanço e/ou do resultado contra a qual ela foi originalmente
constituída e/ou realizada.
45. Observado o descrito no item 78, quando for utilizado o desconto a valor presente, o
valor contábil de uma provisão aumenta a cada período para refletir a passagem de
tempo. Esse aumento é reconhecido como uma despesa financeira.
USO DAS PROVISÕES
46. Uma provisão deve ser usada somente para os desembolsos para os quais a provisão
foi originalmente reconhecida. Portanto, somente despesas relacionadas à provisão
original são liquidadas contra ela.
APLICAÇÃO DAS REGRAS DE RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO
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50. Muitos contratos podem ser cancelados sem pagar compensação para a outra parte;
portanto, não há obrigação. Outros contratos estabelecem direitos e obrigações para
cada uma das partes contratantes. Quando os eventos tornarem esse contrato oneroso,
esta NPC deverá ser aplicada, e existirá um passivo que deve ser reconhecido. Esta NPC
não se aplica aos contratos de execução que não são onerosos.
52. Antes de ser estabelecida uma provisão separada para um contrato oneroso, uma
entidade deve reconhecer qualquer prejuízo decorrente da desvalorização ocorrida nos
ativos destinados àquele contrato.
Compensação
53. Não raramente, a administração de uma entidade questiona a legitimidade de
determinados passivos, e, por conta desse questionamento, por ordem judicial ou por
estratégia da própria administração, os valores em questão são depositados em juízo,
sem que haja a caracterização da liquidação do passivo. Nessas situações, não havendo
a possibilidade de resgate do depósito, a menos que ocorra desfecho favorável da
questão para a entidade, o depósito deverá ser apresentado deduzindo o valor do
passivo, sendo os valores atualizados e divulgados de acordo com o item 76.
Reestruturação
54. Exemplos de eventos que podem se enquadrar na definição de reestruturação são:
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55. Uma provisão para custos da reestruturação é reconhecida somente quando são
cumpridos os critérios gerais de reconhecimento de provisões estabelecidos no item 10.
Os itens 56 a 67 demonstram como os critérios gerais de reconhecimento aplicam-se às
reestruturações.
56. Uma obrigação não formalizada para reestruturação surge somente quando uma
entidade:
b. tiver criado uma expectativa válida naqueles que serão afetados pela
reestruturação, seja começando a implantação daquele plano seja pelo anúncio
de suas principais características para aqueles afetados pela reestruturação.
58. Para que um plano seja suficiente para dar origem a uma obrigação não formalizada,
quando comunicado àqueles por ele afetados, é necessário que sua implantação
comece o mais rápido possível e seja concluída dentro de um prazo que torne
improváveis quaisquer mudanças no plano. Entretanto, caso se espere que haja um
grande atraso antes de a reestruturação começar ou que esta demore tempo demais,
deixa de ser provável que o plano crie uma expectativa válida de que a entidade está,
atualmente, comprometida com a reestruturação, porque o período de execução dá
oportunidade para a entidade mudar seus planos.
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60. Embora uma obrigação não formalizada não seja criada apenas por uma decisão da
administração, ela pode resultar de eventos anteriores combinados com essa decisão.
Por exemplo, negociações com representantes de empregados, para pagamentos de
demissões, ou com compradores, para a venda de uma operação, podem ter sido
concluídas, sujeitas apenas à aprovação da diretoria. Uma vez obtida a aprovação e
comunicada às outras partes interessadas, a entidade tem uma obrigação não
formalizada de reestruturar, se as condições do item 56 forem cumpridas.
61. Em alguns casos, a alta administração de uma entidade pode incluir representantes de
interesses diferentes dos de uma administração tradicional (por exemplo, empregados),
ou a notificação para esses representantes pode ser necessária antes de ser tomada a
decisão pela alta administração. Quando uma decisão dessa diretoria envolve a
comunicação a esses representantes, isso pode resultar em uma obrigação não
formalizada de reestruturar.
62. Nenhuma obrigação surge da venda de uma unidade operacional até que a entidade
comprometa-se com essa operação, ou seja, quando há um contrato firme de venda.
63. Mesmo quando uma entidade tiver tomado decisão de vender uma unidade operacional
e anunciada publicamente essa decisão, ela pode não se comprometer a vendê-la até
que um comprador tenha sido identificado e houver um contrato firme de venda. Até
haver um contrato firme de venda, a entidade poderá mudar de idéia e, de fato, terá de
tomar outras medidas se não puder ser encontrado um comprador que concorde com o
negócio em termos aceitáveis. Quando a venda de uma operação for vista como parte
de uma reestruturação, os ativos da unidade serão analisados considerando o seu valor
de recuperação nas circunstâncias. Em alguns casos, quando uma venda for somente
uma parte da reestruturação, uma obrigação não formalizada poderá surgir para as
outras partes dessa reestruturação, se as condições previstas no item 56 forem
atendidas, mesmo antes de existir um contrato firme de venda.
64. Uma provisão para reestruturação deve incluir somente as despesas diretas decorrentes
da reestruturação, que são:
b. propaganda e marketing; ou
67. Conforme descrito no item 40, os ganhos esperados na baixa de ativos não são levados
em consideração na mensuração de uma provisão para reestruturação, mesmo se a
venda de ativos for vista como parte da reestruturação.
DIVULGAÇÃO
68. Para cada tipo de Para cada tipo de provisão relevante, uma entidade deve divulgar:
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70. A menos que seja remota a possibilidade de ocorrer qualquer desembolso, a entidade
deve divulgar, para cada tipo de contingência passiva relevante na data do balanço,
uma breve descrição da natureza da contingência passiva e, quando praticável:
72. Quando uma provisão e uma contingência passiva surgirem do mesmo conjunto de
circunstâncias, uma entidade faz as divulgações requeridas pelos itens 68 a 70 de
maneira que evidencie a ligação entre a provisão e a contingência passiva.
73. Quando for provável uma entrada de recursos, uma entidade deve divulgar uma breve
descrição da natureza da contingência ativa na data do balanço e, se praticável, uma
estimativa de seus efeitos financeiros mensurados, usando os princípios descritos para
as provisões contidos nos itens 28 a 40. Essas divulgações devem evitar dar indicações
indevidas quanto à probabilidade do ganho.
74. Quando algumas das informações necessárias, de acordo com os itens 70 e 73, não
forem divulgadas por não ser praticável a sua apresentação, a entidade deve divulgar
esse fato.
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76. Nos casos em que, para fins de divulgação, ocorrer a compensação de passivos com
valores depositados em juízo, permitida nos termos desta NPC, deverão ser destacadas,
em nota explicativa, as quantias que estão sendo compensadas e a explicação das
eventuais diferenças existentes.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
77. Os efeitos da adoção desta NPC que não se relacionarem a mudanças de estimativas
devem ser apresentados como ajustes de exercícios anteriores.
78. O ajuste a valor presente previsto nos itens 37, 38 e 45 deverá ser efetuado apenas se
requerido por uma norma específica que se refira à provisão, ou quando da edição de
norma que dê legitimidade à aplicação desse conceito nas práticas contábeis adotadas
no Brasil.
ENTRADA EM VIGOR
79. Esta NPC entra em vigor para as demonstrações contábeis que abrangem os períodos
que começam em 1º de janeiro de 2006, ou após essa data, incentivando-se a sua
aplicação imediata, e revoga disposições anteriores, inclusive o Pronunciamento do
IBRACON XXII - Contingências.
ANEXO I
SUMÁRIO DO TRATAMENTO A SER DADO ENVOLVENDO CONTINGÊNCIAS ATIVAS E
CONTINGÊNCIAS PASSIVAS
O objetivo deste anexo é auxiliar no entendimento da NPC sobre Provisões, contingências
ativas e contingências passivas e deve ser lido no contexto completo da NPC, não devendo ser
considerado isoladamente.
Provável Divulgar 26
Contingência Provável
passiva
- mensurável com suficiente Provisionar 10
segurança
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ANEXO II
EXEMPLOS DE TRATAMENTO A SER DADO ENVOLVENDO CONTINGÊNCIAS ATIVAS E
CONTINGÊNCIAS PASSIVAS
O objetivo deste anexo é auxiliar no entendimento da NPC sobre Provisões, contingências
ativas e contingências passivas e deve ser lido no contexto completo da NPC, não devendo ser
considerado isoladamente.
1. Garantias
Uma montadora dá garantia de dois anos para uma determinada linha de veículos a
partir da data da venda pela concessionária. Baseada em experiências passadas, a
montadora sabe que é provável que alguns dos veículos vendidos apresentem
problemas nesses dois anos, que são cobertos pela garantia. Nesse caso, o fato gerador
da obrigação é a venda do veículo pela concessionária, dando a garantia de dois anos, e
é provável que, para alguns veículos, ocorra desembolso por parte da montadora.
Nesse caso, deve ser constituída provisão para cobrir esses eventuais custos, baseada
na melhor estimativa possível.
Esse é o típico exemplo de uma situação na qual a possibilidade de que uma obrigação
analisada isoladamente (um veículo) venha a ocorrer é menor que provável.
Entretanto, a possibilidade de que parte de uma obrigação analisada de forma
associada (em nosso exemplo, a linha de veículos) venha a ocorrer é provável. Dessa
forma, uma provisão deve ser constituída.
2. Danos ambientais
A lei referida no item anterior pode não ter sido aprovada ainda, mas se a sua
aprovação é praticamente certa, uma provisão deverá ser constituída.
3. Reestruturação
Outro exemplo é o de uma fábrica cuja receita é derivada, em sua quase totalidade, da
venda de um componente automotivo, que, em 2001, é fornecido exclusivamente para
duas montadoras de automóveis. Essas montadoras fazem comunicado público ou
enviam cartas à fábrica avisando que, a partir de 1º de janeiro de 2002, não mais
utilizarão esse componente em seus automóveis, com antecedência suficiente para não
ser considerado quebra de contrato. Nesse caso, a administração não terá muitas
opções, e a reestruturação é praticamente inevitável, ou seja, é provável, já que o
pressuposto da continuidade estará afetado. A melhor estimativa de gastos com a
reestruturação deverá ser feita e provisionada. Caso a entidade venha a implantar uma
nova fábrica para produzir um novo componente, podendo até ser o componente que
irá substituir o que ela fornecia, os dispêndios relativos à reestruturação da planta/linha
de produção anterior deverão ser lançados ao resultado, não podendo, portanto, ser
alocados ao custo da nova fábrica de produção. Antes de ser efetuada a provisão para a
reestruturação, a administração deverá efetuar o ajuste no valor dos ativos ao seu
valor de recuperação. Caso haja situações em que se preveja ganho sobre baixas
esperadas de ativos, esses ganhos não são levados em consideração na mensuração de
uma provisão para reestruturação.
4. Tributos
a. A administração de uma entidade entende que uma determinada lei federal, que
alterou a alíquota de um tributo ou introduziu um novo tributo, é
inconstitucional. Por conta desse entendimento, ela, por intermédio de seus
advogados, entrou com uma ação alegando a inconstitucionalidade da lei. Nesse
caso, existe uma obrigação legal a pagar à União. Assim, a obrigação legal deve
estar registrada, inclusive juros e outros encargos, se aplicável, pois estes
últimos têm a característica de uma provisão derivada de apropriações por
competência. Trata-se de uma obrigação legal e não de uma provisão ou de uma
contingência passiva, considerando os conceitos da NPC.
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Isso significa dizer que, a partir desse momento, o ganho deixará de ser
contingente e se tornará um direito da entidade. Antes do registro do ganho
contingente, porém, e periodicamente após seu registro, a administração da
entidade deve avaliar a capacidade de recuperação do ativo, uma vez que a
parte contrária pode tornar-se incapaz de honrar esse compromisso, ou pode ser
que sua utilização futura seja incerta.
d. Existem situações em que uma entidade ainda não obteve a decisão final
favorável à recuperação de um tributo ou à extinção da obrigação tributária
registrada, mas há jurisprudência favorável para outras entidades em casos
idênticos, bem como avaliação dos advogados de que as chances de um
desfecho favorável são prováveis. Mesmo nas situações em que há
jurisprudência favorável, isso não é suficiente para dar base ao reconhecimento
do ganho contingente, uma vez que não está assegurada uma decisão final
favorável à entidade, pois muitos outros fatores podem influenciar essa decisão,
por exemplo, o ramo de atividade, a formalização do processo etc. A entidade,
por outro lado, deve fazer divulgação em nota explicativa acerca do assunto.
5. Contrato oneroso
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de R$ 2 milhões. continua nos próximos quatro anos, não pode ser cancelado, e a
fábrica não pode ser alugada novamente para outro usuário.
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