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A QUESTÃO DA POLIGAMIA ANTES E DEPOIS DE CRISTO

É uma matéria altamente polêmica. Muito difícil de tratar quando a audiência já perdeu a
capacidade de dispor-se a examinar o assunto acima dos preconceitos já firmados em sua mente. Não
podemos, porém deixar de tratar o assunto neste trabalho, já que a desinformação sobre os fatos
ocorridos no princípio da restauração da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, quanto às
razões, objetivos e metas da adoção da poligamia entre os mórmons têm sido grandemente deturpados
ao longo dos anos.
O quadro polêmico da poligamia é exatamente aquele que mais atiça a curiosidade de quem ouve
falar do mormonismo por canais inadequados. A esse quadro sempre estava junto o da questão do
sacerdócio, que não podia ser conferido aos homens descendentes da semente negra, até que uma
revelação de Deus ao Presidente Spencer W. Kimball ao final da década de 70, desse por fim a esta
restrição; a qual fora imposta temporariamente pela própria Divindade. Esses fatos só são válidos para
os membros da Igreja que têm o testemunho do Espírito e sabem nos seus corações que Joseph Smith e
Spencer W. Kimball agiram por ordem revelada por Deus. Para o resto do mundo essas explicações
provocam risos, tão pueris e falsas elas parecem... Mas é Deus quem os adverte:
“Os que rirem verão sua imprudência”
Nosso sincero desejo é que o leitor destas páginas, não ria do que vamos dizer a seguir, e assim
esteja livre da condenação que lançará sobre si próprio ao ser levado à presença de Deus no último dia
de sua provação.
Por ordem de Deus a Joseph Smith o convênio do casamento múltiplo foi restabelecido na terra,
nos mesmos moldes que Ele já havia feito no tempo de Abraão.
Sem esse convênio ser revelado e todos os demais que o foram a Joseph, a restauração do
Evangelho não seria perfeita, justa e completa. Em 1889 o Presidente Wilford Woodruff, também por
revelação de Deus, suspendeu temporariamente esses casamentos através de um manifesto à Igreja, o
qual está em pleno vigor e é bem conhecido hoje por todos os membros.
A seguir vamos fazer um exercício de racionalização. Ele seria inteiramente supérfluo se o leitor
tivesse o testemunho do Espírito quanto à veracidade dos nossos profetas da restauração.
“E Eu, Deus, criei o homem em Minha própria imagem, macho e fêmea os criei... os abençoei e
lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra..." (Moisés 2: 27-28).
Sobre frutificar diz o dicionário – produzir fruto;
Sobre multiplicar – crescer em número, aumentar em número por procriação;
Sobre encher – ocupar um espaço ou volume completamente.
O mandamento foi dado dessa forma específica aos pais da raça, dando a idéia de que Deus
desejava rápida e eficiente geração de seres humanos para espalhar-se sobre toda a superfície da terra.
Adão viveu 930 anos, não sabemos quantos viveu Eva. Mas vamos agora fazer uma pergunta
ousada ao leitor:
Você acharia insuportável se Deus nos viesse um dia a revelar que Adão, depois de determinado
tempo, passou a ter várias esposas; da mesma forma que as tiveram mais tarde os patriarcas Abraão,
Isaque e Jacó e até mesmo o grande profeta Moisés? Todos com o objetivo de erguer mais rapidamente
sementes do sacerdócio na terra?
Se o leitor puder aceitar essa possibilidade, também poderá aceitar que Deus tenha restaurado
essas coisas nos nossos dias com o mesmo objetivo – o de multiplicar rapidamente o sacerdócio em Sua
Igreja. Ele nunca poderia usar essa medida se ela fosse constituída de celibatários.
Por que, em Sua sábia economia, Deus fez o homem fértil por 365 dias no ano e até idade
avançada, enquanto fez a mulher fértil apenas algumas horas no mesmo período (considerando os nove
meses de gestação e o reinício da ovulação) e mais, por período de vida bem menor que o homem?
Sendo esse fato indiscutível, que propósito haveria para o plano de Deus de encher a terra se Ele
desse vários maridos a uma única mulher? (poliandria).
Se tal absurdo fosse feito ele estaria direta e indiscutivelmente ligado à promiscuidade sexual; já
que nele não haveria nenhum propósito que pudesse ir além da gratificação sexual. A poliandria é
diabólica, como prima-irmã que é da prostituição. Mas a poligamia, quando ordenada por Deus é justa,
legal e verdadeira.
Estudando a Bíblia, vemos que Deus sancionou por várias vezes a poligamia, mas entre Seus mais
diletos servos apenas. Pois se os casamentos múltiplos fossem sancionados entre pessoas iníquas, sem o
sacerdócio de Deus, sua geração cresceria para a iniqüidade e penalizaria muitos espíritos ainda por
nascer. Deus jamais trabalharia contra Si mesmo.
É por isso que a multiplicidade de esposas entre os mórmons foi somente cerca de 2%, o restante
não estava apto para entrar no convênio. Quem desobedeceu ao mandamento, derrubou-se a si mesmo; e
quem assumiu esposas múltiplas sem ter sido chamado ao convênio por Deus foi excomungado.
Óbvio está que a revelação e ordem para adoção da poligamia só poderiam ser dadas ao profeta da
Igreja verdadeira e não ao mundo. Os inocentes úteis que no passado investiram contra o casamento
celestial adotado na Igreja, e os que hoje acusam os que fizeram não menos nem mais do que foram
mandados por Deus, ajudaram e ajudam o diabo na sua arte de atrasar o desenvolvimento do Plano de
Deus na terra.
O diabo pode fazer isso porque em geral os homens usam seu livre-arbítrio a seu favor e não
reconhecem o que vem de Deus.
A igreja que investe contra o Plano Clássico de Deus, que é a rápida multiplicação do Seu
sacerdócio, impedindo o matrimônio ao seu clero (até mesmo o monogâmico) é uma desastrosa
deturpação da Igreja de Jesus Cristo revelada no Meridiano dos Tempos, quando os apóstolos eram
casados (ver o Apêndice 11).
Cabe agora colocar um parêntese:
No princípio de maio de 1976 o Elder E. Erickson, durante um Serão Domingueiro em Palm-
Springs, Califórnia, falou sobre “Os Escritos do Mar Morto”. Entre esses escritos estão muitos livros
cuja existência era inteiramente desconhecida para a cristandade moderna, tais como: O Evangelho de
Marcos e O Evangelho de Paulo.
Anteriormente já haviam sido encontrados O Livro de Abraão, Os Textos de Maden e o Livro de
João, o Amado, junto com O Livro de Filipe. Além desses, foram encontrados mais quatrocentos livros
dos quais não se sabe coisa alguma. E os escritos do Mar Morto só foram traduzidos cerca de 40 por
cento até agora!
Diante desses fatos só os tolos continuarão a dizer que a Bíblia contém toda a palavra de Deus.
No seu Evangelho, Filipe declara que Jesus era casado com Maria Madalena e que os apóstolos
mostravam-se um pouco ciumentos pela afeição que Jesus demonstrava à sua esposa em público.
A descrição das bodas de Canaã no Novo Testamento e a aparição do Senhor ressurrecto à Maria
Madalena isoladamente e antes de se mostrar aos apóstolos, são fatos curiosos e que apontam para a
grande possibilidade da veracidade dessa declaração de Filipe.
No ano de 1852 o presidente Brigham Young tornou público que Deus revelara a lei dos
casamentos plurais a Joseph Smith desde 1832, ele disse:
“Deus nunca introduziria a ordem patriarcal do casamento com o intuito de agradar ao homem e
aos seus desejos carnais, mas Ele a criou com o propósito expresso de conseguir um sacerdócio real, um
povo expressamente destinado ao seu serviço.”
“Foi o Senhor que me ordenou. E querem saber para que? Foi para criar jovens mórmons e não
para ter mulheres que se prostituíssem comigo, nem tampouco para satisfazer desejos lúbricos da carne e
sim para criar filhos.” (Heber C. Kimball).
Foi muito difícil para Joseph Smith cumprir a ordem de dar início aos casamentos múltiplos. Ele
tentara esquivar-se ao mandamento, pois previa conseqüências muito graves, dentro e fora da Igreja;
Joseph protelou até a ponto de um anjo aparecer diante dele brandindo uma espada e ameaçando-o de
destruição caso não cumprisse a ordem de Deus.
Diante das condições críticas da Igreja naqueles dias, a fé necessária para obedecer tal
mandamento era equivalente à fé que Abraão teve que usar para dispor-se a sacrificar seu filho Isaque...
Muitos mórmons foram derrotados pela prova; caíram todos os que não tinham a fé suficiente. A prova
continua até hoje já que muitos no mundo não aceitam o mandamento como sendo de Deus.
“... Eu o fiz para provar a todos, com o fiz com Abraão...”, disse o Senhor.
“Estava Abraão, portanto, sob condenação? Na verdade te digo, Não; pois eu, o Senhor, o
mandei... Abraão recebeu concubinas, e elas lhe geraram filhos; e foi-lhe imputado como justiça, porque
elas foram dadas, e ele obedeceu a minha lei; assim também Isaque e Jacó nada mais fizeram do que
aquilo que lhes foi mandado; e por que fizeram nada mais do que as coisas que lhes foram mandadas,
entraram para a sua exaltação, de acordo com as promessas... David também recebeu muitas esposas e
concubinas, assim como Salomão e Moisés, meus servos, e muitos outros dos meus servos, desde o
princípio da criação até agora; e em nada pecaram, a não ser naquilo que não receberam de mim.” (D&C
132:35,37 e 38).
Ao tomar conhecimento do mandamento, Brigham Young declarou:
“Eu desejava o túmulo e levei muito tempo para conseguir superar o meu sentimento.”
Heber C. Kimball sofreu séria perturbação e levou muitos dias sem saber o que dizer à sua esposa.
Ela notou que ele definhava na sua aflição sem conseguir dizer-lhe o que se passava. Ela recolheu-se
num quarto em oração, quando o Senhor lhe revelou em visão celestial que a fez compreender o que se
passava com seu marido Ela aceitou submeter-se diante da evidência do mandamento...
A confiança que esses homens e mulheres tinham no testemunho do Espírito, de que Joseph era o
profeta chamado para os seus dias; estariam rejeitando o próprio Deus que o ungiu; estariam rejeitando o
governo da divindade.
Por isso, o mundo os julgou e desprezou nas trevas de seu próprio espírito.
Disse o apóstolo Paulo:
“Tudo é puro para os que são puros, mas para o homem sem fé nem integridade, nada é puro, até
seu coração e sua consciência são contaminados.”
A prática da poligamia entre os mórmons transformou o estado do Illinois em outro inimigo
sedento do sangue dos membros da Igreja. Entre os membros surgiram muitos apóstatas, eles tornaram-
se terríveis inimigos do profeta e depois da Igreja.
William C. Law fora uma vez segundo conselheiro do profeta, ele escreveu:
“Estamos fervorosamente tentando explodir os princípios viciosos de Joseph Smith e daqueles que
participam nas mesmas e abomináveis práticas de prostituição.”
Esses acontecimentos levaram as massas à histeria e acabaram por induzir os congressistas, em
1874, a aprovar a lei Poland contra a prática da poligamia.
Em 1881 o presidente James Garfield declarou:
“A Igreja Mórmon não somente ofende o sentimento moral da humanidade, quando autoriza a
poligamia, como ainda impede o funcionamento da justiça com simples tecnicidades da lei.”
Em 12 de fevereiro de 1882 o senado aprovou a lei Edmunds e em 22 de março do mesmo ano o
presidente Arthur sancionou-a.
Em março de 1887 essa lei foi revisada e passou a ser conhecida como a lei Edmunds-Tucker, ela
dizia:
1. Em todos os casamentos múltiplos que viessem a ser realizados, as testemunhas seriam levadas
diante dos tribunais;
2. As esposas polígamas poderiam testemunhar contra seu marido;
3. Eleitores e funcionários públicos teriam que jurar por escrito que se submeteriam às leis
antipoligâmicas;
4. Os polígamos condenados seriam privados dos direitos civis e seus filhos seriam declarados
ilegítimos;
5. Os registros dos casamentos posteriores a essa lei seriam obrigatoriamente arquivados no
tribunal;
6. O voto feminino e as milícias locais seriam extintos em Utah;
7. A Igreja e o Fundo de Emigração seriam desapropriados e todas as propriedades da mesma,
seriam confiscados pelo governo federal, excetuando os edifícios de adoração.
Após a promulgação dessa lei, a perseguição dos agentes federais foi terrível sobre as famílias dos
polígamos. O então presidente da Igreja, John Taylor que havia escapado milagrosamente da morte na
prisão de Carthage quando uma turba enfurecida assassinou o profeta Joseph e seu irmão Hyrum em
1844, acabou seus dias assistidos por algumas de suas esposas e seus conselheiros, num esconderijo.
Em 1889 a Igreja estava com inúmeros foragidos e a situação de suas famílias piorava dia a dia.
Grandemente aflito e contristado, sob a enorme pressão que o mundo fazia sobre a Igreja, o presidente
Willford dirigiu-se ao Senhor e pediu conselho (já que ele não se achava com autoridade para suspender
um mandamento por si só). Foi então mandado em revelação suspender a prática dos casamentos
plurais. Por causa dessa revogação, nova onda de apostasia sucedeu.
Foi o Senhor que decidiu revogar o mandamento, não o presidente da Igreja. Ele o fez para evitar
que o governo federal destruísse o que ainda restava da Igreja e porque, a partir da promulgação dessa
lei, os membros da Igreja estariam infringindo as leis estabelecidas pelo governo da terra.
Quando a ordem dos casamentos múltiplos foi dada não havia lei governamental estabelecida
sobre o assunto no território onde viviam os mórmons, se houvesse o Senhor não teria induzido os
membros de sua Igreja a uma prática contrária às leis do país.
Deus perdeu a disputa contra os governos da terra?
Certamente não! Ele apenas fez uma parada estratégica, prudente, sábia e lógica. Até que chegue o
momento propício no seu julgamento para reinstituir o mandamento. Naturalmente Ele terá antes que
abater todos os governos da terra e instituir o Seu próprio.
O propósito de provação que ele tinha para aquela e para a nossa geração foi cumprido
integralmente no período de quase 60 anos em que os casamentos múltiplos não eram fora da lei secular.
A provação de agora é para ver quem desta geração condenará os membros da Igreja que praticaram
corretamente o que Deus lhes mandou fazer, sejam eles membros ou não da Igreja.
“Naquele tempo... o que restar de Sião, e os sobreviventes de Jerusalém serão chamados santos...
E o Senhor virá se estabelecer sobre suas assembléias... Sete mulheres disputarão entre si um homem e
dirão... deixa-nos tomar o teu nome. Faze cessar nosso opróbrio.” (Isaias 4: 1-5).
QUANTAS SÃO AS RAÇAS?

"Devido à miscigenação, a distinta caracterização de uma raça só é possível em função da freqüência


relativa de certos genes. Se as diferenças entre essas freqüências observadas forem estatisticamente
significativas, pode-se objetivamente caracterizar uma população como racialmente distinta".
(Enciclopédia Barsa, vol. II pag. 345).
Comentamos que mesmo assim, essa afirmação não deixa de ser uma convenção submetida a um
número estatístico "significativo" - portanto, também convencional.
Diz a ciência moderna que a variabilidade genética dos indivíduos se mantém indefinidamente e
que é inadmissível pensar-se em "médias" de constituições genéticas ou genótipos, porque cada
indivíduo se reproduz por fertilização sexuada cruzada e possui um equipamento genético único e
irrepetível.
Consta da enciclopédia Barsa, vol. II, pag. 346: "As maiores divergências ocorridas entre os
autores dizem respeito ao número de raças... há os que apresentam apenas duas, e há os que conseguem
reconhecer diferenças características a ponto advogarem a existência de cerca de 200 raças diversas".
Podemos daí concluir que tudo dependerá das convenções adotadas para classificação.
Nessas condições, poderia um estudioso declarar que existe na verdade mesmo apenas uma raça -
a raça humana.
Baseando-nos na hipótese de que todos os homens tenham partido de uma origem única e comum
a todos, as diversificações posteriores seriam então produto de todos os fatores determinantes da
"raciação" - ficando ao gosto de cada escola adotar as convenções e classificações que quisesse.
Se essa última hipótese for a verdadeira, obviamente teremos que admitir a possibilidade teórica de uma
reversão às origens pela eliminação das diferenciações, por regressão e cancelamento dos fatores
determinantes da "raciação".
Se pode haver evolução ou involução das características raciais, sob determinadas condições
provocáveis (isolamento geográfico e cultural, diversificação genética e a modelagem de novos
genótipos), teoricamente, as "raças" poderiam retornar às características comuns que, na nossa hipótese,
teriam tido no princípio. Toda raciação regressível a um ponto comum revelaria uma origem provável,
também comum.
Da mesma forma, aquela raça que não atingisse esse ponto de regressão comum às demais,
revelaria uma de duas coisas:
1 - Não teria pertencido à mesma origem;
2 - Ou teria pertencido à mesma origem, mas, a certa altura dos acontecimentos, alguma
transformação sui generis teria sucedido, a qual não permitiria o retorno às origens, a não ser por outra
transformação, sui generis no outro sentido.
Naturalmente, devemos admitir, seriam comprovações impossíveis de obter experimentalmente -
para encontrar essa hipotética transformação sui generis, caso tenha ocorrido. Em desespero de causa os
cientistas poderiam consultar a Bíblia e procurar verificar se algo dessa natureza no que concerne à raça
negra está registrado.
Façamos essa investigação. Para iniciar, começaremos usando um raciocínio circular:
Lemos em Gênesis 7:21 - "Todas as criaturas que se moviam sobre a terra foram exterminadas"; "... tudo
foi exterminado da terra. Só Noé ficou e os que se encontravam com ele na arca" (Gênesis 7:2,3).
Noé era da linhagem dos patriarcas. Seus filhos, Sem, Cam e Jafé também, pois, se a mulher de
Noé também não fosse dessa linhagem, forçosamente seria da outra (da semente de Caim) e Deus não
poderia ter feito aliança com eles, como declara ter feito.
O Senhor havia expulso Caim do seu sacerdócio, porque amaldiçoou-o e à sua semente corporal.
"Estes eram os três filhos de Noé. É por eles que foi povoada (repovoada) a terra" após o dilúvio.
Ora, se a palavra de Deus está certa, todas as raças hoje existentes são provenientes desses três irmãos.
Portanto, as novas raciações partiram dessa origem comum depois do dilúvio. Mas perguntamos: Onde
ficou e o que foi feito da semente de Caim, a quem Deus disse que seria peregrino e errante sobre a
terra? Foi ela exterminada pelo dilúvio sem que o decreto de Deus pudesse ter cumprimento; ou, seria
alguma daquelas mulheres dos três irmãos, da semente amaldiçoada, para que houvesse a preservação da
semente de Caim?
Vejamos: Embora Sem, Cam e Jafé tenham tido vários filhos depois do dilúvio, nenhum deles foi
amaldiçoado como foi Canaan (o quarto filho de Cam, dos citados na Bíblia: Cus, Mesraim, Fut e
Canaan).
Por que? Não parece grandemente estranho que Cam (o verdadeiro transgressor contra Noé) não
tivesse sido amaldiçoado, e sim, seu filho Canaan que nada fizera? Por que Canaan e não os outros, seus
irmãos Cus, Mesraim ou Fut? Evidentemente, havia alguma diferença entre a linhagem dos filhos de
Cam. E isso só seria possível através de mulher. Donde concluímos que Cam teve pelo menos duas
esposas, e que uma delas era da semente amaldiçoada. O nome dessa mulher era Egiptus, que em caldeu
significa "aquilo que é proibido" (a mulher Egiptus era proibida a Cam, mas ele desobedeceu e uniu-se a
ela). E por que era ela proibida? - Porque a linhagem dos patriarcas estava proibida de unir-se à
linhagem de Caim.
Sabemos que, na antigüidade, estabeleceram-se essas duas linhagens: uma exercia o sacerdócio de
Deus e era aquela com quem Deus fez suas alianças ou convênios; a outra estava banida das bênçãos do
sacerdócio - a linhagem de Caim. Não estava, porém, banida das outras bênçãos de Deus; apenas não
podia exercer os poderes do sacerdócio.
Será que essas coisas acabaram? Que Deus mudou de idéia ou esqueceu-se do que disse sobre
Caim e Canaan? Será que isso mudaria algum dia?
De acordo com o apóstolo Pedro, SIM! Pois ele, citando Moisés, anunciou o tempo futuro da
restauração de todas as coisas... Para que nos seja enviado Jesus Cristo. (ver 45 # em notas da Segunda
Edição). Afinal, onde está a linhagem de Caim?
Vamos correlacionar as informações de que dispomos - das escrituras e do desenvolvimento
histórico dos povos:
QUAL SINAL DEUS PÔS EM CAIM?

"De ora em diante, serás maldito e expulso... E tu serás peregrino e errante sobre a terra... O Senhor pôs
em Caim um sinal..." (Gênesis 4:11-15). Mesmo sendo o assassino do irmão, a vida de Caim foi
poupada para preservar o sinal que lhe foi posto; e por ele poderem descer os espíritos que ocupariam os
corpos que seriam assinalados com o mesmo sinal que Deus marcou Caim; para que o sinal revelasse a
linhagem e nenhum deles, indevidamente, recebesse o sacerdócio dos patriarcas. É admissível, portanto
que a geração de Caim, após esse evento, recebesse geneticamente o mesmo sinal, através de sua
semente corporal - sinal esse, que objetivava indicar visualmente aos da semente dos patriarcas, aqueles
que não poderiam portar a honra do Sacerdócio. Conforme consta nas Escrituras, Deus pronunciou uma
maldição, a qual deveria acompanhar aqueles a serem gerados pela semente de Caim. Da mesma forma
que as bênçãos de Deus (do Sacerdócio) acompanhavam os gerados pela semente de Abraão e de todos
os patriarcas anteriores (desde que não se excluíssem individualmente, pela transgressão).
Vamos agora aumentar um pouco o raio do nosso raciocínio circular, para demonstrar que Deus
muda alguns de seus decretos, quando coloca os homens em condições diversas: Ao observarmos bem o
desenrolar dos acontecimentos descritos na Gênesis notaremos o seguinte: Houve uma bênção em forma
de decreto por ocasião da criação do homem e da mulher, antes da transgressão: "Frutificai... e
multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar... e sobre todos os
animais... Eis que eu vos dou toda erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas
contendo em si mesmas a sua semente, para que vos sirvam de alimento". "E a todos os animais da
terra, a todos os pássaros dos céus, a tudo que se arrasta sobre a terra, e em que haja um sopro de vida,
eu dou toda erva verde como alimento". (Gênesis 1: 28-30). O alimento preceituado para toda criação (a
palavra de sabedoria) não incluía a carne como alimento! Nem o poderia, porque a morte não havia
entrado no mundo. Após a queda do homem (do estado paradisíaco), e com ele de toda a terra, a
humanidade caminhou para o mal; até atingir um estado de grande corrupção, que trouxe o julgamento
exterminador pelo dilúvio. Algumas poucas pessoas foram salvas na arca; então, outro decreto contendo
princípio alimentar foi dado por Deus ao patriarca Noé; para ser posto em vigor entre os espíritos que
viriam a partir daí viver na mortalidade. Notemos agora que a regra alimentar é outra:
"Vós sereis objeto de temor e espanto para todo animal da terra, toda ave do céu... eles vos são entregues
nas mãos. Tudo que se move e vive vos servirá de alimento" (Gênesis 9:2-3). Antes desse decreto, o
espírito que reinava entre os homens e os animais era outro, não havia o temor recíproco, o homem não
os matava para servirem de alimento; nem eles tinham o impulso para devorar-se mutuamente.
Mostramos, pela variação entre essas duas bênçãos que, em função das condições em que o homem é
colocado por Deus, os Seus preceitos variam. Eles são sempre os mesmos porém, para cada uma das
diferentes condições da lei a que sua criatura estiver submetida. A lei dos mandamentos carnais dada a
Moisés é uma; a lei dos mandamentos espirituais - o Evangelho - é outra, e bem maior!
Houve uma maldição de Deus pronunciada sobre Adão, a qual resultou na queda geral do homem e da
terra. Essa maldição persiste até hoje, mas sabemos que não perdurará para sempre sobre nós, em função
do poder da redenção de Cristo.
Houve outra maldição, a que foi dada a Caim, depois da queda e antes do dilúvio, a qual atinge a
todos os seus descendentes, até que sejam dela redimidos - quando aprouver a Deus. Ora, através de
Noé e seus filhos, a maldição pronunciada sobre Adão permaneceu - não foi preciso repeti-la depois do
dilúvio. Já o mesmo não se deu com a maldição pronunciada sobre Caim, pois ela foi repetida sobre um
dos netos de Noé, de nome Canaan - o primeiro varão do segundo fillho de Noé com sua mulher Egiptus
(a única pessoa, da semente de Caim, salva na arca). Vemos aí a razão pela qual a maldição não foi dada
sobre Cam (que cometera uma ofensa contra seu pai), nem sobre a mulher, Egiptus, mas diretamente
sobre o primeiro varão da semente de Caim, nascido dessa união proibida. Assim, foi preservada a
maldição após a morte de todos os varões negros pelo dilúvio. Porque os decretos de Deus não podem
ser frustrados. Se a maldição pudesse ser preservada através da mulher Egiptus, não haveria necessidade
de reaplicá-la sobre Canaan, seu filho. "Maldito seja Canaan.. que ele seja o último dos escravos dos
seus irmãos." (Gênesis 9: 25). Há quanto tempo diz a Bíblia ter acontecido o assassinato de Abel? - Set
nasceu 130 anos depois da queda; diz a Bíblia que Set substituiu Abel, a quem Caim matara (Gênesis 4:
2). A queda de Adão deu-se aproximadamente 4.004 anos A C., logo, o assassinato de Abel e a maldição
dada a Caim deu-se, aproximadamente, no ano 3.874 A.C. Diz a Bíblia que os descendentes de Caim,
através de Tubalcaim trabalharam o cobre e o ferro (Gênesis 4:22). Lemos na enciclopédia Barsa, vol. 1
pg. 114: "... cerca de quatro mil anos antes de Cristo começa o período Chalcolítico (uso do cobre) no
Alto Egito... Só no início do IV milênio AC. é que se atesta a presença de negros na África, no
Mesolítico de Karthum; sua origem continua até hoje mal explicada". Diz, ainda, a enciclopédia, no
mesmo volume 1 à pag. 114: "... suas migrações só cessaram bem adiantado o século XIX..." Esse povo
passou quase 6.000 anos em contínuas migrações sem fixação na terra. Viveu como uma nação errante
sobre um continente coberto de grandes desertos, florestas equatoriais e montanhas, cujo solo arável era
grandemente restrito. Fatos históricos bem conhecidos relatam a subcondição de vida dessa povoação do
globo sob o peso da servidão e da escravidão. Disse o Senhor a Caim: "... Quando a cultivares (a terra)
ela te negará os seus frutos. E tu serás peregrino e errante sobre a terra". "O Senhor pôs em Caim um
sinal...", e depois do dilúvio: "... que ele seja o último dos escravos dos seus irmãos...", disse o Senhor a
Canaan pela boca do patriarca Noé! Canaan gerou os jebuseus, amorreus, gergeseus, heveus, araceus,
sineus, aradeus, sareus e os hamateus. Em seguida a família dos cananeus se dispersou, (Gênesis 10:1-
18). Foram eles os primeiros negros após o dilúvio.
A verdade sobre as raças, de acordo com a Bíblia é esta:
Fundamentalmente, só há mesmo duas raças distintas: a branca e a negra, Todas as "outras" são produto
das "raciações" e das convenções estabelecidas pelos observadores. A raça negra veio da branca, através
da transformação genética, sui generis, provocada pelo poder de Deus.
Ora, todos os fatos relatados mostram claramente que o sinal posto em Caim foi a cor negra,
estabelecendo naquele momento a semente carnal que daria início ao aparecimento da raça negra na
terra. Exatamente no mesmo local e no mesmo período anunciado hoje pelo pouco que a ciência dos
nossos dias alcançou:
Início do IV milênio antes de Cristo - África, Mesolítico de Karthum, região do ferro e do cobre... Diz a
Bíblia: "os descendentes de Caim... trabalharam o cobre e o ferro" (Gênesis 4:22).
Se Deus o fez é porque isso seria o melhor e mais justo fazer por aqueles espíritos que viriam ocupar os
corpos negros, ou da semente de Caim.
Êles não são negros em espírito, porque a semente espiritual do seu Pai (que é o mesmo de todos nós)
não é negra e não os poderia gerar senão como Ele próprio é, à imagem e semelhança de Jesus Cristo...
"Quem vê a mim, vê ao Pai". Porém, a sabedoria de Deus deu-lhes essa provação temporária (ver 46 #
em notas da Segunda Edição). De alguma forma, Deus teria que enviar à terra e marcar os seus filhos
que sofreram um julgamento restritivo na pré-existência, por não se mostraram valentes para receber
Seu sacerdócio com a mesma disposição de outros espíritos que se mostraram mais dignos lá. Essa
bênção só lhes adviria nos últimos dias.
Os "negros temporais" que souberem dessas coisas e, assim mesmo, conseguirem ser humildes e
obedientes a Cristo, terão ultrapassado uma difícil provação, e realizado uma não menor recuperação
espiritual do seu status preexistente; e estarão em melhores condições do que muitos homens brancos
de cabelos louros e olhos azuis. Mas, tanto uns quanto outros se danarão, caso se rebelem contra os
decretos de Deus.
Alguém poderá concluir que essas coisas não estão de acordo com a palavra de Deus, que diz: "Eu não
faço acepção de pessoas". Para os tais diremos primeiramente, que a palavra acepção nada tem a ver
com exceção, embora seja parecida.
Acepção - sentido sob o qual um pronunciamento deve ser entendido, significação, intepretação,
sentido.
Exceção - restrição da regra, desvio da regra, privilégio.
É verdade que em face da justiça divina, Deus também não faz acepção de pessoas; e por isso
mesmo não permitiu a nenhum espírito que, por Sua justiça devesse nascer neste mundo na raça negra,
nascesse na branca, e vice-versa. Privilégios no sentido de desvio da Justiça, Deus jamais fez ou fará;
embora aos que não compreendam a profundidade das implicações de Sua justiça, possa parecer que
Ele dá privilégios gratuitos a alguns homens em detrimento de outros.
Essas ações de Deus, são sempre fundamentadas em méritos preexistentes e/ou méritos conquistados
nesta vida, por obediência às Suas leis. Os "privilégios que são conquistados por aplicação injusta do
livre-arbítrio, são usurpados pelos homens.
Deus não faz acepção de pessoas, no sentido de que Ele não faz discriminação de pessoas na aplicação
dos Seus julgamentos.
"O que o homem semear, aquilo mesmo há de colher".
Se Deus fizesse alguns homens colherem batatas quando plantassem tomates, estaria fazendo com que o
ato de plantar tomates, fosse entendido de forma muito estranha e fora da lei. Isso é o que Ele diz não
fazer quando sentencia que não faz
acepção de pessoas.

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