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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Prescrição Intercorrente.
É a prescrição no curso do processo.
A fazenda publica pode entrar com a execução e não encontrar bens. O
processo fica parado, o autor não se manifestando ou movimenta o
processo num prazo de 5 anos, o réu poderia pedir a extinção do processo
por conta dessa prescrição intercorrente.
10/06
-Pagamento Indevido
Arts. 165 a 169/CTN - tratam do prazo do contribuinte, no caso de
pagamento indevido, para pedir restituição do valor.
Ele está pedindo um restituição. É uma Ação de Repetição de Indébito.
Seja por qual motivo for, o pagamento indevido deve ser ressarcido.
O código destaca que o Estado nunca vai poder alegar que o
contribuinte pagou errado para não devolver o valor pago indevidamente.
- Prazo.
Art. 168/CLT.
Art. 168 O direito de pleitear a restituição extingue-se
com o decurso do prazo de cinco anos contados:
I – na hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data
da extinção do crédito tributário.
Veja, então, que o prazo é de 5 anos da data da extinção definitiva do
crédito. Em regra, o credito se extingue, definitivamente, com o pagamento.
Ex. Paga em 10/06/2009 e pode pedir de volta até 10/06/2014.
A hipótese anterior é para lançamento de oficio ou por declaração.
O problema surge em torno dos tributos sujeitos a pagamento por
homologação. O pagamento antecipado não extingue o crédito. Então
quando se dá realmente a extinção? Se dá com a homologação. E o Estado
tem 5 anos para homologar, senão o crédito é extinto tacitamente.
*Compensação (II)
Art. 170, 170-A/CLT.
Estudamos no direito civil a figura da compensação.
Ex. B deve 10 mil a A e A deve 10 mil a B. Os créditos serão
compensados.
Em relação ao Estado é diferente. Não é porque o Estado deve que terá
o direito de não pagar os tributos.
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias
que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir
à autoridade administrativa, autorizar a compensação
de créditos tributários com créditos líquidos e certos,
vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a
Fazenda pública.
É possível a compensação no direito tributário como forma de extinção
do credito, mas ela não pode se dar de qualquer maneira: tem que estar
prevista em lei, ou é o juiz que vai dar o direito de compensar (decisão
judicial ou administrativa).
* Transação (II)
Art. 171/CTN - Outra forma de extinção do crédito é a transação (art.
156, III/CTN).
Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que
estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação
tributária celebrar transação que, mediante concessões
mútuas, importe em determinação de litígio e
conseqüente extinção de crédito tributário.
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade
competente para autorizar a transação em cada caso.
Há um entendimento que há um erro no código. Ao invés de ser
“determinação”, seria “terminação”, no sentido de finalização do litígio.
Esse erro é tão gritante que, geralmente, o próprio código traz uma nota
falando sobre a correção que deve ser feita na leitura do artigo.
Também depende de lei. Implica a idéia de concessões mutuas.
É difícil ocorrer.
Como o credito tributário é de interesse público, a disponibilidade do
administrador não existe. Somente a lei poderá dispor.
* Remissão (IV)
Art. 172/CLT
Art. 172. A lei1 pode autorizar a autoridade
administrativa a conceder,por despacho,
fundamentado, a remissão total ou parcial do crédito
tributário, atendendo:
I. à situação econômica do sujeito passivo;
II. ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo,
quanto à matéria de fato;
III. à diminuta importância do crédito tribuitário;
IV - a considerações de eqüidade, em relação com as
características pessoais ou materiais do caso;
V - a condições peculiares a determinada região do
território da entidade tributante.
1
A lei que se remete aqui é a do ente federativo que criou o tributo.
- Remissão x Anistia
Remissão é a extinção do crédito tributário. Diante desta, nada mais é
devido (art. 156, IV).
Anistia é exclusão do crédito. É referente à multa, apenas. Ainda terá
que pagar o tributo, o que não tem que pagar é a multa. Por isso a anistia
não é hipótese de extinção do crédito.
A remissão também depende de lei.
Ex. Ano passado, tivemos para débitos de IPTU em aberto até 500
reais, o perdão, e, em relação aos créditos acima desse valor, o
parcelamento com o beneficio da remissão da multa, ou seja, anistia. Nesse
caso o Município entendeu que seria mais caro executar do que conceder a
remissão.
A autoridade terá que, caso por caso, despachar, fundamentando a
remissão na lei.
Ex. A lei no município de Salvador autorizou a autoridade
administrativa a conceder remissão no caso de diminuta importância do
crédito. Mas, ainda assim, não está todo mundo que se encaixa nessa
hipótese remido! O fiscal tem que analisar cada caso concreto, e dar o
despacho (nesse sentido, o parágrafo único do art. 172/CTN).
Parágrafo único.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não
gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o
disposto no artigo 155.
17.06
Hipóteses de Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário
Art. 151/CTN
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
O art. 152 diz que a moratória pode ter caráter geral (todos abarcam –
ex. enchente na cidade).
Art. 152 - A moratória somente pode ser concedida:
I - em caráter geral:
a) pela pessoa jurídica de direito público competente
para instituir o tributo a que se refira;
b) pela União, quanto a tributos de competência dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios,
quando simultaneamente concedida quanto aos
tributos de competência federal e às obrigações de
direito privado;
II - em caráter individual, por despacho da autoridade
administrativa, desde que autorizada por lei nas
condições do inciso anterior.
O art. 152, parágrafo único autoriza o ex. da moratória no bairro (ela
pode ser especifica numa região).
Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode
circunscrever expressamente a sua aplicabilidade a
determinada região do território da pessoa jurídica de
direito público que a expedir, ou a determinada classe
ou categoria de sujeitos passivos.
Na área tributaria havia uma lei federal que exigia o depósito como
condição para a segunda instancia administrativa. Ele teria que depositar
30% do valor do debito, ou arrolar bens no valor de 30%.
O STF até considerou que era constitucional.
O STF, com nova composição, em 2005 considerou inconstitucional
tanto o deposito quando o arrolamento de bens.
È possível o recurso sem o deposito ou arrolamento de bens.
1. Anistia
Exclui a multa, o credito permanece.
Ex. tinha-se um credito de 15 mil. A multa é 5 mil. O crédito então será
de 10 mil.
Art. 180/CTN : A anistia é até as infrações cometidas até a data
daquela lei. Não se aplica a crimes e contravenções. Também não se
aplicam as infrações resultantes de conluio. A professora acha razoável, se
não estaria estimulando, de uma certa maneira, a criminalidade,
contravenções, permitindo a isenção mesmo nestes casos.
Art. 181/CTN: a anistia pode ser fornecida de forma geral, ou também
limitadamente, especifica para algumas situações.
“d” trata do parcelamento.
Art. 182/CTN: A lei autoriza, mas quem vai conceder, verificando o
caso concreto, é a autoridade administrativa. O despacho pode ser
revogado a qualquer tempo, art. 155/CTN.
2. Isenção
Art. 176/CTN: Também depende de lei. Ainda que prevista em
contrato, será sempre decorrente de lei.
Ex. a Bahia tem uma parte que é sertão, pode então estabelecer uma
política de isenção naquela área.
Art. 177/CTN: salvo disposição em contrario, a isenção não é
extensiva. Não pode dentão se ampliar, para isso seria necessário lei.
Mesmo a isenção geral, se o tributo for criado depois, não pode se presumir
que a isenção também se aplicará a ele.
Ex. Isenção para o IPVA, não pode se estender para a taxa de
licenciamento.
Art. 178/CTN: a isenção, salvo se concedida por prazo certo e em
função de determinadas condições, pode ser revogada por lei a qualquer
tempo.
Então, não sendo por certas condições, ela poderia revogar?! A
professora entende que essa questão não deve prevalecer em face de um
interesse momentâneo, até porque é necessário de um mínimo de
segurança jurídica. Há uma linha de continuidade, o governo que assume,
não pode ignorar o que ocorreu anteriormente.
Revogando, há a possibilidade da empresa pedir indenizações.
As outras podem ser revogadas. O art. 103, IV fala da anterioridade.
Então, a revogação de uma isenção se sujeita a anterioridade e a
noventena. Isso no caso de isenção por prazo indeterminado.
Então, se o prazo é determinado, o tributo retorna sem ser necessário
anterioridade e noventena, justo já que o contribuinte já tinha
conhecimento.
Agora, sendo por tempo indeterminado, o Estado tem que observar
tanto a anterioridade quando a noventena para cobrar o tributo, se não eles
serão surpreendidos.
Art. 179/CTN : é necessário de despacho de autoridade
administrativa analisando o caso concreto. O despacho não gera direito
adquirido e pode ser revogado a qualquer tempo de oficio.
*Imunidade x Isenção
A principal diferença entre imunidade e isenção é que uma é norma
constitucional(imunidade) e a outra infraconstitucional(isenção).
Outra diferença é que na imunidade, sequer existe o credito. A isenção
haveria um credito que seria excluído. Quanto a isso há dúvidas:
Há um questionamento acerca da natureza jurídica da isenção: a
isenção impede a incidência da norma tributaria, fazendo com que sequer
nasça a obrigação (quando seria igual a imunidade), ou nasce e depois a
norma exclui?
O STF e tribunais tratam a isenção como hipótese de exclusão.
29/07
Garantias e Preferências do Crédito Tributário
1. Bens que respondem pelo crédito tributário: art. 184 e 185/CTN
2. Preferências: art. 186 a 190/CTN
3. Exigência da Prova de Quitação como requisito para prática de ato ou
exercício de direito: art. 191 a 193/CTN
3.1 Certidões como principal forma de prova de quitação
Certidão negativa
Certidão Positiva com efeitos de negativa
Arts. 205 a 108/CTN
Ex. Pessoa tem casa em seu nome que é um bem de família e tem um
bom salário que é o dinheiro que sustenta ela e sua família. O Estado vai e
automaticamente bloqueia, pelo CPF, todas as suas contas bancárias.
Acaba, portanto, liberando valor a maior!
Essa é uma garantia maior de que o Estado irá receber. Com medo, os
contribuintes acabam encontrando bens para oferecer a penhora. Ainda
assim, quando não encontram bens a penhora, eles optam pelo
parcelamento. Ou seja, aqueles que nem pensavam em regularizar a vida,
passam a querer, evitando assim esse constrangimento.
Art. 187/CTN - Quando temos uma ação contra uma empresa que
decreta falência, tem que se desistir da ação e habilitar o credito no
processo de falência. Isso não acontece com a Fazenda Publica, ela pode
prosseguir com a execução. Nesse caso, inclusive, é comum a penhora no
rosto dos autos. Prossegue a falência e a execução fiscal (o mesmo se diga
em relação ao inventário, arrolamento de bens, etc).
Art. 187 - A cobrança judicial do crédito tributário não
é sujeita a concurso de credores ou habilitação em
falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou
arrolamento.
Art. 192/CTN – o juiz passa a ser fiscal da fazenda publica. O CTN diz
que nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será
proferida sem a prova de quitação de todos os tributos relativos aos bens do
espólio, ou às suas rendas.
Ex. Na partilha uma das coisas mais importante é a juntada de todas
as certidões no processo para que o juiz homologue a partilha.
Art. 206/CTN
Art. 206 - Tem os mesmos efeitos previstos no artigo
anterior a certidão de que conste a existência de
créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva
em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja
exigibilidade esteja suspensa.
Quando o cliente tiver uma divida, tem que se analisar como poderá
fazer para se expedir essa certidão.
Ex. Se há um crédito, ele então pode indicar bens a penhora, daí não
haverá um óbice para expedição da certidão positiva com efeitos de
negativa. Apesar do debito existir, ele está garantido, então o Estado tem a
garantia de receber, podendo expedir essa certidão.
30/07
Administração Tributária
1. Fiscalização: art. 194 a 200/CTN
2. Dívida ativa: art. 201 a 208/CTN
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA
TRIBUTOS EM ESPÉCIE
- Tributos Federais
* Taxas
A União tem taxas como a de fiscalização e controle ambiental (no
exercício do poder de policia pelo IBAMA). As taxas são os tributos que mais
tem. As taxas não serão estudadas em relação aos tributos federais. Elas
serão estudadas quando tratarmos dos tributos do município. O que é
importante saber sobre as taxas está previsto nos artigos 77-80/CTN e CF.
Analisaremos ao tratar dos tributos municipais.
*Impostos
II – Imposto sobre Importação
IE – Imposto sobre Exportação
IR - Imposto sobre Renda e Proventos
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
IOF – Impostos sobre Operações Financeiras
ITR – Imposto Territorial Rural
*Contribuições especiais
Sociais
CIDE´s
Corporativas
06/08
Hipótese de incidência
C. Material – qual o fato gerador em si
C. Temporal – em que momento esse fato gerador se dá por ocorrido
C. Espacial – aonde ocorre
C. Pessoal - quem tem que pagar
Mandamento
C. Quantitativa – quanto deve pagar
C. subjetiva – quem deve pagar
Todo tributo tem uma hipótese de incidência que, ocorrendo, faz surgir
a obrigação de pagar.
Para identificar a ocorrência desse fato na realidade, a norma tem que
limitar a ocorrência desse fato descrevendo-o.
* Imposto de Importação
- Tributo regulador
Trata-se de imposto com objetivos de política econômica,
destinado à proteção de produtos nacionais e do cambio, tendo
efeito secundário a arrecadação de receitas para cofres publico.
2. Fundamento Constitucional
Art. 153. Compete a União instituir impostos sobre:
I. Importação
3. Normas gerais
Artigos 19 a 22 do CTN
O CTN estabelece normas gerais. O imposto é criado por uma lei
especifica criada pelo ente que tem competência para tributar.
4. Fundamento Legal
Decreto Lei 37/1966
Esse decreto fundamentou a instituição do tributo, ele o criou e
fundamenta. Obvio que este DL tem que estar de acordo com o CTN e a CF.
Não existe no Brasil mais a previsão de Decreto Lei. Os únicos que
estão vigentes são aqueles que foram recepcionados. Não foi recepcionado
com status de DL, mas de lei, assim sendo, somente pode ser criado por lei.
O decreto lei era um ato do presidente que tinha força de lei. Diferente
um pouco da Medida Provisória que é convertida em lei dentro de um prazo,
se não perde os efeitos.
5. Princípios aplicáveis
a) Legalidade
Art. 153/CF
§1º é facultado ao poder executivo, atendidas as condições e
os limites estabelecidos em lei, alterar
A CF excepciona o II em relação às alíquotas. A CF autoriza que o chefe
do executivo altere as alíquotas do II.
c) Irretroatividade
d) Isonomia
e) Capacidade Contributiva*
f) Vedação ao Confisco
g) Uniformidade na Tributação Federal
6. Hipóteses de Incidência
a) Critério Material
Descrição material que faz nascer a obrigação de se pagar o II.
O DL em seu art. 1º repete o CTN (art. 19/CTN).
Se o produto retornar ao Brasil, mesmo que seja “made in Brazil”, ele
será tributado. Isso porque quando vende o produto para o exterior não tem
tributação. Ele poderia depois importar dizendo que não pagaria o tributo
porque é “made in Brazil”. Então, mesmo nesses casos terá tributo, e a
entrada deste no país será como uma importação.
Há alguma exceções: enviada em consignação e não vendida no prazo
(é como se não tivesse vendida), devolvida por motivo de defeito técnico
(...)
C – vaca louca.
b) Critério Temporal
O fato gerador do II considera-se ocorrido no momento (art.
19/CTN):
- entrada dos produtos estrangeiros no território nacional.
Em regra é o que trás mais problemas.
O CTN não estabelece norma geral. Somente fala da entrada.
DL 3766, art. 23 – quando se tratar de mercadoria despachada
para consumo, considera-se ocorrido o fato gerador na data do
registro, na repartição aduaneira, de
Aplica-se o art. 23 nos termos da sumula 4 do TFR.
As vezes, entre o navio atracar no porto e a mercadoria ser
desembaraçada podemos ter uma semana, um mês, sobretudo se houver
alguma greve, etc. Nesse período poderia ocorrer a alteração desse tributo,
e ele sequer observa à anterioridade/noventena . Por isso é importante
saber o momento de ocorrência do FG para saber a legislação aplicável.
Há algumas ações nas quais os contribuintes dizem que o momento de
ocorrência seria quando da entrada da mercadoria, e não do desembaraço.
Todavia não prevalece esse entendimento, e o momento de ocorrência será
o do desembaraço, isso porque este é o momento em que se autoriza a
entrada do produto (ele poderia nem entrar), e também porque é o
momento em que o pais verifica se estão sendo obedecidas as normas de
vigilância sanitária, etc.
c) Critério Pessoal
CTN, art. 22. Contribuinte do imposto é:
I. O importador ou quem a lei a ele equiparar
II. O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados.
d) Critério Espacial
O fato gerador se dará por ocorrido quando a mercadoria foi
importada por um contribuinte localizado no território nacional.
Tem que ter o ânimo de ficar, o animo de desembaraço.
Ex. navio passa aqui e deixa mercadorias, depois vai para a argentina.
Não se tributa toda a mercadoria, apenas a que ficar no Brasil, a que seguir
para a argentina não.
7. Momento
a) Critério quantitativo
A lógica vai ser sempre base de cálculo x alíquota.
Alíquotas
As alíquotas são fixadas em lei, mas podem ser alteradas pelo poder
executivo nos termos daquele artigo que já estudamos.
O CTN diz que, tanto as alíquotas, quanto as bases de calculo, podem
ser alteradas por decreto. Apesar do CTN falar isso, as bases de calculo não
podem ser alteradas. O CTN tem que ser interpretado de acordo com a CF e
essa somente fala das alíquotas.
Base de Cálculo
O CTN não estabelece a base de calculo, mas que tipo de base de
calculo o II pode ter.
Ex. Leilão – preço da arrematação. O CTN já disse, a lei e o DL não
poderia falar de forma diferente.
Alíquota ad valorem – quando ela estabelece um percentual a ser
aplicado. Ex. alíquota de 30% - é um percentual do valor que virá na base
de cálculo. O II é assim no Brasil.
Alíquota especifica – é quando ela tem um valor especifico.
Ex. CIDE combustível. A base de calculo será alguma unidade de
medida.
Ex. 1000 reais por tonelada de trigo. 1000 reais é a alíquota específica.
Tem haver com o artigo do CTN que fala que o tributo somente pode
ser pago em moeda nacional, e o que fala que o cambio será feito de acordo
com o valor no momento da ocorrência do fato gerador.
b) Critério Subjetivo
É claro que o contribuinte paga, mas os responsáveis também podem
ser chamados a pagar (ex. transportador, depositário).
A legislação brasileira coloca o transportador como fiscal. Se esta sem
as notas e os documentos o transportador poderá responder pelos tributos
relativos. Se esta transportando mercadoria em situação irregular ele
poderá ser responsabilizado.
O depositário também será responsabilizado. Assim, aquele que estiver
com a mercadoria irregular não terá quem transporte e nem quem deposite
a sua mercadoria.
*Imposto de exportação
- Tributo regulador
Trata-se de imposto com objetivos de política econômica,
destinado a proteção dos interesses nacionais no que diz respeito
ao comercio exterior e a economia como um todo, tendo efeito
secundário, a arrecadação de receitas para os cofres públicos.
2. Fundamento Constitucional
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados;
3. Normas Gerais
Artigos 23 a 28 do CTN
4. Fundamento Legal
DECRETO LEI 1.578/1977
É um decreto lei que foi recepcionado com status de lei. A CF dá
competência para a instituição do tributo e o CTN estabelece normas gerais,
mas quem dá o fundamento é este decreto.
5. Princípios Aplicáveis
a) Legalidade
Art. 153, CF/88
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as
condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e
V.
c) Irretroatividade
d) Isonomia
e) Capacidade Contributiva*
f) Vedação ao Confisco
g) Uniformidade na Tributação Federal
6. Hipóteses de incidência
a .Critério material
Art. 153, II, CF/88: exportação, para o exterior, de produtos
nacionais ou nacionalizados.
Art. 23/CTN. O imposto, de competência da União, sobre a
exportação, para o estrangeiro, de produtos nacionais ou
nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território
nacional.
DL 1.578/77, art. 1º. O Imposto sobre a exportação, para o
estrangeiro, de produto nacional ou nacionalizado tem como fato
gerador a saída deste do território nacional.
c)Critério pessoal
CTN, Art. 27. Contribuinte do imposto é o exportador ou quem
a lei a ele equiparar.
DL 1.578/77, Art. 5º - O contribuinte do imposto é o exportador,
assim considerado qualquer pessoa que promova a saída do
produto do território nacional.
d) Critério espacial
O fato gerador se dará por ocorrido quando a mercadoria for
exportada por um contribuinte localizado no território nacional.
7. Mandamento
A. Critério quantitativo
IE. Base de cálculo x alíquota
Alíquotas, fixadas em lei, mas que podem ser alteradas pelo
Poder Executivo, nos termos do art. 153, §1º, CF/88.
- Alíquota
DL 1.578/77
Art. 3o A alíquota do imposto é de trinta por cento, facultado
ao Poder Executivo reduzi-la ou aumentá-la, para atender aos
objetivos da política cambial e do comércio exterior.
Parágrafo único. Em caso de elevação, a alíquota do imposto
não poderá ser superior a cinco vezes o percentual fixado neste
artigo.
- Base de calculo
CTN, Art. 24. A base de cálculo do imposto é:
I - quando a alíquota seja específica, a unidade de medida
adotada pela lei tributária;
II - quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que
o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em
uma venda em condições de livre concorrência.
Mesma lógica do II. A receita federal pode fixar pautas com valores
mínimos. Isso porque a base de calculo não é o valor da nota, mas o valor
da venda no porto da mercadoria.
DL 1.578/77
Art. 2o A base de cálculo do imposto é o preço normal que o
produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em
uma venda em condições de livre concorrência no mercado
internacional, observadas as normas expedidas pelo Poder
Executivo, mediante ato da CAMEX - Câmara de Comércio Exterior.
§ 1º - O preço à vista do produto, FOB ou posto na fronteira, é
indicativo do preço normal.
§ 2o Quando o preço do produto for de difícil apuração ou for
susceptível de oscilações bruscas no mercado internacional, o
Poder Executivo, mediante ato da CAMEX, fixará critérios
específicos ou estabelecerá pauta de valor mínimo, para apuração
de base de cálculo.
§ 3o Para efeito de determinação da base de cálculo do
imposto, o preço de venda das mercadorias exportadas não poderá
ser inferior ao seu custo de aquisição ou produção, acrescido dos
impostos e das contribuições incidentes e de margem de lucro de
quinze por cento sobre a soma dos custos, mais impostos e
contribuições.
1. Função Extrafiscal
*Tributo regulador
Trata-se de imposto que tem como objetivo instrumentalizar
as políticas de câmbio, crédito, seguro e de transferência de
valores, de modo que sua função principal não é arrecadar receitas,
mas atingir finalidades extrafiscais.
2. Fundamento Constitucional
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a
títulos ou valores mobiliários;
Mobiliários – ex. debêntures, CDBS, ações (...).
3. Normas Gerais
Artigos 63 a 67 do CTN
4. Fundamento Legal
LEI 5.143/66 e DL 1.783/80
Outras leis: 8.033/90,8.894/94, 9.532/97 e 9.779/99
O mais importante é que não existe 1 IOF, mas 4. Então há varias
legislações. A legislação deste tributo então foi fragmentada.
Trabalharemos mais com os 2 primeiros, mas existem outras leis que
tratam deste tributo.
5. Princípios Aplicáveis
a) Legalidade
Art. 153, CF/88
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as
condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e
V.
c) Irretroatividade
d) Isonomia
e) Capacidade Contributiva*
f) Vedação ao Confisco
g) Uniformidade na Tributação Federal
6. Imunidades genéricas
*Existe jurisprudência no sentido de que as imunidades do art.
150, VI, “a” e “c” da CF/88 abarcam também o IOF, que não poderia
ser cobrado nesses casos, sobretudo tratando-se da imunidade
recíproca.
7. Hipótese de Incidência
A) Critério Material
Art. 153, V, CF/88: operações de crédito, câmbio e seguro, ou
relativas a títulos ou valores mobiliários;
Art. 63, CTN. O imposto, de competência da União, sobre
operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre operações relativas
a títulos e valores mobiliários tem como fato gerador:
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela
entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o
objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado;
O CTN fala mais no momento da ocorrência do fato gerador que do fato
gerador em si.
O fato gerador é a ocorrência da operação de credito.
Uma operação de credito tem várias etapas.
O código fala que considera-se ocorrido o fato gerador no momento da
entrega do dinheiro. Mas o fato gerador é a operação, ou seja, é tudo!
As operações de credito irão envolver contratos. Hoje os contratos de
empréstimo estão mais simplificados. O contrato de empréstimo aqui é o
relativo a instituição financeira. Não incidirá o IOF se o empréstimo for feito
com um parente, um amigo, etc.
As pessoas acham que o limite nas suas conta pertencem a elas. No
entanto, quando se passa do limite, incidirá o IOF. É como se fosse um
crédito pré aprovado. O mesmo em relação ao Cheque Especial, quando usa
o limite incidirá o IOF, não precisa nem fazer o contrato de empréstimo.
Se faz o empréstimo, o IOF incidirá no momento em que entra na
conta, mesmo que não use, como está a disposição, o tributo irá incidir.
IOF x ICMS
A ICMS incidia sobre transação/movimentação financeira. O fato
gerador do IOF são sempre operações, contratos.
Quando saca um dinheiro, faz uma movimentação financeira, não
incide IOF, não há um contrato com si mesmo.
Não é possível o governo tentar expandir o fato gerador.
Toda vez que incidia IOF incidia ICMS, mas nem sempre que incidia
ICMS incidia IOF. Isso porque as movimentações financeiras são maiores.
- Lei 5.143/66
Art. 1º O Imposto sobre Operações Financeiras incide nas
operações de crédito e seguro, realizadas por instituições
financeiras e seguradoras, e tem como fato gerador:
Ou seja, qualquer operação que faça com uma pessoa natural, que não
seja instituição financeira ou seguradoras, não terá a incidência do IOF.
Esse artigo trata apenas de duas hipóteses:
I - no caso de operações de crédito, a entrega do respectivo
valor ou sua colocação à disposição do interessado;
Il - no caso de operações de seguro, o recebimento do
prêmio.
Premio não é o que recebe, mas o que paga para o seguro.
- DL 1.783/80
Esse decreto já é mais real.
Art 1º O imposto incidente, nos termos do art. 63 do Código
Tributário Nacional, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e
sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários será
cobrado às seguintes alíquotas:
B) Critério Temporal
O art. 64 não define o fato em si, mas o momento de ocorrência do
fato gerador.
C) Critério pessoal
CTN, Art. 66. Contribuinte do imposto é qualquer das partes na
operação tributada, como dispuser a lei.
A única limitação que fez é que o contribuinte é alguém envolvido na
operação. O CTN deixou aberto.
d) Critério Espacial
* O fato gerador se dará por ocorrido quando a operação
ocorrer no território nacional.
Se vai para Londres e compra dólares aqui comprando libras quando
chegar lá, não incidirá o IOF nas libra porque o Brasil não teria soberania.
No entanto, se sacar no banco, da conta no Brasil, incidirá o IOF.
8. Mandamento
A) Critério Quantitativo
IOF = base de cálculo x alíquota
• Alíquotas, fixadas em lei, mas podem ser alteradas pelo Poder
Executivo, nos termos no art. 153, §1º, CF/88.
Cuidado com o art. 65 do CTN que diz:
Art. 65. O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites
estabelecidos em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do
imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política monetária.
A alíquota pode ser alterada pelo decreto, mas a base de calculo não!
Lembrar que a CF não fala em base de calculo.
- Alíquota
• DL 1.783/80
Art. 1º O imposto incidente, nos termos do art. 63 do Código
Tributário Nacional, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e
sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários será
cobrado às seguintes alíquotas:
I - empréstimos sob qualquer modalidade, aberturas de
crédito e descontos de títulos: 0,5% ao mês sobre o valor da
operação ou percentual proporcionalmente equivalente quando for
cobrado de uma só vez;
II - seguros de vida e congêneres e de acidentes pessoais e
do trabalho: 2% sobre o valor dos prêmios pagos;
III - seguros de bens, valores, coisas e outros não
especificados: 4% sobre o valor dos prêmios pagos;
IV - operações de câmbio: 15% sobre o valor da operação;
V - operações relativas a títulos e valores mobiliários: 10%
sobre o valor da operação.
É importante olhar sempre as alíquotas do IOF. O governo faz sempre
alterações.
Essa é uma referencia legislativa, mas hoje é bem fragmentado!
Hoje há mais alíquotas para seguros que estas. Então não são
necessariamente os valores acima, tem que se pesquisar qual a alíquota.
- Base de Cálculo
A base de calculo depende do fato gerador. Como no IOF são
basicamente 4, temos 4 perspectivas de cálculos.
CTN, Art. 64. A base de cálculo do imposto é:
I - quanto às operações de crédito, o montante da
obrigação, compreendendo o principal e os juros;
II - quanto às operações de câmbio, o respectivo montante
em moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição;
O montante é em moeda nacional já que não se pode pagar o tributo
em moeda estrangeira.
III - quanto às operações de seguro, o montante do
prêmio;
IV - quanto às operações relativas a títulos e valores
mobiliários:
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver;
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor
da cotação em Bolsa, como determinar a lei;
c) no pagamento ou resgate, o preço.
B) Critério Subjetivo
DL 1.783/80:
Art. 2º São contribuintes do imposto os tomadores do crédito,
os segurados, os compradores de moeda estrangeira e os
adquirentes de títulos e valores mobiliários.
Art. 3º São responsáveis pela cobrança do imposto e pelo
seu recolhimento ao Banco Central do Brasil, ou a quem este
determinar, nos prazos fixados pelo Conselho Monetário Nacional:
I - nas operações de crédito, as instituições financeiras;
II - nas operações de seguro, o segurador ou as
instituições financeiras a quem este encarregar da cobrança do
prêmio;
III - nas operações de câmbio, as instituições autorizadas
a operar em câmbio;
IV - nas operações relativas a títulos e valores mobiliários,
as instituições autorizadas a operar na compra e venda de títulos e
valores mobiliários.
Art. 155 diz que não incide ICMS sobre o ouro financeiro. O art. 153
então está de acordo com esse artigo.
1
Incide uma única vez, no momento da emissão do titulo.
A União não fica com nada em relação ao IOF sobre o Ouro Financeiro.
19.08
*Imposto Territorial Rural
1. Função Extrafiscal
• Art. 153, CF/88
§ 4º O imposto previsto no inciso VI do caput:
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a
desestimular a manutenção de propriedades improdutivas;
FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
A união não cobra para arrecadar. A principal função é desestimular a
terra improdutiva - Função social da propriedade.
Quem regula é a Lei 9.393/1996. Inclusive, se revogar essa lei,
acabará o ITR.
2. Fundamento Constitucional
• Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
• VI - propriedade territorial rural;
A CF apenas dá a competência à União para tributar.
3. Fundamento Legal
• Lei 9.393/1996
É o que cria o ITR.
A lei tem que estar de acordo com o CTN e a CF, mas quem cria o
imposto é a Lei 9393 (se esta for revogada sem outra o ITR deixa de existir).
4. Princípios Aplicáveis
- Legalidade2
- Não Surpresa, Anterioridade e Noventena1
1
O ITR não tem exceção à anterioridade e noventena. 2Sua alíquota
somente pode ser alterada por lei. Apesar do caráter extrafiscal, o
constituinte acreditou que não seria necessário. Em relação ao IE e II, o
governo tem que alterar rápido já que o preço das mercadorias varia rápido.
O ITR não. A sua extrafiscalidade está relacionada à busca de garantia da
função social do imóvel rural. Então, nesse sentido, não haveria necessidade
do ITR ser exceção.
- Irretroatividade
- Isonomia
- Capacidade Contributiva3
3
A capacidade contributiva fica mitigada em razão da extrafiscalidade.
Não é o imóvel que vale mais que paga mais. Ela está implícita, se há 2
imóveis com a mesma produtividade e área, como a base de cálculo decorre
da terra nua, quem tiver um valor maior vai pagar mais. Então imóveis nas
mesmas condições, se tiver o valor da terra nua maior, pagará mais pela
base de cálculo. É mitigado porque essa não é a principal lógica, quem
realmente paga mais é quem tem o imóvel menos produtivo.
- Vedação ao Confisco
Em relação ao confisco, tem-se discussão. A alíquota máxima é de 20%
e há discussão que se essa alíquota seria confiscatória. Em 5 anos
entregaria o imóvel para o poder publico. Todavia não é o entendimento que
tem prevalecido.
- Uniformidade na Tributação Federal
Uniformidade. A União tem que aplicar a lei de forma uniforme no
território nacional.
- Progressividade extrafiscal
A progressividade pode ser fiscal, quando quem tem mais paga
proporcionalmente mais, ou extrafiscal, quando o critério para pagar mais
não é exatamente ter mais.
7. Repartição de receitas
CF/88, Art. 158. Pertencem aos Municípios
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do
imposto da União sobre a propriedade territorial rural,
relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade
na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III;
8. Hipóteses de Incidência
A) Critério Material
• CF/88: Propriedade Territorial Rural
• CTN, art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a
propriedade territorial rural tem como fato gerador a
propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por
natureza1, como definido na lei civil2, localizado fora da zona
urbana do Município.
1
É evidente que há um problema. A CF fala em “propriedade” e o CTN
em “propriedade, o domínio útil ou a posse”. Teria que se interpretar como?
A União poderia até criar um imposto residual sobre os demais, mas pela
autorização da CF, teria que ser propriedade.
A maioria da doutrina tenta achar um jeito, diz que tem que se
interpretar “domínio útil e posse” de acordo com a CF. Quando o CTN fala
em “domínio útil e posse”, não seria qualquer um, mas aquele com animus
de propriedade, ou seja, aqueles que fosse quase uma propriedade.
Ex. Usucapião, enfiteuse. Essas situações seriam uma quase
propriedade. Uma das formas de provar no usucapião o animus de
propriedade é a juntada do comprovante dos pagamentos dos tributos do
imóvel. A pessoa era quase proprietário, tanto que pagou os tributos.
Alguns também falam de posse de direito econômico, ex. usufruto.
Mas ninguém vai entender a locação como fato gerador. Então quando
fala em posse, não seria qualquer posse/domínio útil.
Outra parte da doutrina diz que não, será somente para propriedade.
Outra diz que é para qualquer posse.
2
Quando o código fala de “imóvel por natureza, como definido na lei
civil”,pela época, está se referindo ao CC/16, mas o de CC/02 não mudou
muito, seria a idéia de solo mais acessões naturais que lhe sejam acrescidos
(as edificações agregam o solo, mas o que se pensa aqui é o imóvel por
natureza).
B)Critério Espacial
CTN, art. 29. O imposto, de competência da União, sobre a
propriedade territorial rural tem como fato gerador a propriedade,
o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, como definido na
lei civil, localizado fora da zona urbana do Município.
B) Critério Pessoal
CTN, Art. 31. Contribuinte do imposto é o proprietário do
imóvel, o titular de seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer
título.
Volta a mesma discussão do critério material. Se entende que o art. 29,
quando fala em posse e domínio útil, não trata de qualquer posse/domínio
útil, o mesmo se aplica aqui, não é qualquer possuidor, mas aquele que tem
o animus de propriedade.
É aqui que muitos autores dizem que seria mais inteligente pensar em
fato gerador propriedade, e colocar o possuidor e titular do domínio útil
como responsável.
D) Critério Temporal
Lei 9.393/1996
Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de
apuração anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio
útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona
urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano.
O fato gerador ocorre a cada dia 1º de Janeiro. O fato gerador não é
somente a propriedade do imóvel rural, mas a propriedade no decorrer de 1
ano. Não há bitributação.
Todo individuo que tenha propriedade de imóvel localizado fora da
zona urbana, no dia 1º de cada ano estará realizando o fato gerador do ITR.
9. Mandamento
A) Critério Quantitativo
Importante para entender como se dá a operacionalidade do
tributo, entendendo-se a extrafiscalidade do tributo.
*Base de Cálculo
A base de calculo é o VTNt. A alíquota é determinada utilizando o GU e
o tamanho do imóvel. A alíquota será buscada na tabela.
*Alíquota
Área total do
imóvel Grau de Utilização – GU (em %)
(em hectares)
B)Critério Subjetivo
• Lei 9.393/96
Art. 4º Contribuinte do ITR é o proprietário de imóvel rural, o
titular de seu domínio útil ou o seu possuidor1 a qualquer título.
1
Lembrar da ressalva. É aquele com animus de propriedade.
Responsável
Art. 5º É responsável pelo crédito tributário o sucessor, a
qualquer título, nos termos dos arts. 128 a 133 da Lei n.º 5.172
(CTN) de 25 de outubro de 1966 (Sistema Tributário Nacional).
É a idéia da solidariedade, do sucessor. Então, todas as regras do
responsável se aplicam ao ITR.
10. Isenção
A CF diz que a pequena Gleba é imune quando a explore o
proprietário (ou no máximo sua família) e quando ele não tenha outro
imóvel.
1
A lei veio corrigir essa disparidade. O objetivo é garantir a agricultura
de subsistência. Se leva em conta o conjunto de imóveis! Isso para se
impedir que um proprietário que tenha uma terra maior, mas que esteja
toda junta, tenha a imunidade, e aquele que tem 2 terras pequenas, mas
separadas, não a tenha. Tem que ser relativamente próximas. A legislação
não diz que tem que ser no mesmo município.
1. Introdução
Ele é um tributo sobre o consumo.
O Brasil tem tributação sobre o consumo.
No Brasil houve fragmentação na tributação do consumo.
FUNÇÃO EXTRAFISCAL
O IPI tem no seu art. 153.
Independente de como ele é cobrado hoje, é importante perceber que
na sua origem foi pensado como um tributo que teria uma função extra
fiscal, mas que foi sendo repensado. A sua função fiscal é maior que a extra
fiscal. Mas não é somente fiscal. Vimos recentemente a isenção para
eletrodomésticos, isso não em função da ausência da capacidade
contributiva, mas para aumentar as vendas, evitando demissões em virtude
da crise que se alastrou.
IPI sobre tabaco e bebidas é elevadíssimo! As industrias de cigarro e
tabaco são as maiores contribuintes.
Então o IPI tem uma função extrafiscal proibitiva (eleva-se para se
tornar o produto caro) ou estimulativa (visando a venda do produto).
Quando diz que tem uma alíquota maior para produtos supérfluos, e
menor para os básicos, faz com que quem tem uma capacidade contributiva
maior pague mais. Então, em ultima instancia quer fazer com que quem
tem uma capacidade maior pague. Ele tem uma seletividade extrafiscal,
mas também fiscal.
2. Fundamento Constitucional
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
IV - produtos industrializados;
3. Normas Gerais
Artigos 46 a 51 do CTN
4. Fundamento Legal
Lei 4.502/1964
5. Princípios Aplicáveis
a) Legalidade
Art. 153, CF/88
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e
os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos
enumerados nos incisos I, II, IV e V.
Pode ter a alíquota alterada por decreto, mas não se sujeita à
anterioridade.
Não se aplica a anterioridade ao IPI, nos termos do art. 150,
§1º, CF/88.
Aqui se tem a discussão acerca da alíquota 0. É o mesmo efeito de
uma isenção. Mas a isenção tem que vir por lei, mas no caso, essa alíquota
veio por decreto. Isso na pratica acontece.
b) Noventena
Uma lei ou decreto pode aumentar ou diminuir a alíquota, mas terá
que esperar os 90 dias! Se sujeita à noventena.
c) Irretroatividade
d) Isonomia
e) Capacidade Contributiva
Também mitigada quando se pensa no IPI extrafiscal. Mas quando se
pensa na seletividade pelo grau de essencialidade do produto está se
falando na capacidade contributiva.
Ex. perfume tem alíquota maior que o desodorante.
f) Vedação ao Confisco
g) Uniformidade na Tributação Federal
A União deve tributar uniformemente no pais todo, podendo
estabelecer exceções para se ter o equilíbrio econômico das regiões.
Ex. Zona Franca de Manaus.
i) NÃO CUMULATIVIDADE
Será deduzido em cada operação o que foi o cobrado nas operações
anteriores.
Quando há uma compra, está embutido o IPI que foi pago
anteriormente pela empresa vendedora. Quando esta vender também
embutirá esse valor.
CF/88, Art. 153, § 3º - O imposto previsto no inciso IV:
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em
cada operação com o montante cobrado nas anteriores;
CTN, Art. 49. O imposto é não-cumulativo, dispondo a lei de
forma que o montante devido resulte da diferença a maior1, em
determinado período, entre o imposto referente aos produtos
saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos
nele entrados.
1
Quanto a empresa realmente pagar.
Toda empresa paga mensalmente de IPI o resultado desta subtração. O
IPI que seria devido nas vendas menos o IPI das compras. Se Aplica isso ao
IPI, ICMS e também ao CONFINS.
6. Imunidade especifica
Art. 153, CF/88
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao
exterior.
7. Hipóteses de Incidência
A) CRITÉRIO MATERIAL
Art. 153, IV, CF/88: produtos industrializados
Art. 46, CTN: O imposto, de competência da União, sobre
produtos industrializados tem como fato gerador:
I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência
estrangeira; Incide na importação. Se for um produto totalmente in natura
não incidirá, ele somente incide sobre produtos industrializados.
No caso da importação, há autores que dizem que seria uma
bitributação. Teria Imposto de importação e IPI sobre o mesmo fato gerador
que é o desembaraço aduaneiro.
O fato gerador do IPI é a industrialização e venda de um produto. Se
essa industrialização aconteceu no exterior, isso somente passa a interessar
no momento em que este ingressa no território nacional, no desembaraço.
Mas o que esta se tributando é a industrialização, e não simplesmente a
importação em si.
Se considerasse que o fato gerador é a importação, teria sim
bitributação.
O desembaraço inclusive é o momento da tributação de uma serie de
tributos.
II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o
parágrafo único do artigo 51; A saída da mercadoria do estabelecimento
industrial.
III - a sua arrematação, quando apreendido ou
abandonado e levado a leilão. O arrematante passa a ser substituto em
todos os tributos relacionado àquele produto. O código fala de leilão em
relação ao produto apreendido/abandonado. Isso porque em relação a estes
produtos não houve, geralmente, arrecadação de tributos. Por isso ele foi
levado a leilão. Na aduana isso é muito comum, o tributo será tão alto que é
preferível deixar o produto lá. A Receita não cobra as multas, mas vai querer
o recolhimento dos tributos.
Lei 4.502/64
Art. 2º Constitui fato gerador do imposto:
I - quanto aos produtos de procedência estrangeira o
respectivo desembaraço aduaneiro;
II - quanto aos de produção nacional, a saída do
respectivo estabelecimento produtor.
Sem duvida o principal fato gerador são as indústrias no país
industrializando e vendendo. Então o momento de ocorrência do fato
gerador é quando a mercadoria sai do estabelecimento industrial. Este é um
tributo que incide então na origem. O fato gerador não é a compra do
produto industrializado, mas a sua venda.
Conflito de competência
IPI e ICMS: obrigação de dar
ISSQN: obrigação de fazer