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Noções preliminares
Meio ambiente como macrobem
Aspectos do meio ambiente
Meio ambiente natural
Meio ambiente artificial
Meio ambiente cultural
Meio ambiente do trabalho
Desse modo, quando são protegidos esses bens, o que se busca não é a sua
defesa, em si, mas a sua defesa como elementos indispensáveis à proteção do meio
ambiente como bem imaterial autônomo, que é o objeto último visado pelo legislador.
Nos últimos anos, seguidos casos de acidentes têm provocado danos ambientais
que ultrapassam os limites das fronteiras nacionais, tais como o acidente com o reator
de Chernobyl, o incêndio na fábrica da SANDOZ (explosão da fábrica multinacional
suíça que afetou cerca de 400 mil pessoas em 1986 com a queima de produtos químicos
que geraram nuvens tóxicas) e os inúmeros vazamentos de óleo de navios-petroleiros.
Uma vez que não há critérios gerais válidos, estabelecidos pelo direito
internacional, para distinguir atos de impérios de atos de gestão, essa diferença será
deduzida de acordo com a lex fori.
1. Examinar a situação ambiental mundial desde 1972 e suas relações com o estilo
de desenvolvimento vigente;
2. Estabelecer mecanismos de transferência de tecnologias não-poluentes aos
países subdesenvolvidos;
3. Examinar estratégias nacionais e internacionais para incorporação de critérios
ambientais ao processo de desenvolvimento;
4. Estabelecer um sistema de cooperação internacional para prever ameaças
ambientais e prestar socorro em casos emergenciais;
5. Reavaliar o sistema de organismos da ONU, eventualmente criando novas
instituições para implementar as decisões da conferência.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1.º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das
espécies e ecossistemas;
II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as
entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei,
vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua
proteção;
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
V – controlar a produção , a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública
para a preservação do meio ambiente;
VII – proteger a fauna e a flora, vedados, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
§ 2.º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da
lei.
§ 3.º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação
de reparar os danos causados.
§ 4.º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á na forma da lei,
dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso de
recursos naturais.
§ 5.º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações
discriminatórias necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6.º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter a sua localização definida em lei
federal, sem o que não poderão ser instaladas.
‘’Com o fim de proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deverá ser amplamente
observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaça de danos
graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica absoluta não será utilizada como razão
para o adiamento de medidas economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental’’.
Alguns autores não admitem este princípio como tal, contudo, entendemos que o
princípio da recuperação do meio degradado é sim um princípio de cunho jus
ambientalista, uma vez que não é restrito à atividade mineradora.
Princípio da Informação;
Consiste no direito que todos têm de receber dos órgãos públicos informações,
seja de cunho particular ou coletivo, as quais serão prestadas sob pena de
responsabilidade, ressalvadas as hipóteses de sigilo ou que seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado (artigo 5º, inciso XXXIII, CF).
Ainda prevê a Magna Carta que todos devem ter acesso adequado às
informações relativas ao meio ambiente, caracterizando-se como corolário do direito
fundamental de ser informado, disposto nos artigos 220 e seguintes, da Constituição da
República.
Destarte, toda a população tem direito de ser informado de tudo o que possa
interferir, direta ou indiretamente, na qualidade de vida e do meio ambiente. Neste
sentido, leciona Mazzilli (2003, p. 369):
É um princípio que produz efeitos diretos na atividade produtiva, uma vez que
o empreendedor/poluidor deverá suportar o ônus advindo das externalidades
negativas – aqueles reflexos negativos da atividade econômica que atingem toda a
coletividade –, ou inserir esse custo na formação do preço do produto final.
Art. 225, CF. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
"Os seres humanos constituem o centro das preocupações relacionadas com o desenvolvimento
sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com o meio ambiente".
A idéia desse dispositivo é não permitir que nenhum órgão público ou ente
federativo se exima de suas responsabilidades em relação à defesa e à preservação do
meio ambiente, procurando garantir ainda mais esse direito. O embasamento da
competência administrativa comum em matéria ambiental também decorre da própria
Carta Constitucional.
A União possui ainda competências materiais, que também dizem respeito aos
Estados, Distrito Federal e municípios, são as competências comuns (art. 23). A
competência comum interessa ao poder público em sua totalidade, independentemente
de qual esfera do poder levemos em consideração.
Neste caso, quando houver alguma contradição entre normas editadas por esses
entes que compõem o Poder Público, prevalecerá a norma federal (art. 24, § 4.º). Em
relação à competência legislativa concorrente ressaltamos as seguintes matérias:
“produção e consumo” (inc. V); “florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza,
defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da
poluição” (inc. VI); “proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e
paisagístico” (inc. VII); responsabilidade por dano ao meio ambiente e bens e direitos
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (inc. VIII). A fim de garantir
maior autonomia aos Estados e ao Distrito Federal no que diz respeito à competência
concorrente, ficou estabelecido no § 1.º do art. 24 que a União se limitará a criar normas
de caráter geral, ficando reservada aos Estados a competência de natureza suplementar
(art. 24, § 2.º). Os Estados podem ainda, no caso de inércia da União referente à criação
de norma de caráter geral, visando ao atendimento de suas peculiaridades, exercer a
competência legislativa plena (art. 24, § 3.º).