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A Alma cresce do corpo e no corpo, mas não é dele, pois assim como a árvore obtém

sua nutrição da terra, o corpo também recebe seu sustento de fontes materiais; mas
o visco deriva sua vitalidade não da argila negra, mas da árvore e do ar. Diz-se que o
visco é luminoso na escuridão, e tem sido chamado a tocha do sábio. Sua
luminosidade é a luz dos órgãos internos - a aura do cérebro.
O neófito coloca o ramo sobre o altar de ferro; ele se entrega á lei, assumindo as
responsabilidades do progresso espiritual. A palavra sagrada é pronunciada. O Ramo
santificado irrompe em chamas; o sacrifício é aceito. A Terra se abre. A névoa se
dissipa. O Longo manto branco é a vestimenta sem costura do nazareno, tecido com
o infinito fio da experiência. Vestido com a pureza, iluminado com a compaixão e o
conhecimento, o neófito segue a negra passagem abobada que leva à imortalidade.

A umidade lunar presente em todos os corpos precisa ser secada, o que levou os
filósofos gregos a declararem que “uma alma árida é sábia” .

A Lua rege a geração física ou a perpetuação das formas perecíveis, porém o sol
domina a geração espiritual, a criação de corpos incorruptíveis.

O ouro material atrai o alquimista para longe de sua busca espiritual por iluminação
e imortalidade.

A serpente ígnea tem de ser dominada. O Espírito-Fogo Universal – dirigido para


baixo é a raiz de todo mal, mas se é dirigido para cima, eleva todos os homens para a
Sabedoria.
Controle dos sentidos; os apetites sob o domínio do ferro da vontade. Raiva , ódio e
orgulho exilados da alma, os três fogos da ilusão extintos.

As 3 partes do homem composto – espírito, alma e corpo - devem ser levados a um


equilíbrio, e deste equilíbrio nasce o Homunculi ou Homem de Cristal. Esse homem
é um ego gerador imortal capaz de precipitar personalidades á vontade, ainda que
não seja alterado nem limitado por essas personalidades. Aí, o corpo vive na Alma.

A forma física aqui é meramente um instrumento para expressão da consciência,


inteligência e ação.

O palácio é a região arquetípica - O mundo das idéias de Platão. As disposições


geométricas revelam harmonia divina. Abrem-se as portas do mundo arquetípico.

“Após a natureza inferior ter retornado á brutalidade (os elementos), a superior luta
novamente paras recuperar seu estado espiritual. Ela se eleva pelos sete anéis, nos
quais se sentam os Sete Regentes e restitui a cada um seus poderes inferiores, da
seguinte maneira: No Primeiro Anel repousa a Lua, e a ela é restituída a habilidade
de aumentar e diminuir. No segundo anel está Mercúrio, e a ele são restituídas as
conspirações, o engano e a astúcia. N terceiro anel, Vênus, e a ela voltam a luxúria e
as paixões. No quarto anel está o Sol, e a este Senhor são restituídas as ambições. No
quinto anel encontra-se Marte, e a ele retornam a temeridade e a ousadia profana.
No sexto anel está Júpiter, e a ele se retorna o sentido de acumulação de riquezas. E
no sétimo anel encontra-se Saturno, às Portas do Caos, e a ele retornam a falsidade e
conspiração para o mal.

Então, estando despida de todas as acumulações dos sete Anéis, a alma aproxima-se
da Oitava Esfera, isto é, o anel de estrelas Fixas. Aqui, livre de toda ilusão, ela mora
na luz e entoa orações ao pai numa voz que só os puros de espírito podem
compreender.

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