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Data: 15/04/2009
Cultura, Língua e Comunicação
Dimensões de Competências Cultural, Linguística e Comunicacional
Unidade de competência 7: Agir em contextos diversificados conseguindo identificar os principais factores que
afectam quer a mudança social quer a evolução dos percursos individuais e sendo capaz de mobilizar saberes relativos à
ciência e a dinâmicas institucionais de modo a poder formular opiniões críticas perante variadas questões.
Núcleo Gerador: Saberes Fundamentais (SF)
Critérios de Evidência: Cultura: Actuar tendo em conta que os percursos individuais são afectados por
condições sociais e que as trajectórias se (re) constroem a partir da vivência de
diversos contextos e da reconfiguração da posse de diferentes recursos.
Língua: Actuar face aos textos, identificando os seus elementos constituintes e
organizativos e garantindo a correcta utilização do uso da língua portuguesa e/ou
língua estrangeira.
Comunicação: Actuar face aos modelos do processo de comunicação pública,
identificando as diferentes intenções do emissor e os efeitos produzidos no
receptor.
" Todo o ser humano é diferente de mim e único no universo; não sou eu, por conseguinte, quem tem de
reflectir por ele, não sou eu quem sabe o que é melhor para ele, não sou eu quem tem de lhe traçar o
caminho; com ele só tenho o direito, que é ao mesmo tempo um dever: o de o ajudar a ser ele próprio.”
Agostinho da Silva
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AGRUPAMENTO VERTICAL DE LAMEGO
ESCOLA EB 2,3 DE LAMEGO
CURSO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS
Competência:
1. Intervir tendo em conta que os percursos individuais são afectados pela posse de
diversos recursos, incluindo competências ao nível da cultura, da língua e da
comunicação.
Não há dois seres humanos iguais, todos nós nos distinguimos uns dos outros, não só por
diferenças genéticas, mas também culturais. Cada um de nós apresenta um conjunto de
características (físicas, psicológicas, educacionais, culturais...) que nos torna únicos, distintos.
Somos únicos, porque temos não só essas características, mas também porque as nossas vidas
se vão cruzando com as de outras pessoas, porque vamos vivendo experiências (boas e más)
que nos vão marcando e nos vão moldando o carácter, a nossa maneira de ser. O meio familiar
onde nascemos e crescemos, o nosso percurso escolar, os amigos, as boas e más vivências
têm/tiveram obviamente influência na pessoa que hoje é. Assim, perante uma situação que
pode ser igual para muitos, agirá provavelmente de outro modo porque tem a sua maneira de
ser, de pensar, de agir e de actuar, que fazem de si única/único. Somos reflexo de tudo o que
vivemos.
Critérios de evidência:
Cultura: Sei actuar tendo em conta que os percursos individuais são afectados por condições
sociais e que as trajectórias se (re) constroem a partir da vivência de diversos contextos e da
reconfiguração da posse de diferentes recursos.
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AGRUPAMENTO VERTICAL DE LAMEGO
ESCOLA EB 2,3 DE LAMEGO
CURSO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS
Língua: Sei actuar face aos textos, identificando os seus elementos constituintes e
organizativos e garantindo a correcta utilização do uso da língua portuguesa e/ou língua
estrangeira.
Proposta de trabalho: Ao longo da sua vida deve ter utilizado a língua portuguesa – oral ou escrita -
para expressar sentimentos, partilhar ideias, exprimir dúvidas, enfim, para comunicar algo. Recorde
um momento importante da sua vida em que tenha recorrido à expressão escrita para se fazer
entender/ compreender, por exemplo através de uma carta, um diário, etc. e diga como essa forma de
organização das ideias, de expressão, foi importante para si. Caso não possua um momento assim
significativo, cite uma leitura (por exemplo de tipo biográfico, memórias) que o/a tenha marcado
profundamente como pessoa, com o qual tenha aprendido algo, que tenha influenciado a sua forma de
ser, de estar.
Ou
Proposta de trabalho: Leitura, análise e comentário de uma página do Diário de Anne Frank.
Comunicação: Sei actuar face aos modelos do processo de comunicação pública, identificando as
diferentes intenções do emissor e os efeitos produzidos no receptor.
Proposta de trabalho: Recorde um programa de TV, de rádio ou uma situação em que se tenha
pretendido comunicar, transmitir alguma informação e em que por razões várias se tenha gerado um
mal-entendido, ou seja, aquele que pretende comunicar algo – o emissor –, não se soube expressar
adequadamente, fazendo com que aquele a quem ele se dirige – o receptor – não o entenda ou o
entenda mal. Porque sucedem esses equívocos, esses mal-entendidos? As próprias particularidades da
língua portuguesa, sobretudo para quem não a domina razoavelmente pode levar a que muitas vezes
se diga uma coisa e se perceba outra....Alguma vez viveu uma experiência dessas? Relate-a.
Sugestão: Para perceber bem a importância que a boa e/ ou má comunicação podem ter nas relações
que estabelecemos ou no entendimento do que nos rodeia, delicie-se com a conversa de surdos do
vídeo dos Gato Fedorento.
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AGRUPAMENTO VERTICAL DE LAMEGO
ESCOLA EB 2,3 DE LAMEGO
CURSO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS
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AGRUPAMENTO VERTICAL DE LAMEGO
ESCOLA EB 2,3 DE LAMEGO
CURSO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS
Por volta dos 14 anos tive a minha primeira experiencia a nível de trabalho, em que estive
a trabalhar atrás de um balcão de café em plenas festas de Cambres, em que aprendi as lides da
hotelaria, e também verdade se diga ganhei o gosto pela hotelaria.
Por volta dos 15 anos nasce o meu irmão, o que me fez ver a vida de outra for e apesar de
ele ser fruto do casamento do segundo casamento de minha mãe, com o meu eterno padrasto
Nelo, deu-me um sentido de responsabilidade diferente.
No 10º ano, deparei-me com outra mudança de escola, desta vez para a Escola Secundaria
Dr. João Araújo Correia, na cidade da Régua. Nesta vez não senti dificuldade de adaptação
porque ai conheci algumas das pessoas que Aida hoje considero como meus melhores amigos,
nas aulas tudo corria bem até que foi diagnosticado cancro de estômago ao meu padrasto, no que
me deparei com a fragilidade humana, e que de este tipo de doenças quando ataca em força de
maneira fulminante, não da hipótese, recordo-me como se fosse hoje as palavras de minha mãe,
quando me disse que o meu padrasto, Nelo só tinha seis meses de vida. Passados esses seis
meses aconteceu o que se temia, com o falecimento do meu padrasto.
A partir de ai as aulas perderam o interesse, e esse ano repetiu muito por minha culpa
porque, por burrice e casmurrice minha faltei a todas as probas globais, e reprovei com três
negativas. Nesse verão estive a trabalhar num restaurante em Lamego de seu nome “Jardim
Popular” em que tive a minha primeira experiencia a nível de restaurantes.
No meu segundo 10º ano tudo correu bem graças aos meus amigos, nesse ano joguei
futebol de onze em santa marta, muito graças ao meu grande amigo Zé Vitorino, que como era de
lá me ajudou na adaptação e aceitação por parte dos outros companheiros de equipa.
O meu percurso escolar terminou no 11º quando tive de cumprir o serviço militar em
Lisboa, no Regimento de Lanceiros Nº2 com vinte anos de idade. Na tropa passei algumas
dificuldades porque a fase de recruta e especialidade, foi muito intensa e por vezes muito
desgastante, e nos fim-de-semanas tinha que trabalhar na única discoteca de Lamego, como
cozinheiro, apanha copos, empregado de balcão ou porteiro, consoante as necessidades.
Na tropa depois de passar a pronto passei por uma experiencia, que me marcou muito,
que foi o de ter de levar uma pessoa presa, e nunca mais me esqueço de quando coloquei as
algemas ao rapaz, e este começou a chorar. A partir desse dia mudei de ideias e não assinei
contrato com a tropa porque, isso de prender pessoas não foi feito para mim.
Depois da tropa cumprida ingressei no curso de hotelaria, que me veio dar valências a
nível de hotelaria e não só, tive pena de não terminar o curso porque na altura ultrapassava
dificuldades financeiras e tive que trabalhar, em primeiro em São João d Pesqueira num
restaurante, e posteriormente no Bar da Tv. e no zona jota tudo isto em Lamego. Depois trabalhei
para o grupo PT Multimédia, onde assumi a chefia de uma equipa de vendas durante dois anos,
onde com muito orgulho recebi um premio da PT, devido a equipa que chefiava ter sido a melhor
a nível Nacional.
Por último trabalhei no restaurante sécristia em Lamego onde no verão desempenhava
funções de empregado de mesa, e no inverno trabalhei no Grupo Beira-Lamego como
empregado de escritório na secção de facturação.
De momento encontro-me a frequentar o Curso de técnico de desenho de construção
civil, das Novas Oportunidades na escola E.B.2/3 de Lamego.
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AGRUPAMENTO VERTICAL DE LAMEGO
ESCOLA EB 2,3 DE LAMEGO
CURSO DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO DE ADULTOS
Para mim um dos livros que me marcou ao ponto de encarar a vida de outra forma, foi
“Os Filhos da Droga”, já li esse livro a alguns anos atrás quando tinha os meus treze anos, e
ainda hoje penso que este livro me mudou, porque através da leitura do mesmo deparei-me com
o mundo das drogas, e a decadência que estas trazem ao ser humano e fez-me pensar que o mal
de estas está no começar e na 1ª vez, pois depois de entrar nelas é como se estivermos a assinar
nós próprios o nosso certificado de óbito, pois entrando muito dificilmente se sai, reconheço que
tenho algumas pessoas amigas que entraram nesse mundo alguns saíram, outros continuam e pior
foram os que já não se encontram entre nós.
A meu ver este livro deveria ser de leitura obrigatória nas escolas porque retrata tão bem
a história de uma adolescente Alemã, que entrou nesse mundo e tudo o que passou para sustentar
esse vício, que foi desde furtos até por a prostituição.
Desde que li esse livro e tive consciência desse flagelo penso e digo a toda a gente que
não há nada melhor na vida do que acordar a ressacar de vida, e de vontade de a viver em
plenitude e não acordar a ressacar pelas drogas e a primeira coisa que pensam é a de como hão-
de arranjar a próxima dose.
Quanto aos filmes que marcaram a minha vida um de eles até é um pouco recente “O
Senhor da Guerra” com Nicolas Cage, em que este retrato o trafico de armas e a meu ver a
verdade escondida nas guerras, em que por vezes é o próprio inimigo a armar o outro e
principalmente as grandes potencias que a meu ver são as únicas que lucram com a guerra,
porque vendem as armas e depois do conflito terminado ainda ganham mais dinheiro na
reconstrução das mesmas.