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BNDES-exim.
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Tirar
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o seu
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projeto
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papel.
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Esse
Esseé oé nosso
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papel.
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O BNDES-exim,
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além
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de ser
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o mais
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importante
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instrumento
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de financiamento
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às exportações
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de produtos
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brasileiros,
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é também
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o caminho
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mais
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curto
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entre
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as empresas
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de serviços
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e o emercado
o mercado
global.
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Se você
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trabalha
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projetos,
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obras,
obras,
desenvolvimento
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de software
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e outras
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atividades
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na área
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de serviços,
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consulte
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as soluções
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BNDES-exim
BNDES-exim
e leve
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seus
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conhecimentos
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parapara
o mundo.
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Se oSeserviço
o serviço
da sua
da sua
empresa
empresa
é competitivo,
é competitivo,
comcom
o BNDES
o BNDES
apoiando
apoiando
ele ele
1 st Vice-Presidente
Vice-Presidentes
Gilberto Ferreira Ramos
Joaquim Ferreira Mângia
José Augusto de Castro
Ricardo Vieira Ferreira Martins
Directores
incentivar a aproximação
País com uma economia extremamente atrelada a do Brasil e da Ar-
gentina, o Uruguai vem conseguindo, aos poucos, se colocar como um
destino de investimentos para várias economias do mundo. Tal conjuntura
reverte o quadro de anemia econômica passada pelo país platino nos últi-
mos dez anos, quando viu o seu PIB encolher de forma dramática, muito
em razão das crises financeiras vividas pelos seus vizinhos e principais
parceiros comerciais. Depois das agruras sofridas, sobretudo entre os anos
de 1999 e 2002, quando o seu PIB recuou 20% e passou a conviver com
níveis de pobreza alarmantes, sobretudo para um país que era conhecido
como a Suíça da América Latina, os ventos agora parecem soprar de forma
positiva. De fato, os números recentes da economia comprovam a boa
fase do Uruguai. Em 2007, o PIB uruguaio cresceu 7,3%, alcançando,
segundo o Ministério de Economia e Finanças, a cifra de US$ 23 bilhões.
Com o objetivo de debater e apresentar propostas para que Brasil e Uru-
guai possam estreitar ainda mais as relações entre os dois países, a Federação
das Câmaras de Comércio Exterior (FCCE) realizou, no dia 08 de setembro
de 2008, o Seminário Bilateral de Comércio e Investimentos Brasil-Uruguai.
A série de eventos promovidos pela instituição conta com o apoio e partici-
pação do governo federal, através dos Ministérios das Relações Exteriores e
do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior, das principais asso-
ciações de classe, tais como a Confederação Nacional de Comércio (CNC), a
Câmara de Comércio Internacional – ICC, a Associação de Comércio Exte-
rior do Brasil (AEB) e o Conselho das Câmaras de Comércio das Américas. CONSELHO DE
Com uma população de um pouco mais de 3 milhões de habitantes, CÂMARAS DE COMÉRCIO
representando, dessa forma, um mercado 60 vezes menor do que o DAS AMÉRICAS
brasileiro, as reclamações acerca das assimetrias encontradas nas re-
lações comerciais se dão de modo constante por parte do nosso vizi-
nho. Mesmo tendo aproveitado a vinda de investimentos estrangeiros Expediente
diretos ao país, em razão das melhorias estruturais, as reivindicações Produção
uruguaias por um fluxo comercial mais equilibrado com o Brasil. Federação das Câmaras de Comércio Exterior – FCCE
Av. General Justo, 307/6o andar
Atento às reclamações, o governo brasileiro vem buscando soluções que Tel.: 55 21 3804 9289
façam com que as demandas do país vizinho sejam atendidas. Como exemplo e-mail: fcce@cnc.com.br
de que o nosso governo está se esforçando nesse sentido, assinatura, em ju- Editor
nho deste ano, do novo acordo automotivo, marca um importante passo em Brunno Braga
direção a um comércio com mais simetria. De fato, o setor de automóveis é
Assessora da Presidência
tratado como sensível para os uruguaios, uma vez que 30% do déficit total Maria Conceição Coelho de Souza
desse país com o Brasil estão na importação de veículos e autopeças produ-
Textos e Reportagens
zidos aqui. Espera-se que com o acordo, que estabelece isenção de tarifas Brunno Braga
na comercialização de automóveis e que tem vigência até 2014, desperte
interesse por parte de montadoras no que tange a investir em linhas de Diagramação e Arte
Sandro Reiller
produção e montagem no Uruguai. Além do acordo automotivo, a abertura e-mail: srweb@globo.com
de um escritório do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econô- Tel.: 55 21 9496 9846
mico e Social) em Montevidéu é também um aceno aos uruguaios de que Secretaria
o governo brasileiro está disposto a intermediar parcerias entre empresas Sérgio Rodrigo Dias Julio
brasileiras com as entidades locais, como é o caso da construtora OAS e da
Fotografia
Petrobras, além de outras companhias, que aportam investimentos no país. Christina Bocayuva
Com esses e outros temas relevantes, a FCCE abre, novamente, um canal Jornalista Responsável
de diálogo entre o Brasil e um país amigo, no intuito de solidificar as relações Brunno Braga (MTB 050598/00)
bilaterais comerciais, convidando especialistas e profissionais do comércio e-mail: carbrag29@yahoo.com.br
Tel.: 55 21 8880 2565
exterior para que, assim, possamos dar maior substância aos debates dentro
do setor e obter mais conhecimentos a respeito dessa área tão importante Estagiário
para a economia como um todo. O objetivo de lograr sucesso é, mais uma Vinícius Henter
vez, alcançado, e o leitor poderá comprovar isso nas páginas a seguir. As opiniões emitidas nesta revista são de
responsabilidade de seus autores. É permitida a
reprodução dos textos, desde que citada a fonte.
Boa Leitura
O Editor
6 E ntrevista
Carlos Amorín
9 E ntrevista
Carlos Amorín
16 A bertura
39 I nra - estrutura
Corrigindo assimetrias
Apostando no continente sul-americano
19 Painel I 41 E nergia
Em busca por um comércio mais equilibrado A Petrobras atua como um fator importante para o
processo de integração regional
31 PA I N E L I I I 44 F inanciamento
Debatendo serviços e ambiente de negócios no Uruguai Apostando no Uruguai
36 E N C E R R A M E N TO 46 HISTÓRIA
Uruguai: um país aberto para o comércio e investimen- Mauá: uma história de sucesso
tos brasileiros no Uruguai
Embaixador do Brasil no Uru- dificuldades de acesso aos grandes Comum dentro do bloco e, com
guai desde 2006, José Eduardo mercados do bloco estão avançan- isso, redistribuir melhor as recei-
Martins Felício aposta nas políti- do. Prova disso foi a conclusão do tas aduaneiras, sobretudo em favor
cas de integração regional desem- acordo automotivo assinado en- do Uruguai. José Felício falou com
penhada pelo Itamaraty. Segundo tre os dois países em junho des- a Revista da FCCE sobre esses e
ele, as conversações existentes en- te ano e que valerá até o ano de outros assuntos. Leia os principais
tre Brasil e Uruguai para resolver 2014. O próximo passo, segundo trechos da entrevista:
antigas pendências e reclamações o embaixador, é buscar eliminar a
feitas pelo país vizinho sobre as dupla cobrança da Tarifa Externa
Reformulação Serviço
visual total Fala Exportador
em nova
plataforma
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Glossário
de Comércio Dicas do Portal
Exterior
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Notícias destaque
atualizadas
diariamente
Marco Pólo Moreira Leite – Presidente do Conselho (intervalo para café – 10 minutos)
Empresarial de Comércio Exterior da ACRJ
15:30h PAINEL II: As relações Brasil – URUGUAI
14:30h PAINEL I: O relacionamento das empresas
nos setores de: construção civil, petróleo, e fontes
alternativas de energia. Presidente da Sessão : José Eduardo Martins Felí-
cio – Embaixador Plenipotenciário do Brasil no URU-
Investimentos de empresas uruguaias no Brasil GUAI
Presidente do Painel: Embaixador Ernesto Rubar-
th– Secretário de Estado de Assuntos Internacionais Pronunciamento Especial: Embaixador Nelson Fer-
nandez –
Moderador: - José Augusto de Castro – Presiden- Secretário-Geral do Ministério das Relações Ex-
te, interino, da Associação de Comércio Exterior do teriores do URUGUAI
Brasil - AEB
Componentes da mesa:
Expositores: Carlos Amorín - Embaixador Plenipotenciário do
Clóvis Corrêa de Queirós – Gerente-Geral da PE- URUGUAI
TROBRÁS – URUGUAI Gerardo Gadea – Vice-Ministro da Industria e do Co-
German Riet – Presidente da “ANCAP” – URU- mércio do URUGUAI
GUAI
Evandro Daltro – Representante da Construtora Ivan Ramalho – Secretario-executivo do MDIC e Co-
OAS ordenador da “Comissão mista” BRASIL-URUGUAI
Alberto Guani – Cônsul-Geral do URUGUAI no Rio
17:00h PAINEL III: O relacionamento Brasil- de Janeiro
URUGUAI nos setores: Serviços, e Turismo. Facili-
dades da legislação trabalhista para emprego de mão João Augusto de Souza Lima – Presidente da FCCE
de obra brasileira Arnaldo Castro – Presidente da “Camara de Comercio
y Serviços Del URUGUAI”
Presidente: Mauricio do Val – Secretario-adjunto de Embaixador Paulo Pires do Rio – Diretor-Conselheiro
Comercio e Serviços do MDIC do Conselho Superior da FCCE
Corrigindo assimetrias
Embaixador do Uruguai no Brasil fala sobre as ações recentes no comércio
bilateral Brasil-Uruguai
Da esquerda para direita: Elio de Almeida, Theóphilo de Azeredo Santos, Embaixador José Felício, Armando Meziat, Embaixador Carlos
Amorín e Gerardo Gadea
Abertura dos trabalhos do Se- mos levando a efeito esse tipo de Santos, do presidente da Associa-
minário Bilateral de Comércio trabalho há quatro anos. A FCCE ção de Comércio Exterior do Bra-
Exterior e Investimento Brasil– tem o orgulho de registrar o su- sil (AEB), Benedicto Fonseca Mo-
Uruguai ficou a cargo do Pre- cesso mais do que absoluto e pro- reira, e o presidente do Conselho
sidente da FEDERAÇÃO DAS va a necessidade e a importância de Câmaras de Comércio Exterior
CÂMARAS DE COMÉRCIO desse tipo de reuniões, desse tipo das Américas, José Francisco Mar-
EXTERIOR, João Augusto Souza de desenvolvimento de atividades condes Neto.
Lima. “Quero lembrar que a série comerciais bilaterais”, disse Souza Em seguida, ele chamou para
de seminários bilaterais é um pro- Lima. Ele aproveitou para agrade- compor a mesa da Sessão Solene
jeto que é apoiado pelo governo cer o apoio e colaboração do pre- de Abertura: Gustavo Affonso Ca-
federal, através do Ministério das sidente da Confederação Nacional panema, vice-presidente do Con-
Relações Exteriores e do Ministé- do Comércio (CNC), Antônio selho Superior da FCCE; Fernan-
rio de Desenvolvimento, Indús- Oliveira Santos, do presidente da do Lorenzo, chefe da Assessoria
tria e Comércio Exterior. Este é Câmara de Comércio Internacio- Macroeconômica do Ministério
o 38º evento desta natureza. Esta- nal (CCI), Theóphilo de Azeredo de Economia e Finanças (MEF)
Atrair investimentos
O embaixador iniciou o seu pronuncia-
mento agradecendo o convite feito pela
FCCE para a realização do seminário, e
destacou a importância reconhecida pelo
governo uruguaio, que enviou uma gran-
de delegação para o evento. “Eu queria
dar as boas-vindas a este do seminário
que permitirá melhorar o conhecimento
que se tem do Uruguai, as suas políti-
cas, situações econômicas e, também, as
possibilidades para permitir novos inves-
timentos oriundos do Brasil e do estado
do Rio de Janeiro. Quero destacar a im-
portância que demos a este seminário.
Trouxemos o vice-ministro da Indústria,
Gerardo Gadea, o chefe da Assessoria
Macroeconômica do MEF, Fernando Lo-
renzo, e o secretário-geral do Ministério
das Relações Exteriores, Nelson Fernan-
dez. Isso marca, de alguma maneira, toda
a delegação, e mostra a importância que
o Uruguai atribui a este encontro”, afir- Embaixador Carlos Amorín em pronunciamento especial
Da esquerda para direita: Antônio Sérgio Melo, Pedro Bentancourt, Roberto Bennet, Gerardo Gadea, Armando Meziat, Leonardo Bote-
lho e David Wong
O relacionamento das empresas da General Motors do Brasil; An- observado os números de crescimento da
sua economia, demonstra absoluta so-
uruguaias e brasileiras no âmbito tonio Sergio Melo, diretor de Rela- lidez. “Em 2007, o crescimento do PIB
do Mercosul; investimentos brasi- ções Institucionais da FIAT; David foi de 7% em relação ao ano anterior. As
leiros no Uruguai; e assinatura do Wong, representante do SINDIPE- exportações de bens têm crescido a uma
média de 13% ao ano, e as importações
acordo automotivo foram os temas ÇAS. O painel foi moderado pelo
de bens crescem 25%. Os investimentos
tratados pelos palestrantes do Pai- secretário de Desenvolvimento estão crescendo a 12%. O mesmo ocorre
nel I do Seminário Bilateral de Co- da Produção do MDIC, Armando com o crescimento industrial e no setor
mércio Exterior e Investimentos Meziat; e presidido pelo vice-mi- de alimentos. Quero dizer que o Uruguai
quer dar um impulso renovado para de-
Brasil-Uruguai. Para fazer as apre- nistro da Indústria e do Comércio senvolver processos de integração produ-
sentações do painel foram convi- do Uruguai, Gerardo Gardea. tiva do Mercosul”, afirmou Gardea. Ele
dados: Roberto Benett, gerente- afirmou que o Uruguai desenvolve uma
estratégia industrial.
geral do Instituto “Uruguai XXI”; Gerardo Gardea, vice-ministro da In- De acordo com o palestrante, essa es-
Leonardo Botelho Ferreira, chefe dústria e do Comércio do Uruguai, abriu tratégia produtiva significa que o Uruguai
do escritório BNDES no Uruguai; o painel fazendo referencias à estabilidade pode passar de um país agrícola, como
política e institucional do país. Segundo tradicionalmente tem sido, para ser um
Pedro Bentancourt, representante ele, o Uruguai é um Estado que, quando país industrial, e, assim, intercambiar,
Presença brasileira
Ele apresentou, em seguida, um gráfi-
co que mostra os principais setores com
presença de capital brasileiro no Uru-
guai. Os investimentos em ativos exis-
tentes no país vizinho estão dentro dos
setores de bebidas, energia, frigoríficos
de carne bovina, siderurgia, financeiro
e moinhos de arroz. Ele informou que
o Brasil entrou no setor de bebidas no
Uruguai por intermédio da aquisição da
cervejaria argentina Quilmes, por parte
da AmBev. Dessa forma, a empresa bra-
sileira passou a comandar as cervejarias
uruguaias presentes no país, que antes
pertenciam à empresa argentina de cer-
veja. Atualmente, de acordo com Ben-
nett, a AmBev responde por 98% do
mercado de bebidas do Uruguai. Já no
setor de energia, a Petrobras adquiriu
a companhia de gás Gaseba y Conecta,
responsável pela distribuição de gás no
país e comprou, também, 85 postos de
serviços da Shell. Quanto a investimen-
tos em frigoríficos, ele informou que
o grupo Marfrig comprou frigoríficos
uruguaios Tacuarembó, La Caballada,
Gerardo Gadea afirma que o Uruguai precisa vender produtos de maior valor agregado
Elbio Pérez Rodríguez, Establecimien-
com maior valor tecnológico, os pro- uruguaio. Em seguida, ele passou a pala- tos Colônia Noblemark. Com essas
dutos do país. “Queremos, naturalmen- vra Roberto Bennett., gerente -geral do aquisições, o grupo Marfrig passou a
te, aumentar o fluxo de comércio com Instituto “Uruguai XXI” – Montevidéu dominar 40% do mercado de processa-
o Brasil. Estamos vendendo muito bem mento de carne no Uruguai. Ele infor-
para os brasileiros, mas necessitamos Investimentos bilaterais mou, ainda, que grupo brasileiro Bertin
exportar produtos de maior valor agre- Bennett disse que faria a sua exposi- entrou no Uruguai através da compra
gado”, comentou. Ele pediu, ainda, que ção sobre a situação das relações bilaterais do frigorífico Canelones.
empresários brasileiros confiem no país, através de cifras. Nesse contexto, ele apre- No setor de moinhos de arroz, a com-
pois o Uruguai está apto a receber inves- sentou, de início, um estudo em relação às pra da empresa Saman por parte do
timentos. “O Brasil será, em breve, uma exportações uruguaias ao Brasil, do perí- Grupo Camil Alimentos, pelo valor de
das locomotivas econômicas mundial. odo que vai de 2000 até agosto de 2008. US$ 160 milhões, fez com que a em-
“Podemos ver que, efetivamente, há um presa brasileira se tornasse a principal
“O Brasil será, em breve, uma das locomoti- aumento, uma progressão”, disse. Pela companhia do setor arrozeiro uruguaio
vas econômicas mundial. Por isso, queremos classificação de conteúdo tecnológico dos e o segundo maior exportador do país
que a complementaridade produtiva em produtos existentes na pauta, verificou-se em 2007. “Essa aquisição implicou na
indústrias, para que, assim, o Mercosul se que a ênfase majoritária das exportações compra da empresa Samu S.A., subsi-
fortaleça” uruguaias está em produtos primários, diária da Saman, e a empresa Arrozur
Gerardo Gardea representando 38%. “Os produtos com S.A. (47%).
alto conteúdo tecnológico representam Em relação ao setor financeiro, a com-
porcentagens insignificantes. O que o pra do Banco de Boston pelo Banco Itaú
Por isso, queremos que a comple- Uruguai importa do Brasil, no mesmo pe- fez com que a instituição bancária brasi-
mentaridade produtiva em indústrias, ríodo (2000-2007) são produtos de médio leira assumisse 6,4% de participação de
para que, assim, o Mercosul se fortale- e baixo conteúdo tecnológico, que somam volume de ativos do sistema bancário do
ça. Ambos os países podem se desenvol- mais de 50% de tudo o que os brasileiros Uruguai. Gerdau (siderurgia) Neditec
ver economicamente de maneira mui- vendem para nós. Essa tendência continua (têxtil) e a Compañía de Aguas Cisplati-
to mais forte”, avaliou o vice-ministro aumentando nos últimos anos”, enfatizou. na (água mineral) são empresas de capi-
BNDES no Uruguai
Leonardo Botelho Ferreira, chefe do
escritório BNDES no Uruguai, tomou
a palavra. De início, ele fez referência à
presença do banco no Uruguai, expli-
cando como o BNDES apóia investimen-
tos no país vizinho, o primeiro a ter um
escritório da instituição fora do Brasil.
“Hoje o BNDES tem o apoio direcionado
à infra-estrutura, à estrutura produtiva, à
inovação, à inclusão social e à integração
regional. O banco atua, praticamente,
em todas as áreas da economia, e, mais
recentemente, tem mostrado prioridade
do seu apoio às iniciativas de inovação Benett, do Instituto “Uruguai XXI”, acredita que as exportações uruguaias crescerão em 2009
Energia em pauta
Expositores debatem o papel do setor energético nas relações Brasil-Uruguai
Da esquerda para direita: German Riet, José Augusto de Castro, embaixador Ernesto Rubarth, Evandro Daltro e Clóvis Corrêa de Queirós
O Painel II do Seminário teve como rós, gerente-Geral da Petrobras– ele afirmou que há um compromisso e
Uruguai; German Riet, vice-presi- entendimento no sentido de se tentar
tema: As relações Brasil – Uruguai
reverter essa tendência. “Com o objetivo
nos setores de: construção civil, dente da ANCAP (Administración de promover esse equilíbrio comercial,
petróleo, e fontes alternativas de Nacional de Combustibles, Alco- há mecanismos novos de incentivos, tan-
energia.Investimentos de empresas hol y Portland); e Evandro Daltro, to na parte comercial quanto na parte de
investimentos. Segundo dados do MRE
uruguaias no Brasil. O presidente gerente-geral da Construtora OAS (Ministério das Relações Exteriores),
do painel foi o embaixador Ernes- no Uruguai. cresce a presença de investimentos brasi-
to Rubarth, secretário de Estado leiros no Uruguai, sobretudo nas áreas de
energia (derivados de petróleo, distribui-
de Assuntos Internacionais do Rio ção de gás), bebidas, tecidos, frigoríficos
de Janeiro, e teve como modera- O presidente do painel, embaixador e metalurgia. E, com este objetivo de es-
do, José Augusto de Castro, vice- Ernesto Rubarth, iniciou os trabalhos do timular este equilíbrio comercial maior,
painel fazendo comentários gerais sobre foram assinados entre Brasil e Uruguai,
presidente da Associação de Co- o tema proposto para a sessão. Para ele, no ano passado, cinco acordos voltados
mércio Exterior do Brasil (AEB). há uma tendência, dentro do relaciona- para investimentos brasileiros nas áreas
Para fazer as exposições, estiveram mento econômico-social para o inter- de indústrias têxtil, auto-peças, biocom-
câmbio Brasil-Uruguai, ao desequilíbrio bustíveis, mineração e energia”, detalhou
presentes: Clóvis Corrêa de Quei- em favor do lado brasileiro. Contudo, Rubarth.
ANCAP
Representando a estatal de energia
uruguaia, Ancap, o vice-presidente da
empresa, German Riet, iniciou o seu dis-
curso dizendo que, em termos de matéria
energética, as relações Brasil e Uruguai Clóvis Corrêa de Queirós disse que a Petrobras aposta no Uruguai
têm antecedentes históricos. “Quando
falo da relação Brasil-Uruguai no campo o país não pode desenvolvê-los sozinho. leo em alto-mar no Uruguai. “A rodada
da energia, estou falando de Petrobras e “Por isso, queremos que as grandes opor- será realizada no dia 08 de julho de 2009
Ancap. Temos comércio de combustíveis tunidades de parcerias, de investimentos Esperamos poder contar com a presen-
líquidos e gasosos. Compramos e ven- e de participação da Petrobras e de outras ça da Petrobras, pela experiência que
demos mutuamente. Temos acordos de empresas do Brasil”. O primeiro projeto tem e por ser uma das empresas mais
cooperação técnica e tecnológica. Temos destacado pelo palestrante foi o que prevê avançadas no mundo no setor de explo-
também uma parceria com a Petrobras e a construção de uma linha de transmissão ração de petróleo em alto-mar”, disse.
Repsol-YPF (empresa de petróleo da Ar- elétrica entre Uruguai e Brasil. O objetivo Por último, o palestrante contou que há
gentina) para prospecção de petróleo na é construir uma linha de 500 megawatts e um projeto em estudo para transformar
plataforma marítima argentina”, afirmou os dois países já assinaram um acordo mar- a única refinaria de petróleo que a An-
o representante da Ancap. Ele revelou co para esse projeto. “Falta agora acertar cap dispõe no Uruguai num centro de
que a estatal uruguaia está desenvolven- alguns pontos”, disse. O segundo projeto processamento de óleo pesado e semi-
do uma lei que estabelece a produção de envolve a construção de uma indústria de pesado. “É também um projeto no qual
biocombustíveis. A lei determina que, a regaseificação de gás natural liquefeito não temos condições de conduzir sozi-
partir de 2009, a Ancap inice a mistura (GNL). Isso vai significar, segundo Riet, nhos e estamos conversando com a Pe-
de etanol, gasolina e biodiesel. “A Ancap a diversificação da matriz energética uru- trobras e outros interessados”.
está desenvolvendo este projeto, sobre- guaia. O terceiro projeto anunciado pelo
tudo no que diz respeito ao etanol, que representante da Ancap é o que estabelece “Quando falo da relação Brasil-Uruguai
está sendo feito com base na tecnologia a prospecção e produção de petróleo na no campo da energia, estou falando de
brasileira, assim como, no assessoramen- plataforma marítima uruguaia. “O Uru- Petrobras e Ancap.Temos comércio de
to técnico”, avaliou Riet. guai vem tratando este tema há dois anos combustíveis líquidos e gasosos. Com-
Ele ressaltou que o Uruguai vive um e o governo uruguaio conseguiu fazer um pramos e vendemos mutuamente.Temos
paradoxo no qual, mesmo sendo um país estudo sísmico em todo mar territorial do acordos de cooperação técnica e tecno-
de pequenas dimensões e de pouca popu- país. O resultado geral dos estudos ainda lógica”
lação, produz menos energia do que con- não está pronto, por isso não podemos German Riet
some, tanto em relação à energia fóssil afirmar se há reservas de gás natural”,
quanto à alternativa. Ele destacou, con- considerou. No entanto, o representante OAS
tudo, que o governo uruguaio está traba- da Ancap disse que esses estudos fizeram Evandro Daltro, gerente-geral da OAS
lhando, atualmente, em quatro grandes com que a estatal conclamasse empresas no Uruguai, iniciou a sua apresentação
projetos energéticos, mas que, por ra- de todo o mundo para a rodada de licita- explicando que a empresa tem um seg-
zões de natureza financeira e tecnológica, ção para exploração e produção de petró- mento que trabalha com a diversidade
O Painel III do seminário teve sileira. De acordo com ele, esse setor apresentados pelo secretário do MDIC, o
como tema: O relacionamento Brasil- respone por 60% do PIB brasileiro e é Uruguai exporta três vezes mais serviços
também responsável por mais de 60% do para o Brasil do que vice-versa. “As ex-
Uruguai no setor de serviços. A sessão emprego formal do Brasil. Ao comparar portações brasileiras para o Uruguai de
foi presidida pelo secretário-ad- o quadro de importância do setor de ser- serviços, no ano passado, somaram US$
junto de Comércio e Serviços do viços brasileiro com o uruguaio, do Val 56 milhões, e as exportações uruguaias
mencionou que o país vizinho tem 58% para o Brasil, US$ 148 milhões”, disse.
MDIC, Maurício do Val. Pra fazer o do PIB em serviços e o setor emprega Dentre as áreas que mais se destacam no
pronunciamento especial do painel 76% da mão-de-obra formal no Uruguai. setor, do Val informou que o turismo é
foi convidado Fernando Lorenzo, “Por isso, é importante tratar de forma a que apresenta mais força. “Em 2007, o
prioritária o setor de serviços nas rela- Uruguai obteve um superávit no comér-
chefe da Assessoria Macroeconô- ções comerciais entre os dois países. Des- cio internacional de serviços de cerca de
mica do MEF, que expôs informa- de 2002, o Uruguai é superavitário no US$ 500 milhões, que foi contribuição
ções sobre o regime e clima dos comércio de serviços com o Brasil. Em direta do turismo receptivo que contri-
2001, o fluxo de comércio de serviços buiu com US$ 800 milhões em entradas
investimentos no Uruguai.
dos dois países era de apenas US$ 20 mi- de divisas para aquele país”, avaliou.
lhões. Em 2007, o fluxo de comércio de Em relação aos trabalhos desenvolvidos
Ao iniciar os trabalhos do painel, Mau- serviços entre os dois países alcançou US$ pelo MDIC para estimular o comércio de
rício do Val destacou a importância do 200 milhões, ou seja, um crescimento de serviços do Brasil com o Uruguai, Maurí-
setor de serviços para a economia bra- 1000% em cinco anos”. Segundo dados cio do Val disse que o ministério tem bus-
Há mais de 30 anos no merca- sil-Uruguai, onde palestrou sobre Brasil e, a partir do ano de 2006, tomou
as ações da empresa naquele país. a decisão estratégica de participar do
do, a construtora OAS é uma das
mercado internacional. A OAS tem par-
maiores e mais respeitadas em- Daltro conversou com a Revista da ticipado das mais importantes obras de
presas de engenharia e construção FCCE sobre os projetos e atuação construção civil e pesada do Brasil, tendo
civil do Brasil. Ela possui, em seu da OAS no Brasil e nos demais pa- como clientes as principais empresas pri-
vadas e os governos de todos os estados
portfolio, importantes obras re- íses no exterior. Confira, a seguir, da federação e o governo Federal.
alizadas no país e, há dois anos, a os principais trechos da entrevista:
empresa buscou atuar no mercado Quais são as principais obras que
estão sendo realizadas pela empre-
internacional, com grande foco na sa no Brasil?
América Latina, em especial no Há quanto tempo a OAS atua no
mercado brasileiro e internacio- Daltro - Entre as principais obras execu-
continente sul-americano. Evandro nal? tadas pela empresa estão a Linha 4 do Me-
Daltro é o diretor da OAS no Uru- trô de São Paulo, a Ponte Estaiada Otávio
guai. Ele representou a empresa Daltro - A Construtora OAS completou, Frias sobre o rio Pinheiros em São Paulo,
em 2007, 30 anos de serviços prestados a fábrica da Ford na cidade de Camaça-
no Seminário Bilateral de Comér- a engenharia brasileira. A empresa está ri (Ba), o complexo Linha Amarela no
cio Exterior e Investimentos Bra- entre as cinco maiores construtoras do Rio de Janeiro, o Estádio Olímpico João
Estádio João Havelange, no Rio de Janeiro: uma das obras realizadas pela OAS
De que modo a OAS está atuando
internacionalmente? estrutura administrativa independen- República Dominicana. Recentemente
te para apoiar as unidades de negócio; a a OAS abriu sua sucursal em Angola,
Daltro - Mesmo contando com equipes adaptação do seu sistema gerencial para antecipando a sua entrada no mercado
experientes e comprometidas com a su- uma plataforma web; e capacitação de africano.
peração de metas, e preparadas para os seus gestores aos aspectos legais, tributá-
desafios que impõe a constituição de uma rios e contábeis de cada país. “A OAS além de participar de licitações,
empresa internacional, a OAS vem im- está desenvolvendo parcerias com empre-
plementando ações para a adaptação de E o processo de inserção nos países sas do ramo de energia”
sua estrutura organizacional e a melhoria se dá de forma tranqüila? Evandro Daltro
da capacitação de seus gerentes, com o
objetivo de customizar sua gestão para o Daltro - Sim, pois para se inserir nos pai- E em relação à América do Sul,
mercado dos paises em que está presen- ses que se instala, a OAS tem utilizado a como a OAS vem desenvolvendo
te. estratégia de buscar parceiros e mão de os seus projetos no continente?
obra local, para criar uma relação sinér-
gica com o país e acelerar a sua curva de Daltro - Na América do Sul, além de
“A OAS tem utilizado a estratégia de bus- participar de licitações, a OAS está de-
aprendizagem. A OAS, como as demais
car parceiros e mão de obra local, para senvolvendo parcerias com empresas
empresas brasileiras que exportam servi-
criar uma relação sinérgica com o país e do ramo de energia, com o objetivo
ços, conta também com as condições de
acelerar a sua curva de aprendizagem” de oferecer soluções para projetos de
financiamento para exportação do BN-
Evandro Daltro
DES, que tem se demonstrado bastante geração de energia, visando atender a
competitivas. crescente demanda dos paises da região.
Em que consiste este trabalho de Atualmente a OAS esta desenvolvendo
adaptação e melhoria da capaci- Em que países a OAS está operando? junto com a Tractebel e uma empresa
tação dos funcionários da OAS no especializada em plantas termoelétri-
exterior? Daltro - A OAS hoje possui empre- cas a carvão, um projeto para gerar 340
sas constituídas no Uruguai, Argentina, MW de energia firme para o Uruguai e
Daltro - Como principais medidas que Peru, Bolívia, Chile, Equador e Colôm- em parceria com Furnas a hidroelétrica
estamos adotando podemos citar: a cria- bia, além de representação comercial na Inanbari no Peru, com capacidade de
ção de uma Diretoria Internacional com Venezuela, Paraguai, Haiti, Costa Rica e geração de 1.400 MW.
Clóvis Corrêa de Queirós é di- lhões de habitantes, tem posição fato, em 2004, com a aquisição de
retor da Petrobras no Uruguai. No estratégica para a integração. Isso uma companhia de distribuidora
cargo desde 2006, ele observa com se dá em razão de o país estar lo- de gás local.
otimismo a presença da empresa calizado entre Brasil e Argentina
no país vizinho. Em sua análise, e, além disso, apresentar grandes Como o senhor analisa a realização
o Uruguai, apesar de apresentar oportunidades de negócios para a do seminário?
pequenas dimensões territoriais empresa, que está país desde 2001, Corrêa de Queiró s - Eu vejo o
e possuir um mercado de 3,5 mi- mas que começou a investir, de encontro como uma oportunidade de
Apostando no Uruguai
BNDES abre escritório no Uruguai e representante do banco fala sobre a im-
portância do país para as empresas brasileiras
lo
n s t r uído pe
auá : c o opera-
Dique M m 1872, está em
oe
brasileir e
oj
ção até h
Intercâmbio Comercial
Brasil – Uruguai
E laboração : D epartamento de P lanejamento e
D esenvolvimento do C omércio E xterior – D E P L A da
S ecretaria de C omércio E xterior – S E C E X do M inistério do
D esenvolvimento, I nd ú stria e C omércio E xterior - M D I C.
Comércio Exterior do Uruguai de comércio do país chegou à cifra inédita de US$ 10 bilhões
A economia uruguaia é bastante atrelada aos seus dois em 2007. As exportações foram de US$ 4,5 bilhões e as im-
grandes vizinhos e parceiros comerciais, Brasil e Argentina. portações de US$ 5,5 bilhões.
No começo dos anos 2000, o crescimento do produto interno O crescimento das exportações e importações do país fez
foi bastante afetado pela crise que atingiu estes países, espe- Evolução da Balança Comercial do Uruguai
cialmente o último. Em 2002, o PIB do Uruguai chegou a se 1998 a 2007 – US$ Milhões
5.000
2.000
bilhões a preços correntes. 1.000
-1.000
nhou a recuperação de sua economia. Com isso, a corrente
-2.000
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
8.000
6.000
Bens Intermediários 3.661 11,7 65,5
5.000
4.000
Bens de Consumo 1.202 24,5 21,5
3.000
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Fonte: Banco Central do Uruguai
Fonte: OMC
principal parceiro comercial nas importações do Uruguai foi Couros e Peles 306
US$ 1,2 bilhão. Em seguida está a Argentina, com participa- Produtos Químicos 237
Minérios 197
ção de 21,9% e total de US$ 1,1 bilhão. Os Estados Unidos Pescado 156
155
foram responsáveis por 7,0% das aquisições uruguaias, com Produtos Alimentícios, Bebidas e Tabaco
Importações do Uruguai
Principais Mercados Fornecedores – 2007/2006(*) – US$ Milhões 23,5%
19,3% 21,0% 21,0% 21,5% 22,0% 21,3%
18,5%
Blocos econômicos e
2007 Part.% 2006 Part.% Var. %
países selecionados
Total 5.101 100,0 4.424 100,0 15,3 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Aladi 3.123 61,2 2.716 61,4 15,0
Importação do Uruguai Exportação do Uruguai
- Mercosul 2.327 45,6 1.915 43,3 21,5
Fonte: MDIC/SECEX, OMC
-Brasil 1.183 23,2 912 20,6 29,7
-Argentina 1.115 21,9 979 22,1 13,9
- Paraguai 29 0,6 23 0,5 22,7
- Demais da Aladi 796 15,6 801 18,1 -0,7
Ásia 771 15,1 539 12,2 43,0
União Européia 520 10,2 444 10,0 17,2
Estados Unidos 359 7,0 304 6,9 18,1
África 40 0,8 170 3,8 -76,5
Demais Países 290 5,7 252 5,7 15,1 Evolução da Corrente de Comércio Brasil / Uruguai
(*) até novembro 1998 / 2007 - US$ Milhões FOB
Fonte: Dados do Brasil – MDIC/SECEX; Dados do Uruguai – Banco Central do Uruguai
Exportações do Uruguai
Principais Mercados Compradores – 2007/2006 – US$ Milhões 2.075
1.923
Blocos econômicos e
2007 Part.% 2006 Part.% Var. % 1.631
países selecionados
800
das vendas uruguaias, com participação de 17,5% e soma 600
200
-400
maior bloco comprador de produtos uruguaios é a ALADI, 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
principalmente por: carnes, total de US$ 885 milhões, 19,7% Variação % 2007/06:
Exportação: +27,2%
2.074
Importação: +27,2%
do total; outros produtos vegetais, US$ 404 milhões, 9,0% da Corrente de comércio: +27,2% 1.631
pliou e registrou 17,6% em 2007. Do lado da importação, o 1 1 Estados Unidos 25.065 2,2 15,6
2 2 Argentina 14.417 22,8 9,0
valor de 23,5% na participação das compras do país é o maior 3 3 China 10.749 27,9 6,7
registrado no comércio bilateral em anos recentes. 4 4 Países Baixos 8.841 53,8 5,5
Intercâmbio comercial entre Brasil e Uruguai – 2007 9 7 Itália 4.464 16,4 2,8
8 8 Japão 4.321 11,0 2,7
O intercâmbio bilateral entre Brasil e Uruguai acompanhou 7 9 Chile 4.264 9,0 2,7
As exportações brasileiras para o mercado uruguaio se 1 1 Estados Unidos 18.722 27,7 15,5
3 2 China 12.618 57,9 10,5
destacaram ao atingir o valor de US$ 1,3 bilhão no último 2 3 Argentina 10.410 29,3 8,6
ano, crescimento de 27,2% em relação a 2006. As compras 4 4 Alemanha 8.675 33,4 7,2
5 5 Nigéria 5.273 34,6 4,4
brasileiras de produtos peruanos também apresentaram bom 6 6 Japão 4.610 20,1 3,8
9 7 França 3.525 24,2 2,9
desempenho ao atingir a soma de US$ 786 milhões, com o
8 8 Chile 3.483 21,5 2,9
mesmo percentual de aumento das exportações. 7 9 Coréia do Sul 3.391 9,2 2,8
US$ 1,1 bilhão em 2007. Os básicos apresentaram aumento Variação % 2007/06: 1.136
Básicos: +21,9%
de 21,9% e totalizaram US$ 82 milhões em 2007, enquanto Semimanufaturados: -3,5%
871
Manufaturados: +30,4%
que os semimanufaturados se retraíram em 3,5%, para US$
69 milhões.
Os principais produtos exportados para o mercado uru-
guaio, em 2007, foram: óleos combustíveis (total de US$ 176 82 72
68 69
milhões e participação na pauta de 13,7%), autopeças (US$ 51
BÁSICOS SEMIMANUFATURADOS MANUFATURADOS
milhões, 4,0%), automóveis (US$ 50 milhões, 3,9%), políme-
2007 2006
ros plásticos (US$ 47 milhões, 3,7%), aparelhos transmissores Fonte: MDIC/SECEX
176
1,7%), produtos laminados planos de ferro ou aço (US$ 20 Óleos Combustíveis
Autopeças 51
milhões, 1,6%), máquinas e aparelhos para uso agrícola (US$ Automóveis 50
Apars. Trans./Receptores 39
Referente às importações brasileiras de produtos
Veículos de carga 34
29
rados. Esta classe de produtos apresentou aumento de 18,1% Tratores
Pneumáticos 22
no comparativo 2007/2006 e totalizou US$ 507 milhões no Laminados Planos 20
último ano. Os produtos básicos responderam com 34,3% do Máqs. p/ Uso Agrícola 20
Móveis 19
total e somaram US$ 269 milhões ao crescerem em 47,0% Fonte: MDIC/SECEX
Estado de São Paulo, que foi responsável por US$ 443 milhões
269
em exportações para este mercado, representando 34,4%
183
da pauta total. Os demais principais estados brasileiros que
exportaram para o Uruguai foram: Rio Grande do Sul (US$ 10 6
353 milhões, participação de 27,4% no total), Paraná (US$ BÁSICOS SEMIMANUFATURADOS MANUFATURADOS
2007 2006
114 milhões, 11,2%), Santa Catarina (US$ 103 milhões, Fonte: MDIC/SECEX
Espírito Santo;
Já, do lado das importações, o Rio Grande do Sul foi 3,8 Rio Grande
Minas Gerais;
do Sul; 24,7
o estado que realizou o maior volume de compras de produtos 3,9
Mato Grosso do
uruguaios, soma de US$ 194 milhões e participação de 24,7% Sul; 5,1
São Paulo;
'
21,7
na pauta total. Em seguida, encontran-se entre os principais Amazonas; 5,1
Santa
Catarina;
19,1
estados: São Paulo (US$ 171 milhões, 21,7%), Santa Catarina
Rio de Janeiro;
5,2
(US$ 150 milhões, 19,1%), Rio de Janeiro (US$ 41 milhões,
5,2%), Amazonas (US$ 40 milhões, 5,1%), Mato Grosso do Fonte: MDIC/SECEX
ano anterior, quando 4.337 empresas exportaram para este Carne Bovina 34
Misturas Odoríficas p/ Alimentos 31
mercado. O número de compradores nacionais de produtos Trigo 29
Sabões e Prods. de Limpeza 28
uruguaios aumentou, no comparativo 2007/2006, ao passar
Tubos de Ferro/Aço 17
Demais; 5,5
Bahia; 3,1
Minas Gerais; São
3,9
Paulo;
Rio de 34,4
Janeiro; 6,5
Santa
Catarina; 8,0
Rio Grande
Paraná; 11,2 do Sul;
27,4
Fonte: MDIC/SECEX
categoria “Distribuidora de
Combustíveis” e foi repre-
sentada por seu presidente,
José Eduardo Dutra.
O evento contou com as
participações do presidente
da República, Luiz Inácio
Lula da Silva, dos ministros
Fernando Haddad (Edu-
cação), Miguel João Jorge
Filho (Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exte-
rior), Patrus Ananias (De-
senvolvimento Social),Tarso
Genro (Justiça), Paulo Va-
nucchi (Secretaria Especial
de Direitos Humanos da
Presidência da República),
dos governadores Ana Júlia José Gabrielli, presidente da Petrobras: a empresa está entre as 10 mais admiradas do Brasil
Carepa (PA), Aécio Neves
(MG) e Jaques Wagner (BA), período de 2007 (US$ 620,2 tações no ano somaram US$ do Desenvolvimento, Indús-
além de representantes do milhões). 131,2 bilhões. tria e Comércio Exterior
empresariado brasileiro. De janeiro a se- Nos nove primeiros (MDIC) e a Receita Fede-
tembro, foram observadas meses de 2008, houve cres- ral, que divulgaram o novo
Cai superávit comer- exportações recordes, para cimento das importações sistema ontem, durante
cial nos nove primeiros período de nove meses, de de produtos em todas as entrevista coletiva realizada
meses de 2008 produtos das três catego- categorias em relação ao no MDIC.
rias: manufaturados (US$ mesmo período de 2007: O instrumento en-
De janeiro a setembro 70,233 bilhões), básicos combustíveis e lubrificantes tra em vigor a partir de 1º
de 2008 (189 dias úteis), o (US$ 55,940 bilhões) e (+78,2%), bens de capital de outubro, quando expor-
saldo comercial brasileiro semimanufaturados (US$ (+50,0%), bens de consu- tadores brasileiros poderão
somou US$ 19,656 bilhões 20,699 bilhões). Em relação mo (+47,0%) e matérias- pedir a suspensão de tributos
(média diária de US$ 104 aos primeiros nove meses de primas e intermediários federais – Imposto sobre
milhões). Pela média diária, 2007, as vendas internacio- (+46,5%). Produtos Industrializados
o superávit comercial ficou nais de básicos cresceram (IPI), Programa de Integra-
36,8% menor que o regis- 51,1%, as de semimanu- ção Social (PIS) e Contribui-
trado no mesmo período faturados 29,2%, e as de Drawback Verde-Ama- ção para o Financiamento da
do ano passado (US$ 164,6 manufaturados 13,6%. relo é regulamentado Seguridade Social (Cofins)
milhões). Na mesma compa- – para a compra de insumos
Nos nove primei- ração de períodos, obser- Foi publicada, no nacionais destinados a pro-
ros meses de 2008, foram vou-se um crescimento de dia 19 de setembro, a Porta- dução de bens exportáveis.
registradas exportações de 52,4% nas importações bra- ria Conjunta nº 1.460, de 18 Para usufruir do
US$ 150,868 bilhões, com sileiras que saíram de uma de setembro de 2008, que benefício, os exportadores
média diária de US$ 798,2 média diária de US$ 455,6 regulamenta o Drawback deverão fazer o pedido di-
milhões, um incremento de milhões nos primeiros nove Verde-Amarelo. A publica- retamente à Secretaria de
28,7% sobre o desempenho meses de 2007 para US$ ção saiu no Diário Oficial da Comércio Exterior (Secex)
médio diário dos embarques 694,2 milhões no mesmo União (DOU). O documen- do MDIC, conforme especi-
internacionais, no mesmo período de 2008. As impor- to é assinado pelo Ministério ficações que estarão contidas
Conselho Superior
MembrosVitalícios
Bernardo Cabral
Ernane Galvêas
Giulite Coutinho