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2007
• 10 de setembro •
Seminário Bilateral de
Comércio Exterior e Investimentos
BRASIL MOÇAMBIQUE
Antes de colocar
seu produto
em outro país,
coloque o
GPEX
na sua empresa
Também na versão web
Rio de Janeiro-RJ São Paulo-SP Outras regiões Se a sua região ainda não é atendida pelo serviço Site: www.aduaneiras.com.br
21 2132 1314 11 2126 9200 4003 5151 4000, disque 0xx11 4003 5151, com tarifação local.
E-mail: comercial@aduaneiras.com.br
FCCE
A FCCE é a mais antiga Associação de Classe dedicada CÂMARAS DE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS, organismo
exclusivamente às atividades de Comércio Exterior. que representa as Câmaras de Comércio Bilaterais dos
Fundada no ano de 1950, pelo empresário João Daudt seguintes países: ARGENTINA, BOLÍVIA, CANADÁ,
de Oliveira (a ele se deve, 5 anos antes, a fundação da CHILE, CUBA, EQUADOR , MÉXICO , PARAGUAI,
Confederação Nacional do Comércio – CNC ), a FCCE SURINAME, URUGUAI, TRINIDAD E TOBAGO e VE-
opera ininterruptamente, há mais de 50 anos, incenti- NEZUELA.
vando e apoiando o trabalho das Câmaras de Comércio Além de várias dezenas de Câmaras de Comércio Bi-
Bilaterais, Consulados Estrangeiros, Conselhos Empre- laterais filiadas à FCCE em todo o Brasil, fazem parte da
sariais e Comissões Mistas a nível federal. Diretoria atual, os Presidentes das Câmaras de Comércio:
A FCCE, por força do seu Estatuto, tem âmbito nacio- Brasil-Grécia, Brasil-Paraguai, Brasil-Rússia, Brasil-Eslo-
nal, possuindo Vice-Presidentes Regionais em diversos váquia, Brasil-República Tcheca, Brasil-México, Brasil-Be-
Estados da Federação, operando também no plano interna- larus, Brasil-Portugal, Brasil-Líbano, Brasil-Índia, Brasil-
cional, através “Convênios de Cooperação” firmados com China, Brasil-Tailândia, Brasil-ltália e Brasil e Indonésia,
diversos organismos da mais alta credibilidade e tradição, a além do Presidente do Comitê Brasileiro da Câmara de
exemplo da International Chamber of Commerce (Câmara Comércio Internacional, o Presidente da Associação Bra-
de Comércio Internacional – CCI), fundada em 1919, com sileira da Empresas Comerciais Exportadoras – ABECE,
sede em Paris e que possui mais de 80 Comitês Nacionais, o Presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferro-
nos 5 continentes, além de operar a mais importante viária – ABIFER, o Presidente da Associação Brasileira dos
“Corte Internacional de Arbitragem” do mundo, fundada Terminais de Contêineres, o Presidente do Sindicato das
no ano de 1923. Indústrias Mecânicas e Material Elétrico, entre outros.
A FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO Some-se, ainda, a presença de diversos Cônsules e diplo-
EXTERIOR tem sua sede na Avenida General Justo no matas estrangeiros, dentre os quais o Cônsul-Geral da
307, Rio de Janeiro, (Edifício da Confederação Nacional República do Gabão, o Cônsul do Sri Lanka (antigo “Cei-
do Comércio – CNC) e mantém com essa entidade, há lão”), e o Ministro Conselheiro-Comercial da Embaixada
quase duas décadas “Convênio de Suporte Administrativo de Portugal.
e Protocolo de Cooperação Mútua”. Em passado recente A Diretoria
a FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO EXTE-
RIOR – FCCE assinou Convênio com o CONSELHO DE
Diretoria 2006-2009
Presidente
1 st V i c e - P r e s i d e n t e
Diretores
de se estreitar as relações
Moçambique é um país que compartilha um passado em comum com o Brasil. Ambos os
países são resultados daquele que foi o primeiro grande empreendimento além-mar da Era
moderna protagonizado por Portugal. Não obstante a existência de diferenças apresentadas
pelo desenvolvimento de cada país ao longo de suas trajetórias, é impossível não reconhecer
as semelhanças herdadas do antigo colonizador, seja na língua, seja na estrutura social, seja
na cultura. No entanto, mesmo com tantas similaridades, verifica-se também um enorme
distanciamento comercial entre os dois países.
Com o objetivo de reverter esse quadro, a FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉR-
CIO EXTERIOR (FCCE) realizou, no dia 10 de setembro de 2007, o 30º Seminário Bilateral
de Comércio Exterior e Investimentos Brasil-Moçambique. O evento é mais um da série de
encontros promovidos pela FCCE e tem como meta debater mecanismos e formas de fazer
com que o comércio exterior brasileiro tenha uma maior e mais ativa inserção global. O
seminário conta com o apoio e participação do governo federal, através dos Ministérios das
Relações Exteriores e do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior, das principais
associações de classe, como a Confederação Nacional de Comércio (CNC), a Câmara de
Comércio Internacional – ICC, a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e o
Conselho das Câmaras de Comércio das Américas. CONSELHO DE
Localizado na região da África Austral, Moçambique é um dois países da região que mais CÂMARAS DE COMÉRCIO
DAS AMÉRICAS
cresce economicamente dentro do continente, - a uma média de 8,8% ao ano-, conforme
dados do governo moçambicano. A sua posição geográfica pode também ser apontada como
um bom referencial, pois o país africano está próximo a dois grandes mercados do mundo:
África do Sul e Índia, que, somados, representam mais de um bilhão de consumidores po-
tenciais. Com certeza, estar entre mercados tão atraentes é algo de grande relevância para
qualquer grande empresa brasileira. É óbvio que depois de 16 anos de uma intensa guerra civil
(1976-1992), que deixou um saldo de quase 1 milhão de mortos, os reflexos desse conflito
ainda são sentidos naquela sociedade. Mas, ao conseguir apresentar estabilidade política e
abraçar as regras de uma economia de mercado, abre-se um grande leque de oportunidades Expediente
para as empresas investirem. E, de fato, algumas companhias brasileiras já começaram a se
Produção
movimentar em direção ao país africano, como a Petrobras e a Camargo Corrêa, dois dos Federação das Câmaras de Comércio Exterior – FCCE
maiores grupos empresariais do Brasil. Av. General Justo, 307/6o andar
Tel.: 55 21 3804 9289
Entrementes, as relações políticas entre os dois países encontram-se em patamares satis- e-mail: fcce@cnc.com.br
fatórios. A visita do presidente da República de Moçambique, Armando Emílio Guebuza, ao Editor
O coordenador da FCCE
Brasil, em setembro de 2007, fez gerar acordos de cooperação nos campos da educação e
da saúde. Essa foi a segunda visita de um chefe-de-Estado moçambicano ao Brasil em menos Textos e Repor tagens
Brunno Braga
de dois anos. O antecessor de Guebuza, Joaquim Chissano, visitou o Brasil em 2004, em
Edição e Ar te
retribuição à viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Maputo em 2003, demons- Editora Aduaneiras
trando a boa vontade em estreitar os laços de amizade entre as duas nações pertencentes à Rua da Consolação, 77
Tel.: 55 11 2126 9200
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). e-mail: comercial@aduaneiras.com.br
O encontro mostrou que as afinidades culturais e lingüísticas não bastam para intensificar Jornalista Responsável
as trocas comerciais. É preciso, antes de tudo, um profundo conhecimento da realidade do Brunno Braga (MTB 050598/00)
país, dos marcos regulatórios e das reais potencialidades a explorar. As páginas desta edição, Fotografia
Christina Bocayuva
portanto, atestam a tenacidade e competência dos palestrantes do seminário organizado pela
FCCE nas bem sucedidas exposições mostradas ao público presente. Secretaria
Maria Conceição Coelho de Souza
Sérgio Rodrigo Dias Julio
Boa Leitura As opiniões emitidas nesta revista são de
responsabilidade de seus autores. É permitida a
reprodução dos textos, desde que citada a fonte.
O EDITOR
SUMÁRIO
6 E N T R E V I S TA 3 6 E N T R E V I S TA
Embaixador Murade Ministro da Indústria e Comércio de
Murargy: “Somos povos Moçambique conta, em entrevista, que
irmãos com culturas ambiente de negócios moçambicano está
semelhantes” cada vez mais promissor
3 8 ENERGIA
14 A B E RT U R A Ministro da Energia de Moçambique afirma,
Moçambique aberta para negócios em entrevista, que empresas brasileiras têm o
know-how dentro do setor energético
1 8 PA I N E L I 40 F I N A N C I A M E N TO
Em busca de oportunidade de negócios
além-mar Gerente do BNDES
explica, em entrevista,
o funcionamento das
linhas de crédito à
exportação do banco
2 6 PA I N E L I I
Mercados a serem
explorados
41 N E G Ó C I O S
Chefe da delegação de empresários
moçambicanos diz, em entrevista, que
empresas moçambicanas querem parcerias
3 0 PA I N E L I I I com empresas brasileiras
“Somos povos
irmãos com culturas
semelhantes”
Embaixador de Moçambique aposta nas
semelhanças culturais para o fortalecimento das
relações comerciais com o Brasil
dessa condição, tenho procurado tornar Moçambique saiu, recentemente, de estrutura estão sendo implementados,
Moçambique mais conhecido no Brasil, uma prolongada guerra civil, e hoje como as pontes sobre o rio Zambeze,
buscando linhas de cooperação mais dinâ- é visto pela comunidade internacio- rio Rovuma e a do Rio Magude. Grandes
micas, em âmbitos comercial, econômico nal com um país que apresenta uma projetos industriais e logísticos estão sendo
e cultural.Temos muitos aspectos comuns sólida estabilidade. É possível apon- instalados, como a fábrica de alumínio e o
em cada um dos estados. tar os avanços socioeconômicos e gasoduto que transporta gás natural para a
políticos dentro do cenário atual e África do Sul. Novas prospecções de gás e
“O Brasil é um grande país, com os desafios que o governo e a socie- petróleo estão sendo efetuadas. A própria
realidades diferentes que variam dade do País têm pela frente? Petrobras participa associada a uma em-
de estado a estado, e que nos Murargy – Após a independência, Mo- presa da Malásia. A Companhia do Vale do
obriga a um estudo permanente çambique enfrentou uma prolongada guer- Rio Doce também está com um projeto de
dessas mesmas realidades” ra de agressão apoiada pelos então regimes grande vulto na região de Moatize, onde
MURADE MURARGY racistas da Rodésia (atual Zimbábue) e da vai atuar na exploração do carvão.
África do Sul. Além disso, calamidades na-
Como o povo moçambicano enten- turais como secas e enchentes, sobretudo “Desde a assinatura dos Acordos
de o Brasil num plano geral? as inundações ocorridas em 2000 e 2001, de Paz em 1992, a estabilidade
provocaram muitas destruições e perdas política é uma realidade em
Murargy – Como um povo irmão e com de vidas humanas. Neste momento, desde Moçambique”
culturas semelhantes. Ambos os povos a assinatura dos Acordos de Paz em 1992,
tiveram o mesmo colonizador, herdando MURADE MURARGY
a estabilidade política é uma realidade em
a mesma língua. Estou convencido que Moçambique. As instituições do Estado
os nossos países e povos podem estreitar A Comunidade dos Países de Lín-
funcionam regularmente. Esse cenário gua Portuguesa completou, no ano
ainda mais estas relações para benefício estável vem fazendo com que tenhamos
mútuo. Temos muita coisa a aprender passado, uma década de existência.
crescimento econômico a um ritmo de 8%
um com o outro. O povo brasileiro ainda Cada país integrante tem a sua con-
ao ano, com uma inflação de 4%.
enfrenta algumas dificuldades que o povo tribuição para o desenvolvimento
moçambicano enfrenta. Por isso, a nossa da língua portuguesa. No caso de
É possível, então, afirmar que a
solidariedade e cooperação podem nos le- Moçambique, qual seria essa con-
democracia está consolidada em
var a ultrapassar esses problemas comuns, tribuição?
Moçambique?
dos quais a pobreza é o principal deles. Murargy – A nossa contribuição tem se
Murargy – Sim, com certeza. Já reali-
efetivado em diversas formas, através das
zamos três eleições presidenciais e legis-
O fluxo de comércio entre Brasil artes, como no campo da literatura, música
lativas, que ocorrem de cinco em cinco
e Moçambique ainda é pequeno, e teatro. O português, como idioma oficial
anos. Em 2008, serão realizadas eleições
apesar das potencialidades. Na sua de Moçambique, tem um programa, desen-
provinciais e municipais.
avaliação, quais são os caminhos volvido pelo governo, que visa à ampliar a
que podem ser trilhados para que alfabetização em língua portuguesa.
“Estou convencido que os nossos
as relações comerciais tenham um países e povos podem estreitar
verdadeiro impulso? Em relação às parcerias em outros
ainda mais estas relações para campos, como saúde e educação,
Murargy – Um dos campos em que o benefício mútuo. Temos muito a como os governos dos dois países
Brasil pode cooperar, com mais intensidade, aprender um com o outro” têm atuado nessas áreas?
com Moçambique é a formação de mão-de- MURADE MURARGY
obra, sobretudo para a formação técnico- Murargy – A agricultura, os biocom-
profissional. Isso vai gerar mais crescimento bustíveis, a ciência e a tecnologia são os
Como estão os investimentos em grandes eixos de cooperação pública entre
econômico, pois vai permitir que a economia indústrias e infra-estrutura, tão
moçambicana tenha ganhos de produtivida- Moçambique e Brasil. Durante a visita do
necessários para que Moçambique Presidente de Moçambique ao Brasil, em
de e, conseqüentemente, vai propiciar que mantenha o ritmo de crescimento
exportemos para o Brasil produtos de maior setembro, foram assinados acordos impor-
econômico? tantes nas áreas de educação à distância, ini-
valor agregado.Vejo também que há um fra-
co conhecimento ou falta de promoção dos Murargy – Pontes, estradas, escolas, ciação científica e no campo dos combustí-
produtos moçambicanos no Brasil. Temos linhas férreas, fábricas e centros de saúde, veis renováveis, permitindo a transferência
madeiras preciosas, tabaco, algodão, pedras que haviam sido fechados durante os anos de tecnologia. Na área da saúde, também
semipreciosas, pescado e frutos do mar que de guerra, foram reabertos e reformados. vamos construir, com o apoio do Brasil,
podem ser exportados para o Brasil. Mas isso As famílias que foram deslocadas durante uma fábrica de medicamentos retrovirais
é uma questão de agressividade comercial o período de conflito interno estão sendo que terá um financiamento de um terceiro
que as nossas empresas devem ter. reassentadas. Novos projetos de infra- parceiro, ainda não encontrado.
O Fórum IBSA (Índia, Brasil e África Como o governo moçambicano está bres um comércio mais justo?
do Sul) vem levantando diversos acompanhando o desenvolvimento Murargy – O mundo todo aguarda com
debates relacionados a uma maior das conversações da Rodada de expectativa a conclusão destas negocia-
aproximação comercial entre esses Doha? Há expectativas, por parte ções. Torcemos para que os acordos que
países. Sendo Índia e África do Sul do governo do seu país, de que a forem alcançados beneficiem um intercâm-
países próximos geograficamente conclusão possa dar aos países po- bio comercial global mais eqüitativo.
a Moçambique, essas conversações
geram interesses por parte do go-
verno moçambicano para atrair
investimentos que poderão advir Principais Dados de Moçambique:
nesse fluxo de comércio e de ne-
gócios? Idioma: Português
Murargy – Com certeza. A África do Capital: Maputo
Sul e a Índia são dois grandes parceiros Presidente:Armando Emílio Guebuza
econômicos de Moçambique. Esses países
Área total: 801,590 km2
investem vultosas cifras no meu país. Por
isso, acredito que o reforço destra trian- Terra: 784,090 km2
gulação comercial, que inclui o Brasil, terá Água: 17,500 km2
efeitos diretos e indiretos para a economia
moçambicana. População Total 2006: 21 milhões de
habitantes
“Grandes projetos industriais e Independência: De Portugal em 25 de
logísticos estão sendo instalados, junho de 1975
como a fábrica de alumínio e
PIB (2006): US$ 29,17 bilhões
o gasoduto que transporta gás
natural para a África do Sul” Moeda: Metical (câmbio US$ 1 =
26.264,00 meticais)
MURADE MURARGY
14h45 – PAINEL I: A balança comercial e suas tendências 16h – PAINEL II: A Atuação das empresas brasileiras, e
de incremento e desenvolvimento suas parcerias, nos setores de construção civil, e energia.
Presidente: Coquetel:
Sr. Salvador Namburete – Ministro de Estado da Energia de Homenagem à Delegação de MOÇAMBIQUE
MOÇAMBIQUE
Informação Importante:
Moderador: A Embaixada de MOÇAMBIQUE já confirmou, formalmente,
Fabio Martins Faria – Diretor de Planejamento e a presença das seguintes autoridades:
Desenvolvimento do Comércio Exterior do MDIC
O ministro de estado da energia – Sr. Salvador Namburete
Expositores:
O ministro de estado da industria e do comércio – Sr. Antonio
Roberto Mito – Diretor do Centro de Promoção da Agricultura Fernando
– CEPAGRI
O embaixador plenipotenciário – Sr. Murade Murargy
18h45/19h Sessão Solene de Encerramento:
E uma delegação de mais de 80 empresários das mais
Presidente da Sessão e pronunciamento especial: diversas áreas de atividade ( indústria, comercio, agricultura,
Embaixador Murade Murargy – Embaixador Plenipotenciário de energia, mineração, hotelaria, biocombustível, turismo,
MOÇAMBIQUE hotelaria, construção civil, etc.)
Da direita para esquerda: Alexandre Ferreira, Arthur Pimentel, Rafique Jusob, Fernando Simas de Magalhães; embaixador de Moçambique no Brasil,
Murade Isaac Miguigy Murargy, Teóphilo de Azeredo Santos, Antonio Fernando, Salvador Namburete, Salimo Abdula, João Macarigue
Moçambique está distante geogra- Dentro desse clima de otimismo, dia 12 de setembro na sede da Con-
ficamente do Brasil. Esse fato, no teve início o Seminário Bilateral de federação Nacional do Comércio,
entanto, não faz com que diminuam Comércio Exterior e Investimentos no Rio de Janeiro.
o interesse e admiração desse país Brasil-Moçambique, promovido
(localizado no sudeste do continen- pela Federação das Câmaras de
P
ara a Sessão Solene de Abertura do se-
te africano) pelo Brasil. Por isso, Comércio Exterior (FCCE). Esse minário, o presidente da FCCE, João
Augusto de Souza Lima, chamou para
buscar estreitar ainda mais os laços foi o 30o encontro realizado pela compor a mesa o presidente da Câmara e
econômicos, comerciais e culturais instituição, que sempre reúne, ao Comércio Brasil-Bielo-Rússia, Alexandre
Ferreira; o diretor de Comércio Exterior
com a maior nação de língua por- longo da sua trajetória, inúmeros do Ministério do Desenvolvimento, Indús-
tuguesa do globo vem motivando empresários, representantes dos tria e Comércio Exterior (MDIC), Arthur
Pimentel; o diretor do Centro de Promo-
empresários e representantes do governos do Brasil e de países con- ção de Investimentos de Moçambique,
governo moçambicano, que já ob- vidados, além de demais convidados Rafique Jusob; o presidente do Instituto de
Promoção de Exportação de Moçambique,
servam as grandes potencialidades e estudantes da área de Comércio João Macaringue; o presidente da CTA
de negócios entre os dois países. Exterior. O evento foi realizado no (Confederação das Associações Econômi-
Informações e inscrições
Rio de Janeiro-RJ São Paulo-SP Curitiba-PR Outras regiões Se a sua região não é atendida pelo serviço
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Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos B R A S I L • M O Ç A M B I Q U E 17
P AINEL I
Em busca de oportunidade de
negócios além-mar
Comissão de empresários enumera as vantagens em investir no país africano
Palestrantes do Painel I debatem os meios necessários para o desenvolvimento da balança comercial entre os dois países
Num mundo globalizado, onde as de incremento e desenvolvimento. O foi presidido pelo diretor do Deaf,
fronteiras físicas estão se tornando painel contou como expositores: o Fernando Simas de Magalhães, e
cada vez mais irrelevantes, conhecer secretário de Desenvolvimento da moderado pelo vice-presidente da
e abrir mercados, buscar parcerias Produção do MDIC, Armando Me- Câmara de Comércio Moçambique-
econômicas e traçar estratégias co- ziat; o presidente do CTA (Confe- Brasil, Abdul Fakir.
merciais com os mais diversos países deração das Associações Econômicas
do mundo são tarefas imprescindí- de Moçambique), Salimo Abdula; o
O
diretor do Deaf iniciou o painel afir-
veis para qualquer país que queira presidente do IPEX, João Macarin- mando que essa foi a sua primeira
buscar o desenvolvimento e o cresci- gue; o diretor do CPI, Rafique Ju- participação em um dos eventos
mento da sua economia.Trazer para sob; o diretor do Departamento de promovidos pela FCCE. Ele fez questão
de enfatizar a importância que o Itamara-
o debate essa e outras questões foi o Projetos do CPI, Nuno Maposse; e ty dá a reuniões desta natureza, que tem
objetivo dos palestrantes do Painel o gerente de Comércio Exterior do como objetivo estreitar os contatos entre
I do Seminário Bilateral Brasil-Mo- Banco Nacional de Desenvolvimen- funcionários do governo e representantes
do setor privado na expansão das relações
çambique, que teve como título: A to Econômico e Social (BNDES), comerciais com países amigos e parceiros
Balança Comercial e suas tendências Roger Louis Fernand Egea. O painel do Brasil. Em relação a Moçambique,
Armando Meziat, secretário de Desenvolvimento da Produção do MDIC, disse que o Brasil continua apostando no crescimento das exportações
de 11%, dentro desse período. “Muito se exportado, no aumento da quantidade do logia de logística feitos pela Companhia do
diz no Brasil que as exportações brasileiras produto exportado, uma vez que é este Vale do Rio Doce. São eles que garantem
estão concentradas nos (produtos) básicos. aumento na quantidade é que vai gerar o crescimento da exploração e da venda
Na realidade, o que está acontecendo é que novos empregos e renda”, comentou. do produto”, comentou. Em 2007, o cres-
os básicos estão indo muito bem em função Para melhor ilustrar esse quadro, cimento das exportações de minério de
da conjuntura internacional. Isso faz com Meziat disse que o primeiro item de ferro foi 25% em relação ao ano anterior,
que o crescimento das exportações de exportação brasileira é o material de conforme informou o secretário.
commodities seja maior do que o cresci- transporte, com 13,7% do volume. “Eles
mento das exportações de manufaturados. são produtos manufaturados e muitos “Os manufaturados não estão
Mas, se formos observar o desempenho deles contêm alta tecnologia embarcada. caindo. Eles estão crescendo a
dos produtos da pauta brasileira, veri- Nesse item (material de transporte) estão uma taxa inferior a dos produtos
ficaremos que ambos (manufaturados e os aviões, os automóveis, os tratores, os básicos. Mas o Brasil continua
básicos) estão crescendo, e que o Brasil ônibus, os caminhões e auto-peças. De
apostando no crescimento
continua a de ser um país exportador de janeiro a agosto de 2007, esses produtos
das exportações dos produtos
manufaturados”, explicou Meziat. exportados chegaram a cerca de US$ 14
De acordo com os números apresen- bilhões”, disse. Os produtos metalúrgicos manufaturados”
tados pelo secretário do MDIC durante a aparecem em segundo lugar na pauta. Em A R M A N D O M E Z I AT
palestra, os manufaturados, que, em 2006, seguida vem o petróleo, que durante muito
representaram 54,5% da pauta, passaram a tempo, foi importado, e, hoje, em razão Em 2006, o aumento do índice de
responder, em 2007, por 55,6% do total. dos investimentos da Petrobras, o país preços internacionais puxou as exporta-
Já os produtos básicos, que representavam conseguiu tornar esse produto exportável. ções brasileiras. Os preços dos produtos
em 2006, 29,4% dentro do volume total “Vendemos, em 2007, US$ 10 bilhões em brasileiros vendidos crescerem 12%, ao
exportado, atingiram o índice de 31,6%, petróleo para o exterior. Isso representa mesmo tempo em que o quantum cresceu
em 2007. “Os manufaturados não estão um crescimento de 12% em relação ao ano apenas 3,2%. Em 2007, essa relação está
caindo. Eles estão crescendo a uma taxa anterior”, calculou Meziat. Os produtos tendo um maior equilíbrio. As quantidades
inferior a dos produtos básicos. Mas o básicos, como o complexo de soja e o mi- exportadas voltaram a crescer, como nos
Brasil continua apostando no crescimento nério de ferro, vêm em seguida. “Embora o anos anteriores a 2006, mostrando que,
das exportações dos produtos manufatu- minério de ferro seja um produto básico, é embora os preços internacionais estejam
rados, na agregação de valor ao produto preciso avaliar os investimentos em tecno- atraentes e representem o crescimento
Ele explicou que a linha pré-embarque é acordo entre o exportador, importador e Para Egea, as garantias representam um
um financiamento voltado especificamente o próprio banco. “Ao contrário do supplier papel extremamente importante para a
para o exportador brasileiro. Por ele, o credit, quando não há um contrato, mas sim tomada de financiamento, pois, conforme
empresário consegue financiamento à pro- uma mera venda de títulos cambiais, o buyer enfatizou o palestrante, sem elas as ope-
dução de bens fabricados em solo nacional credit tem uma operação estruturada. Por rações não vão para frente. Ele chamou a
e que, em seguida, serão exportados. “O isso, acredito que este tipo de operação é o atenção para dois tipos de garantias exigidas
BNDES fornece, basicamente, o financia- mais adequado para a venda de serviços de pelo BNDES: a garantia bancária, ou seja,
mento para o capital de giro”, afirmou. Já engenharia, interessante para as empresas uma carta de crédito de uma instituição
no caso da linha pós-embarque, o gerente que queiram atuar em Moçambique”. no Brasil ou no exterior, que conte com
contou que a sua finalidade é financiar um limite de crédito aprovado pela estatal.
a comercialização de bens e serviços no Prazos e garantias “Esse é um tipo de garantia usado com
exterior. Existem duas variedades do O índice financeiro básico adota pelo certa freqüência”, afirmou. O outro tipo de
pós-embarque: o supplier credit e o buyer BNDES para os financiamentos é o Libor, garantia citado pelo palestrante é o Fundo
credit. O primeiro das duas modalidades informou Egea. Segundo ele, esse índice de Garantia à Exportação (FGE), que é um
refere-se à contratação do redesconto e do é um dos ideais para operações efetuadas fundo doTesouro Nacional, gerenciado pelo
refinanciamento. De acordo com Egea, ele de longo prazo. “Há cinco anos os juros do Comitê de Financiamento e Garantia das
funciona de modo a garantir ao exportador índice Libor estão na faixa de 4,75% ao Exportações (COFIG). “Esse módulo tem
brasileiro negociar a sua exportação com ano”, disse.Além disso, o gerente comentou sido freqüentemente usado pelo BNDES”.
o importador, como condições de paga- que existe a remuneração básica do BNDES, Por fim, o gerente fez menção ao cresci-
mento, entrega do bem, o recebimento de que é de 1%. Sobre esse percentual básico mento da curva de desembolsos destinados
títulos de crédito cambiais. “O exportador agrega-se um adicional equivalente aos à exportação nos últimos anos, dados esses
procura o BNDES, que compra esses títulos riscos existentes no país. A participação que, segundo ele, merecem ser comemora-
e, assim, o banco passa, automaticamente, BNDES no quadro de financiamentos pode dos. “Em 2005, o BNDES desembolsou US$
a assumir o financiamento ao importador. ir até 100% do valor das exportações. Os 5,86 milhões para exportação e, em 2006,
Com isso, o BNDES antecipa os recursos prazos, incluindo carência, podem ser de esse volume subiu para US$ 6,37 milhões”,
ao exportador brasileiro”. Quanto ao buyer- até 12 anos. “A determinação desse prazo concluiu. Após o término da exposição do
credit, o gerente do BNDES explicou que vai depender do tipo de produto ou serviço gerente do BNDES, Fernando Simas de
é uma operação que estrutura um comum que será exportado”, explicou o gerente. Magalhães deu por encerrado o Painel I.
Manoel Murilo, Salvador Namburete, Arthur Pimentel, Augusto de Souza e Kalil Cury Filho: palestrantes do Painel III abordam investimentos em
infra-estrutura e energia.
Cada vez mais as empresas brasilei- Brasileiras e suas Parcerias nos Setores de pelo diretor de Comércio Exterior
ras de serviços de infra-estrutura Construção Civil e Energia, abordaram do MDIC, Arthur Pimentel.
aumentam a sua participação no o assunto. Para compor o quadro
exterior. Se no entorno do con- de expositores do painel, estiveram
N
amburete deu início aos trabalhos
tinente sul-americano a presença presentes: o gerente executivo da dizendo que os argumentos apre-
de grandes companhias nacionais Área Internacional da Petrobras, sentados anteriormente em favor do
aumento de investimentos em Moçambique
já é uma realidade, em outras re- Manoel Murilo; o diretor de novos serviram para enriquecer o seminário. Nes-
giões do mundo a promessa de se negócios da Construtora Camargo se contexto, o ministro disse que para dar
uma maior contribuição ao debate, coube a
intensificarem investimentos nesse Corrêa, Kalil Cury Filho; e o direto ele a tarefa de expor os potenciais existen-
setor torna-se alternativas viáveis da Eletricidade de Moçambique tes no campo da energia de Moçambique.
“Tenho o dever de fazer justiça ao meu
e promissoras. Nesse contexto, os (EDM), Augusto de Souza. O pai- setor. Gostaria de informar aos senhores
palestrantes do Painel II do Semi- nel foi presidido pelo ministro de o potencial que temos na área de energia
elétrica. Moçambique é o segundo maior
nário Brasil-Moçambique, que teve Estado de Energia de Moçambique, produtor e consumidor de energia da região
como título Atuação das Empresas Salvador Namburete e moderado da África Austral”, disse o ministro. Segundo
Rio de Janeiro-RJ São Paulo-SP Outras regiões Se a sua região ainda não é atendida E-mail:
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Seminário Bilateral de Comércio Exterior e Investimentos B R A S I L • M O Ç A M B I Q U E 29
P AINEL III
M
ito foi o primeiro expositor do alta experiência brasileira no campo de
painel. Ele começou a sua palestra agronegócios.
dizendo que o governo de Moçam- O segundo palestrante do painel foi Transferência de Tecnologia
bique considera a área de agronegócios o diretor do Depla, Fabio Martins Faria. O último palestrante da série de painéis
um filão a ser explorado. A razão para isso Ele também considerou que há um campo do seminário foi o diretor do Decex, Ar-
reside no fato de que o país possui 799.380 potencial enorme no setor da agroenergia. thur Pimentel. Ele iniciou a sua exposição
km2 de superfície e tem fronteira com “O Brasil vê no campo da agroenergia um informando dados do governo brasileiro do
seis países ao longo de 4.330 km, além de potencial gigantesco a ser explorado, mas comércio exterior. Segundo Pimentel, entre
contar com 36 milhões de hectares de terra é um setor que sempre está buscando coo- agosto e setembro, os governos brasileiro e
arável, sendo que, desse total, apenas 14% peração. Esse segmento vai se desenvolver moçambicano assinaram acordos de coope-
cultivados. Ele mencionou também que a caso haja mais mercados para se associarem ração. Dentre eles estão acordos na área de
cultura alimentar do povo moçambicano ao Brasil”, afirmou. consulta política, de educação à distância,
consiste, basicamente, de milho e man- Faria ressaltou que o Brasil procura na área de construção de cisternas em
dioca. Esses produtos agrícolas são pro- estimular, por intermédio de transferência comunidades rurais, troca de experiências
duzidos, essencialmente, pelos pequenos de tecnologia, outras fontes de produtos entre as chancelarias, projeto para cons-
produtores do setor da agricultura familiar. agrícolas. Segundo ele, estratégias bem trução de fábricas de remédio retrovirais,
Já os principais produtos agrícolas para planejadas estão sendo montadas para que além de outras perspectivas que empresas
exportação são: o tabaco, a cana-de-açúcar, esse mercado possa ter a dimensão que o brasileiras como a Petrobras, CVRD e Em-
o algodão e a castanha de caju. “O setor mundo necessita. A questão do aqueci- brapa, essa última atuando na transferência
de agronegócios moçambicano oferece mento global também se tornou muito de tecnologia para produção de alimentos.
como oportunidade, além da proximidade grave. “A área de agroenergia apresenta Após o término da palestra de Pimentel, o
geográfica de grandes mercados, a van- grande oportunidade de cooperação entre presidente do painel, Salvador Namburete,
tagem da estabilidade sazonal”, explicou os nossos países. Grandes empresas bra- deu por encerrada a sessão.
O Presidente da FCCE, João Augusto de Souza Lima, disse que o Seminário foi muito bem sucedido e elogiou a participação dos palestrantes
Sensação de missão cumprida no que Abdul Fakir; o diretor do Centro de A sessão foi presidida pelo embaixa-
tange ao fortalecimento dos fluxos Promoção de Investimentos de Mo- dor de Moçambique de Moçambique
de comércio e de investimentos çambique, Rafik Jusob; o presidente no Brasil, Murade Isaac Murargy.
entre Brasil e Moçambique. Foi esse do Instituto de Promoção de Expor-
o sentimento demonstrado pelos tação de Moçambique, João Macari-
O
presidente da FCCE disse, durante
a sessão, que o seminário não foi
organizadores do Seminário e com- gue; o presidente da Confederação somente um sucesso de público, mas
partilhado pelos presentes ao evento das Associações Econômicas (CTA) também de qualidade. “Estiveram presentes
aqui representantes das maiores empresas
durante a Sessão Solene de Encer- de Moçambique, Salimo Abdula; o brasileiras. Neste seminário, tivemos a
ramento. Para compor a mesa da diretor do Departamento da África oportunidade de renovar e continuar esses
acordos comerciais. Senhor embaixador,
sessão, o presidente da FCCE, João do Ministério das Relações Exte- gostaria de dizer que a Federação estará
Augusto de Souza Lima convidou o riores, ministro Fernando Simas de sempre pronta para atender as solicitações
dos senhores e que também o senhor embai-
diretor do Decex, Arthur Pimentel; Magalhães, o ministro de Energia de xador leve as nossas saudações ao governo
o diretor do Depla, Fabio Martins Moçambique, Salvador Namburete; de Moçambique”, disse Souza Lima. Em
seguida, o presidente da FCCE convidou
Faria; o vice-presidente da Câmara o ministro de Indústria e Comércio
os presentes para o coquetel oferecido em
de Comércio Moçambique-Brasil, de Moçambique, Antonio Fernando. homenagem ao diplomata moçambicano.
Intermediando e fortalecendo
as relações Brasil – África
Novo diretor do Deaf reforça a diretriz prioritária para a África nas relações
internacionais
O Departamento da África (Deaf)
do Ministério das Relações Ex-
teriores tem um novo diretor. O
ministro Fernando Simas de Ma-
galhães, que assumiu a função em
setembro de 2007, tem pela frente
a missão de continuar auxiliando
a atual política externa brasileira
que, entre outras diretrizes, vem
buscando intensificar as relações
entre Brasil e países do continente
africano.
Diplomata de carreira, com longa
experiência adquirida nas funções
exercidas em diversos postos no
exterior, Simas de Magalhães acre-
dita que as relações entre Brasil
e África têm crescido de forma
bastante considerável e podem
fazer com que empresas brasileiras O ministro Fernando Simas de Magalhães, diretor do Deaf, disse que empresários brasileiros podem
encontrar muitas oportunidades na África.
comecem a escolher o continente
como destino para seus inves- ações promovidas pelo senhor a te da Guiné-Bissau, em novembro. Além
serem destacadas desde a sua en- dessas ações, o Departamento da África
timentos. Abaixo, os principais
trada? apoiou a realização de mais um vôo de
trechos da entrevista concedida à cooperação com países africanos, no final
Magalhães – Desde que assumi a di- de novembro, que contemplou CaboVerde
Revista da FCCE:
reção do Departamento da África, em e Guiné-Bissau. O vôo é resultado de uma
setembro de 2007, aconteceram a visita do parceria do Itamaraty, por intermédio
Presidente de Moçambique ao Brasil, em da Divisão da África-II (DAF-II), com o
O senhor está há pouco tempo na setembro, a viagem do Presidente Lula à Ministério da Defesa, por meio da Força
chefia do DEAF. Quais foram as África, em outubro, e a visita do Presiden- Aérea Brasileira. No âmbito da Comunida-
Tanzânia
A Companhia está presente na Tanzânia
desde 2004 em atividades de exploração.
Em rodadas de licitações realizadas pelo
governo tanzaniano, a companhia obteve
100% de participação no Bloco 5 da Bacia
de Mafia, que tem área de 9.250 km2 e
está localizado em águas de 300 a 3.000m Foto de um petroleiro da Petrobras na Nigéria: A África é uma das prioridades de investimentos da
de profundidade, e também no Bloco 6, empresa para os próximos anos
Desenvolver e aprimorar as relações entre as duas nações lusófonas loca- no país africano a importância da
comerciais e industriais entre Brasil lizadas no hemisfério do sul do pla- economia de mercado, criando um
e Moçambique. Para chegar a esse neta se concretize a médio e longo ambiente bom para investimentos
objetivo, cujo processo ainda esbar- prazo. Razões para apostar nessa ta- estrangeiros. Palestrante na Sessão
ra em dificuldades estruturais e con- refa não faltam, segundo o ministro. Solene de abertura do Seminário,
junturais, o ministro da Indústria e Afinal, Moçambique já completou ele concedeu entrevista à Revista
Comércio de Moçambique, Antonio dez anos de estabilidade política e da FCCE, na qual comentou, entre
Fernando, acredita e trabalha para agora busca o rumo para o desenvol- outros assuntos, os bons índices de
que o estreitamento dos contatos vimento econômico, fomentando crescimento da economia moçam-
A
Lei de Crescimento e Oportu-
pois desde 1994 vivemos uma estabilidade nidades para África (AGOA tar para os Estados Unidos cerca
política. Além desse clima de paz, estamos em sua sigla em inglês) foi de 1800 produtos sem cobrança de
trabalhando para fomentar na cultura do aprovada em 18 de Maio de 2000 taxas alfandegárias, de acordo com
nosso país a economia de mercado. como parte da Lei de Comércio o Sistema Geral de Preferências
e Desenvolvimento dos Estados (GSP). Paralelamente aos bene-
“Em Moçambique há muitas Unidos. A AGOA possibilita a fícios do GSP, a AGOA permite
empresas estrangeiras e isenção de taxas alfandegárias no ainda o livre acesso de confecções
mercado americano de produtos e produtos têxteis produzidos
queremos atrair mais capitais
designados provenientes de países em países Africanos elegíveis. A
estrangeiros, pois desde 1994
africanos, que se encontrem em AGOA apenas elimina as barreiras
vivemos uma estabilidade tarifárias para a entrada de bens
fase de implementação de uma
política” economia de mercado livre e de Moçambicanos. As barreiras não-
ANTONIO FERNANDO reformas políticas democráticas. tarifárias e as normas sanitárias e
Moçambique constituiu um dos fito-sanitárias dos Estados Unidos
É possível então dizer que o ambien- primeiros países elegíveis aos be- ainda persistem, bem como alguns
te de negócios está bem favorável nefícios da AGOA, o que significa requisitos ambientais.
aos investimentos?
Para Salvador Namburete, a participação de empresas brasileiras no setor enérgitico moçambicano é muito bom para o país africano
Há dois anos à frente do Ministé- sistema energético eficiente e con- de fora. Companhias brasileiras já
rio da Energia de Moçambique, dizente com as reais necessidades de começam a adentrar nesse merca-
Salvador Namburete está ciente do Moçambique. Para isso, o ministro do, visto como promissor, como a
enorme desafio que o governo tem acredita em parcerias com grandes Vale do Rio Doce, que investe na
em proporcionar à grande parte da companhias energéticas e de infra- exploração de minas de carvão no
população, assim como para todo o estrutura do mundo para alcançar país, conforme atesta o próprio
sistema produtivo do seu país, um esse objetivo. E o Brasil não está ministro. “As empresas brasileiras
Há outros empreendimentos de
outras companhias brasileiras em
Moçambique?
Namburete – Sim, mas os investimen-
tos da CVRD ainda representam o maior
volume. A Petrobras, no entanto, também
começa a fazer algumas pesquisas e pros-
pecções. Esses investimentos de compa-
nhias brasileiras são muito importantes.
As empresas brasileiras têm o know-how
dentro do setor energético. É isso o que
falta em Moçambique.
Marca brasileira em
Moçambique
Diretor da Camargo Corrêa diz que empresa acredita no potencial do
mercado moçambicano
Kalil Cury Filho, diretor de Novos Negócios da Camargo Corrêa, disse que o mercado moçambicano apresenta boas perspectivas de investimento.
Ano após ano, empresas brasileiras de rado busca agora uma maior inserção atualmente, o mercado africano ofere-
serviços de engenharia vêm aumen- no mercado africano. E Moçambique é ce grandes oportunidades de negócios,
tando a sua participação em âmbito um país visto como ponto estratégico sobretudo o moçambicano, em razão
internacional. Uma das representantes para alcançar esse objetivo. Represen- das afinidades históricas e culturais
do sucesso e do avanço da marca brasi- tando a empresa no Seminário Bilateral que o país africano tem com o Brasil.
leira no exterior é o Grupo Camargo de Comércio Exterior e Investimentos Após o término da sua apresentação
Corrêa. Tida como uma das empresas Brasil-Moçambique, o diretor de No- no seminário, Cury Filho falou à Re-
líderes no setor de engenharia e cons- vos Negócios da Construtora Camargo vista da FCCE sobre os projetos que a
trução na América Latina, o conglome- Corrêa, Kalil Cury Filho, disse que, Camargo Corrêa está desenvolvendo
CLCE LB I
Coletânea das Leis do Comércio Legislação Básica sobre
Exterior Importação
Reúne a legislação sobre Comércio Exterior, atuali- Reúne a legislação básica de importação (leis, de-
zada semanalmente, possibilitando a consulta das cretos-leis e decretos), além do regulamento adua-
normas do governo federal e seus ministérios. Você neiro, do acordo de valoração aduaneira e das nor-
mas referentes a acordos antidumping, subsídios
ainda recebe livros ou CDs ao final de cada semes-
e salvaguardas. A pesquisa desses normativos é
tre, com todo o conteúdo publicado no período. facilitada pelo índice temático.
CNVI Manual de
Consolidação das Normas Classificação
Vigentes para Importação Dúvidas na classificação? Saiba como eliminá-las
Com ela você terá acesso às normas de caráter com o uso desta publicação. Pela descrição da
administrativo que são aplicadas às operações de mercadoria, obtém-se a classificação na Nomen-
importação. Para facilitar a consulta, a CNVI possui clatura Comum do Mercosul (NCM). E mais: os pa-
índice temático. Apresenta-se em dois tomos, com receres, despachos e decisões sobre classificação,
divisões para atos legais, normas cambiais e trata- que são publicados no Diário Oficial da União,
mentos administrativos. também estão no manual.
GPE X TEC
Guia Prático de Exportação Tarifa Externa Comum
As informações de que você precisa para atuar na Conheça nesta publicação todas as informações necessárias
área de exportação são encontradas com facilida- para importar. Valores para Imposto de Importação, IPI, ICMS,
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publicação indispensável para o conhecimento da tórias e de salvaguardas, “ex-tarifários”, dados sobre as
legislação relacionada à exportação. negociações em acordos internacionais. Tudo de forma
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tar. Você ainda tem acesso à TecPlan, uma planilha de
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Um amante da oralidade
moçambicana
Misturando elementos
cotidianos com histórias
orais passadas pelo seu
povo, escritor moçambicano
se destaca como um dos
expoentes da literatura em
língua portuguesa
António Emílio Leite Couto, mais conhecido no como João Cabral de Melo Neto e Carlos Drummond
mundo literário como Mia Couto é, sem dúvida, uma de Andrade, além dos grandes poetas portugueses,
referência no campo da literatura de expressão por- como Sofia de Mello Breyner, Eugênio de Andrade
tuguesa, sendo atualmente o escritor moçambicano ou Fernando Pessoa.
mais conhecido no exterior. Com 20 livros publica- Nascido, em 1955, na cidade de Beira, em Moçam-
dos, entre poesias, crôni- bique, jornalista, poeta e,
cas, contos e romances, e também biólogo, Couto
colecionador de prêmios, deu seus primeiros passos
toda a sua obra tem como em direção ao universo
tema pr incipal a vida das letras escrevendo os
do povo moçambicano, seus primeiros poemas
relatando o cotidiano de para o jor nal Notícias
uma sociedade que viveu, da Beira, com 14 anos.
durante 30 anos, uma das Iniciava assim o seu per-
mais sangrentas guerras curso literário, dentro
civis da segunda metade de uma área específica
do século XX. da literatura – a poesia.
O objetivo dos livros de Posteriormente, o escritor
Mia Couto, segundo ele passaria a escrever as suas
mesmo costuma afirmar obras em prosa, dando a
em entrevistas que concede aos mais diversos veícu- Couto maior visibilidade internacional. Para ele,
los de comunicação mundo afora, é enaltecer a forte contudo, a questão do gênero literário não é, por
tradição dos saberes do povo moçambicano, trans- certo, o mais importante elemento definidor para
mitidos por via oral, e traduzi-los para a literatura um escritor. E entrevista a um importante jornal
moderna. Contudo, apesar de focar na cultura de português ele declarou que a escrita jornalística,
Moçambique, em seus trabalhos pode-se perceber a prosa e a poesia se conjugam e que escreve “pelo
a influência de importantes escritores brasileiros, prazer de desarrumar a língua”.
Preservar a tradição oral A última passagem de Mia Couto pelo Brasil se deu em agosto
Para Mia Couto, na África “cada velho que morre é uma de 2007, para participar da 5a edição da Feira Literária de Pa-
biblioteca que arde”. Nesse sentido, o escritor empreende raty (Flip). Em entrevista coletiva concedida durante o evento,
uma escrita que liga a tradição oral africana à tradição literária Couto disse que Brasil e Moçambique vivem em realidades di-
ocidental, tal como ao estudar a floresta como biólogo. Ligar ferentes. “Atualmente, um desconhece o que se passa no outro
o saber ancestral sobre o espírito das árvores e das plantas à – ao contrário do período das décadas de 60 e 70, quando os
moderna ciência da Ecologia. Conforme disse a um importante países mantinham uma espécie de intercâmbio. A imagem que
jornal africano: “Eu guardo na minha infância, assim, uma coisa os brasileiros têm da África ainda é muito mistificada. Mas essa
muito atenuada. Os pontos de referência são as histórias que mudança de visão precisa partir dos africanos”, comentou.
me eram contadas, dos velhos que moravam perto, vizinhos
do outro lado da rua, de um outro mundo, e eu recordo esse Trajetória
mundo encantado, sobretudo como elas (as histórias) me mar- Em 1972, Mia Couto foi para Lourenço Marques estudar
caram.” Essencial, num caso como noutro, é sempre a relação medicina.A partir de 1974 enveredou pelo jornalismo, tornan-
mais profunda entre o humano e a terra, entre um humano e do-se, com a independência, repórter e diretor da Agência de
outro humano, por vezes nas suas condições mais extremas. Informação de Moçambique (AIM), da revista semanal Tempo
Além de abordar com maestria os problemas e a vida cotidiana e do jornal Notícias de Maputo. Já nessa época, Couto criou
do povo de Moçambique contemporâneo, a sua grande marca entre os jornalistas um estilo muito próprio, já demonstrando
deve-se principalmente à criatividade da sua escrita, numa per- sinais de ruptura que se verificaria depois na sua obra literária.
manente descoberta de novas palavras através de um processo Durante muitos anos, o escritor participou ativamente da
de mestiçagem entre o português “culto” e os dialetos falados guerra de libertação do seu país, o que fez com que aumentasse
pelas populações moçambicanas. Mia é, assim, um amante a sua consciência social e nacional. Nesse período, chegou a
das inovações da língua falada em seu país de origem, criando, viver na clandestinidade. Em 1985, regressou à Universidade
apropriando, recriando, e renovando o idioma português. de Eduardo Mondlane, em Lourenço Marques, para se formar
Entre os diversos prêmios recebidos durante a sua carreira, o em biologia. Em 1992, foi o responsável pela preservação
Prêmio União Latina de Literaturas Românicas 2007 foi último a da reserva natural da Ilha de Inhaca. Atualmente dedica-se a
agraciar o escritor moçambicano pelo conjunto da obra. Ele pesquisas nesse âmbito, exercendo também, como biólogo,
foi o primeiro escritor moçambicano e o primeiro africano a a profissão de professor universitário, além de dirigir uma
ser contemplado com este prêmio. empresa de estudos sobre impacto ambiental.
A varanda do frangipani
O outro pé da sereia
Terra sonâmbula
DPZ DPZ
BNDES-exim.
BNDES-exim.
Tirar
Tirar
o seu
o seu
projeto
projeto
dodo
papel.
papel.
Esse
Esseé oé nosso
o nosso
projeto.
projeto.
Esse
Esseé oé nosso
o nosso
papel.
papel.
O BNDES-exim,
O BNDES-exim,
além
além
de ser
de ser
o mais
o mais
importante
importante
instrumento
instrumento
de financiamento
de financiamento
às exportações
às exportações
de produtos
de produtos
brasileiros,
brasileiros,
é também
é também
o caminho
o caminho
mais
mais
curto
curto
entre
entre
as empresas
as empresas
de serviços
de serviços
e o emercado
o mercado
global.
global.
Se você
Se você
trabalha
trabalha
comcom
projetos,
projetos,
obras,
obras,
desenvolvimento
desenvolvimento
de software
de software
e outras
e outras
atividades
atividades
na área
na área
de serviços,
de serviços,
consulte
consulte
as soluções
as soluções
BNDES-exim
BNDES-exim
e leve
e leve
seus
seus
conhecimentos
conhecimentos
parapara
o mundo.
o mundo.
Se oSeserviço
o serviço
da sua
da sua
empresa
empresa
é competitivo,
é competitivo,
comcom
o BNDES
o BNDES
apoiando
apoiando
ele ele
fica fiimbatível.
ca imbatível. Acesse
Acesse www.bndes.gov.br/exportacao.
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R ELAÇÕES B ILATERAIS
D O C O M É R C I O E X T E R I O R DA S E C R E TA R I A 5.500
4.500
4.000
3.000
de 0,02% nas exportações mundiais de 2006. Nesse ano, Moçambique
2.500
realizou vendas de US$ 2,42 bilhões e registrou um crescimento de
2.000
38,7% sobre o ano anterior. 1.500
Nas importações mundiais, o país aparece como o 118o importador, 1.000
com uma participação de 0,02% no total. Em 2006, as importações 500
de 12,3% sobre o montante de 2005. 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
Pelo exposto, nota-se que o país é deficitário em suas relações
comerciais, mantendo um déficit em torno de US$ 500 milhões a Fonte: OMC
US$ 850 milhões. No ano de 2006, o saldo negativo foi de US$ 550
milhões, declinando em relação ao ano anterior, quando chegou a
US$ 663 milhões.
Nas exportações mundiais de Moçambique,
Países Baixos aparece como o principal país de
destino, absorvendo 59,7% do total exportado Evolução da Balança Comercial de Moçambique
pelo país em 2006. Dentre os demais mercados, 1990 a 2006 – US$ Milhões
cabem ser citados a África do Sul (com parti-
cipação de 14,1%), Zimbábue (3,2%), Suíça 3.000
(2,2%), Espanha (1,8%), China (1,4%), Índia
(1,3%) e Portugal (1,2%). 2.500
Quanto às importações de Moçambique,
África do Sul surge com maior destaque entre 2.000
Alumínio 59,0
0,1%
Combustíveis Minerais 14,7
Tabaco 4,6
Pescados 4,1
Maquinaria Mecânica 1,4 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
de 24,7% sobre o ano anterior e uma participação de tão-somente Corrente de comércio: +24,6%
sublinhar que as vendas de carne de frango foram determinantes Exportação Importação Saldo Comercial
para colocar o Paraná e o Rio Grande do Sul como principais estados
exportadores. Acrescente-se ainda que em 2005 o estado do Rio
Fonte: MDIC/SECEX
Paraná 9.513
Exportação Brasileira para Moçambiquepor Fator Agregado Número de Empresas Brasileiras Exportadoras e Importadoras no
2006/2005 - US$ Milhões FOB Comércio com Moçambique – 2006 e 2005
Variação % 2006/05:
Básicos: +28,1%
298 315
20,9
Manufaturados: +22,7%
17,0
14,1
11,0
2 4
- -
2006 2005
BÁSICOS SEMIMANUFATURADOS MANUFATURADOS
mércioPrincipais
Exterior – DEPLA
Produtos Exportados pelo Brasil para Moçambique
2006 - US$ Mil FOB
Grande do Sul liderava as vendas a Moçambique e perdeu essa
posição justamente pelo forte declínio das vendas de carne de
Carne de Frango 8.518
frango, que caíram de US$ 7,04 milhões para US$ 2,28 milhões.
Por outro lado, o Paraná elevou substancialmente essas expor-
Milho em Grãos 4.300 tações (de US$ 782 mil para US$ 4,16 milhões), o que aliado
Móveis 2.784
aos embarques de milho (US$ 4,30 milhões), garantiu ao Estado
assumir o primeiro posto nas vendas a Moçambique. Destaque-se,
Tratores 1.806 por fim, que as exportações paulistas a Moçambique apresentam
Construções e Partes de Ferro/Aço 1.622 pauta bem mais diversificada que os dois estados líderes.
Durante o ano de 2006, foram registradas 298 empresas brasi-
Reboques e Semi-reboques 1.434
leiras com vendas efetuadas a Moçambique. Na comparação com
Pisos e Revestimentos Cerâmicos 990 o ano anterior, em que se contabilizaram 315 empresas, houve
decréscimo de 5,4%, representando, em termos absolutos, redução
Polímeros Plásticos 905
de 17 empresas.
Produtos de Confeitaria 812 Em relação às importações, foram apenas duas empresas que
realizaram compras de produtos originários de Moçambique em
Artigos Farmacêuticos p/ Cirurgia 772
Fonte: MDIC/SECEX 2006, contra quatro anotadas no ano anterior.
Conselho Superior
Membros Vitalícios
Bernardo Cabral
Ernane Galvêas
Giulite Coutinho
Gustavo Affonso Capanema (vice-presidente)
Milton Cabral
www.camargocorrea.com.br