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Processo Te N o 02549/07
Publique-se e cumpra-se.
TC - Plenário Min. João Agripino, e. 1~-1de ,rvvG ~~(,(;de 2008.
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Isabel~a!cio
Procuradora Geral em exercício
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te N o 02549/07
É o Relatório.
Em 19 de novembro de 2008
Processo Te N o 02549/07
Parte das despesas tidas como não licitadas no montante de R$ 180.045,67 se refere a
faturas de ligações telefônicas ocorridas durante o exercício, cujos contratos foram realizados
em exercício anterior, não cabendo a cobrança de licitação no exercício sob análise. Também
podem ser dispensadas de certames licitatórios as aquisições de material de consumo por se
tratarem de várias despesas de difícil previsão ocorridas durante todo o exercício, cujos valores
unitários não ultrapassaram o limite de dispensa. No caso da manutenção em software, os
pagamentos vêm desde exercícios anteriores, não tendo havido qualquer contestação do órgão
técnico quando da análise das contas daqueles exercícios, inclusive não se detectando qualquer
despesa não licitada. Saliente-se que o valor pago mensalmente, à empresa prestadora dos
serviços, não se alterou entre os exercícios de 2005 e 2006.
Restaram como não licitados gastos com publicidade no montante de R$ 121.300,00.
Despesas com as mesmas empresas também foram verificadas no exercício anterior, não
sendo questionadas pela Auditoria.
Com a apresentação de diversos contratos realizados no exercício, ficou demonstrado
que não houve intenção de burla ao procedimento e nem direcionamento aos contratados. Vale
ainda salientar que a maioria dos contratos foi realizada diretamente com as empresas de
divulgação, sem a interferência das agências de publicidade.
Deve o gestor adotar as medidas necessárias com vistas a regularização das receitas
extra-orçamentárias registradas no Balanço Financeiro com reflexo na Demonstração das
Variações Patrimoniais, identificando eventuais credores e/ou classificando as receitas em
rubricas próprias. Todavia, tal falha vem de exercícios anteriores e não demonstram prejuízos ao
erário.
a interessado alega que não efetuou o parcelamento e conseqüente amortização da
dívida junto ao IPSEM por falta de regulamentação da Lei que autorizou o parcelamento. Tendo
em vista que a Câmara não possui personalidade jurídica própria, a dívida junto à Previdência
Municipal deve ser quitada pela Prefeitura, que deve fazer os necessários descontos nas parcelas
de repasse dos recursos à Câmara Municipal. A questão do registro da dívida junto ao INSS foi
devidamente regularizada na PCA do exercício de 2007.
A matéria relativa aos atos de pessoal, pode ser tratada em processo específico, vez que
não conta dos autos que o problema se deu a partir do exercício sob análise ou que os atos foram
da responsabilidade do interessado.
Devido à quantidade de documentos de receitas e despesas gerados pela Prefeitura
Municipal de Campina Grande, toma-se impraticável o envio de toda documentação à Câmara
Municipal acompanhando os balancetes mensais. Deve, porém, haver um comum acordo para
que os comprovantes de despesas ou receitas solicitados por algum vereador sejam
disponibilizados por parte do Poder Executivo, obedecendo, desta forma, às normas legais.
Não cabe ao gestor a devolução de recursos por pagamentos de juros e multas de contas
da Câmara Municipal, mas deve haver um melhor planejamento e controle financeiro dos
gastos, visando evitar tais situações.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te N o 02549/07
Assim, VOTO no sentido de que o Tribunal: a) julgue regular com ressalva a Prestação
de Contas da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Campina Grande, relativa ao exercício de
2006, sob a responsabilidade do senhor Romero Rodrigues Veiga; b) assine ao atual Gestor o
prazo de 60 (sessenta) dias para que adote as providências necessárias à cobrança dos valores
não retidos dos Vereadores, em tempo próprio, a título de Contribuição Previdenciária,
comprovando a este Tribunal as medidas tomadas, sob pena de multa e outras cominações
legais; c) recomende ao atual gestor para que seja observada a legislação pertinente no sentido
de evitar a repetição das falhas apontadas.
É o voto.
Em 19 de novembro de 2008