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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
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Para calcular o valor devido como repasse previdenciário pela Prefeitura ao Instituto, a
Auditoria considerou a folha de pagamento dos servidores efetivos no valor de R$ 845.729,85,
porém, como se pode colher das fls. 77/88 o valor da folha do pessoal efetivo a ser considerado é de
R$ 315.295,91. Ao se aplicar o valor das alíquotas consideradas pela Auditoria a este total, passa a
inexistir a ausência de repasse e conseqüentemente a falta de controle da dívida da Prefeitura para
com o IPAM relativa ao exercício de 2005. Por outro lado, não há nenhuma menção de ausência de
repasses previdenciários, no processo de Prestação de Contas da Prefeitura relativo ao exercício de
2005.
Publique-se e cumpra-se.
TC - Plenário Min. João Agripi , em ir' h
deJA/l1~1 C' de 2008.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te N° 02213/06
RELATÓRIO
É o Relatório.
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
Processo Te N° 02213/06
VOTO
A adequação da legislação municipal à Lei federal da Previdência já foi providenciada,
saneando as falhas neste aspecto quanto a exercícios futuros. Cabem recomendações para que a
Prefeitura adote as medidas sugeridas no plano atuarial, aplicando, além das alíquotas normais, um
percentual de amortização do passivo constituído durante os exercícios anteriores.
Parte das despesas administrativas do Instituto não foi financiada com recursos da
Previdência, tendo a Prefeitura repassado os recursos, especificamente, para este fim. Mesmo assim
restaram R$ 10.663,49 de despesas administrativas, pagas com recursos previdenciários,
representando 2,97% do valor da remuneração dos servidores efetivos do Município no exercício
anterior somadas às pensões pagas pelo Instituto no ano de 2004.
O empenhamento das folhas de servidores do Instituto e aposentados e pensionistas se
deram sempre no mês dos pagamentos e não no período a que se referiam os gastos, ferindo o
princípio da competência e dificultando a análise dos gastos.
Os extratos de irregularidades anexados aos autos pela Auditoria se referem ao dia da
obtenção dos documentos, não mostrando a situação do Instituto no exercício de 2005. Vários
critérios que estavam irregulares na instrução inicial se encontravam regularizados quando da
apreciação de defesa e vice-versa. Assim, não há como dizer que requisitos se apresentavam não
atendidos no exercício sob análise. Todavia cabe informar que o Instituto não obteve o Certificado
de Regularidade Previdenciária em 2005.
Para calcular o valor devido como repasse previdenciário pela Prefeitura ao Instituto, a
Auditoria considerou a folha de pagamento dos servidores efetivos no valor de R$ 845.729,85,
porém, como se pode colher das fls. 77/88 o valor da folha do pessoal efetivo a ser considerado é de
R$ 315.295,91. Ao se aplicara valor das alíquotas consideradas pela Auditoria a este total, passa a
inexistir a ausência de repasse e conseqüentemente a falta de controle da dívida da Prefeitura para
com o IPAM relativa ao exercício de 2005. Por outro lado, não há nenhuma menção de ausência de
repasses previdenciários, no processo de Prestação de Contas da Prefeitura relativo ao exercício de
2005.
Assim, VOTO no sentido que o Tribunal: a) julgue irregulares, as contas do Instituto de
Previdência Municipal de Pilões, exercício de 2005, sob a responsabilidade do Senhor José do Rego
Bezerra, Presidente; b) aplique a muIta de R$ 1.500,00 ao gestor nos termos do que dispõe os
incisos I e VI do art. 56 da LOTCE; c) assine-lhe o prazo de 60 (sessenta) dias para efetuar o seu
recolhimento ao Tesouro Estadual, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira
Municipal, cabendo ação a ser impetrada pela Procuradoria Geral do Estado, em caso do não
recolhimento voluntário devendo-se dar a intervenção do Ministério Público, na hipótese de
omissão da PGE, nos termos do § 4° do art. 71 da Constituição Estadual; d) fixe o prazo de 60
(sessenta) dias para que o atual gestor do IPAM remeta a este Tribunal, documentos que
comprovem a viabilidade da entidade ou sugiram ao Poder Executivo Municipal a sua extinção; e)
recomende, ao gestor, a estrita observância das djsposições legais e normativas.
FERNANDES