Funda c ao Centro de Ci encias e Educa ca o Superior a Dist ancia do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educa ca o Superior a Dist ancia

do Estado do Rio de Janeiro 10o EP 2010/2 AR Lic. em Matem atica Semana 12 - Aula 18 Vers ao Tutor Coord. H. Clark

Ex. 1 Sejam x R + = {x R; x > 0} e n N. Mostre que

x x1/n

lim

= 0.

Demonstra c ao - Recorde-se que, pela deni c ao de limite de fun c ao no innito, para > 0 dado (arbitrariamente pequeno) deve-se determinar = () > 0, tal que 1 x1/n < para todo x > . (i)

Da , como x > 0 e o m odulo de um n umero real positivo e, por deni c ao, ele mesmo. Ent ao 1 < para todo x > . x1/n Da tem-se a equival encia x1/n > 1 1 x > 1/n .

Desta u ltima desigualdade escolhendo-se = 1/1/n , tem-se (i) Ex. 2 Sejam f : (0, ) R e n N. Se lim x1/n f (x) = 0 ent ao mostre que lim f (x) = 0.
x x

Demonstra c ao - Sendo lim

> 0 dado existe = () > 0, tal que |x1/n f (x)| < para todo x > . A desigualdade precedente e equivalente a < x1/n f (x) < para todo x > > 0 a qual equivale a < f (x) < 1/n x1/n x Da e do Exerc cio 1, tem-se lim f (x) = 0
x

x1/n f (x)

= 0 ent ao, por deni c ao de limite de fun c ao no innito, para

para todo x > > 0.

Ex. 3 Mostre, por meio da deni c ao de limite de fun c ao, que: (a)
x

lim 1/(x2 1) = 0;

(b)

x3

lim |x2 9|1 = .

Demonstra c ao - (a) Dado > 0 arbitrariamente pequeno, deseja-se determinar K = K () > 0 tal que 1/(x2 1) < para todo x > K. De fato, sendo 1/(x2 1) < tem-se que 1 1 2 x >1+ x> 1+ . Da , para x > K = 1 + 1/, tem-se 1/(x2 1) < . Logo, pode-se escrever lim 1/(x + 1) = 0
x

(b) Dado K > 0 arbitr ario, deseja-se determinar = (K ) > 0 (pequeno, por exemplo, (0, 1)) tal que 0 < |x 3| < implique |x2 9|1 > K . Sendo 0 < |x 3| < tem-se que 0 < 1/ < 1/|x 3|. Note que x2 9 = (x 3)(x + 3). Ent ao 0< 1 1 |x + 3| < = 2 . |x 3| |x 9|

Agora, se 0 < |x 3| < ent ao x (3 , 3 + ). Como a amplitude deste intervalo e dada por 3 + (3 ) = 3 tem-se para x (3 , 3 + ) que x + 3 < 6, pois (0, 1). Assim, 0< 1 6 1 < 2 0< < |x2 9|1 . |x 9| 6

Portanto, para K > 0 escolhe-se = 1/6K o que acarreta |x2 9|1 > K
e para todo b I (1 ), Ex. 4 Seja f : I R uma fun c ao mon otona. Mostre que para todo a I+ os limites lim f (x) e lim f (x) existem. xa+ xb

Em outra palavras, os limites laterais de uma fun c ao mon otona sempre existem. Demonstra c ao - Suponha f n ao decrescente e X = {f (x); x, a I com x > a}. Note que X e um conjunto limitado inferiormente, pois sendo a < x tem pela monotocidade de f que f (a) f (x). Ser a mostrado que se L = inf X , ent ao L = lim f (x). De fato, para cada > 0 dado ent ao, por deni c ao de nmo, L + n ao e cota inferior de X . Logo, existe > 0 tal que a + X e L f (a + ) < + L. Sendo f n ao decrescente e x X (a, a + ) implicam que L f (x) < + L. Logo, para todo x X (a, a + ) tem-se |f (x) L| < De modo similar, prova-se que M = sup{f (x); x I e x < b} e o lim f (x)
xb xa+

Ex. 5 Sejam f, g : X R fun c oes n ao decrescente. Mostre que f + g : X R e n ao decrescente. Demonstra c ao - Sejam x, y X com x y e f, g n ao decrescentes em X , ent ao f (x) f (y ) e g (x) g (y ). Sendo por deni c ao (f + g )(x) = f (x) + g (x) tem-se para x y que (f + g )(x) = f (x) + g (x) f (y ) + g (y ) = (f + g )(y ). Logo, f + g e n ao decrescente

1 I+

signica que a e um ponto de acumula c ao de I ` a direita, em I . De modo an alogo, tem-se o signicado de I .